Too Close For Comfort. escrita por hipstelsens


Capítulo 2
Was I invading in on your secrets?


Notas iniciais do capítulo

mais um pra vocês em menos de 48 horas, sou 1 amor, xx hahahahahahahaha



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Flashback on

- Você tem que contar, Mariana. – Koba pedia para a amiga. – Por mais que doa, ele é seu namorado, você não pode esconder coisas assim dele. – O moreno tentava convencer a garota. 
- Mas Koba, ele pode não me querer mais. E se ele surtar? – ela perguntou, com sua voz trêmula. 
- Você o conhece, Nana. Ele não é disso. – Koba a acalmou. 
- Mentira. – Ela esforçou sua voz. 
- Tudo bem, ele pode ser um pouco fora de controle, mas isso não quer dizer nada – ele terminou. Mariana suspirou, organizando a bagunça que seus pensamentos estavam. – Se quiser, eu vou com você - Koba ofereceu. A garota levantou os olhos com um pequeno sorriso. E então concordou, cansada. 
- Tudo bem, vamos lá. – Ela se levantou do sofá do amigo. 
Os dois seguiram para fora da casa dele e com o carro foram até a casa de Pedro. 
- Você tem certeza, Koba? – Mariana perguntou, insegura. Eles estavam em frente a porta da casa de Pedro. 
Você precisa ter, Nana. Eu não quero te obrigar a nada, mas você sabe que vai ser melhor se ele souber. – Ela suspirou em seguida e fechou os olhos. "Ele tem razão. Além do mais, eu ficaria muito mais confortável sem ter que esconder algo dele". Ela pensou e abriu os olhos, decidida. 
- Vamos fazer isso. – Ela sorriu e Koba abriu a porta, apoiando-a. 
A sala estava vazia. Ou ele estaria na sala de jogos, ou na cozinha. Mariana sorriu disso. Ele sempre seria uma criança. 
- Vou ficar por aqui. – Koba alertou e se jogou no sofá da casa do melhor amigo, ligando a televisão. Ela assentiu e foi à procura do namorado. Bateu na porta da sala de jogos, em seguida abrindo-a. A cena não foi nada interessante, não para Mariana. Era uma garota loira, muito mais bonita que Mariana, e Pedro a segurava nos braços, beijando qualquer milímetro de pescoço que ela tinha. A morena exclamou baixinho, e saiu dali batendo seu tênis gasto no chão, sem nenhum barulho. Passou pela sala, mas não disse nada, saiu correndo pela porta e não esperou Koba. Ela queria correr, correr para esquecer. "Como pude ser tão burra? Como ele pode fazer isso comigo? Ele não dizia que me amava?" Ela falava consigo. 
- Mariana! – Ela ouviu lá de trás seu nome, mas ignorou. Apertou o passo e foi impulsionada para frente. – Mariana! – Ouviu a voz de Koba mais de perto. Aí ela notou; ele estava de carro ao lado dela. – Vamos, entre no carro – ele pediu, mas ela chacoalhou a cabeça. – Vamos, Nana. – Ele pediu, mas ela negou de novo. – Mariana, entra – o moreno de dentro do carro voltou a pedir. A garota suspirou e continuou correndo. Queria ficar sozinha e entender aquilo tudo. Ela estava disposta a revelar seu segredo mais obscuro que sua vida já teve, mas ele não estava disposto a saber. Pelo menos ele não podia mais saber. 
E então a garota se perdeu. Importou-se em apenas fugir, e agora estava perdida. 
- Sua idiota! – Ela berrava consigo mesma, naquela rua vazia. – Isso! Você merece morrer! – ela dizia entre as lágrimas que começavam a brotar de seus olhos. – Isso tudo é castigo! – ela voltou a berrar e então se sentou na calçada gelada, e desabou. Seu soluço era alto, mas ela não se importava por alguém escutar. Era quatro da tarde e ela queria estar em casa. Seus olhos não paravam de jorrar água, até que alguém apareceu ao lado dela. 
- Hey. – A voz era conhecida. Levantou os olhos e viu Thomas sorrindo para ela. Ela engoliu todas as lágrimas que tinha retribuiu o sorriso. 
- Thomas! – Se levantou e correu até o amigo. Ele gargalhou da reação da amiga. 
- Nossa, que recepção. O que você está fazendo aqui? – perguntou, repreendendo-a. 
- Eu me perdi – ela disse, tímida. Ele riu. – E você? – ela estranhou, ele também estar naquele lugar sem nome. 
- Eu tenho um amigo pra esse lado, te vi parada na calçada e deduzi que, como você só sabe o caminho da sua casa e do escritório, você tinha se perdido. – Ele riu, sapeca, e ela também. 
- Pode me levar de volta? – perguntou. 
