Unrequited Dream. escrita por Bianca Miller


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá leitoras *---*
Sentiram minha falta?
Bem, tentei encurtar ao máximo esse capitulo, pra deixar a leitura mais fácil. Só que foi impossivel :/ O que eu mais acho interessante na fic são os detalhes & eu amo escrevê-los.
Se a fic ficar enjoativa, me digam! Tenho sérios problemas com isso, as vezes eu até sonho com isso KKK
mas enfim,
-Espero que gostem.
-Boa leitura.



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Pense em uma pessoa ansiosa... Pensou? Agora multiplique essa ansiedade por meio bilhão, essa sou eu! Ontem a noite, logo depois que Corey me ligou, meu sono desapareceu por completo. Não havia nada, absolutamente nada, que iria me fazer dormir aquela hora.

            Sabe aquela sensação, que mescla raiva, curiosidade, alegria e confusão tudo junto? Não? Eu também nunca me senti assim. Mas tudo tem sua primeira vez. Eu sentia raiva de mim mesma, por amar uma pessoa tanto, a ponto de gostar mais dela do que me mim própria. Sentia curiosidade para saber onde ele iria me levar. Sentia alegria por...hm...por tudo o que estava acontecendo ao meu redor. E confusão, de como eu estaria apta a sentir tudo isso de uma única vez.

            Enfim, nessa mistura toda de sentimentos, fiquei viajando em meus pensamentos durantes horas, até meu sono finalmente chegar.

                                                           (...)

            _Tina! Coloca aquele vestido e aquele sapato dentro da mala por favor! ANDA, SUA LESMA!!! _gritei para minha amiga, que já estava na minha casa, revirando meu closet e me ajudando a arrumar as malas.

            Resumindo: Iríamos passar duas semanas inteirinhas fora! Era emocionante, nunca tinha participado de uma turnê longa como essa. Que na verdade nem é tão longa assim. Nossa primeira parada seria em Minnesota, que é bem pertinho de Iowa mesmo, depois seguiríamos para o Missouri, Kansas, Tennessee e por fim Ohio. E olha só que detalhe legal: Eu havia esquecido de fazer as malas :D que diversão!

            Então, acordei louca desesperada e liguei pra minha amiga, que veio correndo. Ela já sabia que eu tinha sérios problemas com compromissos.

            Contei para ela que Corey iria me levar a um lugar especial, e não fazia idéia de com qual roupa ir. Ele não havia me dado pistas, então colocamos milhares de combinações de vestidinhos e saias para noite. Colocamos também milhões de shorts com suspensório, que são minha marca, caso resolver dar um passeio a tarde. Enfim, parecia mais que eu estava de mudança, do que indo para uma simples turnê a trabalho.

            _Pronto! Coloquei todos os saltos e a maioria dos tênis também. _Disse Tina ofegante, descendo as escadas e puxando 2 malas enormes.

            _Oh! Obrigada Valentinna, eu não sei o que seria de mim sem a sua ajuda. _disse sincera, pegando uma mala ajudando a levar para fora, onde estava estacionado –O Carro- da minha amiga.

            E quando eu digo ‘O Carro’ com letras maiúsculas, é porque ele é realmente ‘O Carro’, entendem?!

            _Só um minutinho, vou lá dentro, despedir do meu pai. _disse pousando uma das malas ao porta-malas d’O Carro.

            E sem mais delongas, corri pra dentro da minha casa, indo até o escritório do intocável Sir. Sturzeneker. Um homem que mais parecia um leão marinho obeso com sérios vícios em charuto cubano.

            Cheguei em seus escritório para me despedir dele, e fui recebida com baforadas de charuto na cara. Estava acostumada com isso, mas estava começando a me incomodar. Eu sempre achei que aquele acidente da minha mãe, teve dedo dele metido no meio. Pois naquela época, meu pai se atracava com várias prostitutas baratas, ferindo a lealdade do casamento. Mesmo minha mãe sabendo da traição, ela se mantinha quieta, preferia sofrer calada. Uma separação a aquela altura do campeonato seria péssima idéia, pois minha família era tradicional em Iowa. Ela poderia também ter sido desleal ao casamento, mas manteve seu juramento e se manteve fiel até seu ultimo dia. E isso é uma das coisas que eu mais admiro em minha mãe...

