Os Olimpianos E Os Astros Medievais! escrita por justhannahbaker
Notas iniciais do capítulo
Bom, gente, eu estava sumida a um TEMPÃO, sei que vcs queriam me esganar, mas acontece que se vcs estudassem na minha escola, iriam entender.
Minhas sinceras desculpas, já estou voltando a escrever, espero que gostem!
Já passavam das sete, quando conseguiram chegar em casa. Largaram as mochilas em qualquer lugar dos quartos e desabaram na cama.
Mikinley High, Ohio, nos corredores:
– Rach! – gritou Puck, ao avistar a amiga judia tentando abrir o armário – Deixa isso comigo – Oops!
– Ah, ok! – Rachel disse, enquanto via a porta do seu armário em cacos, no chão – eu vou colocar uma porta nova!
– Tá tudo bem? – ele perguntou, fitando as olheiras dela.
– Tá! – ela respondeu, sonolenta – acho que foi só uma noite mal dormida, sabe eu tive um sonho esquisito... – ela riu – sonhei que a gente estava lutando contra uma Hidra!
– Rach! – Puck encarou Rachel, desesperado – Isso não foi um sonho!
– Eu sei, fala baixo! – gritou ela, vendo a multidão de alunos estranhando aquela conversa – Só estava brincando! Cadê todo mundo!?
– Estão chegando, acho... – ele olhou para os corredores do colégio – a gente se vê no almoço! – e os dois desapareceram entre a multidão.
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Mckinley High, almoço, 12:00h:
– Eu te procurei o fim de semana inteiro! – disse Kurt, bravo – onde você estava!? Lembra que íamos assistir Grease na minha casa, sábado!
– Desculpa, Kurt – Blaine disse, disfarçando – Acontece que eu tive que passar o fim de semana com meus pais – continuou – Semana que vem, vamos ver uma casa de praia que querem comprar!
– Ah, bom! – Kurt disse tonto – vamos á aquele bar gay de sempre!?
– Estou cansado! – lançou olhares para Puck, Rachel, Mike, Santana, Brittany, Sam e Quinn, eles se entreolharam. – que tal um bom e velho filme!? Você disse que queria ver Grease...
– Ok, a gente se vê no Glee club, preciso rever minhas aulas extracurriculares para NYADA! – Blaine assentiu.
Os guerreiros do New Directions estavam estáticos novamente.
– Mike, já que você não apareceu o fim de semana todo, eu...
– Desculpa, Tina... – Mike respondeu, dando-lhe um beijo na bochecha – O meu pai... Você sabe...
– Quer ver Memórias De Uma Gueixa!?
– Aham! – riu – Você já vai!?
– Já! – riu também – preciso conversar com o diretor Figgins! – e saiu.
– O que deu em vocês pra sumirem nesse fim de semana!? – desconfiou Finn.
– Finn, isso não é da sua conta! – ralhou Rachel aflita – além do mais, eu passei o fim de semana inteiro ensaiando as músicas de Les Miles! – Finn fitou a namorada tonto – só que com você por perto, isso não ia dar certo! – ela o beijou.
Sue Sylvester, treinadora das cheerios estava passeando pelos corredores e oprimindo os alunos como sempre, vestia um costumeiro uniforme rosa. Avistou o Glee club reunido em uma mesa no refeitório, disse:
– Espero que não tenham passado o fim de semana em uma sala de cirurgia, colocando silicones – arqueou as sombrancelhas para Santana e Brittany – senão vocês vão ficar na base, servindo de airbags para as outras!
– Nós estávamos ensaiando a coreografia que perdemos semana passada! – disse Santana, meio contrariada, olhando para Brittany.
– É bom mesmo! – e saiu empurrando tudo e todos que via pela frente.
– Nós também! – disseram em uníssono para a treinadora Beiste, que estava conversando com Ms. Shuester e Emma Pillsbury.
– O que vocês tem, meninos? Cansados?! – perguntou.
– O nosso último jogo... – Sam começou.
– Ok – tranqüilizou Beiste – Will disse que vocês estão se esforçando muito no Glee club!
– Obrigado, treinadora! – Puck agradeceu sem-graça.
– Quinn!? – a orientadora chamou, um pouco surpresa – você está com algum problema!? A professora de matemática disse que você estava tão dispersa na classe, que errou dois problemas...
– Ah – Quinn sorriu – não se preocupe, Sta. Pillsbury – tentou suster-se – estava mesmo revisando as matérias nesses últimos dois dias – encarou os presentes – apenas um pouco cansada.
– Quando quiser conversar, estou sempre a disposição! Vamos!? – Will ofereceu o braço a ruiva.
– Essa foi por pouco! – transpirou Blaine.
– Isso tá ficando cada vez mais difícil... – reclamou Sam – e agora!?
Em silêncio, se entreolharam. Por fim começaram a comer.
– Liguem ás cinco! – Rachel disse, bebericando suco de uva.
– Sim – Quinn afirmou – Precisamos conversar – e fitou a movimentação a sua volta – em particular.
O sinal tocou e todos saíram correndo dali.
Percy’s POV:
Acampamento Meio-Sangue, 15:40h:
Já fazia algum tempo que aqueles novatos tinham deixado o Acampamento, e eu já estava com raiva de mim novamente por não tirar aquilo da minha cabeça!
– Percy! O que acha!? – Levei um susto, quando ouvi a voz de Annabeth – Percy!? – ela apontou para o início das construções. Estava incrível, aliás. Annabeth tinha projetado todas as alas um milhão de vezes melhores do que as que tínhamos.