- Vamos lá – Thomas respondeu, seguindo para seu carro e a menina foi atrás. Ele abriu a porta pra ela, que sorriu, e por alguns segundos ela esqueceu o que sentia. Só de pensar que logo estaria em seu apartamento a fazia sentir-se melhor. Só que ela não esperava que quando ela e Thomas passassem pela porta de seu apartamento, ele não estaria vazio. O sofá escuro da garota estava ocupado por duas pessoas, seu melhor amigo e futuro ex-namorado. Suspirou e foi até a cozinha. 
- O que faz aqui, Thomas? – Pedro perguntou para o amigo. 
- Ela se perdeu – o amigo explicou. 
- Você saiu correndo de mim pra se perder? – Koba perguntou, bravo, indo atrás da garota, na cozinha. Ela não respondeu; ao mesmo tempo em que estava errada, estava certa. Ela acabara de descobrir que seu namorado a traía, não gostava dela o suficiente. Suspirou. Seus pensamentos estavam todos embaralhados, como ela poderia se culpar? Ao mesmo tempo em que queria que Koba a abraçasse, queria ficar sozinha e se culpar por tudo de errado que aconteceu entre ela e Pedro. 
- Ela tá em casa agora, dude – Thomas se meteu. – Relaxa – ele acalmou o moreno, mas em seguida teve uma pergunta. – Vocês estavam juntos? – perguntou, confuso. 
- Mariana – Koba se dirigiu para a menina que estava parada olhando o balcão da cozinha. – Vocês precisam conversar. – Ela sabia que não era de Thomas que seu amigo falava. Ela suspirou e sabia que era verdade. – Vamos, Thomas. Eu te conto no caminho – e então se voltou novamente para a amiga. – Me liga – ele pediu e beijou a testa da garota. Ela assentiu e suspirou novamente. Escutou a porta da sala bater e procurou a coragem que queria para ir até lá. Mas não foi preciso, Pedro veio até ela. 
- Nana – ele chamou. Seus olhos encheram-se de lágrimas apenas pela voz perfeita dele chamar seu nome. Ele chegou mais perto, ela queria se afastar, mas não conseguia. Ele era tão seu como ela era dele. O amava tanto. E ele não. – Me desculpe – ele falou perto dela. – Não vou discordar do que você viu, mas... Eu realmente não acredito que fiz isso – ele se desculpou. – Eu te amo tanto... 
- Mesmo? – as palavras afiadas dela saíram automaticamente. Ela não podia acreditar que mesmo a amando ele estava com outra. 
- Sim. Se te faz sentir melhor, não cheguei a dormir com ela – ele disse naturalmente. A garota riu ironicamente. 
- Ahn, Pedro. Obrigada por dizer. Estou muito melhor! – disse, debochando. 
- Me perdoe – ele pediu. Ela respirou fundo e fechou os olhos. Podia perdoar, claro que sim. Mas eles nunca mais seriam o que eram. Ela se virou para despejar sua resposta em seu rosto, quando de surpresa ele selou seus lábios nos dela. Ela não pôde recusar e eles se beijaram. Um beijo de desculpas e muito sentimento. Ela soltou algumas lágrimas e se afastou dele, chorando. – Nana – ele chamou de novo, então ela soltou seus soluços presos. – Desculpe, me desculpe. Eu odeio vê-la chorar – ele pediu, chegando mais perto abraçando a. Ela não recuou - de novo. 
- Tudo bem – disse baixinho, medrosamente. Ele ouviu e a abraçou mais forte. Era impossível não chorar. Ela se lembrou do por que ter ido a casa dele mais cedo, pelo motivo. E agora ela não podia mais contar. Não tinha tanta confiança para tal. Imaginou o que seria se terminasse seu relacionamento com ele. Ela ficaria arrasada, não por ele. Mas por ela. Mas ela podia viver sem ele, certo? 
- Obrigado, Mariana – pediu e continuou em seguida. - Me desculpe. Isso não se repetirá – ele disse, convencendo-se disso. Ele a amava, mas Tifany estava na casa errada e na hora errada. 
Eles ainda estavam abraçados, mas a morena não conseguia parar de chorar. Pedro estava preocupado, se já estava tudo bem, por que ela chorava tanto? 
- Nana? – o ainda namorado chamou. – O que é? Diga-me o que te incomoda que eu prometo esclarecer! – ele pediu preocupado. Se o problema ainda era ele com a outra garota ele podia explicar qualquer coisa. Ele só queria que a sua menina parasse de chorar, pois ele era a razão disso. Ela chacoalhou a cabeça com sua pergunta e se afastou dele. Seus soluços ficavam cada vez mais altos e ela não conseguia se recuperar. – Por favor – ele pediu, mas ela não conseguiu responder ou sequer se acalmar. Ela foi para a sala. Perguntava-se por que não conseguia ficar irritada, por que não conseguia berrar para Pedro o que ela sentia sobre vê-lo com outra mulher. Perguntava-se por que sua boca não soltava as palavras que ela estava disposta a dizer antes para ele. 
- Nana? – ele chamou chegando perto dela, mas ela o afastou. 

