Aquela noite foi perturbadora para mim. Eu queria bater nele, mas no fundo tinha uma sensação nascendo que eu não sabia explicar, Draco mexeu comigo.

    A família Malfoy já estava lá quando eu desci para tomar café da manha. Quando entrei na cozinha e avistei Draco, meu coração começou a bater mais rápido.

- Bom dia – Ele disse para mim, dando um sorriso maroto.

- Olá – Respondi – Posso me sentar aqui do seu lado?

- Logico, a casa é sua.

    Logo que acabamos de tomar café da manha, chegou uma coruja. Não sei de quem era, só sei que meus pais, Narcissa e Lucio ficaram preocupados com a carta logo depois que leram.

Não acreditei quando minha mãe falou, fiquei com muita raiva, mas eu não podia fazer nada apenas ouvi quieta e aceitei.

- Filha, você não ira hoje para o Beco Diagonal…

    Não deixei ela terminar, falei em seguida desesperadamente.

- Mas por que mãe? Eu queria tanto ir.

- Filha não insista, você ira para a casa dos Malfoy e lá você ficara, ate poder ir para o Beco Diagonal.

- Mas por que eu não posso ir?

- Falaremos disso depois, vá para a casa deles, irei subir e arrumar suas coisas.

-Ta bom mãe.

    Ficamos ali na sala conversando, eu e o Draco. Depois de mais ou menos meia hora minha mãe desceu com meu malão, uma bolsa, e uma carta na mão que ela entregou para Narcissa enquanto falava algo no ouvido dela.

    Ela me deu um beijo no rosto sussurrando “Eu te amo filha”. Aquilo me fez sentir segura, não tenho medo de nada, sei que mesmo não querendo estou do lado das trevas, quem poderá fazer mal a mim? Quem se atrevera mexer comigo? Quem não terá medo de mim? Meus pais são seguidores e super amigo de você-sabe-quem, e todos tem medo de mim logicamente. Mas ninguém me conhece, deve ser por isso que minha mãe não quer que eu fale meu sobrenome, nem meu nome, apenas meu apelido. Mas por que exatamente? O que tem de tão errado com meu sobrenome? Fomos para o quintal dos fundos. Quintal dos fundos? Por quê? Minha mãe me deu meu malão e a bolsa.

- Segure a minha mão – Draco disse para mim dando-me a sua mão – Confie em mim.

    Deu um aperto no meu coração, mas segurei. Fechei os olhos, mas não deu tempo, quando abri, eu já não estava mais no quintal da minha casa.