– Nossa! – falei – Você fez isso tudo sozinha!?
– Isso aí! – ela respondeu orgulhosa. – Você tá legal?
– Tô! – respondi, meio desconcertado – tudo ok!
– Você ainda tá um pouco mexido com aquela história... – Annabeth foi interrompida – Grover!?
– Eu também estou! – ele confessou – passei horas pensando nisso... Vocês tem alguma ideia do que eles realmente...
– Não! – eu e Annabeth dissemos juntos, um pouco frustrados.
– Já vamos descobrir! – disse, olhando fixamente através das colinas do Acampamento.
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– Alô!? – era Blaine ao fone.
– Você já está em casa Blaine!? – riu – não ia ver Grease com o Kurt!?
– Já vi! – Blaine riu de volta, endireitando o fone – já estou em casa, na verdade... O Puck está aí com você!?
– Não! – Rachel começou a roer as unhas – o que pode ter acontecido!?
– Peraí – pigarreou – vou colocar todo mundo na linha!
– Vocês não param nunca de gritar!? – Santana danou – sério, tinha que ser a Barbra e o Harry Potter!
– O q... – Blaine foi interrompido.
– Harry Potter é muita sacanagem, Satan! – era Puck, rindo ao celular. – Tá aí, Sam!?
– Sim! – Sam riu um pouco desconfortável – Desculpem o atraso!
– Eu estava procurando você Sam. – foi a vez de Quinn falar. Ela parecia mais serena e concentrada do que antes. – O que houve?
– Onde diabos vocês se meteram!? – Santana ralhou novamente.
– Procurando unicórnios com certeza! – Brittany riu – Rory deve ter desaparecido de novo!
– Que nada! – Puck riu – Estávamos treinando até mais tarde, só chegamos agora!
– É isso aí! – confirmou Mike, conectando-se na linha – qual é o motivo da reunião!?
– Na verdade... – Rachel começou – é a Quinn que quer falar alguma coisa!
– Quinn!? – chamou Sam.
– Na quarta – disse solenemente – e tragam tudo que puderem sobre a Idade Média! – orientou firmemente – e principalmente mitologia... – declarou vagamente.
– Onde vai ser!? – Puck perguntou, confuso.
– Pode ser na minha casa!? – Rachel sugeriu.
– Sim. – Quinn finalizou – Enquanto isso... – continuou – Ajam o mais normal possível – tremeu – Se quisermos progredir este é o primeiro passo.
– Ok! – disseram juntos.
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Casa de Rachel, quarta, 4:15h
– Vamos entrando! – Rachel disse, feliz – todos aqui!?
– Eu vim pela janela! – todos riram.
– Que casa gay! – Blaine elogiou – seus pais tem muito bom gosto!
– Pois eu acho que entrei na casa da Moranguinho ou coisa parecida! – Santana observou rindo – é bem a cara da Barbra mesmo!
– Ai, eu posso morar aqui!? – Brittany estava encantada com o apartamento da amiga – isso é tão fofo!
– Eu sei, é fofo né!? – Rachel riu – Gostou!?
– Gente, não viemos aqui pra isso... – Mike advertiu. – Onde está a Quinn?
– Aqui – Sam apontou para a última a adentrar a sala – Eu ajudo! – e agarrou-lhe a bolsa.
– Vamos sentando! – Puck imitou o modo de falar de Rachel rindo – E aí, todo mundo sobreviveu? – disse olhando para o grupo que acabava de sentar-se nos sofás e no tapete da sala.
– Como assim!? – Rachel perguntou.
– Já sei... – Santana ralhou – aquela história de nos comportarmos normalmente você quer dizer!
– Isso aí! – Sam afirmou. – e...!?
– Correu tudo bem! – Brittany sorriu – refizemos as coreografias do mesmo jeito que a treinadora ensaiou!
– Só fingimos não pensar em tudo o que está acontecendo! – admitiu Santana.
– Com a gente também! – disse Mike – ainda bem que a treinadora nem desconfiou! – riu olhando para os parceiros de time do Glee club, Puck e Sam.
– Eu exigi solos essa semana! – disse Rachel orgulhosa – voltei a ser a mesma Rachel de sempre para o Glee club, Ms. Shuester e Mercedes... – todos riram da grande atuação dela – Mas...
– Mas o que!? – Puck gritou, nervoso – Fala, Rach! – os guerreiros ficaram atônitos.
– O Finn terminou comigo! – gritou, desesperada.
– Ele o que!? – indagou Puck.
– Ele disse que eu não estava dando a atenção que ele merecia! – Rachel entristeceu-se – E mais, disse que não tinha engolido as últimas semanas, disse que eu estava um tédio, que ele era um dos meninos mais populares do Mckinkey e que iria aproveitar a vida com algumas cheerleaders! – gritou enxugando uma lágrima.
– Deixe-o! – uma voz inconfundível adentrou a sala. Jesse St. James.
– O que você fez!? – perguntou Blaine enquanto o recém-chegado sentava-se.
– Nada! – Rachel admitiu – me preocupei em procurar o que a gente precisava na biblioteca! – levantou a cabeça, rindo torto – Mas foi melhor assim! Pra ser sincera eu não agüento a bipolaridade do Finn!
– Claro... – Quinn reconheceu.
– Ele é uma criança! – completou Sam, indignado. – O cara não sabe o que quer!
– Eu bem que avisei! – Santana gritou.
