Samantha Roberts - O Infiltrado escrita por Duda Chase


Capítulo 24
O Infiltrado


Notas iniciais do capítulo

Acho que agora vcs entenderão o significado do título da fanfic. Bom, o capítulo final.



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- Vamos, Sam. Sai dessa cama e vem tomar sol na praia com a gente, sua esquisita. – Júlia tentava me tirar da cama, o que era impossível.

Há quase uma semana mais ou menos eu estava assim. Acho que era drama demais falar que eu estava em depressão-pós-término-do-namoro-e-luto-eterno-pela-minha-irmã, eu só queria ficar deitada na minha cama e assistir a filmes de tragédias amorosas tomando um sorvete de flocos com quilos de cauda de chocolate.

Júlia e Alex estavam me enchendo para tomar sol com elas e a Jenny. Eu simplesmente não conseguia. Acho que eu iria dar uma passeada na floresta, só que mais tarde. Eu também estava ficando cansada da minha cama, eu tinha que variar. Ficar deitada na grama do posto de observação, talvez.

- Eu não estou a fim, garotas. – Respondi e enfiei meu travesseiro na cara.

- Você nunca está a fim, Sam. – Alex reclamou. – Vai, por nós então.

Olhei para ela por um buraco entre o travesseiro e meu rosto.

- Muita mancada falar isso. Hm, a gente, sei lá, pode ir na praia outro dia.

- Pelo menos almoça com a gente. – Pediu Júlia. – É sábado, está o maior sol. Quíron disse que poderíamos fazer um piquenique.

- Talvez eu apareça lá.

- Promete, Sam? – Júlia perguntou.

Suspirei.

- Prometo.

Elas finalmente ficaram felizes e foram embora.

Eu bem que tentei dormir, mas não consegui. Eram tantas coisas em minha cabeça. Eu já havia conseguido respostas para a maioria de minhas perguntas anteriores, mas as piores ficaram em minha cabeça. Eu queria muito poder ver o futuro, saber se as coisas que em que aposto irão dar certo.

Acho que ter muita incerteza das coisas é um defeito muito grande meu. Eu fico pensando nisso direto, tentando adivinhar ou responder todas minhas perguntas. Por causa disso sou muito distraída, o que pode me prejudicar muito. Tudo isso também é devido à minha curiosidade extrema. Às vezes minha curiosidade é boa, quando eu chego até o fundo de alguma coisa que pode me ajudar. Mas isso é ruim quando eu descubro coisas que não queria ou não podia descobrir, coisas que me façam mal; é ruim também quando eu me meto onde eu não devia com essa curiosidade. Acho que são meus piores defeitos. Sabe, pensar demais no que pode dar, no que será. Me preocupo demais com o futuro.

Olhei para minha mão direita, meu anel de compromisso ainda estava em meu dedo. O tirei e fiquei o observando. Estava escrito Eu Te Amo, palavras que vindas dele pareciam tão superficiais naquele momento. Eu tive que resistir e muito ao impulso de por o anel em meu dedo de novo. Me levantei e me ajoelhei em frente ao baú de meu beliche, e o abri devagar. Peguei uma bandana e envolvi o anel com ela, com delicadeza. Guardei meu anel no baú, não pretendendo o por de novo.

Fiquei me lembrando de meus últimos fogos, meu primeiro beijo, o dia em que começamos a namorar. Só que me lembrei de uma promessa que fiz naquele dia que não estava conseguindo cumprir. ‘’ Esqueça o passado, viva o presente e deixe o futuro para depois. ‘’. Estava na hora de colocar isso em prática. Eu iria dar a volta por cima.

Decidi ir tomar sol com minhas amigas. Quando abri a porta de meu chalé, quase que fui cegada pelo sol. Todos estavam brincando entre si, muitos iriam para a praia aproveitar o dia, outros jogavam uma partida de vôlei. Andei até a praia e vi minhas amigas lá, todas de biquíni brincando na água.

Corri para o mar de roupa e tudo e comecei a chutar água nelas.

- Sam, você veio! – Jenny se alegrou e correu até mim. – Olha eu sinto...

- Shiu, cala a boca. – Mandei. – Eu não vou esquecer se você não parar de tocar no assunto. Eu realmente estou afim de não ficar mais trancada em meu chalé.

- Então toma isso, sua otária. – Jenny começou chutar água em mim também. Na verdade, foi um complô de todas versus eu.

E esse foi praticamente o resto de minha tarde.

Na hora do jantar, minha silenciosa oração foi diferente das outras. Estava na hora de eu ser grata. Despejei a parte mais gorda da carne no fogo e abaixei minha cabeça. Para Atena. Obrigada, mãe, por ter me ajudado nessa batalha, pelos dons que a senhora me deu, pelos seus conselhos e ajuda. Agora sei quem são aqueles que amam de verdade, e espero que eles durem muito tempo ao meu lado. Tomara que nos vejamos em breve, mãe.

Me sentei à mesa com meus irmãos entre Mary e Clarck, que sorriram para mim. Só depois percebi que eu estava sorrindo antes deles. Eu sabia que minha mãe tinha me ouvido.


A fogueira estava até bem legal. Os filhos de Apolo, como sempre, puxavam a cantoria e faziam o acompanhamento com suas guitarras e violões, alguns campistas de outros chalés também tocavam algumas músicas. Como o novo costume, meio criado pelo meu desgosto a músicas de acampamento no último verão, os campistas escolhiam músicas e passavam a vez de escolher para o campista do seu lado, no sentido horário.