                                               (...)

            _Vamos para a estrada baby._ Disse Tina, animada quando estávamos saindo de Iowa.

            Sabe aqueles filmes americanos, em que as pessoas aparecem felizes em um carrão conversível, na estrada, com o vento batendo no rosto e um som na maior altura? Pois é. Agora acrescente duas melhores amigas de infância, com alto nível de loucura nas veias. Somos nós.

            Estava tocando a música You Give Love A Bad Name do Bon Jovi (aquele lindo *-*) e a música nos contagiava, fazendo gritar junto e esquecer todas as preocupações do momento.

            “An angel’s smile is what you sell

            You promisse me heaven, then put me through hell,

            Chain of love, got a hold on me,

            When passion’s a prision, you can’t break free…”

            Eu via minha infância passar como um flash back em minha cabeça. Do dia em que eu arranquei meu primeiro dentinho, meu primeiro dia no colégio. Essas lembranças bobas e felizes que nós temos quando estamos mais velhos... Em todos aqueles momentos, minha mãe estava comigo, e eu sei que ela ainda está me protegendo, me cuidando, e sorrindo para mim, de algum lugar bem distante.

            “Paint your smile on your lips

            Blood red nail on your fingertips

            A school boy’s dream, you act so shy

            You very first kiss, was your first kiss goodbye…”  

           

            E por instantes, eu também previ meu futuro. Ou previ como eu gostaria que fosse. Eu e ele em uma linda casinha na beira da praia, com nossos 5, 6, ou 7 filhos brincando na areia. Já tinha o nome deles na minha cabeça (Draco, Helena, Zoey, Wendy, Scorpius, Jonny, e Thalya)... A música foi diminuindo de volume até passar para outra música que eu também conhecia, que por sinal era mOBSCENE (sim, do Marilyn Manson, algum problema? Nós achamos ele um gato!)

                                               (...)

            Depois de muita gritaria pela estrada, chegamos em Minnesota. Eu e Tina fomos até o Gregorion’s Plaza, hotel em que combinamos de nos encontrar. Era o lugar mais maravilhoso que eu já vi em toda minha vida _ e eu já vi muitos lugares bonitos_ Mas esse era diferente, era luxuoso e imponente. Parecia que o hotel era inspirado no Olimpo, onde os Deuses da Grécia repousavam. Dentro do hall de entrada, erguiam-se grandes pilastras de mármore cor de marfim meticulosamente polido, que iam até o teto. Haviam poltronas bege bem claras, espalhadas pelo salão, onde homens engravatados liam jornal, ou trabalhavam em seus laptops. Haviam também, vasos dourados, com flores vermelho vibrante por todos os lados! Se você um dia puder escolher algum hotel para se hospedar, escolha o Gregorion’s Plaza, ele é o melhor!

(...)

            _Jen, eu to morta! _disse Tina se jogando em uma das camas da nossa suíte. _Vou tomar um banho okay?! Se eles chegarem me avisa._disse se levantando e iando até o banheiro.

            _Vou lá em baixo, tomar alguma coisa... _disse, enquando Tina ia espalhando toda a bagagem que trouxera a procura de alguma coisa.

            _Então ta.

            Passei pelos corredores iluminados do hotel até o elevador, e desci até o térreo. Andei pelo saguão até achar uma espécie de barzinho, onde serviam drink’s e algumas outras coisas.

            Caminhei até o local e me sentei em um banquinho dourado, que ficava de frente para o balcão. Uma atendente veio até mim. Juro que devo ter ficado com cara de idiota quando a vi. Era perfeitamente linda, estava vestida com ma túnica branca que escorria graciosamente até seus pés, com um cinto dourado em volta de sua cintura. Seus cabelos castanhos cor-de-café estavam trançados na lateral com fios dourados e no topo da cabeça havia um diadema dourado, incrustado de pedras. Era realmente parecia uma Deusa mitológica. Aliás, todo aquele lugar parecia ter sido reerguido das ruínas do Olímpo. Não sei se eu já mencionei este detalhe, mas eu sou absurdamente apaixonada por mitologia. Agora, eu estou pensando: Eu só havia contado isso pra Tina, pois não achei que era necessário outras pessoas saberem, e conseqüentemente, Corey havia feito as reservas no hotel. Alguém ai está sentindo cheiro de armação?

