Abusado escrita por Kalhens


Capítulo 1
Exageradamente irritante


Notas iniciais do capítulo

Ou seria irritantemente exagerado?



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É incrível como ele consegue ser sempre tão escandalosamente desagradável.

Claro que não posso nem ao menos pensar em negar que ele foi de grande ajuda mas, hunf!, sempre com aquele jeito dele.

Aparecendo no último instante, quando a situação se agravava e dando a entender que solucionou todos os problemas, que a guerra jamais teria terminado sem sua heróica intervenção...

Aliais, nem inclui meus exércitos nos seus filmes. Não que isso me incomode, não ligo para seus filmes entupidos de efeitos especiais que contam sempre a mesma história.

De todo modo, por mais que eu deteste admitir, tenho certeza que junto do, argh, França e todos os outros aliados (até mesmo aquele duas caras incompetente do Itália) teríamos dado um jeito na ameaça Alemã...

Se ao menos ainda fosse como nos velhos tempos... Ah, sim, antes das armas de fogo e tudo o mais, quando a Grande Britânia comandava o ocidente. Claro que eu não negaria que o poder bélico daquele exagerado foi bem útil para derrotar os exércitos e aliados daquele inconveniente do Alemanha, tampouco ignoraria as glórias que a Máquina à Vapor trouxera para minha casa...

- Inglaterra, já pegou o dinheiro? Ainda tenho que ir na casa do França! Haha, como é duro ser poderoso!

Mas isso não o dava o direito de simplesmente invadir minha casa desse modo!

- América, tire os pés do meu sofá! Não foi essa a educação que eu te dei!

- Ao inferno a educação que você me deu, eu sou o herói aqui, tenho meus direitos de salvador da pátria. Da sua pátria, inclusive. Agora vamos, pegou o dinheiro?

Seu capitalista imundo irritante egocêntrico ganancioso!

Sim, eu tenho a humildade e decência o suficiente para admitir que não tenho muito o que falar... Mas sempre que eu olho pra essa... Esse... Pro América, fico pensando onde raios eu errei.

Ele não poderia ser simplesmente aquela adorável e lucrativa colônia de sempre?

- Aqui está, meu chefe tinha deixado separado. Isso chega a ser humilhante, depender tanto do SEU capital...

- Fazer o que, coisas da vida, baba baby, baby baba a Colônia cresceu!

- E pare com esse palavreado pobre ao menos na minha casa! Você insulta a língua inglesa.

- Lá vem essa conversa de que ‘’não foi assim que eu te criei’’, quer saber? Vai pro Inferno Inglaterra! Aliais, seria lá que você estaria se eu não tivesse ajudado vocês na guerra não é?

E lá vem ele com aquela gargalhada irritante.

- Certo, já pegou o que queria, agora fora da minha casa. Não tinha dito que estava com pressa?

- Cadê a sua educação, não vai nem me convidar pra ficar pro chá?

- Não, não vou não, pra você ficar reclamando do meu pudim de ameixa? Te acompanho até a porta.

- A culpa não é minha se ele tem um gosto pior do que a bota de um soldado entrincheirado!

E ainda fica a todo momento fazendo trocadilhos com a guerra! Abusado.

- Mas tá certo, tá certo, vou indo.

Um mínimo de educação, posto que sou, afinal, um cavalheiro. Meus modos são referência no mundo inteiro! Por mais irritante que seja, irei, realmente, ao menos acompanhá-lo até a porta.

Assim evito também que ele a bata como fez da última vez!

- Haha, quase que me esqueço! Meu chefe pediu para agradecer ao seu, viu?

- Que seja, só pare de fazer escândalo na minha porta, isso é degradante.

Todos o chamam de ‘’país da liberdade’’ e talvez, de fato, eu tenha sido muito frouxo com esse moleque.

Apenas tive ainda mais certeza disso quando ele enlaçou minha cintura e fez um daqueles gestos que adora colocar em seus filmes, naquelas cenas previsíveis e românticas, onde a mocinha fica totalmente entregue nos braços do amante.

O problema é que a mocinha ali era eu!

- Aliais, não se esqueça, sempre que precisar, seu herói estará aqui, viu?

As palavras sussurradas. Com um ar de...Confissão? Zombaria?

Aqueles olhos azuis dele... Me encararam com um ar tão sério que eu pude sentir meus músculos faciais desistindo um por um da expressão séria e de ar conservador que diz em reprovação ‘’eu estou irritado cm você, saia logo e de maneira discreta’’. Mas ao menos foram honrados o bastante para não me traírem numa faceta de entrega.

Aliais, agora reconheço... Aquilo era uma promessa.

- E não se esqueça também... Você tem uma graaande divida comigo.

Não foi tão difícil me desvencilhar, afinal. Ainda que ele fosse mais... Herm... Enfim, o fato é que obviamente era menos experiente do que o França.

Não estou dizendo que eu conheça as coisas na qual aquele pervertido bêbado seja experiente nem nada, é só que ele vive me agarrando!

E eu não deixo não, que fique suficientemente claro.

- Pare de ficar jogando essas coisas na minha cara e vai logo embora seu desocupado.

- Haha, estou indo. Mas eu volto, hein!

Fechei a porta assim que pude, trancando-a. Não pude evitar de escorar-me nela.

Senti o ar me faltar, que coisa mais indigna!

Mas...

É. Na verdade, era com isso que contava.

Que ele sempre voltasse.

Na verdade, essa era uma certeza.

- INGLATERRA! Quer que eu pegue um pouco das sobras do jantar do França pra você tomar seu chá?

- Sai da minha janela seu desgraçado!

Uma certeza... Agridoce.


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Notas finais do capítulo

OMG NÃO É MELLOXNEAR!
É nessa hora que você vai conferir o nome do autor, e ergue a sombrancelha ou abre a boca ao ver que, sim, é a Kalhens.
Aliais, USUK não é nem meu casal favorito xD
Mas queria fazer algo com os dois há tempos. Ainda não é isso, aliais (estou tentando ainda), mas enfim.
Tinha que começar de algum modo.
Primeira fic com eles, e, pior, primeira fanfic onde o foco não é DN.
Sejam cruéis~
Beijos,
Kalhens.