Flashback off.

“A gente se desentendeu
Meu coração não entendeu
Eu falo sério, não tem mistério
Meu pensamento é todo seu
Eu sei você não esqueceu, de nós”


Mariana ouvia a música que seu ex-namorado dedicou a ela. As lágrimas tomavam conta e se arrependia completamente por ainda não ter dito seu segredo. Koba era o único que sabia, o único que falava com ela sobre isso. Quando lhes era cabível. Ela sabia que não podia remoer seu passado, mas doía-lhe tanto. E Pedro não saiu de sua vida, como iria esquecê-lo? 
Seu dia estava normal, ela tinha voltado do trabalho e escutava música na sala enquanto fazia palavras cruzadas. Era um de seus passatempos preferidos. Ela também gostava de escrever, mas precisava de concentração, e nesse momento sua cabeça estava muito avoada para ela se concentrar em algum historia romântica ou dramática demais. 
Olhou o relógio na mesinha de centro da sala e suspirou: sete horas. Lucas tinha lhe prometido que ligaria para contar as novidades sobre a reunião que eles teriam com a gravadora. Ela já tinha ficado impaciente. Queria saber o que tinha ocorrido. Decidiu se ocupar com outra coisa, já que seu vocabulário do dia já tinha se esgotado em sua revista. Foi até a cozinha, começou a cozinhar, passar o tempo era bom. Ela tinha trocado a música e agora tocava outra que ela sinceramente adorava. Seus dedos ágeis temperavam o macarrão, em seguida colocando seu prato para uma boa refeição na mesa. Mariana voltou a ficar impaciente. Perguntava-se por que o amigo ainda não tinha ligado para ela. Então foi até ao andar de cima ver se tinha roupa suja. Era quinta-feira de noite, no dia seguinte precisaria trabalhar, era bom ter algo bom para vestir. Mas então deu de ombros novamente e grudou o celular em sua mão. Voltou a cuidar da massa e cogitou a idéia de ligar para Koba. Mas deixou de lado novamente, talvez a reunião tivesse se estendido e ele ainda não podia atender. 
Pegou ‘Dead as a Doomail’, de Charlaine Harris, e continuou a ler de onde tinha parado. Ela estava agitada, precisava se acalmar, e somente uma dose de Bill Compton e Sookie Stackhouse podiam fazer isso com ela, naquele instante. Tudo bem que nesse livro até eles voltarem a se falar demorava um pouco, mas ela não se importava, adorava o Alcide e quando Charles ia para Bon Temps por ordens de Eric, que Sam mandou Sookie pedir. Sua mente estava mais calma, sabendo que Bill merecia muita raiva de Sookie, ao mesmo tempo em que ela merecia raiva de Bill e Alcide, apesar dela ter se defendido nas duas vezes. Mariana suspirou e demorou um pouco até ficar animada com toda aquela história criativa e aventurosa. 
Ela estava na parte que Sookie ligava para seu segurador ir até sua casa, que tinha pegado fogo na noite anterior, quando o telefone de Mariana tocou. Ela deu um pulo de susto e atendeu surpresa.
