In Love With The Hero escrita por Jungie


Capítulo 5
Boas vindas


Notas iniciais do capítulo

Novamente, peço desculpas pela demora, fiquei envolvida em outros projetos e isso me distraiu um pouco da fic. Não prometo mais nada porque eu sou uma cretina que já não cumpriu muitas coisas. D: Mas podem contar que eu não vou abandonar a fic, se quiserem me cobrar um capítulo novo quando eu demorar muito, meu Twitter é @taengholic :3



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Duas horas após a chegada em Seul, Jessica concluiu que sua estadia na Coréia não seria tão sofrível quanto imaginava se ela se mantivesse próxima das pessoas certas. Já soube o quão amigável e sensata era Sunny nas poucas horas que passaram juntas, e pelo visto iria começar com o pé direito com as irmãs de Taeyeon – que eram, aliás, completamente o oposto da baixinha.


Yoona podia ser uma jovem de 21 anos, mas tinha todo o charme de uma criança hiperativa. Comia compulsivamente os doces que Tiffany havia lhe comprado no aeroporto, ria com a boca escancarada de qualquer piadinha ou comentário irônico feito e até cantava músicas de viagem para animar o trajeto de aproximadamente uma hora que fariam de Incheon até o centro de Seul.


E se Jessica achava o eye smile de Sunny reconfortante, o de Tiffany lhe fazia sentir-se em um campo esverdeado habitado por unicórnios e com nuvens feitas de algodão-doce. A garota era simplesmente radiante e seu sorriso raramente cessava.


Ambas Jessica e Taeyeon dormiam tranquilamente no carro, uma sentada na janela esquerda e outra no banco da frente. Sunny estava no meio e Yoona ao seu lado direito, enquanto Tiffany dirigia sem pressa pela estrada.


- E aí, Sunny, como foi nos Estados Unidos? – perguntou Tiffany com entusiasmo.


- O hotel era podre, a comida não era tão boa e a Taeyeon estava mais ranzinza do que de costume. Digamos que não foi minha melhor experiência.


- O que ela fez dessa vez?


- Ah, você sabe. Reclamou de tudo, brigou comigo, não perdeu nenhuma oportunidade de alfinetar a Jessica – Sunny suspirou e olhou para a jovem dormindo ao seu lado. – Espero que ela tome jeito e as duas se deem bem. Já é ruim a garota estar passando por isso, vai ser pior ainda se ela tiver alguém pegando no seu pé.


- Deve ter alguma coisa a incomodando e ela não quer falar a ninguém. Típico da Taeyeon.


- Só espero que o orgulho dela não comprometa tudo o que estamos tentando fazer – disse Yoona enquanto mastigava duas jujubas na boca ao mesmo tempo.


- Não vai. Taeyeon pode ser uma grande idiota às vezes, mas se tornou a melhor líder que já tivemos – disse Tiffany com uma ponta de orgulho da irmã mais velha. – Mudando de assunto, foi difícil recrutar a garota?


- Ela foi bastante passivo-agressiva no caminho até o aeroporto, mas reagiu surpreendentemente bem. É claro que ficou triste e chateada por ter que deixar a família tão de repente, mas eu esperava que ela fosse fugir ou coisa assim. Só tem uma coisa que vem me incomodando desde então...


- O quê, unnie? – Yoona aproximou-se, curiosa.


- Fomos surpreendidas no bar em que Jessica trabalhava por um cara armado. Taeyeon me disse logo quando chegamos que ele preferiu atirar na própria cabeça a revelar para quem trabalhava. Estranho, não?


- Você acha que tem outras pessoas nos perseguindo além daqueles malucos atrás do nosso DNA? – perguntou Yoona, em tom de preocupação.


- Provavelmente – Sunny olhou o retrovisor central e cerrou os olhos. – Tiffany, vire à direita.


- Mas essa não é a...


- Vire à direita agora!


Tiffany girou o volante bruscamente para a direita, chamando mais atenção do que Sunny gostaria. O motorista de trás foi pego de surpresa enquanto os pedestres olhavam curiosos para o carro, atraídos pelo barulho de cantada de pneus. Taeyeon acordou subitamente, assustada e Jessica não se mexeu um centímetro.


- Oh meu Deus, Tiffany! Pensei que você tinha dito que havia se saído bem nas aulas de direção! – Taeyeon levou uma mão ao peito e respirou fundo, tentando regularizar seus batimentos cardíacos.


