“Anjo caído me beijou, segurando meu último suspiro.
Anjo caído chorou por mim”.

 Nana chegou ofegante em casa, correu até o jardim e pegou a pá que havia cavado o tumulo improvisado de Nana, foi até perto da roseira e começou a cavar
 - preciso desenterrá-la, não a quero mais em minha vida _ repetia Hachi freneticamente, sua expressão não mostrava que estava bem mentalmente.
 Depois de tanto cavar, uma onda de mau cheiro tomou conta do local, o corpo da famosa Nana estava completamente deformado por causa da decomposição, Hachi ficou tonta por conta do odor e correu para a cozinha, lá ela pegou um pano e colocou contra o nariz, então pegou álcool e fósforo, voltou para o local que o corpo estava, jogou o álcool encima do buraco e jogou um fósforo aceso, como uma explosão o corpo entrou em combustão rapidamente, ainda não convencida, Hachi fez o mesmo com a roseira. Ela observou a roseira e o corpo pegarem fogo até virarem cinzas, mas o fogo não enfraquecia, estava cada vez mais forte, Nana voltou para dentro da casa e pegou o álbum de fotos onde estava todos os seus momentos felizes com a amiga, voltou ao jardim e o jogou dentro do buraco, Hachi o deixou pegando fogo e voltou para dentro, ela entrou no banheiro e tirou a roupa, entrando automaticamente na banheira, estava disposta a encontrar Nana novamente, deixou a água encher a banheira enquanto ficava sentada dentro dela com o celular em mãos, um sentimento forte veio em sua direção, talvez fosse Nana que estivesse próxima, Hachi ligou o celular e se deparou com um numero, e encima do numero estava escrito “Ren”, ela clicou em ligar e esperou chamar, depois de um tempo a voz dele ecôo pelo cômodo com seu grave “alo”, Hachi levou o celular ao ouvido enquanto tremia e chorava, e deixou uma frase sair espontaneamente de sua boca:
 - Eu matei Nana
 - O que você disse?
 -... Ela estava enterrada no meu jardim... Que por sinal esta pegando fogo _ e logo depois desligou, suas lagrimas caiam na banheira fundindo-se com a água, que estava novamente se tornando avermelhada, assustada, Hachi deixou o celular cair sumindo em meio ao sangue, Nana surgiu do fundo da banheira, e com ela havia uma faca, um sorriso inocente apareceu em seus lábios e entregou a faca nas mãos de Hachi. Com a faca Hachi cortou os pulsos, os cortes faziam símbolos que então formaram a palavra “Nana” em cada um deles, Hachi Deitou-se, e deixou seu sangue escorrer, um cheiro de fumaça invadiu o banheiro, parece que o fogo se espalhou e estava chegando a sua cozinha, Nana deitou-se sobre ela e ambas sorriram, finalmente estavam juntas, eternamente, seus sentidos aos poucos estavam sumindo, dava-se para ouvir algumas pessoas gritando do lado de fora da casa, e como uma leve brisa, tudo se apagou.