Até As Nerds Sabem Lutar! escrita por Lise Muniz


Capítulo 16
Capítulo 16 - Apostamos corrida com uma corça


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu peço um milhão de desculpas pela demora! Minha mãe me pôs de castigo sem notebook e só saí ontem. Me apressei para escrever o capítulo e postar. Aí está. Espero que vocês me perdoem e não tenham tido um ataque cardíaco!rsrsrs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/180431/chapter/16

Quando faltavam apenas 50 km para chegarmos ao Canadá, uma corça saiu correndo do meio da mata e parou no meio da estrada. Ben freou o carro bruscamente, e este deslizou em uma pequena curva para a direita. A corça nem sequer se mexeu de onde estava. Bluesky pousou no asfalto e eu e a Alice descemos. De dentro da floresta, várias meninas de uns 13 anos, saíram ofegantes com aljavas nas costas e arcos em mãos. Percy, que havia acabado de sair do carro, soltou um grito assustado e eu
olhei para trás. Atrás dele, havia uma garota punk de cabelos negros e com um diadema na cabeça, que não combinava nada com sua maquiagem escura e seus vários brincos na orelha. Ela usava uma calça jeans azul, uma jaqueta de couro prateada, uma camisa azul e botas de couro branco. A garota parecia ter mais ou menos a minha idade e ria tanto que eu não duvidava nada que dali a poucos segundos seu par de muletas iria escorregar de suas mãos e ela iria cair de bunda no chão.

    - Quem é você? - eu perguntei desconfiada

    - Essa é a Thalia, Lana! A prima do Percy que nós falamos. – Annabeth disse

    - Adorei a jaqueta! – Alice disse aproximando-se dela – Mas acho que o diadema não combinou nada com o visual.

    - Valeu! O diadema é a minha patente. Sou a tenente da Ártemis. Mas, Anne... Vocês andaram falando de mim? O que eu fiz? – Thalia
disse

    - Nada! É que a Alice tem os mesmos poderes que você. – Annabeth disse

    - Ela também é filha de Zeus? Ela é tipo... Minha irmã? – Thalia perguntou surpresa

    - Não! Sou uma... Digamos assim... Alienígena que nasceu para servir ao seu pai. Por isso tenho esses poderes. Agora mudando de assunto, o que houve com a sua perna? – Alice disse

    - Uma estátua da minha “adorada madrasta” caiu em cima de mim. Não foi nada legal! – Thalia disse

A corça ainda estava parada no meio da estrada e parecia não dar a mínima para as garotas de arco e flecha que estavam jogadas na beira da estrada. Ben foi tentar ajudar uma das garotas a se levantar e ela acertou-lhe com o arco de madeira que tinha em mãos. Kevin riu feito um louco e a Gwen deu-lhe uma cotovelada no estômago. Ele gemeu e disse:

    - Ai Gwen! Por que você fez isso?

    - Por que você estava rindo da desgraça alheia! – Gwen respondeu risonha

Ela ajudou algumas garotas a se levantarem e depois ficou olhando para as patas da corça. Eu segui os seus olhos e percebi que as patas da corça eram feitas de bronze. Olhei para a Thalia de olhos arregalados e perguntei surpresa:

    - Vocês estavam tentando pegar a corça das patas de bronze? Vocês estão loucas? Isso é impossível!

    - Impossível não. Só é difícil! Dá para ver pela cara das meninas, não é? – ela respondeu

    - Mas para que vocês querem essa corça? – Percy perguntou

    - A nossa deusa mandou que a buscássemos. E é claro que eu não iria desobedecê-la, não é? – Thalia disse

    - Vocês querem ajuda para pegá-la? – Gwen perguntou torcendo para que a resposta fosse positiva

    - Claro! Só não a matem! Pelo amor dos deuses! – Thalia disse

Não gostei muito da idéia de apostar corrida com a corça mais rápida do mundo, mas... Fazer o quê? Devemos ter corrido uns dez quilômetros a pé até cairmos cansados no chão. Aquela corça corria mais rápido que o The Flash!

