In Love With The Hero escrita por Jungie


Capítulo 11
Força


Notas iniciais do capítulo

Uau, recebi ainda mais reviews que no capítulo passado! Acho que só teria mais se tivesse uma twist TaeNy agora rsss (mas não se animem ou se desesperem que isso não vai acontecer tá). Esse cap veio até mais cedo como forma de agradecimento, haha! Obrigada mais uma vez. :3



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Jessica odiava hospitais. A incerteza, a espera, a ansiedade e o medo de perder algum ente querido, ou até mesmo completos estranhos. Era um dos únicos lugares que a fazia se solidarizar com a dor de pessoas que nunca havia visto na vida mesmo que quisesse se sentir indiferente. Para somar com tudo isso, Jessica se considerava responsável pelo destino de Taeyeon, mesmo que não fosse ela quem estivesse realizando aquela cirurgia. E tinha descoberto seu papel no incrível show de horrores do qual estava participando nos últimos meses. E ainda havia as duas pessoas que matou, mesmo que por autodefesa.


Dizer que ela estava uma pilha de nervos era pouco.


Talvez nunca tivesse estado tão nervosa em sua vida. Nem em seu primeiro dia de aula nos Estados Unidos, nem naquela notável semana de provas da faculdade que lhe fez literalmente perder os cabelos de tanto estresse, nem quando Sunny e Taeyeon invadiram o bar em que trabalhava e lhe arrastaram para o outro lado do mundo.


– Você deseja um chá, senhorita? Ou talvez uma água com açúcar? – ofereceu-lhe uma enfermeira.


– Não, obrigada – recusou Jessica.


A enfermeira se afastou, mas Jessica ainda pôde notar com sua visão periférica que ela continuava a lhe observar. Respirou fundo e tentou manter a calma, já que imaginava que aos olhos de um observador parecia estar à beira de um colapso nervoso: sentava de pernas cruzadas na cadeira, roía as unhas e fazia movimentos contínuos com o corpo para frente e para trás. Seus esforços foram em vão quando olhou para o seu blusão ensanguentado e começou a chorar.


– Tem certeza de que não quer o chá? – a enfermeira sentou-se ao seu lado e acariciou suas costas em uma tentativa de confortá-la, pedindo a outra funcionária para que trouxesse a bebida.


– Acho que vou aceitar sim – Jessica enxugou as lágrimas. – Sabe, eu acho que fiz uma besteira bem grande. Nunca vou me perdoar se aquela garota morrer.


– Não foi você quem feriu a moça, foi? – ela olhou assustada para Jessica.


– Não, não fui eu. Já tive vontade de ferí-la muitas vezes, mas eu nunca faria isso de verdade.


– Entendo. Já chamou a polícia?


– Seria bem melhor para nós duas se a polícia não ficasse sabendo de nada – Jessica levou o indicador à frente dos lábios. – Mas shh! Você não ouviu nada sobre isso.


– C-certo...


– Não se preocupe, você não é cúmplice de nada, não estamos metidas com o crime. É só uma história que você não iria entender. Aliás, ninguém iria. – Suspirou. – Acho que eu falei demais.


– Não tá mais aqui quem ouviu – a enfermeira fez um X com os dois dedos indicadores na frente de sua boca. – Você não gostaria de trocar sua roupa? Não acho que seja muito bom que você fique andando com esse moletom manchado de sangue por aí...


– Tem razão. Eu voltaria para casa agora e trocaria lá, mas me sinto tão exausta...


– Não se preocupe com isso, irei arranjar alguma coisa. Você é magrinha, então não vai ser difícil achar algo que sirva – sorriu. – Daqui a pouco volto com a roupa. E o chá.


– Muito obrigada pela gentileza – Jessica sorriu pela primeira vez desde que havia deixado o bar.


Não demorou muito para que outra enfermeira viesse trazendo-lhe chá de camomila em um copinho de plástico. Jessica agradeceu-lhe e assoprou o líquido até que estivesse na temperatura ideal para beber. Quando achou que já havia assoprado o suficiente, virou o copo de uma vez só, sem se importar de saborear o gosto doce do chá. A única coisa que queria naquele momento era relaxar.


Quando a gentil enfermeira lhe trouxe um lençol branco e um blusão e calças semelhantes aos que estava vestindo, Jessica agradeceu novamente com um aceno de cabeça e se retirou para o banheiro. Trocou de roupa em tempo recorde, mas permaneceu sentada no vaso sanitário por uns bons minutos refletindo mais uma vez sobre sua situação. E se os médicos não fossem tão competentes assim? E se eles fossem competentes, mas o estado de Taeyeon fosse irremediável? Pensava nas palavras que iria dizer a Tiffany e Yoona caso sua irmã viesse a falecer, a Sunny por ter tomado a decisão que matou sua melhor amiga e às outras garotas por tê-las deixado sem uma líder. Jessica não sabia qual dessas hipóteses era a mais difícil de encarar.