– Bem – Jesse começou – podemos iniciar essa reunião? Eu trouxe o que me pediram!
Depois da frase final, os artistas despejaram no chão uma grande quantidade de livros, revistas, jornais, artigos, pastas e papéis.
– Tudo aqui! – disse Brittany – e agora, Quinn!?
– Agora – Quinn começou – preparem-se para estudar tudo isso aqui – e apontou para o material.
– Pra que!? – perguntou Puck, confuso.
– Precisamos saber o que vamos enfrentar – fitou o grupo de amigos pausadamente – tudo. E além disso, temos que saber nossas...
– Identidades. – Jesse sorriu torto – Exatamente.
– Quando a hora chegar, vamos estar preparados! – Santana completou – vocês tem razão! – cruzou os braços – e depois!?
– Depois – Quinn sorriu, tirando de sua bolsa, um caderno grosso, com capa de couro marrom e folhas brancas. – Vocês vão anotar aqui, tudo o que leram, releram, aprenderam, gravaram – fitou o caderno – e principalmente todas as experiências que tivermos pela frente – todos entreolharam-se e entenderam o que ela quis dizer – por isso, tenham sempre uma caneta em mãos.
– Vamos começar!? – Jesse sugeriu.
Os heróis começaram a estudar sem cessar, todo o conteúdo que havia ali. Após muita leitura, resolveram escrever tudo o que acharam importante no caderno grosso de couro marrom.
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Percy’s POV:
Estávamos mais ansiosos do que o normal. Quíron disse que as identidades desses novatos iriam ser reveladas, e pra me deixar com mais raiva ainda, esse era o assunto favorito dos campistas, principalmente na ala de Ares, Hermes, Atena e Afrodite.
Eu já estava de saco cheio daquele blábláblá isso desde o começo, e na verdade, nada disso devia ter acontecido.
– É o assunto preferido dos deuses! – Grover exclamou na hora do jantar – e até de Quíron!
– Até dos três grandes!? – perguntou Clarisse juntando-se a nós e soltando uma risadinha que logo me fez perceber a sua pergunta de verdade = Até de Poseidon?
– Aham! – Annabeth beijou minha bochecha enquanto fazia sinal afirmativo com a cabeça para as campistas que estavam reunidas do outro lado da fogueira – Já vou! Vem logo, Clarisse!
– Já tô indo! – Clarisse gritou e as duas saíram correndo.
– O que você acha que elas tanto conversam!? – Grover riu.
– Coisa de menina! – gritei, só não disse que eu estava mesmo com vontade de espiar a conversa. Peguei outro copo de ambrosia e desatei a beber, antes que viessem com aquele papo chato daqueles humanos esquisitos novamente.
– O que vai fazer esse fim de semana, Rachel? – Rachel se assustou vendo Finn na frente com um riso amarelo.
– Hmm, ensaiar números de Les Miles! – disse pegando alguns livros do armário meio desconcertada.
– Pensei que você poderia ir lá em casa... – tentou Finn.
– Mas você não terminou comigo!? – perguntou a baixinha fazendo cara feia.
– O que tá acontecendo aqui, Rach!? – Puck chegou de repente, desconfiado.
– Deixa pra lá! – Rachel pegou as últimas partituras que precisava e fez menção de ir embora.
– Cara, qual é a sua!? – Puck gritou – Deu pra seguir a Rachel agora!?
– Vocês tão escondendo alguma coisa, e eu vou descobrir!
– Você fez bem em terminar com a Rach! – Puck gritou a altura – Porque ela é muita areia pro seu caminhãozinho... – Puck saiu enquanto colocava os amigos na linha imediatamente.
– Fala, Puck! – Sam foi o primeiro a atender a ligação.
– Ele tá desconfiando! – Puck gritou – Tá até seguindo a Rach!
– Quem!? – perguntaram Blaine e Mike.
– O Finn, é claro! – Santana pegou o fone enraivecida – e cadê a Barbra!?
– Aqui, Santana! – respondeu Rachel de um tom que afirmava já estar ouvindo a conversa – Ele tava me sondando!
– Você não contou nada, né!? – perguntou Blaine.
– Ainda mais porque com a Tina foi tudo ok! – Mike começou – ela nem percebeu que eu estava mandando mensagens no celular enquanto assistíamos Memórias de uma Gueixa!
– Ah, então foi você cara!? – Sam riu. – Bom, minha semana foi tranqüila também, não é Puck!?
– Isso aí! – Puck disse animado – Nos saímos bem melhor do que o normal...
– Eu e a Britt também – afirmou Santana rindo – eu nem estou mais na base da pirâmide!
– Já estou arrumando minhas coisas! – Brittany disse felicíssima – O caderno de capa marrom está comigo, gente!
– Você estudando!? Não acredito! – Mike riu.
– Ei, o que tá querendo dizer!? – Brittany ralhou rindo.
– Graças a Deus está tudo bem. Vocês estão preparados? – Quinn perguntou.
– Tudo ok! – Puck confirmou – Sexta, né!?
– Depois do Glee club! – Rachel disse – e tragam suas coisas!
– Ok! – Todos disseram em uníssono e retornaram as suas atividades.
Percy’s POV:
Do Acampamento, todos pareciam apreensivos. E eu também, infelizmente. Ninguém sabia o verdadeiro motivo do interesse dos deuses naquele bando de humanos. Quer dizer, humanos não. Porque sobreviveram a uma Hidra morta de fome que quase matou Annabeth. Além daquele mauricinho ter conseguido tomar ambrosia líquida, o que não é lá uma coisa muito normal de se ver.
