(Narração Uchiha sasuke)

Inúmeras vezes quis pedir perdão por todas as vezes que não pude estar ao lado dele. Pelos cumprimentos que não foram trocados. Pelo olhar sempre distante. Por nunca sorriso para poder vê-lo fazer o mesmo. Pelas palavras que não ousei dizer, as guardando somente para mim. Pelo receio de segurar as mãos dele e dizer que tudo ficaria bem. Por privá-lo de minha vida. Por sempre me esquivar. São tantos erros, tantas faltas... Que fazem lágrimas rolarem pelo meu rosto, que atormentam minha alma. Deixo a chuva cair sobre mim. Permito que ela lave e deixe escorrer tudo aquilo que me é inútil. Ódio, rancor... Não preciso deles, não mais. Quero uma luz que afugente minhas trevas. A luz pura e angelical dele. Ele poderia trazer paz a minha mente tão destroçada de mentiras e lembranças amargas.

Se soubesse o quanto me é importante sua companhia, ouvir sua voz. Pena que não soube dar o valor que ele merecia. Por deixar o orgulho falar mais alto do que os sentimentos. Arrependo por não saber parar. Pela vingança controlar minha vida por completo. Olho para o céu e vejo que a chuva só faz aumentar. Paro e decido ficar em algum lugar até que pudesse voltar para casa. Olho para os lados e vejo árvores e moitas, logo a minha frente havia um casebre. Dirijo-me até o casebre. A porta estava entreaberta. Comecei a andar por ali e procurar por alguém. Não via nada além de alguns moveis e a parede de madeira grossa. Para acabar não pegando um resfriado, tiro a blusa e a jogo no sofá ao meu lado.

(Fim da narração)

(Narração Uzumaki Naruto)

Assim que ouvi um ranger de passos seguidos de passos, abri os olhos. Estava ali desde de que a chuva havia começado a ‘apertar’. Durante horas tudo estava silencioso e ninguém havia colocado os pés ali dentro. Continuei virado para o encosto do sofá. Não conseguia imaginar quem poderia ser, afinal, não havia avisado ninguém de minha saída. Quando senti algo molhado em cima de mim virei o corpo devagar. Não podia acreditar no que estava vendo . Ele era a última pessoa que esperava encontrar. Estava estático e surpreso. Não sabia o que fazer. Quando vi pingos d´água caírem no chão levantei um pouco o pescoço. Senti o rosto corar ao ver Sasuke sem camisa.

Os ônix dele se focaram em mim. Eles me analisavam, eu podia sentir. Desviei o meu olhar para outro lugar. Não conseguia mirá-lo por muito tempo. As pérolas negras me deixavam vulnerável, me desarmavam sem pedir licença. Levantei-me e fui até a janela. Passei ao lado dele e pude sentir seu perfume. Tinha um aroma simplesmente delicioso. Doce e marcante, mas sem ser enjoativo.

-         Fugindo da chuva? – perguntei batendo as pontas do dedo na vidraça.

-         Sim – respondeu se aproximando – E imagino que você tenha vindo para cá com o mesmo objetivo.

-         Claro – disse.

Senti-lo assim tão perto fazia meu corpo inteiro tremer. A respiração falhava, ficava ofegante. Era incrível como sua pessoa me inquietava. Apesar dos anos não aprendi a lidar com meus próprios instintos e tudo o que sinto por ele prevalece até hoje. Amor é o que tenho por ele, paixão é o que tenho a oferecer. Um silêncio se instalou. Virei-me para que pudesse ficar a frente dele. Uma vontade de abraçá-lo veio à tona. Estendi os braços e dei um passo. Sasuke encarou-me atônito. Acabei com a ditância entre nós, colocando meus braços em volta do pescoço dele. Deitei minha cabeça em seu peitoral definido e frio. Lágrimas insistiam em cair. Ele realmente estava ali.

Senti as mãos de Sasuke  em minha cintura. Separei-me um pouco dele e acariciei sua face. Ele fechou os olhos. Vi um sorriso singelo brotar nos lábios do Uchiha mais novo. Os sons provocados pelos pingos na vidraça estiavam. Fui aproximando meu rosto aos poucos. Encostei meus lábios aos dele. Esperei uma reação. Nada. Sasuke apenas disse, “Não devia me provocar assim...”. Em fração de segundos minhas costas batiam na parede próxima. Meus braços foram colocados acima da minha cabeça. Sasuke segurava meus pulsos firmemente. Começou a beijar minha testa, meu nariz, minhas bochechas, minha boca até que chegou ao pescoço. Primeiro lambia, depois mordia. Em seguida chupava fervorosamente. Suspirava e revirava os olhos. Sasuke subiu sua boca, fazendo com que nossos lábios se encontrassem novamente. Em momento algum fiz menção de que ele parasse com seus beijos insanso, ou contrário, queria que ele continuasse. Queria que ele me fizesse dele.

Ia saindo da parede aos poucos. Dava passos para frente e acabei por caie em cima de Sasuke no sofá. Bagunçava os cabelos rebeldes enquanto Ssuke levantava minha blusa, apertando meus mamilos. Meu rosto se contorcia de prazer e tesão. Sasuke então inverteu as posições, me deixando por baixo. Não tardou para estivéssemos completamente nus. Sasuke descia cada vez mais seus beijos. Passou pelo meu tórax até que chegou em meu membro. Quando sua boca envolveu totalmente meu membro, joguei a cabeça para trás e cravei minhas unhas no tecido do sofá. Não pude evitar os gemidos. Ele chupava e mordia, devagar, me deixando ainda mais excitado. ‘Agora, vem aqui!” pedi em meio a suspiros. E ele foi sem pensar duas vezes.

È seguimos assim durante o resto da noite. Gemia e gritava cada vez mais alto. A cada momento que sentia o membro de Sasuke em meu ânus. Eu queria mais e ele atendia meu pedido. Comigo de quatro ele penetrava cada vez mais fundo, com mais vontade, com mais força. Aos poucos fui amolecendo até que fechei os olhos. Deitei minha cabeça completamente cansado e suado no peitoral de Sasuke que acariciava meus cabelos. E assim fiquei.

Assim que os primeiros raios de sol invadiram o casebre, levei as costas das mãos aos olhos. Podia sentir um peso em minha cintura. Virei o corpo de lado e vi sasuke. Continha uma expressão serena e um sorriso de anjo. Sorri e voltei a fechar os olhos. A noite que tivemos passava em minha mente como um flash back. O corpo molhado de sasuke fazendo pressão contra o meu, me deixava sem defesa alguma. Eu faria tudo que ele me pedisse. Ouvir de sua boca “Eu te amo”, uma sensação indescritível.