Guardou as roupas sujas em uma sacola de plástico que lhe foi fornecida e retornou para a sala de espera. Sentou-se na cadeira mais afastada possível e se cobriu com o lençol. Fechou os olhos, torcendo para que acordasse com boas notícias no dia seguinte.


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Apesar do seu histórico recente de pesadelos inquietantes e perturbadores, o sonho de Jessica naquela noite havia sido um tanto agradável. Estava de volta a sua casa em Los Angeles, sua família reunida em volta da mesa de jantar trocando histórias nostálgicas e rindo de piadas bobas.


Mesmo depois de um sonho feliz como aquele, Jessica ainda se sentiu meio para baixo ao acordar. Primeiro, por ter passado horas na mesma posição em uma cadeira desconfortável de hospital e ter sido recompensada com irritantes dores no pescoço. Segundo, por não fazer ideia do estado de Taeyeon. E terceiro, o horrível aperto no coração que sentia ao pensar em sua família.


Absorta em seus pensamentos, Jessica sequer notou o homem alto de jaleco branco que se aproximava até ele anunciar sua presença.


– Olá, você é a moça que acompanhava a senhorita Kim Taeyeon, não é? – perguntou ele.


– O quê? Ah, eu... sou eu sim. Como ela está? – a preocupação era evidente no olhar de Jessica.


– Eu sou o dr. Lee, o médico responsável por ela. Serei claro e direto: a situação de Taeyeon-sshi está estável, porém ainda é incerta. O ferimento nas costas já foi tratado e não lhe oferece riscos, mas o da região abdominal já é um pouco mais complicado. Seu estômago foi perfurado.


– Por favor, me diz que ela vai ficar bem... – Jessica já sentia o desespero batendo à porta.


– Esta é a parte em que eu tento lhe acalmar – o médico acenou com a cabeça. – O estômago foi o único órgão atingido. O estrago poderia ter sido muito maior. Nossa maior preocupação agora é mantê-la livre de infecções e então ela estará livre daqui a alguns dias.


– Não sei nem como agradecer – Jessica deu um pequeno sorriso, exalando um suspiro de alívio. – E quando ela poderá receber visitas?


– O melhor prazo que posso lhe dar é amanhã.


– Amanhã? – Jessica franziu a testa.


– Precisamos nos certificar de que ela realmente está fora de quaisquer riscos. Prometo que lhe avisarei imediatamente quando ela estiver bem o suficiente para lhe receber, senhorita... Jessica, certo?


– Como sabe meu nome?


– Taeyeon-sshi estava perguntando por você ontem à noite antes da cirurgia – sorriu. – Lhe manterei informada. Com licença – retirou-se.


Jessica sorriu. Então Taeyeon realmente se importava com ela mais do que imaginava. Talvez se tivesse compreendido isso mais cedo, nenhuma das duas estaria naquele lugar. E então ela se levantou, um pouco mais animada e revigorada do que quando havia chegado, pronta para fazer uma visitinha às garotas e contar-lhes as boas e más notícias.


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– A Taeyeon está o quê?! – exclamou Tiffany, histérica.


– A Taeyeon está no hospital – murmurou Jessica, olhando para o chão.


– Qual hospital? Por... por quê? Como ela foi parar lá, Jessica?! – Tiffany andava em círculos, balançando freneticamente os braços.


– Calma, Fany! – Sooyoung levantou-se do sofá e segurou Tiffany pelos ombros. – Nos alterar não vai ajudar em nada! Vá acordar as outras para que Jessica possa nos botar a par do que diabos aconteceu com a nossa líder! – ordenou Sooyoung com firmeza e autoridade. Tiffany a obedeceu imediatamente. – Vocês tiveram uma noite e tanto, hein?


– Nem me fale – Jessica suspirou. – Ainda estou um pouco apavorada... o médico disse que apenas tinham de mantê-la livre de infecções, mas e se a situação dela se complicar?


– Não é necessário se preocupar, Jessica. Vaso ruim não quebra – Sooyoung sorriu.


Não demorou muito para que Sunny e Yoona aparecessem na sala, bocejando e esfregando os olhos. Yoona ainda vestia seu pijama de ursinho e Sunny usava um short curto de algodão com uma camiseta de bichinhos. Logo atrás vinha Seohyun, que já parecia estar acordada há algum tempo, e por último, a dupla Hyoyeon e Yuri, tão relutantes que tiveram de ser puxadas pelo braço por Tiffany.