E lá estavam eles. Em círculo, Quíron parecia feliz ao recebê-los pela primeira vez. Isso pareceu deixar os “guerreiros” mais aflitos ainda, porque ficavam se entreolhando o tempo todo.
Além de mim, Annabeth, Grover e Clarisse, nenhum campista pareceu ter coragem de se aproximar.
– Quíron disse alguma coisa!? – perguntou Grover.
– Calem a boca! – Clarisse resmungou – desse jeito, não dá pra ouvir nada!
– Sério!? – eu ri – parece que vão ter uma reunião particular.
Todos aquietaram-se quando o Sr. D apareceu do nada.
– Parece que isso é mesmo necessário! – ele disse – o que fazer!? Sigam-me.
– Mas que droga! – resmungou Annabeth de um jeito que a fez parecer Clarisse – façam alguma coisa!
– “Façam alguma coisa!?” – gritou Clarisse – sua mãe não é Atena, deusa da sabedoria!?
– Parem com isso! – gritei. – Isso não vai adiantar nada! Não vão nos deixar entrar! Nem se eu quisesse acabar com essa porcaria e invadir o lugar!
– Tirou as palavras da minha boca, cabeça-de-alga! – riu Clarisse de repente, de bom humor.
– Vamos ver as construções de Annabeth!? – sugeriu Grover, tentando nos ocupar e dessa vez, não me importei nem um pouco.
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A sala estava escura, mesmo de dia. E o clima estava estranho. Sr. D e Quíron estavam olhando para os guerreiros do New Directions a espera de alguma coisa. Uma tocha de bronze estava diante deles.
– O que tá acontecendo!? – Puck perguntou.
– Tá olhando pra mim porque, Puck!? – perguntou Rachel em resposta.
– Silêncio! – disse o Sr. D e os novatos tremeram olhando pra ele. Estavam um minuto no escuro, quando alguma coisa começou a se mover. Rodearam todos os presentes. Eram forças atuando. Os alunos do Mckinley High School imediatamente começaram a revirar seus olhos, estupefatos para o ajuntamento de luzes coloridas que sondavam o lugar.
– O que é isso!? – perguntou Blaine inquieto.
Imediatamente as luzes voltaram-se para a tocha de bronze. Mais um minuto de silêncio. A tocha se acendeu, para a surpresa de todos, em fogo e do fogo saíram palavras embaralhadas e abaixo delas, as mesmas palavras escritas pelo fogo, em o que parecia ser latim.
– O q... – Santana começou. – O que.. Isso! – a latina sentiu-se conectada com o fogo e com as palavras vindas dele, que tampouco conhecia.
– Você! – disse Dr. D – Como é mesmo que se chama!?
– Santana Lopez! – respondeu, tentando se manter firme. Ninguém nada entendeu. Olharam para a amiga.
– Santana – repetiu Quíron, o centauro – A Espadachim!
19:30 no refeitório do Acampamento
Percy’s POV:
Após vermos os trabalhos de Annabeth, resolvemos ir comer. Pelo menos, era o melhor que podíamos fazer, segundo Grover.
Eu estava bebendo cherry cokes azuis e comendo churrasco quando Quíron e Sr. D apareceram de supetão, e pra surpresa de todos os campistas, estavam com ninguém menos que aqueles novatos.
– É verdade afinal – Sr. D riu amarelo – Bom, sejam nossos convidados por esta noite, ao menos!
Ninguém poderia esperar uma reação tão calorosa do diretor do Acampamento, Sr. D.
– Obrigado! – disse o mauricinho, com um risinho amarelo.
– Mas preferimos ficar sozinhos! – disse Puck olhando fixamente para mim, Annabeth, Grover e Clarisse como se tivessem provado alguma coisa.
– Vamos! – guiou a baixinha de cabelos e olhos castanhos. Como era mesmo o nome dela!?
Enquanto eu pensava nisso, eles já tinham descido e ido para seu chalé. Depois que eles saíram, todos os campistas começaram a falar sem parar, e é claro que era sobre a reunião esquisita que tiveram no começo da tarde de sexta-feira.
– O que vocês acham que houve lá!? – Grover perguntou.
– Provavelmente descobriram suas identidades! – continuou Annabeth – ou pelo menos, de um deles.
– Como assim!? – perguntei.
– As identidades deles, não são reveladas de uma hora pra outra como aconteceu com a gente! – explicou – acontece que como as forças dos deuses da mitologia grega agem sobre nós, outras forças agem sobre eles. De maneira completamente diferente!
– O que eles disseram que são mesmo!? – Clarisse interrompeu a conversa.
– Guerreiros da Idade Média! – eu disse, bebendo mais um pouco de cherry coke azul.
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– Me ajudem! – Puck gritou – vamos ter que dar um jeito nisso! – estavam dentro do seu chalé, mais precisamente dentro da cabana rústica que construíram.
– O que a gente pode fazer!? – perguntou Sam, preocupado.
– É o chão não é!? – perguntou Blaine olhando para a grama – não podemos simplesmente dormir na grama!
– É perigoso! – completou Jesse St. James – Sabem, bactérias, doenças, parasitas! Não podemos correr esse risco. Não agora.
– Já sei! – disse Mike – que tal construirmos um chão de madeira!? O chão da minha casa é tradicionalmente oriental – continuou – venham, eu mostro como se faz!