- Tenho quase certeza de que estamos sendo seguidas – Sunny inclinou-se para observar o retrovisor mais de perto. – Fany, enfie o pé no acelerador e tente despistá-los pegando uma rota alternativa. Não podemos deixar que descubram onde moramos!


- Calma aí – Taeyeon levantou a mão. – Fany, você acha que consegue despistá-los por tempo o suficiente para estacionarmos e eu assumir o volante, mas ainda assim manter uma distância em que não nos percam de vista?


- Taeyeon, o que diabos você pretende fazer?! – disse Sunny, indignada.


- Suspeito que quem quer que esteja atrás de nós agora tenha alguma relação com o atirador do bar. Precisamos de mais informações, não acho muito inteligente fugir de algo que sequer sabemos o que é.


- E você pretende encurralá-los para conseguir essas informações – disse Sunny em um leve tom de desaprovação.


- Fico feliz que estejamos sempre na mesma página, minha cara Soonkyu. – Taeyeon sorriu, sabendo do desgosto de Sunny pelos seus planos mais ousados. – Yoona, precisarei de sua ajuda.


- Finalmente! – Yoona amassou o saquinho de doces já vazio, seus olhos brilhavam.


- Peraí, e aquele papo de você não querer que a gente se envolva na ação? – Tiffany ergueu uma sobrancelha, confusa.


- Não disse que conseguem se virar? Essa é a chance de provar.


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- Continua dirigindo, Nichkhun. Não as perca de vista! – disse um jovem sentado no banco do passageiro, de cabelos negros espetados e jaqueta de couro preta.


- Calma, Taecyeon! Não confia nas minhas habilidades de stalker?


- Acho um pouco difícil stalkear alguém num lugar deserto como esse, elas já devem ter sacado alguma coisa.


- Quem se importa? Estamos armados e utilizar essas armas é como brincadeira de criança para nós – Nichkhun passou a marcha com ferocidade, observando atentamente ao carro à frente. – Lembre-se do que nos foi repassado. Devemos atirar apenas para incapacitá-las, não matá-las.


- É fácil falar quando você só vai dirigir a porra desse carro!


- Oh, uau, então você é realmente um dos melhores atiradores do país – disse Nichkhun em tom de deboche.


- Olha como fala comigo, seu viadinho – Taecyeon apontou seu revólver para Nichkhun, mas o rapaz não pareceu nem um pouco assustado.


- Acho que o nosso chefe não iria gostar muito de ver que você deu fim no seu parceiro antes mesmo de concluir a missão.


Taecyeon soltou um grunhido de raiva e retraiu a arma, botando-a de volta na cintura. Nichkhun diminuiu a velocidade quando viu o carro de seus alvos adentrar um terreno baldio.


- Pela última vez... nosso foco é a líder, não estrague tudo.


- Você sabe com quem está falando? – Taecyeon empunhou o revólver e deu um sorriso convencido. – Hora do show.


Nichkhun acelerou e seguiu o carro, estranhando ao vê-lo parado no meio daquele terreno baldio. Taecyeon então abaixou o vidro e disparou quatro tiros certeiros nas janelas da esquerda, seguidos por outros dois nos pneus. Os dois, porém, surpreenderam-se ao perceber que não havia ninguém dentro do carro.


- É uma emboscada! – exclamou Nichkhun, que se desesperou quando o carro começou a ir em direção a um muro contra a sua vontade. – Merda!


- Devem estar escondidas atrás do carro, mas não tem jeito de alcançá-las com essa bostinha nos empurrando! – Taecyeon pegou a MP5 que repousava no banco de trás e tentou sair do carro, mas Nichkhun o impediu.


- Sinceramente, para as suas habilidades no tiro você é bem idiota, não? Ela vai se cansar, e então aproveitamos a chance para...


Os dois atiradores foram pegos de surpresa quando ouviram um barulho alto, como se alguém tivesse batido na lataria do carro. O veículo de repente tombou para o lado e então virou de cabeça para baixo; Nichkhun desligou-o rapidamente para evitar o vazamento de gasolina. Pela janela podiam ver os pés de alguém do lado de fora – era Yoona. Logo a menina de aparência doce e inofensiva abaixou-se e apontou um revólver semelhante ao de Taecyeon para a cabeça de Nichkhun, enquanto Taeyeon, que ostentava uma expressão intimidadora, mirava na cabeça do autoproclamado melhor atirador de Seul do outro lado.