            Enfim, fiz o pedido de um drink de fruitas chamado Néctar Celestial, e esperei até que meu pedido chegasse. Fiquei admirando a beleza do lugar, era tão lindo que eu queria passar o resto da minha vida lá. Agradeci mentalmente a Deus por me dar uma vida tão perfeita, mais tão perfeita que eu cheguei a questionar se eu realmente merecia isso tudo.

            Estava absorta em meus devaneios, até que mãos carinhosas envolvem minha cintura e depositando um longo beijo em meu pescoço. Era Corey, e seu perfume amadeirado com leves notas cítricas me fazendo arrepiar novamente.

            _Demorei? _perguntou Corey, depositando um beijo difuso em meus lábios.

            _Demais! Quase morri de saudade. _respondi sincera, afagando-lhe a nuca.

            _Hmm, Eu também quase morri. _respondeu, enlaçando minha cintura ainda mais, e tomando um gole do meu drink. Que por sinal, eu nem tinha visto que tinha chegado._Está gostando do hotel? _perguntou Corey.

            _Eu nunca vi lugar mais lindo do que esse em toda minha vida. _respondi sincera, fitando o saguão do hotel.

            _Você ainda não viu nem a metade, Jenny. _disse Corey em um tom soturno e calmo

            _Então vamos ver oras! Ta esperando o que? Eu criar asas e sair te carregando? _disse sorrindo, e dei um pulo para sair saltitando pelo Gregorion’s Plaza, descobrir o que de mais lindo tinha nele.

            _Não, não. Volta aqui mocinha _disse Corey me puxando novamente pela cintura, e me enroscando em seus braços _Achei que quisesse ficar mais tempo com o seu namorado... _disse sussurrando em meu ouvido, que me fez arrepiar por inteira.

            _Ah Corey, você vendeu. Eu fico, mais só um pouquinho hein. _disse fazendo voz de manhosa.

            _Mais tarde eu quero te levar a um lugar especial, que você vai gostar muito..._ disse ele, com tom sonhador.

(...)

            _Cadê o pessoal, Corey? _perguntei.

            _Lá em cima, em algum dos quartos... _respondeu, segurando minhas mãos e me guiando até o elevador.

            _Ah! Eu quero vê-los. Parece que faz anos a ultima vez que eu os vi.

(...)

            _MICK! _gritei, ao ver o grandalhão parado no portal, com os braços cruzados.

            Corri para um abraço. Um abraço de urso. Abraço de urso pardo gigante partidor de costelas e esmagador de Jenny’s... Fazia tempos que eu não o via. Desde o momento em que o vi, Mick se tornou me melhor amigo de todos os tempos. Apesar do tamanho, ele era tão extrovertido, que dava vontade de sorrir só de lembrar como ele me carregava feito um saco de batatas, Mick tinha o coração igualmente grande.

            Depois de abraçá-lo, entrei suíte a dentro. Todos estavam reunidos. (por exceção de Jim, que provavelmente estaria em algum lugar com Tina) Chris e Sid fizeram um lindo penteado no meu cabelo enquanto eu jogava guitar-hero com Craig e Shawn. Basicamente, eu vou ter que passar máquina zero, de tantos nós que aqueles miseráveis fizeram no meu cabelo.

(...)

            _Nós encontramos na arena. _disse Corey, na saída do Hotel. Estávamos prontos para ir até a arena, checar mais uma vez os instrumentos, iluminação e essas coisas que até hoje eu mal sei fazer. Deixo essa parte chata pra Tina.

            _Okay, até mais._Disse Tina, entrando no carro.

            _Até mais tarde amor. _disse depositando um selinho em Corey, e passando as mãos carinhosamente pelo seu rosto.