– Saindo!? – perguntou Rachel. – Já!?
– Aham! – respondeu Puck – vamos cortar madeira na floresta!
– Ok! – respondeu – já estamos arrumando o jantar!
Santana era definitivamente a melhor cozinheira dentre as meninas. Embora Rachel e Quinn, também tivessem suas especialidades na cozinha. Apenas Brittany não era familiarizada com isso, mas ficou feliz em aprender.
– Logo logo vou aprender a fazer comida de unicórnio! – disse satisfeita. – mas enquanto isso, acho esses peixes grandes dão pro gasto!
Dessa vez, haviam recheado os peixes não só com pimenta, mas com um molho de frutas, feito por Rachel.
– Marshmallows!? – Santana estranhou, temperando os peixes, antes de assá-los. Brittany assentiu.
– E vocês nem imaginam as frutas que eu consegui pegar! – Brittany riu – Bem melhores do que as que a gente come no refeitório do Mckinley!
– Tinha um rato nas suas também!? – Rachel soltou uma risada.
– Acho que já podemos assá-los. – Quinn disse sorrindo. – Hoje foi um dia cansativo. Principalmente pra você, Santana. Ou devo dizer, A Espadachim! – Santana estremeceu. Resmungou algo sobre as meninas irem logo servir a comida antes que saísse algo estranho de seus estômagos e a deixarem em paz, enquanto corria para dentro da cabana escrever impulsivamente em um caderno de couro marrom.
Percy’s POV:
O sábado parecia mais um dia normal no Acampamento. Mas eu tive um estranho pressentimento de que havia algo mais ali. Não sabia exatamente o quê. Quíron não parava de conversar com o Sr. D.
– Hoje é dia da captura de bandeiras! – disse Grover, como se aquilo fosse novidade.
– E daí!? – eu disse, bebendo minha cherry coke azul sem parar. – Deviamos estar nos preocupando com o que está acontecendo lá fora!
– Do que você tá falando!? – perguntou Clarisse de supetão. – eu olhei para a mesa de Atena.
– Annabeth disse que existem monstros do universo deles! – respondi, atônito – mas nem sabemos direito quem são!
– Aí é que tá, Percy! – gritou Grover – você não entendeu! Eles também vão participar da competição!
Cuspi minha cherry coke azul.
– Tá brincando!? – eu olhei para a cabana rústica afastada de nossos chalés no Acampamento. Os nove estavam felizes almoçando sentados em baixo de uma árvore na beira da fogueira.
Annabeth fez cara feia e nem quis saber mais de comer. Clarisse chutou um pedregulho.
Resolvi passar a tarde treinando com Contracorrente. Destampei minha caneta de bolso, e ela cresceu 90cm em bronze. Era o que eu fazia quando estava zangado. A maioria dos campistas me acompanhou.
Foi aí que inesperadamente vi Quíron subir a colina acompanhado. Eu ficaria mais feliz, se fosse o Sr. D ou o oráculo. Mas ao invés disso vi um dos novatos ao seu lado. E pra piorar a situação, era uma menina.
– Esse é Percy Jackson! – Quíron apresentou como se nunca tivéssemos nos visto antes.
– Eu sei quem ele é! – disse ela raivosa e impaciente. – vamos logo com isso!
– Nossa nova... – limpou a garganta - Integrante vai treinar com você, Percy! – disse Quíron como se isso fosse completamente normal. Ouvi risadinhas abafadas e gritos dos outros campistas.
– Aqui está! – Quíron entregou uma espada de madeira que fez os campistas rirem mais ainda. – é temporárea – e olhou para mim. – boa sorte!
– Obrigada! – ela disse segurando a espada com firmeza.
– Você ainda pode desistir se quiser! – eu disse – isso não é exatamente legal. – mas ela parecia impassível.
– Depois não vai dizer que eu não avisei! – tentei de novo.
– Ah, cale essa boca! – ela gritou, e eu fiz esforço para não rir quando ela apertou o cabo da espada com mais força ainda.
– Tá bom! – eu falei – você já fez isso antes!?
– Eu por acaso tenho cara de que já fiz isso antes!? – ela disse no mesmo tom de impaciência.
– Qual é o seu nome!?
– Você me conhece! Você sabe qual é o meu nome! – disse ela me queimado instantaneamente com os olhos.
– Não, não sei, eu esqueci, acho! – respondi – anda, qual é o seu nome mesmo!?
– Porque você fica me rodeando, seu esquisito!? – ela começou num tom irônico – Você por acaso foi abutre na outra vida!? – essa pergunta me pegou de surpresa. Ouvi e vi os campistas, agora, em volta de nós, e dessa vez eles estavam em alto e bom som, rindo de mim.
– Você tem coragem, tenho que admitir! – eu ri amarelo. E ela assentiu, fazendo o mesmo.
– Santana Lopez – ela disse, finalmente – Eu me chamo Santana Lopez.
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O número de campistas praticamente dobrou quando perceberam que aquela novata estava levando o treinamento a sério. Todos estavam curiosos pra saber mais sobre ela, e eu também, infeizmente.
Estávamos sobre o gramado verdinho do campo e em meio a colinas ondulantes. Era um dia quente de verão, mas estávamos na sombra, por sorte.
– Vamos! – eu disse rindo – me ataque! - gritei.
Santana Lopez hesitou por alguns minutos.
– Que foi? – eu ri – com medo!? – é claro que eu estava brincando. Mas como esperado, Santana me queimou com os olhos e apertou a espada de madeira com força tentando me atacar.