- Vamos lá – Taeyeon deu um breve aceno com a cabeça. – Vocês tem um minuto para falar quem são e por que estão atrás da gente antes que ambas as armas disparem. Talvez dois se a história for muito grande.


- O meu nome não é importante – começou Taecyeon. – A única coisa que importa é a minha reputação como um dos melhores...


- E mais burros – adicionou Nichkhun.


- ...atiradores de... cala a sua boca, Nichkhun! – esbravejou Taecyeon.


- Nichkhun Horvejkul? – questionou Taeyeon com um olhar curioso. – Conheço sua reputação, ao contrário da desse palhaço aqui.


Agora foi a vez de Nichkhun sorrir convencido, mesmo estando sob a mira de Yoona. A vontade de Taecyeon de esticar o braço, pegar sua arma e atirar com gosto na cabeça de Taeyeon era imensa, mas o atirador tentou ao máximo contê-la para não comprometer a missão. E por mais que fosse humilhante admitir, elas estavam completamente no controle da situação naquele momento.


- Tic tac, o tempo está correndo – disse Yoona, com uma frieza em sua voz não condizente com sua típica personalidade infantil.


- Não posso revelar detalhes sobre nossa missão, mas sim, fomos mandados por alguém até aqui.


- Como a pessoa que os mandou atrás de nós soube da garota americana? – Taeyeon aproximou a arma ainda mais da cabeça de Taecyeon, impaciente.


- Eu honestamente não sei do que está falando – Nichkhun mantinha a calma. – Fomos apenas prometidos uma certa quantia em dinheiro se capturássemos uma de vocês com vida. Nosso chefe não quis se identificar.


- Me dê uma garantia de que não esteja mentindo.


- Bem – Nichkhun suspirou. – Estamos de cabeça para baixo em um carro todo amassado e com duas lindas jovens apontando revólveres para as nossas cabeças. Sem falar que essas mesmas jovens têm poderes sobrenaturais com os quais não podemos competir.


- Então vocês sabem dos nossos poderes? – Yoona estava surpresa.


- Eu me surpreenderia mais se eles não soubessem. Quais motivos teriam para vir atrás de nós além desse? – observou Taeyeon. – Sinto muito, mas seus galanteios não funcionarão conosco. Mais sorte da próxima vez, amigo.


- Que pena. – Nichkhun riu.


- Mas não importa mais, o seu tempo acabou.


Taeyeon carregou a arma e estava se preparando para atirar quando um desesperado Taecyeon gritou:


- Por favor, não atire! – o rapaz estava ofegante. – Nós realmente não sabemos quem nos contratou tá?!


Taeyeon suspirou e levantou-se. Chutou a porta do carro e atirou em todos os quatros pneus não apenas para dificultar a saída dos dois atiradores daquele lugar, mas também para extravasar a raiva de não ter conseguido o que queria. Sinalizou a Yoona para segui-la e observou o estrago que Taecyeon havia feito em seu carro.


- Filho da mãe... Trocar os vidros e os pneus vai custar uma fortuna! – Taeyeon rangeu os dentes.


Yoona colocou o braço ao redor dos ombros de sua irmã em uma tentativa de confortá-la e a guiou até o outro lado do carro, onde as outras garotas se escondiam agachadas. Jessica parecia assustada, com Tiffany ao seu lado lhe dizendo palavras encorajadoras em inglês e Sunny acariciando suas costas em movimentos circulares.


- Por favor, Taeyeon, diga a Jessica que aqueles caras não estavam atrás dela. A garota está apavorada! – disse Tiffany.


- Chamem um táxi e voltem para o dormitório, eu e Yoona chegaremos com as malas depois – Taeyeon tirou seu celular do bolso e jogou-o para Sunny. – Quanto a isso, não se preocupe, Jung. Você não é tão especial assim.


E Jessica ia cada vez mais confirmando seu desgosto por Taeyeon.


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O trajeto até o local onde as meninas moravam foi tranquilo, ao menos para Sunny e Tiffany. Jessica estava mais preocupada em esconder a sua preocupação ao ponderar se estaria sequer viva nos próximos seis meses, e olhava o retrovisor a cada trinta segundos para certificar-se de que o táxi não estava sendo seguido. Quis ler uma das revistas que comprou antes de viajar para aliviar a tensão, mas convenientemente as havia esquecido na mala que estava no carro de Taeyeon.


