Lost And Damned escrita por Davi62woolf


Capítulo 1
Brown


Notas iniciais do capítulo

Um simples começo da aventura. Espero que gostem.



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Final do século XIX, numa época imaginaria. Em uma pequena cidade no Japão.

Eram 7 horas da noite quando Tsume fitava a lua cheia enquanto relaxava nas fontes termais.

A casa dele fica dentro de um dojo de Kendo. O terreno onde se encontra é grande o suficiente para cobrir uma quadra inteira. O dojo é cercado por um muro de 4 metros de altura, possui uma coloração branca. Dentro há uma área aberta com 60 metros de comprimento por 50 metros de largura, com algumas arvores espalhadas pelo local. E no meio havia um pequeno caminho de pedra que ia da porta de entrada até uma área de tatames coberta, onde os alunos costumam lutar ou treinar. Em seguida vem a sua casa e nos fundos tem uma fonte termal.

Seus olhos castanho-escuros cintilaram na luz da lua, e seus cabelos escuros estavam para trás. O ambiente estava calmo e tranquilo. Ele volta a sua atenção para a porta, quando a ouve abrir, e dela surge a sua amada esposa.

– Você demorou de mais Tohru.

– Desculpe-me. Eu fui comprar algumas coisas para o jantar.

Mesmo de toalha, era possível ver a fisionomia de Tohru. Seus cabelos longos estavam soltos e iam até a sua cintura, seus olhos eram escuros, da mesma cor dos seus cabelos. Ela era de estatura mediana, seios fartos e coxas largas.

Ela deixa a toalha num armador na parede e vai até Tsume e senta ao seu lado. Os dois passam um bom tempo conversando. Ao passar um pouco mais das sete e meia os dois saem das fontes e vão jantar.

Antes de começarem a comer, ambos ouvem um batido na porta. Tsume vai até lá abre a mesma, mas ninguém se encontrava no local. Ele olha para todos os lados e não vê ninguém, mas quando olha para baixo ele vê uma cesta com um pano cobrindo um bebê. Olhando-o com cuidado, Tsume percebe que havia um pequeno bilhete que dizia: “Espero que ele não seja incomodo para vocês”. Tsume volta para a sala de janta com o bebê em mãos.

– Parece que fomos abençoados com um filho. – Fala ele com um sorriso carinhoso no rosto.

Tohru se espanta com o bebê nas mãos de Tsume e começa a chorar.

– Q... Que Deus seja louvado. – Tohru fala se jogando de joelhos no chão e derramando grandes gotas de lágrimas.

Mesmo com 25 anos, Tohru é incapaz de gerar filhos. Quando pequena ela acabou tendo um problema nos seus dois ovários, assim impossibilitando a liberação dos óvulos deixando-a infértil.

O surgimento daquele bebê veio para ela como um grande milagre. Era como ver um grande mar se abrir em frente dos seus olhos. Tsume vai até ela e a entrega o bebê. Mesmo não acreditando no que via, ela aceitou o bebê com se fosse o próprio filho. Ela olha para o bebê e o vê abrindo os seus olhos grandes e negros como noite. A luz refletia nos olhos dele criando uma sensação calma e de tranguilidade. Seus poucos cabelos também eram negos. A fisionomia não parecia com qualquer bebê japonês. Ele dá um pequeno riso ao ver Tohru, mas rapidamente começa a chorar. Tohru tenta colocá-lo no peito, mas ele volta a dormir. Ela dá um pequeno sorriso.

– O nome dele será Tourou Nagashi.

Deste esse dia Tourou foi amado e ensinado para ser uma pessoa boa, calma, inteligente e amável. Durante todos esses dias eles foram felizes.

Numa noite Tourou, já com cinco anos, estava na cama e sua mãe sentou do seu lado.

– Boa noite filho – Ela fala acariciando a cabeça dele.

– Mãe você pode contar uma historia para mim?

– Posso querido.

Tohru pensa um pouco, como se tentasse lembra-se de alguma estória. Logo se lembra de uma e começa a contar.

– Um dia Deus falou para os animais: “Eu vos convido para a minha festa que amanhã se realizará. Não deveis se atrasar ou ficareis de fora”. Ao saber da noticia, o rato foi até o seu vizinho, o gato e disse que a festa seria depois de amanhã. No dia seguinte, o rato pegou carona no lombo do boi e saltou pouco antes do local da festa só para ser o primeiro. Depois, vieram o boi, o tigre e todos os outros. E a festa continuou animada até a manhã seguinte. Com exceção do pobre gato, que foi enganado.

– Tadinho do gato, mãe. A partir de hoje eu cuidarei melhor dos gatinhos, não vou mais chutá-los. E também serei do signo do gato. – Fala Tourou com um tom sério.

Tohru ri e depois dá um beijo de boa noite na testa de Tourou.

Infelizmente o pobre garoto não sabia da conseguência que essa decisão vai causá-lo no futuro.

Um dia, quando Tourou tinha oito anos de idade, seu pai o levou para sala e lá apontou para um suporte onde ficava uma espada com o cabo e a bainha de cor negra.

– Você está vendo essa espada, filho. Ela pertenceu ao seu avô. Essa espada foi feita pela mesma pessoa que fez a minha espada e a da sua mãe. E também fora usado o mesmo tipo de material, uma espécie de cristal.

– Como o ferreiro conseguiu usar o cristal para fazer as três espadas?

– Simples meu filho. Ele pegou o cristal e o dividiu em três partes iguais e em seguida os fundiu com certos metais e formou cada espada. Como você sabe a minha espada é branca, a da sua mãe é rubra e agora você sabe que a do seu avô é negra.. Cada uma dessas espadas representa algo. A minha representa a Paz, a da sua mãe representa o Amor e a do seu avô representa o Poder.

Tsume vai até o Tourou e coloca a mão na cabeça do pequeno e fala.

– Quando você estiver grande o suficiente, a espada do seu avô será sua. Até lá eu quero que você treine.

– Certo. Eu vou dar o melhor de mim pai. – Fala Tourou com muita empolgação.

Tourou, aos seus treze anos de idade, vivia no ápice da sua infância. Quase todas as crianças da cidade eram amigos dele. Ele brincava, estudava, bagunçava e sempre sendo feliz. Até uma noite.



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