Todos riram. Ela não conseguiu nada mais do que cortar o ar. Isso só a deixou com mais raiva ainda, e eu não podia culpá-la. Eu estava me divertindo muito.
– Já cansou!? – eu ri. – tão rápido!? – Santana apertou a espada mais ainda e tentou me cortar freneticamente, com o maior número de ataques que podia.
Nenhum me acertou, eu desviei deles, quase de olhos fechados. Disse:
– Você ainda pode voltar, Santana! – continuei, fitando-a fixamente – o seu lugar não é aqui, acredite em mim! – os campistas assentiram. Quando eu disse isso, Santana pegou a espada com as duas mãos e tentou me cortar com toda a força que podia, e estava com raiva. Não funcionou. Eu já estava perdendo a paciência com a sua coragem, ou devo dizer, teimosia.
Foi aí que com Contracorrente, em dois segundos, eu cortei a espada de madeira de Santana.
Foi tão rápido que ela ficou com medo, vendo o cabo da espada em sua mão direita.
– Argh! – ela gritou. Foi aí que percebi a besteira que tinha feito. Contracorrente não cortou só a espada de Santana, o que fez os campistas rolarem de rir e pararem imediatamente, quando viram o sangue escorrer pelo seu pulso.
– T-Tudo bem!?
– Não! – resmungou enquanto ela descia a colina a toda, desaparecendo do campo de treinamento, arrasada.
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– O que aconteceu!? – perguntou Mike surpreso. Já tinham acabado de colocar a madeira no chão da cabana. Cerraram os troncos em tábuas exatamente iguais que agora, estavam terminando de ser polidas e limpas.
– Santana se machucou – informou Puck, preocupado.
– Se machucou!? Como!? – perguntou Sam, confuso – Ela está bem!?
– Aham! – respondeu Blaine apontando para a membra do New Directions que agora estava recostada em uma árvore, com a mão enfaixada (Quinn não se esquecera do kit de primeiros socorros) enraivecida e pensativa. – graças a Deus!
– Santana não quer dizer o que aconteceu, gente! – Rachel interrompeu – e olha que eu perguntei tipo, mil vezes!
– Rach, você foi encher o saco dela e ela não te disse porcaria nenhuma ou não te deu um soco, ou coisa parecida!? – Puck perguntou incrédulo – então o negócio é sério!
– Isso aí, Noah! – Rachel respondeu – e eu to me matando de curiosidade!
– E ela nem aceitou meu cavalinho de pelúcia! – Brittany disse tristemente, enquanto pegava o bichinho rosa com as duas mãos. Certa vez, Santana havia dito que seu animal preferido era o cavalo. E que ela amava cavalgar em uma fazenda da família, no Arizona.
– Provavelmente – Jesse começou – Ela se envolveu em uma luta.
– Você acha!? – Rachel perguntou.
– Pode ser! – Puck concordou. – Mas porque!?
– A única que sabe sua identidade – declarou Quinn séria. Ficaram em silêncio. Ninguém sabia o que dizer. Como se a guerreira quisesse e tivesse que resolver isso sozinha.
Percy’s POV:
Acampamento, captura da bandeira 20:00h
A captura da bandeira já ia começar. Annabeth, Grover e Clarisse estavam olhando de rabo-de-olho para o recém grupo formado. Mais uma vez, Clarisse estava com seus meio-irmãos do chalé de Ares (os restantes, pelo menos) e junto com os campistas do chalé de Hefesto, Deméter, Dioniso e Afrodite (que eu duvido muito que iriam lutar) e eu estava junto aos campistas do chalé de Atena, Apolo e Hermes.
Eu me assustei com o número de campistas que estavam no Acampamento. Se reduziu a pelo menos, 1/3 dos heróis. E pela expressão de Quíron, isso não era nada bom.
As bandeiras azul e vermelha se ergueram, enquanto, para a surpresa de todos nós, uma bandeira dourada se ergueu ao lado.
– Nossos novos membros também vão participar! – disse Quíron rindo – vocês estão preparados!?
– Com certeza! – me surpreendi com a fala de Santana Lopez, de repente. Ela já não estava mais do jeito que eu tinha deixado, quando acidentalmente cortei seu pulso, no campo de treinamento e deixei sua espada de madeira em frangalhos. Pra falar verdade, estava me sentindo mal o jantar inteiro, me perguntando se ela estaria bem. Mas depois que vi seus olhos raivosos fixos em mim, eu estava certo disso.
– Percy, você tá preocupado!? – perguntou Annabeth rindo.
– Claro que não! – eu disse, ofendido – Vai ser mais fácil do que o treinamento de hoje! – eu ri, mas Santana tinha ouvido meu comentário não sei como e me queimou com os olhos.
– Aquela menina ainda tá brava com você!? – perguntou Grover de supetão.
– Aham! – eu disse – tenho a impressão de que ela quer acertar as contas arrancando a nossa bandeira de qualquer jeito!
– Sério!? – Grover riu – eu é que não iria querer enfrentar uma estrategista filha de Atena, feito a Annabeth, um filho dos três grandes e Clarisse!
Concordei.
Foi aí que nos dividimos. Não ia ser tão fácil derrubar a defesa de Ares, ainda mais com Clarisse liderando. Mas a força sempre cedia á sabedoria, segundo Annabeth, e acredite, eu mesmo já comprovei isso.
Annabeth tinha uma estratégia para que pudéssemos pegar até as duas bandeiras, se necessário. E aqueles nove esquisitos não me preocupavam nem um pouco.