O que lhe restou foi tentar apreciar a paisagem urbana de Seul. Jessica achava até engraçado o lugar lhe parecer tão pouco familiar a ponto de lhe fazer sentir-se uma turista, mesmo tendo morado naquela cidade por toda a sua infância. Era algo que não podia evitar; aprendeu a adotar Los Angeles como o seu lar, e voltar tão repentinamente para sua cidade natal lhe parecia estranho.


Observava as pessoas andando na rua, cada uma com seus próprios pensamentos e preocupações. A partir de agora seriam aqueles os indivíduos com quem toparia na calçada, ou em bares, lojas, restaurantes. Teria que inclinar-se ao cumprimentar qualquer um, e inclinar-se ainda mais para os mais velhos. Teria de tomar cuidado ao falar algumas coisas que passariam despercebidas nos Estados Unidos, mas que soariam rudes na Coréia.


Era estranho como sua própria cultura lhe havia se tornado tão desconhecida.


Jessica nem se deu conta de que o carro já estava estacionado e Sunny já havia pagado o taxista, apenas sabendo que teriam de descer quando Tiffany a cutucou ao sair. As três tiveram que andar por uma rua estreita até chegarem até a casa; Jessica deduziu que aquele devia ser um bairro mais afastado do centro, devido à presença de poucos prédios ao redor.


A casa não parecia muito grande e a fachada não era lá muito atraente – a parede branca estava meio descascada e suja e havia alguns rabiscos indecifráveis ao lado da porta, provavelmente feitos por delinquentes juvenis. Jessica achava estranho uma casa que abrigava um bando de garotas ter a aparência tão descuidada assim.


- Seja bem-vinda ao seu novo lar! – Tiffany sorriu e girou a chave na fechadura.


A primeira coisa que lhe chamou a atenção ao entrar foi um leve aroma de incenso misturado com um forte cheiro de cigarro, o que já não lhe causou boa impressão. Mas o ambiente era bem mais agradável e convidativo do que o lado de fora demonstrava aparentar: as paredes avermelhadas eram impecavelmente limpas e a disposição dos móveis fazia o lugar parecer mais espaçoso do que Jessica imaginava ao olhar de fora, ainda que um pouco inadequado para oito ou nove garotas dividirem um teto.


Já ao entrar pôde ver a cozinha, separada da sala de estar apenas por um longo balcão preto, e uma porta aberta ao final do corredor, que presumidamente levava até o quintal. Lá notou uma silhueta andando em círculos, soprando fumaça no ar.


- Desculpa pelo cheiro, Hyoyeon tem o péssimo hábito de fumar pelas manhãs – Tiffany abanou o ar na tentativa de dispersar o odor de nicotina do local. – Quer uma água, café, alguma coisa pra comer? A viagem foi cansativa, você deve estar com fome.


- Não, obrigada. Eu devorei a sacola de besteiras que eu comprei pra comer no voo, agora eu realmente só quero dormir.


- Tiffany, leve-a imediatamente para o quarto! – disse Sunny com um terço de um sanduíche de peito de peru que havia achado na geladeira na boca. Esperou alguns segundos até conseguir engolir e continuou. – Planejamos que você iria dormir no quarto que divido com Taeyeon, tem algum problema?


- Não, nenhum – Jessica abriu um sorriso amarelo e negou com a cabeça. A ideia de dividir um quarto com Taeyeon não lhe parecia nada animadora, mas não queria ser inconveniente.


- Ótimo! – Tiffany sorriu radiante. Estava disposta a acreditar que o relacionamento de Jessica com sua irmã havia apenas tido um começo difícil e que eventualmente as duas se dariam bem. – Vamos, é por aqui.


Tiffany puxou Jessica pelo pulso em direção ao corredor e parou à frente de uma porta de madeira de tom avermelhado, a última antes da que dava para o quintal. Abriu a porta e deu passagem a Jessica, que logo deixou a bolsa no chão e desabou na primeira cama que viu pela frente.


- Espero que se sinta confortável, se precisar de qualquer coisa, Sunny e eu estaremos na sala.


- Certo.


Tiffany fechou a porta e Jessica estava tão exausta que tirou os sapatos usando apenas os próprios pés. Como não havia nenhuma roupa mais confortável à disposição, contentou-se apenas em tirar a calça jeans e enfiar-se debaixo das cobertas. Enquanto o sono não lhe alcançava de vez, tornou a observar o quarto.