– Jessica Jung, diga agora o que aconteceu com a minha irmã ontem à noite! – Tiffany botou as mãos na cintura e batia o pé no chão repetidamente, seu olhar ao mesmo tempo preocupado e intimidador.


– Ela tá me assustando – Jessica murmurou à Sooyoung.


– Tiffany, isso não é maneira de falar com a Sica! – repreendeu Sooyoung. – Todas vocês que chegaram agora, isto é uma reunião de emergência! Taeyeon está hospitalizada agora, então eu lhes peço... – Sooyoung foi interrompida pelos cochichos e sobressaltos das outras garotas. – Silêncio! – gritou, chamando a atenção de todas. – Jessica vai nos dizer o que aconteceu.


– Então, nós saímos ontem à noite e fomos até um bar... – Jessica parou e revirou os olhos ao ver a mão de Yuri levantada. – O que é, Yuri?


– Por que ninguém nos avisou de que vocês já teriam o primeiro encontro?


– Yuri, cala a sua boca e deixa ela continuar! – exclamou Tiffany, com uma agressividade pouco característica da garota sempre sorridente. Yuri apenas calou-se.


– Pois então – continuou Jessica, sentada no sofá. – Taeyeon ouviu alguém chamando o nome dela quando estávamos voltando para casa a pé. Daí nós entramos em um beco escuro, que foi de onde ela disse ter ouvido o som e de repente alguém pula em cima dela com uma faca. Depois ainda apareceram uns três ou quatro, todos querendo nos atacar.


– E você não fez nada pra ajudar?! – perguntou Tiffany com um tom de indignação.


– Matei dois deles, de nada – respondeu Jessica com certo pesar. – Taeyeon deu fim nos outros dois, mas um deles fugiu. Se não me engano, foi uma mulher. Apesar disso tudo, Taeyeon foi apunhalada nas costas e no estômago, e... – respirou fundo. – eu não sabia o que fazer, então chamei uma ambulância porque não lembrava o número de telefone daqui, e se tentássemos voltar andando, tinha certeza que ela não chegaria viva.


– Unnie – Yoona aproximou-se de Tiffany e a abraçou por trás quando percebeu que sua irmã estava prestes a se exaltar ainda mais. – Não fique brava com a Sica, ela fez a coisa certa.


– Yoona tem razão – disse Sooyoung. – Pensa só, ela tá em um hospital sendo cuidada por médicos. Como isso pode ser ruim?


– Não é uma garantia de que ela vai ficar bem – murmurou Tiffany.


– É verdade. Mas temos médicos muito competentes no nosso país e tenho certeza que eles irão cuidar bem da Taeyeon unnie – disse Seohyun. – Creio que o nosso único problema agora seria o tempo de recuperação dela, não é?


– O médico disse que ela deve ter alta daqui a alguns dias, mas já poderá receber visitas amanhã – disse Jessica.


– Não podemos esperar alguns dias. Temos que tirá-la de lá o mais rápido possível, não podemos ficar sem nossa líder por muito tempo. – Sooyoung coçou o queixo, já formulando um plano em sua cabeça.


– Sinceramente, não acho que a Taeyeon seja tão essencial assim quando temos a Sooyoung – Yuri deu de ombros.


– Não fala besteira, Yuri! – manifestou-se Sunny pela primeira vez.


– Ops, não deveria ter dito isso quando tem um monte de defensoras da toda poderosa líder por aqui, foi mal.


– Yul! Se você abrir a boca mais uma vez para semear a discórdia, eu faço questão de te dar um tapa tão forte que você vai sentí-lo por uma semana! E Tiffany, acalme-se, pelo amor de Deus! – exclamou Sooyoung. – Ok, temos que tirar a Taeyeon de lá e Fany dará um trato nela para que se recupere por completo. Preciso de pelo menos duas pessoas que estejam dispostas a se passarem por enfermeiras.


– Eu! – Yoona levantou o braço.


– Certo. Mais alguma voluntária?


– Eu vou – disse Yuri. Sooyoung suspirou e lançou lhe um olhar desconfiado. – Não me olha assim, prometo não estragar tudo. Ainda cresci com vocês e sou parte dessa equipe, obviamente não quero prejudicar ninguém.


– Tudo bem então – Sooyoung esfregou as mãos. – Yuri e Yoona, falarei com vocês mais detalhes a respeito do plano, e daqui a meia hora quero todas aqui novamente.


– Esperem um pouco – disse Seohyun. – Jessica unnie ainda quer falar sobre o poder dela, não é?


