Um amor inesperado. escrita por Lygs


Capítulo 17
Amor (não) correspondido




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/180637/chapter/17

Acordei no dia seguinte com uma vontade imensa de abraçar Bruno, porém logo notei que não poderia. Ele estava longe. Nunca pensei que em dois dias, eu poderia amar tanto alguém. Já ouviram falar de amor à primeira vista? Pois é, acho que eu o encontrei. Bruno me dava uma sensação de que eu estava completa com ele, eu me sentia diferente, me sentia realmente mais feliz.

Pois bem, lá estava eu, brisando na minha cama, quando minha avó escancarou a porta do meu quarto e disse:

- Aquele cara veio aqui ontem à noite, não veio? - Ela parecia brava.

- Veio sim, vó. E o nome do tal "cara" é Bruno, ok? - Não sei porque minha avó tinha essa mania desgraçada de não chamar as pessoas pelo nome. Isso me irritava.

- Hm, e o que ele queria? - Ela estava dando uma de Milena.

- Nada vó, só veio falar comigo, só isso. - Minha avó não precisava saber da minha vida íntima.

- Sei, veio três horas da manhã só pra conversar, certo?

- Ele veio me dizer que precisou viajar de última hora, vó.

- E o beijo que ele deu em você foi parte do aviso, não? - Merda. Ela tinha visto.

- Foi inesperado. Ele parece ser bom em roubar beijos. - Acho que foi a desculpa mais esfarrapada que já dei na minha vida, apenas fiquei esperando que essa desculpa colasse. Não colou.

- Escuta, não quero você de rolo com nenhum cara, ouviu? NENHUM. Vá trabalhar, estudar, faça qualquer coisa antes de namorar. E ai se eu ver você de novo com esse garoto. - Minha avó estava me manipulando? É isso? Ah, não!

- Tá vó. Licença, vou me trocar. - Mentira, eu iria pegar o computador e mandar um recado no e-mail de Bruno.

Ao abrir o e-mail, me deparei com uma surpresinha: Bruno já havia me mandado um e-mail.


"Bom dia Ana, tudo bom? Só mandei esse recado para dizer que já estou com saudades. Beijo."


Bruno não cansa de ser fofo, só acho. Respondi:


"Oi Bruno, estou com saudades também. Minha avó está muito brava comigo, ela disse que não quer saber de me ver com um cara, que preciso estudar e trabalhar antes de namorar. Estou triste. Não queria me separar de você. Mas se continuar assim, não terei o que fazer. Beijo."


Passei o resto do dia no quarto, saí apenas para almoçar. Minha avó percebeu que eu estava brava com ela mas não deu a mínima, para variar. Fiquei vendo os e-mails, aguardando uma resposta. Mas nada, não chegava um único e-mail. Até que fui fuçar nas fotos dele, e foi a pior ideia que já tive. Encontrei fotos não só dele com mulheres, como dele se divertindo nas maravilhosas praias do Havaí. O que é que eu falei? Bruno não me amava, aliás, não dava a mínima pra mim. O que ele iria querer comigo, quando se tem aquelas garotas lindas do Havaí? Não existia velório nenhum, eu aposto! Lágrimas escorriam meu rosto todo. Aconteceu o que eu temia: fui iludida. Poxa, nunca imaginei que gostar de alguém fosse tão complicado. Eu que antes implorava para gostar de alguém, hoje gostaria de nunca mais sentir isso por ninguém.

Olhei para os pequenos peixinhos nadando no aquário que Bruno havia me dado. Chorei ainda mais. Por quê ele fez isso comigo? Minha vontade era agora deitar na minha cama, chorar até o Natal e nunca mais sair de casa. O e-mail alertou, uma nova mensagem. Era dele, tinha certeza. Mas não iria abri-la, fechei o computador e fui dormir. Eu só queria não acordar nunca mais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um amor inesperado." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.