O aposento não era muito grande, mas era suficiente para que três pessoas se acomodassem sem muitos problemas. Além da cama de solteiro em que Jessica estava deitada, ainda havia uma cama de casal e uma porta para o que deduzia ser o banheiro. O lugar também não dispunha de muitos móveis, apenas um guarda-roupa, um criado mudo ao seu lado e uma escrivaninha com um laptop em cima.


Não era lá um hotel cinco estrelas, mas dava para o gasto.


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A manhã para Tiffany e Sunny havia sido bem comum, se não um pouco entediante. Estava cedo demais para as outras meninas estarem acordadas – exceto por Hyoyeon que decidiu dar uma volta pela vizinhança, o que as duas entenderam como “vou sair para não incomodar lhes com o cheiro de cigarro” – e não acharam nada melhor para fazer. Acabaram acomodando-se no sofá da sala para assistir o jornal local, Sunny deitada no colo de Tiffany e recebendo um muito apreciado cafuné da mais nova.


Com as carícias que recebia de Tiffany, não demorou muito para Sunny também pegar no sono. As poucas horas que dormira durante a viagem não foram o suficiente para repor suas energias de um dia corrido. Tiffany viu-se sem escolha se não continuar a zapear pelos canais de TV até encontrar algo interessante para assistir, já que não queria levantar e acordar Sunny. Desenho, desenho, programa de variedades, mais jornal; a programação não lhe era lá muito atrativa a essas horas da manhã.


A cada quinze minutos que se passavam no relógio os pensamentos de Tiffany vagavam até suas irmãs. O que estariam fazendo neste momento? Taeyeon não especificou aonde iriam e quanto tempo demoraria a chegarem, o que fez Tiffany repreender a si mesma por não ter perguntado. Era sempre assim: podiam sair por apenas cinco minutos, mas a preocupação tomava conta dela até que estivessem com os dois pés dentro de casa, com a porta da frente trancada – e às vezes até que se certificasse de que não eram impostores quando agiam de modo estranho.


Sua preocupação cessou um pouco quando ouviu o toque da campainha soar pela casa. Tentou levantar-se delicadamente para não incomodar Sunny, mas assustou-se ao ouvir batidas desesperadas na porta e mais toques incessantes. Viu quem era pelo olho mágico e encontrou Yoona apoiando-se em Taeyeon, aparentemente com dificuldades de ficar em pé sozinha.


- O que aconteceu? – disse Tiffany ao abrir a porta.


- Isso – Taeyeon apontou para a perna direita de Yoona; estava ferida e parecia ser grave. O tecido azul escuro de sua calça jeans estava em um tom marrom, encharcado de sangue, e seus tênis brancos estavam manchados de vermelho. As duas adentraram a casa sem cerimônia e Taeyeon enxotou Sunny do sofá, deitando sua irmã no móvel. Tiffany fechou a porta e sentiu as lágrimas escorrerem pelo seu rosto, rapidamente ajoelhando-se ao lado de Yoona e repousando as mãos sobre o seu ferimento. Yoona chorava e apertava brutalmente uma almofada, contorcendo-se de dor.


- Taeyeon, o que diabos aconteceu? – na voz de Sunny havia um misto de preocupação, irritação e indignação. Sabia que não deveria ter deixado as duas seguirem sozinhas, principalmente com o que havia acontecido anteriormente.


- Eu estava errada. – Taeyeon olhou para sua melhor amiga com uma expressão devastada, lágrimas querendo escapar de seus olhos. – Parece que Jessica é sim especial o suficiente para que venham atrás dela. Temos que protegê-la a qualquer custo. – Virou-se para Yoona e cerrou os punhos. – Mas essa não é a pior parte.


- E qual seria? – Sunny aproximou-se de Taeyeon e botou uma mão em seu ombro.


- Nichkhun, um dos atiradores, é um de nós. E creio que existem outros também, trabalhando para alguém que quer nos ver a sete palmos do chão de qualquer jeito.


Sunny arregalou os olhos e Taeyeon continuou, ofegante:


- Acorde todas as outras, isto é uma reunião de emergência – engoliu em seco. – Não podemos mais apenas nos esconder, temos de revidar. A partir de agora, isso é uma guerra.


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Notas finais do capítulo

Não, a MP5 do Taecyeon não é um aparelho reprodutor de músicas e vídeos e sim uma arma: http://www.imfdb.org/w/images/6/6a/Hk-mp5n.jpg
>>> E sigam @taengholic! Sério, às vezes me sinto sozinha e preciso de gente pra conversar ;_;