– Percy, você fica de guarda! – disse.
– Ok! – ainda bem que colocamos a nossa bandeira perto do rio. Eu não teria dificuldade alguma de me defender e atacar, ao lado da minha fonte de forças.
Havia só alguns arqueiros aonde eu estava, pois Annabeth disse que seguiria com a maioria do chalé de Apolo e Hermes. Não discuti. Annabeth era mesmo incrível.
A bandeira vermelha do grupo de Ares, Hefesto, Deméter, Dioniso e a bandeira dos outros guerreiros, a dourada devia estar longe pra caramba!
– Que legal – eu disse, entediado. Eu não conseguia mesmo ficar parado, por causa do meu TDA (déficit de atenção) e tudo começou a ficar chato. Travis e Stoll bolaram algumas armadilhas dignas de Dédalo e o mesmo com os filhos de Deméter e Dioniso (eram dois). Mas nada deu certo. Escapei de todas com facilidade, estava mesmo pensando em deixar a guarda e ir atrás das outras bandeiras.
É, era o que eu pensava. Até que ela apareceu.
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– O q... – eu tremi – como você... – Santana não me deixou terminar.
– Surpreso!? – o mesmo tom irônico de sempre – e você achou mesmo que íamos ficar parados esperando algum de vocês pegarem a nossa bandeira sem fazer nada!? – eu estava de boca aberta que precisei de alguns segundos para colocar a minha cabeça no lugar.
– É! – eu falei – isso mesmo!
Pensei que Santana iria me queimar com os olhos, como em todas as outras vezes que eu, Annabeth, Grover, Clarisse e os outros campistas os subestimávamos – e na minha opinião, com razão. Mas ela pareceu esperar essa resposta.
– Eu sabia! – gritou – Aliás, não poderia esperar outra atitude vinda de vocês. Mas infelizmente, parece que estão errados!
– Santana – eu enfatizei seu nome, e ela me encarou – como você chegou aqui!? – eu disse, incrédulo – Eu tenho certeza de que aqui tinham...
– (...) armadilhas!? – deu um risinho torto para a minha surpresa – é eu percebi – fez uma pausa – Ao menos as que eu encontrei no caminho viraram poeira!
Não sei porque me senti acuado. Aquela garota me assustou. Olhei em volta, com toda a paciência possível.
– Mas... Aonde... – olhei para armadilhas que estavam perto de mim há minutos atrás e que de repente sumiram, quebradas e cortadas pra todo o lado – tá brincando!
Me virei quando ouvi e vi uma espada sendo sacada.
– Chega de brincadeira! – eu falei – vou acabar logo com isso!
– Tirou as palavras da minha boca! – Santana gritou – eu não agüentaria ouvir você tagarelar mais nem um minuto!
– Você desiste!? – eu perguntei, mas infelizmente a resposta era óbvia:
– De jeito nenhum! – e apertou a espada com duas mãos. Destampei Contracorrente.
Dessa vez, Santana não estava com medo da minha espada de bronze de 90cm. Sua espada era média, um pouco menor que a minha, porém com a lâmina fina e larga, como um serrote, porém lisa. O cabo arredondado e pequeno era vermelho e a arma tinha um brilho metálico que eu nunca tinha visto antes.
– Prepare-se! – ela gritou – e antes que eu pudesse pensar em alguma coisa pra responder, Santana já tinha cortado o ar, ou a minha barriga se eu não tivesse desviado. Tentei me defender com Contracorrente, parando o seu ataque, mas ela rapidamente atacou de novo, e foram três cortes seguidos duma vez.
Percebi que eu não podia simplesmente manter o ritmo que eu estava levando.
– Chega de pegar leve! – eu gritei apertando Contracorrente.
– Agora sim! – disse ela como se esperasse por isso – cansado!?
– Não mesmo! – a minha espada era mais longa do que a de Santana, então eu ataquei duas vezes, com força na sua frente, mas para o meu azar, ela conseguiu se desviar dos dois golpes e o último com seus cabelos balançando furiosamente. Não consegui nada mais do que furar 3cm da roupa dela. Isso não a assustou, como eu também queria, pelo contrário, Santana parecia motivada a se desviar dos meus ataques.
Avancei para a barriga de Santana impaciente, mas ela percebeu e bloqueou o meu ataque arranhando não só Contracorrente, mas como também a minha perna que queimou. Ah, era só uma espada de ferro, o que tem de mais!?
– Como é que você conseguiu... – eu não consegui terminar a frase, volta e meia um de nós atacava e a minha respiração estava cada vez mais rápida e não tinha como aquela
garota ter aprendido tudo aquilo em apenas algumas horas.
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Santana riu.
– Acontece que a nossa luta hoje a tarde mexeu comigo... – abaixou os olhos.
– Aquilo foi uma luta!? – brinquei.
– Cala essa boca! – disse fincando sua espada de ferro no gramado – Eu devia provar a mim mesma de que eu era uma guerreira de verdade! – eu não disse nada e esperei ela prosseguir – estava mais perdida do que cego em tiroteio... – ri baixo. Santana não percebia que até as coisas mais sérias que ela falava tinham um tom irônico e engraçado. – e então eu fui para aquele lugar! – olhou para o horizonte – era uma sala escura que devia ter outras coisas, mas eu só consegui ver uma tocha de bronze...