    - Tem certeza de que não podemos nocautear a droga dessa corça? – Kevin disse quase morto de cansaço.

    - Está louco? Quer morrer? Se você machucar essa corça a Ártemis te quebra. – Alice disse ofegante

Ben sentou no chão, limpou o suor da testa e encostou a cabeça no tronco de uma árvore. Uma idéia brilhante surgiu na minha mente.

    - Alguém tem uma corda? – eu perguntei

    - Eu tenho uma. Por quê? – Annabeth disse revirando a sua mochila

    - Ben, o XLR-8 conseguiria por acaso alcançar aquela corça, amarrá-la e trazê-la para cá sã e salva? – eu perguntei

    - Acho que sim! – ele respondeu radiante

    - E está esperando o quê? Está na hora do herói!

O Ben levantou feliz, girou o disco do omnitrix e se transformou no XLR-8. 2 segundos depois, ele apareceu com a corça amarrada no pescoço pela corda, lutando para se soltar.

    - Bluesky! – eu chamei

Alice iria voando com a Annabeth e a Gwen ia levar o Percy. Kevin iria no Bluesky comigo e o Ben iria correndo com o XLR-8 com a corça amarrada pelo pescoço. Quando voltamos para a estrada, foi uma festa. As meninas pularam e nos abraçaram felizes, enquanto a Thalia deu um tapinha no ombro do Percy e disse:

    - Bom trabalho! Obrigada por nos ajudarem. Ártemis vai fica feliz. Ela anda meio chateada por causa do Apolo, parece que o Carro do Sol foi roubado e ele ficou de cama.

    - Estamos atrás do Carro do Sol. Pelo jeito que o Apolo estava da última vez que eu o vi, acho que ele não passa de hoje. Precisamos nos apressar galera! Nosso prazo acaba hoje. Precisamos ir! Adeus Thalia!

Subi no Bluesky e a galera entrou no carro, antes de decolar, porém, eu fiquei pensando. Como a Thalia estava correndo se a perna dela estava quebrada?

    - Thalia! Como você estava correndo atrás da corça? – eu perguntei

    - Eu não estava correndo! Eu estava a cavalo, que por sinal deve estar me esperando dentro da floresta! Tenho que ir! Tchau! – ela respondeu mancando de muletas para dentro da floresta

Eu dei sinal para o Kevin ligar o carro e nós fomos embora, mas com a pressa acabamos esquecendo que na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá, havia uma barreira policial. Quando eu vi a cara que o Kevin fez ao parar no posto policial, eu já soube que a coisa ia ficar feia. Quando a polícia viu o carro do Ben, se uniram logo, prontos para apreendê-lo, mas felizmente, o Kevin pôs a cabeça para funcionar.
Ele pegou algumas máscaras IDS de dentro do porta-luvas do carro e deu uma para cada um. Com a velocidade que o carro foi parado, ele foi liberado para prosseguir. Assim que eles passaram pela guarita, Kevin tirou a máscara e os policias ao verem, começaram a persegui-lo. Kevin acelerou o carro e passou pela fronteira a 200 km/h. A partir do momento em que um fugitivo da polícia norte-americana (nós) atravessa a fronteira com o Canadá, ele deixa de ser responsabilidade americana e desde que ele não volte para os EUA, ele não tem mais problemas. Bom para nós por enquanto. Depois que a polícia nos deixou em paz, nós começamos a comemorar. Porém, foi cedo demais. Ao chegarmos a Toronto, nós paramos e nos juntamos para procurar uma pista para descobrir por onde
começar. Eu fui andando na frente porque já conhecia um pouco da cidade. Lá parecia estar fazendo uns 45 graus pelo menos. Era a prova que estávamos no caminho certo. Nós fomos caminhando até que ouvi algo parecido com um grito sufocado vindo de trás de mim. Quando eu ia me virar para ver o que estava acontecendo, algo acertou a minha cabeça com muita força. De repente, tudo começou a girar e eu caí desmaiada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?