- Alô? – então ela correu até a cozinha e viu sua panela. A água tinha fervido e um pouco saído da panela, bufou com isso. 
- Hey, Nana! – Era Koba. Então ela caiu na real e olhou o relógio que ficava na parede de sua cozinha. Oito e dez de noite. Suspirou. 
- Demorou – cobrou do amigo, mas logo se arrependeu. 
- Desculpe, Nana. Nós demos uma passada no Mc Donalds e eu realmente esqueci de te ligar. E quando lembrei vim correndo para casa – ele se desculpou. Ela se sentiu culpada. Eles haviam saído para comemorar e ela tirou isso dele. 
- Desculpe, Koba. Não queria parecer intrometida – ela pediu triste. – Então você tem boas notícias para mim? – Logo continuou ainda com a voz baixa. Ela desligou o fogão e jogou um pano de chão sobre a água derramada. 
- Tenho – ele disse feliz. – Fechamos o contrato do próximo CD – disse entusiasmado. 
- Que ótimo, Koba! – ela disse, empolga. Ficou feliz por eles. Restart, nome da banda deles, estava fazendo tanto sucesso que às vezes até ela era parada na rua. O que não a deixava confortável. – Parabéns. Para você e os meninos. 
- Obrigado Nana. Vamos sair amanhã para comemorar – ele disse. Ela sorriu fraco, mesmo sabendo que ele não veria. Foi automático. 
- Divirtam-se – disse ela, sem muita empolgação. Adorava quando eles vinham tirar-lhe da solidão nas sextas, sábados, domingos. 
- Isso inclui você, dona Mariana – ele falou, não aceitando negações. Ela gargalhou em resposta. 
- Sem comentários – disse. 
- Vou fazer um: esteja pronta às nove. – E então ele gargalhou da amiga. – É verdade, Nana. Nós vamos buscá-la – ele disse aceitando nenhuma negação. Ela bufou em resposta sabendo que teria que sair com os amigos na noite seguinte. 
- Tudo bem – disse contra vontade. – Vou ter que arranjar uma roupa adequada. – E então Lucas riu. – Isso, pode rir,  Kobayashi. Garanto que está esperneando com meu problema – ele continuou rindo da amiga. 
- Não imagino isso como um problema, Nana – falou, voltando ao seu tom normal. – Garanto que você tem uma roupa para isso. Você sempre se veste adequadamente – ela tomou isso como um elogio. 
- Obrigada, Koba. 
- Sem problema. – Era uma deixa para finalizarem a ligação. – Nos vemos amanhã – ele continuou. 
- Tchau – e depois de alguns cumprimentos desligaram. Ela limpou a sujeira que a água tinha causado do chão, tendo sua vontade de comer acabada, em seguida jogou a água restante da panela na pia, fechando o pacote de macarrão que não usou. Não se preocupou em desarrumar a mesa, quem sabe almoçaria no dia seguinte. Involuntariamente bocejou, desejando apenas um banho e sua cama. Era relativamente cedo, ela sabia. Mas seu dia estava terminando, o sono estava vindo e era só isso que ela queria fazer: dormir.


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Notas finais do capítulo

sexta tem mais



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