Era a ultima aula e decidi ir embora com Santie. Noah devia estar no treino ou algo do tipo, e eu queria conversar com Santana.

– O que foi?

– Nada demais, só preciso de uma ajuda sua.

– Que tipo de ajuda?

– Bom, eu queria voltar a torcida mas seria muito dificil fazer isso sozinha, e como você é a capitã poderia me ajudar não acha?

– Talvez eu consiga, mas convenhamos que Sue dificilmente deixaria você voltar.

– Tente convence-la, eu preciso entrar.

– "Precisa"?

– Sim, acho que isso seria uma boa ajuda para minhas notas e claro, popularidade.

– Tinha que ser...

– Ei!

– Ok eu ajudo, mas com uma condição...

– Qual?

– Eu sou a capitã então nem venha tentar roubar meus posto.

– Não vou, relaxe. Só quero entrar mesmo, nem que eu fique na parte de baixo da piramide.

– Que desespero Q. Amanhã falo com a treinadora.

– Obrigada!

Sorri. Estava feliz que eu podesse voltar pra torcida, bom, pelo menos eu acreditava que ia entrar certo.

Despedi-me de Santana e entrei em casa. Subi tranquilamente até meu quarto e me troquei. Ouvi o barulho da televisão ligada e ignorei. Pensei que era minha mãe até lembrar que ela estava trabalhando essa hora. Não sabia se descia ou ficava no meu quarto até ter certeza que nenhum espirito ou alma tivesse ligado a tv, ou, que tinha um ladrão ou algo do tipo em casa. Peguei um taco de Baseball que tinha no quarto da minha mãe que provavelmente meu pai devia ter deixado ao sair de casa. Desci lentamente as escadas e quando tomei coragem para ver o que estava acontecendo tomei uma surpresa: Noah Puckerman estava lá! Sentado no sofá vendo o jogo comendo pipoca e com uma cerveja ao seu lado.

– Você está louco? O que você está fazendo aqui? E como entrou.

– Eu estava entediado e queria ver o jogo. Minha mãe está com umas amigas lá em casa e não tinha como eu ver. Fora que eu queria ver você. E a proposito, colocar a chave embaixo do tapete é muita burrice. Foi o primeiro lugar que procurei sem esforço nenhum. - logo em seguida deu um sorriso e agil como se fosse a coisa mais natural do mundo.

– Não entre mais na minha casa assim, eu levei um susto!

– Percebi, está com um taco de Basseball na mão.

Revirei os olhos e me sentei no sofá.

– Então, vamos colocar o plano em ação sexta, certo? - ele concordou e continuei - Fazemos assim: você fala com Artie e eu com Britt, pode ser?

– Claro, eu convenço ele a largar Brittany fácil, e Santana será feliz pra sempre. - disse ele bebendo um gole da sua cerveja.

– O ponto não é fazer ele "largar" Brittany, e sim faze-lo ver que elas se gostam e ele precisa entender que ela só vai ficar com Santana quando ele liberar entendeu?

– Confuso mas entendi.

– Ok. Eu falo com a Brittany logo em seguida da sua conversa com ele. Quero ver que tipo de reação ele tera.

– Entendi.

– E mantenha Santana longe disso. Ela é impulsiva e sabemos como ela agiria quando soubesse que o nosso "plano" é tão tosco a esse ponto.

– Ei, não é tosco, eu que criei Quinnie. E esqueceu a parte da música?

– Essa parte é boa, mas quero ver como vou convencer Brittany a cantar pra Santana.

– Você consegue.

– Espero.

Ele não desgrudou mais os olhos daquele jogo bobo e acabei dormindo. Quando acordei, vi que estava deitada em seu colo e levantei apressadamente.

– Mas já acordou?

– Você ainda tá aqui?

– O jogo acabou faz alguns minutos, mas não quis de acordar...

O raciocinio dele me assustava.

– Obrigada, eu acho. Mas já está tarde e minha mãe chega daqui a pouco então...

– Tá me mandando ir embora? - diz fingindo como se estivesse ofendido.

– Pare de drama. Ela gosta de tranquilidade quando chega, e convenhamos que com você aqui isso é meio impossivel. Vai!

– Porque tão grossa?

– Não estou sendo grossa. - bufei - Só preciso arrumar essa casa e você fez uma zona.

– Ok, estou indo.

– Tchau!

– Quinn!

– Que é?

– Só de raiva vou ficar.

– Ai para, a casa é minha e você vai sair agora!

Me levantei e tentei puxa-lo do sofá, o que foi inutil pois ele era mais forte do que eu.

– Não vou sair. - deu uma risada.

– Para de infantilidade e sai logo!

– Não!

– Noah!!!

Ele se levantou do sofá e finalmente pensei que ele ia embora... até ele ir na direção da cozinha e abrir a geladeira.

– Você está muito abusado.

– Fazemos assim: a gente faz algo pra matar a fome eu saio daqui.

– Como se eu não fizesse nada você não iria embora, tsc, essa casa é minha.

– Sério? Que legal - deu um sorriso cínico - Agora vai, me ajude a fazer algo.

Bufei. Por que ele sempre conseguia tudo que queria?

– Que tal cupcakes?

– Pode ser.

Peguei os ingredientes e assim fizemos.

– Minha mãe já vai chegar, ponha logo no forno.

– Ok - ele colocou e logo em seguida voltou e parou em minha frente. - Hum, Quinn?

– Sim?

– É uma pergunta bem idiota o que eu vou fazer agora, mas... porque você sempre escolheu Finn?

– Como assim?

– Pra tudo... pra cuidar da Beth, para te acompanhar no baile, e até pra fazer você feliz. - ele abaixou a cabeça e eu só pensava em uma respota boa.

– Eu não sei. Eu e você sabemos que eu nunca faço as escolhes certas, então, podemos dizer que é isso.

O silencio tomou conta e chegou a ser constrangedor ficar ali com ele, e fiz a coisa mais idiota do mundo: ataquei um ovo em sua cabeça. Ele fez uma cara tensa e pensei que ira me matar, mas logo em seguida pegou um pouco de farinha e atacou em mim. Ficamos assim, atacando coisas um no outro parecendo duas crianças, até que por fim ele desistiu e parou em minha frente. Fiquei quieta e logo em seguida ele pos uma mecha de meu cabelo atrás da orelha, e quando nossos lábios estavam se tocando, ouvi o barulho da porta e logo o empurrei.

– Mamãe!

– Oi filha... - logo olho para o lado e viu a sujeira que estava sua cozinha - o-oque vocês fizeram?

– Cupcakes! - falei rindo.

– Meu Deus Quinn, limpe logo isso! - ela se virou para o lado e deu de cara com Puck. - Noah, quanto tempo! Como você está?

–Eu que o diga! Bem e a senhora?

– Ótima! Não te via faz tanto tempo, na verdade, desde que você e Quinn... - me virei para ela e logo em seguida ela nem terminou a frase. - Bom, limpem essa bagunça. Vou estar descançando em meu quarto.

E por fim ela saiu.

– É, já está na hora de você ir embora.

– Mas e a bagunça?

– Eu limpo.

– Não quer ajuda?

– Não precisa, eu me viro.

– Ok, boa noite. Te busco amanhã de carro.

Deu um beijo e minha bochecha e assim foi embora.

Muitas coisas tinham acontecido hoje e eu precisava de tempo para diregi-las, mas ainda não saia a cena dele quase me beijando.