Imaginei que a sala de que ela estava falando, devia ser do oráculo. Mas não, nem pensar. Não conhecia nenhuma que tinha uma tocha de bronze.
– Quando a tocha revelou minha identidade, se acendeu. – continuou – Mas depois daquela luta, eu precisava de uma resposta. Então eu pedi ajuda. – outra pausa – eu já estava mais de 15 minutos no escuro e queria ir embora, e quase saindo da sala, a tocha se acendeu de novo! – sorriu - E mais forte do que a última vez. Reafirmou de novo o que eu era, foi aí que eu vi essa espada... – e olhou para sua arma – Eu também pensei que fosse uma arma qualquer... Talvez fosse... – me encarou – mas quando encostei nela, vi um brilho diferente. – a mesma impressão que eu tive. Aquela espada não era só uma espada de ferro. Pelo menos, não nas mãos de Santana.
– E aí, você... – ri – Tipo, treinou com ela!? Em tão pouco tempo!? Conta outra!
– Parece piada, né!? – Santana riu – Mas foi exatamente isso. Quando comecei a treinar, alguns cortes e eu percebi uma estranha facilidade e familiaridade que infelizmente não aconteceu da primeira vez, quando lutei com você... – explicou – é como se eu tivesse simplesmente aceitado isso, se desde o começo isso fosse determinado! – eu estava atordoado com as palavras dela. Eu não conseguia acreditar nisso. Mas não podia ficar só pensando, tinha uma luta pra vencer.
– Desculpa, não é nada pessoal... – eu disse – Mas já perdi muito tempo com você! – olhei para o rio.
– O que foi!? – perguntou – Você por acaso tá tentando se afogar, Percy!? – era a primeira vez que Santana falava meu nome.
– Sou filho de Poseidon, Santana. O deus do mar. – Ela pareceu atordoada quando eu disse isso.
De repente, senti um formigamento familar no estômago e vi as águas do rio se
levantando.
– O q... – antes que Santana pudesse fazer alguma coisa, a água se levantou a pouco mais acima da minha altura e a atingiu em cheio, quando ela hesitou, tropeçando num galho.
A água arrastou-a pra mais de 2m de distância, foi então que eu me soltei, e minha barriga tinha parado de doer. Eu me aproximei com Contracorrente na mão.
– Você desiste!? – eu disse encostando a espada em sua garganta. Santana estava toda molhada, da cabeça aos pés, tremendo e cuspindo água sem parar. Eu nunca tinha visto alguém com tanto medo.
– Argh! - Gemeu. Tentou se levantar e erguer sua espada, mas provavelmente estaria pesando o dobro do normal. Forcei Contracorrente em sua garganta.
– Percy! Percy! – reconheci de longe a voz de Annabeth – Consegui pegar a bandeira deles! – Annabeth estava arfando, e não percebeu que Santana estava ali.
Quando Annabeth disse isso, os olhos de Santana nos queimaram e ela se levantou tão rápido, que eu fiquei de boca aberta. Contracorrente não estava mais em sua garganta. – - Esperta! – pensei.
– Como é que ela...? – Annabeth também ficou estupefata e nem levantou a faca.
Santana pegou a espada de ferro e me atacou, o que me deixou surpreso, pois ela devia estar desmaiada. Pelo que vi, fazia muito esforço pra ficar de pé.
– Essa luta já acabou! – eu disse, esperando que aquela menina se desse por vencida. Sinceramente, aquilo já estava me tirando do sério.
– Nem pensar! – levantou a espada, e eu bloqueei com Contracorrente.
– Isso aí! – disse Annabeth rindo – e nós já conseguimos pegar a bandeira de vocês!
– Porque demorou tanto!? – eu perguntei, incrédulo. Annabeth riu amarelo.
– Aqui! – continuou, levantou a bandeira dourada.
Santana provavelmente ia desmaiar. Foi o que pensei. Ela estava arfando muito, depois do meu ataque. Mas quando Annabeth ergueu a bandeira dourada - ou melhor dizendo – a bandeira deles, me queimou com os olhos, e agarrou a espada de ferro. Annabeth fez cara feia, queria acabar com aquilo logo, pra que pudéssemos vencer.
Eu resolvi que ia bloquear qualquer ataque de Santana e atacar, sem nenhuma chance dela se levantar. A sua teimosia estava me deixando louco.
Peguei Contracorrente, pronto pra atacar. Santana transpirou e segurou com firmeza sua espada. Devia estar reunindo suas últimas forças. Fixou seu olhar na espada por alguns segundos e em mim por um longo minuto.
– Pode ir na frente, te alcanço depois! – eu disse a Annabeth, que fez cara feia, e concordou com a cabeça.
No exato momento que Annabeth levantou a bandeira pra ir embora, algo impossível aconteceu...
Santana que estava parada, cansada, reuniu todas as forças e atacou.
– ARGH! GOLPE FATAL! – Ela soltou um grito que parecia emitir ecos contínuos. Fiquei completamente sem ação quando vi a espada de ferro me atingir três vezes de frente rapidamente e um último ataque de frente, porém mais longo, me atingiu em cheio. Aquele não foi um ataque comum, pelo contrário. Cai no chão tão rápido que nem percebi, a última coisa que eu lembro foi de ter visto aquela novata, arfando.
Os cabelos se debatiam conta um vento.Sua simples espada de ferro, seu corpo e seus olhos vivos estavam envoltos por uma cor, algo rosa-avermelhado tão brilhante como fogo!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
É, esse cap. é grandinho pra compensar o meu sumiço, BJS!