            Entrei no carro,e Tina acelerou. Rapidamente já estávamos no Wood Holmes Stadium Kansas. A fila de fãs enlouquecidos já dava a volta pela arena.  Entramos pela passagem de trás e direcionamos até os fundos do palco. É hora do show baby.

(...)

            Todos haviam chegado, e faltavam poucos minutos para o show ter início. Eles se aqueciam, ficavam pulando pra todo lado, cantarolando e dando socos nos pesos de areia pendurados na parede.

            _Tudo bem galera, vão vestir os macacões já! RÁPIDO! _disse Tina, segurando uma prancheta e analisando tudo com um ar de responsável.

            _Ei gata, sujei meu macacão! _disse Sid segurando seu macacão alaranjado pelo cabide. James lançou um olhar mortal para Sid e saiu para se trocar.

            _SEU IMBECIL! COMO CONSEGUI FAZER ESSA PROEZA? –perguntou Tina brandindo o macacão na cara de Sid, que dava crises de risos.

            _Geléia de uva! E tem um pouco de pasta de amendoim também. _disse Sid, indicando com a mão onde mais estava sujo de geléia.

            Não teríamos pressa para discutir, então enfiei a cabeça no armário de roupas e procurei por um macacão reserva. Tinha apenas dois: Um do Joey, e outro do Mick. Um ficava exageradamente pequeno, e o outro exageradamente grande.

            Joguei o macacão de Mick para Sid e mandei ele se vestir rápido, que eu ia dar uns pontinhos com linha e agulha e resolveria.

            Enquanto isso, Corey veio amarrando os cadarços já vestido. Fui buscar as máscaras no outro armário. Cada um delas ficava em uma caixa preta separadamente, o que facilitou muito minha vida. Ajudei Craig a colocar a aquela máscara espinhenta dele, mas eu juro que fiquei bem distante para não ter um olho perfurado.

            2 minutos para no início do show, e Sid Wilson estava em um macacão 5 vezes maior que ele, desesperado.

            Rapidamente, dei um jeitinho naquilo. Sempre tive habilidade com agulhas e com costura.

            Enfim, desejo boa sorte a todos, e lá estão eles, acima do palco, ainda com as luzes apagadas. O publico urrava, aplaudia e berrava. E finalmente, as luzes acendem.

(...)

   “She seemed dressed in all of me
            Streched across my shame,
            All the torment and the pain
            Leaked through and covered me,
            I'd do anything to have her to myself 
            Just to have her for myself,”

            _NÃAAAAAAAAAAO. Eu não posso acreditar! _Tina berrou exasperada apurando os ouvidos para a música.

            _Calma! O que ta acontecendo? _perguntei.

            _Essa música... é, a música... mais linda... que eu já ouvi...em toda minha vi-da! _disse Tina pausadamente, os olhos desfocados, olhando para a parede a frente.

           
            “Now I don't know what to do
            I don't know what to do
            When she makes me sad”

            Resolvi prestar atenção na letra da música, já que o ritmo era realmente diferente... Sim! A música era linda, a batida era tão perfeita, que parecia até que foi retirada diretamente dos meus sonhos, e a letra, era praticamente uma declaração.

           

             "
She is everything to me

    the unrequited dream
              a song that no one sings
             the unattainable
            he's a myth that I have to believe in
            ll I need to make it real is one more reason..."

            Não sei se eu sou muito sentimental, ou a musica deixou meu coração mole, mas uma lágrima de felicidade escorreu dos meus olhos. Até porque, em partes, Corey deve ter cantado essa música pensando em mim sabe, mas é só uma hipótese. Mas se realmente fosse, eu realmente não teria palavras para descrever o que eu senti. Ninguém irá saber disso, mas eu queria que aquela musica fosse dedicada só pra mim naquela noite.

 (CONTINUA..)




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Notas finais do capítulo

AAAAAAA (*--*)
Eu amo essa vermilion2 :3 é minha favorita.
Ah, sabem a musica do Bon Jovi no inicio? Pois é, quem quiser ouvi-lá, aqui está o link --> http://www.youtube.com/watch?v=gJ0Yd-Pburs
Gostaram? Mereço reviews?
Bjos ;* Até o próximo capitulo