Todos me olharam quando é minha vez de escolher, o que eu odeio profundamente. Nem sei porque, eu sou péssima em escolher. Pensei bem, eu queria uma música que levantasse a gente, não uma que deixasse a gente mais triste. Comecei a cantar Stand, do Lenny Kravitz. Parece que minha escolha foi aprovada e todos me acompanharam.

Foi uma fogueira que me marcou muito.

Já era fim das atividades e nossa hora de recolher. Alguns campistas ainda estavam sentados nas toras enrolando um pouco para dormir a conversando, outros já estavam pondo seus violões nas capas e se preparando para dormir. Queen, Zack e Jenny estavam conversando na varanda do chalé 13, que ainda era cor-de-rosa. Fiquei com um pouquinho de remorso. Eu iria contar à Queen que mandei Alex pintar seu chalé, um dia, num futuro distante. Ou eu posso simplesmente ajuda-la a remover a tinta ou a reforma-lo. É, acho que assim eu vivo mais.

- Eaí, gente? – Me sentei no guarda corpo da varanda.

- A gente estava lembrando quando eu e o Zack fizemos uma pegadinha com a Queen. – Jenny me contou. – Pusemos um holofote bem na janela dela e pedimos para a Júlia camufla-lo com magia, de modo que ficasse de dia até de noite.

- Eu odeio luz. – Queen reclamou. – Ficar no escuro é muito mais gostoso.

Eu ri, pelo jeito eu não era a única que fazia minhas pegadinhas com a Queen.

- Tinha que ser você, Miss Sunshine.

- Miss Sunshine? – Queen ficou confusa.

- É meu apelido tosco feito pela Srta. Wikipédia. – Jenny respondeu. – O do Zack é Raven, porque ele vive tendo visões.

- Eu odeio meu apelido. – Zack resmungou.

- Eu não te dei um apelido para você gostar, Raven. – Retruquei. – Acho que vou pedir para Quíron um Conselho de Guerra agora. Vou apresentar o plano. O verão está passando rápido, temos que nos preparar.

Zack ficou estranho quando tinha anunciado isso. Sei lá, ele parecia mais tenso, seus olhos ficaram meio distantes.

- Agora? – Queen perguntou, meio indisposta.

- Sim, hell girl. – Respondi, orgulhosa pelo novo apelido que tinha inventado. É, esse iria pegar.


Quíron não reclamou quando pedi a reunião. Eu não estava com cabeça na última vez e ele não é do tipo de tomar uma decisão sem ouvir dois lados da mesma coisa. Convocamos a todos os conselheiros-chefes e fomos para a Casa Grande.

Nos sentamos a mesa e a reunião começou.

- Bom, - Quíron começou. – temos que discutir a estratégia de guerra...

- Não tem o que discutir. – Matt logo o cortou. – Sócrates irá atacar o Olimpo. Temos que nos fortalecer agora, esperar pacientemente seu ataque e acabar com seu exercito, expulsando-os Manhattan a fora. O melhor ataque é a defesa.

- Será mesmo? – Indaguei.

- O que disse, nerd? – Matt perguntou.

Queen cruzou os braços e o fuzilou com seus olhos.

- Chame-a de nerd mais uma vez, valentãozinho, para ver se o Spike não vai largar você na Groelândia.

Todos ficaram quietos. Quando a Queen ameaça, você deve ficar com medo. A agradeci com um gesto da cabeça.

- O melhor ataque não é a defesa. – Continuei, como se nada estivesse acontecido. – O melhor ataque é quando a defesa de seu adversário não está pronta para ele.

- Me explique melhor isso, Samantha. – Quíron pediu.

- Eu estive pensando em um modo de me vingar de Sócrates. Pensando em como eu queria que ele sofresse que nem eu, fazer com que ele pagasse na mesma moeda, entende? Vamos jogar no mesmo jogo que ele, vamos por um infiltrado em seu campo. Esse nosso infiltrado tem que demonstrar interesse à causa, pensar nela constantemente, então Sócrates terá domínio de seu cérebro e se comunicará com ele em sonhos. O infiltrado irá para esse suposto acampamento em que Sócrates se encontra agora, nos passará informações. Precisamos saber onde eles estão, por que eles estão lá e o momento em que as tropas de Sócrates estejam enfraquecidas, por qualquer motivo que for, para então atacarmos.

A reação deles não foi das piores, não era um plano tão ruim.

- Mas é perigoso. – Queen alertou. – O infiltrado tem que ser cuidadoso, para Sócrates não descobrir esse vazamento de informações, ser corajoso e tem que ter caráter forte, para não se corromper.

     - Mas, quem seria essa pessoa? - Matt perguntou

E, com um timing mais que perfeito, ouvi passos atrás de mim.

- Eu, Zachary Smith, me ofereço como infiltrado do Acampamento Meio-Sangue!






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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostada da fic, leitores lindjos! Sim, pensei na continuação. O título previsto é '' Guerra Fria '', mas não irei posta-la tão brevemente. Mas me acompanhem no twitter, vou tweetar notícias sobre a próxima fic frequentemente lá.
Agradecimentos especiais:
Queria agradecer à minha cretina, a Ju ♥ ( camp_meiosangue ) Ela me ajudou muito no enredo da fic, nos momentos de crise de criatividade e me incentivando.
A minha maninha Nathy ( NathyPookye ) por estar sempre me incentivando.
A Leenda ( LuluuhTeen ) pelo seus reviews divástivcos
A Nat ( CupcakeAzul_ ) por ter sido a primeira leitora fiel.
Em breve, Guerra Fria estará ai!