– Quantas vezes você já quebrou a promessa de nunca ler minha mente, Seohyun? – Jessica riu.


– Eu nunca prometi nada, unnie. – Sorriu a maknae.


– O... seu poder? – Sunny sentou-se ao lado de Jessica, interessada. – Ele se manifestou?


– Exatamente – Jessica se levantou. – Acho que vocês gostariam de uma demonstração prática.


Jessica foi até a área da cozinha e pegou a faca mais afiada que encontrou pela frente, enquanto os olhares curiosos das outras sete garotas a seguiam. Levantou o antebraço direito, puxou a manga do blusão e posicionou a lâmina da faca contra ele, fazendo um corte grande e inclinado. Passaram-se poucos segundos até que o ferimento começou a se fechar sozinho, para a surpresa de algumas e espanto de outras.


– Estão vendo? Eu posso me regenerar. – Deu um meio sorriso.


– Rápida regeneração celular – disseram Sunny e Seohyun quase ao mesmo tempo.


– Quer dizer que o seu poder é essencialmente igual ao da Fany, mas ao mesmo tempo contrário. Enquanto ela pode usar o poder nela nos outros, e até certo ponto nela mesma, o seu está restrito a você apenas – continuou Sunny.


– E... isso é ruim? – perguntou Jessica.


– Isso é ótimo! – continuou Sunny. – Se as informações que eu e Seohyun analisamos estiverem corretas, você tem um raro tipo de mutação que é de certa forma natural do seu organismo. Não que as outras não sejam, porém todas nós temos limitações e ficamos cansadas fisicamente e mentalmente se abusarmos muito das nossas habilidades. Você, portanto, não tem essa limitação pelo seu poder ser espontâneo! É como se fosse apenas um boost gigante no seu sistema imunológico!


– E você ainda sente dor? – perguntou Hyoyeon, que brincava com o seu isqueiro. – Caso não, toma cuidado que eu vou querer roubar seu poder enquanto você estiver dormindo – riu.


– Sorte minha eu ainda sentir então – Jessica limpou o sangue em seu antebraço e puxou de volta a manga do blusão.


– Ok, acho que agora tudo o que havia para se dizer já foi dito. Bom saber que você finalmente é como nós agora, Jessica – Sooyoung sorriu. – Yul, Yoona, vamos.


Jessica sorriu, feliz em se livrar do peso da sensação de inferioridade nas costas. É claro que quando se tratava de técnicas de combate ainda era inferior até mesmo à Sunny, Tiffany e Seohyun, que não eram designadas para entrar na linha de frente. Mas apenas de saber que seu poder era tão importante e de ver os olhares curiosos e impressionados das garotas, já sentia uma pontinha de orgulho de si mesma. Mesmo que fosse algo que não pudesse controlar.


– Jessica – Tiffany aproximou-se enquanto a maioria das outras se retirava. – Queria pedir desculpas por ter gritado com você. É que eu fico meio fora de mim quando acontece alguma coisa com as minhas irmãs...


– Fique tranquila, Tiffany. Eu faria o mesmo se fosse com a Krystal, sem dúvidas.


– Que bom que você me entende... Eu me sinto uma insensível por nem ter perguntado como você está depois disso tudo!


– Estou até um pouco feliz, sabe. Com esse negócio de regeneração e tal.


– Com certeza é uma grande adição à nossa equipe! – mostrou-lhe mais um de seus sorrisos radiantes. – E me poupa trabalho também.


– Bom saber – Jessica devolveu-lhe o sorriso, porém não com a mesma intensidade. – Eu acho que também lhe devo desculpas pela Taeyeon...


– Não, você não deve desculpas a ninguém! O máximo que você me deve é o milk-shake de morango que eu lhe paguei semana passada – riu. – Vou me arrumar. Quero estar no hospital quando Taeyeon estiver bem.


– Eu vou ficar aqui, preciso descansar em uma cama de verdade. Mas gostaria que você me avisasse se acontecer alguma coisa, ok?


Tiffany assentiu e se retirou, voltando para o seu quarto. Jessica notou que não havia mais ninguém lá além dela e de Sunny, que estava sentada no sofá, pensativa. Sentou-se ao lado da baixinha que olhava fixamente para a televisão desligada e permaneceu em silêncio.


– Como você tá? – perguntou Sunny alguns minutos depois, sem desviar o olhar.


– Bem, eu acho. E provavelmente ficarei bem para sempre depois dessa surpresa.


– Não fisicamente, nisso eu sei que você tá bem. Quero dizer mentalmente... imagino que matar seja bem duro para alguém que não está acostumado a ver a morte de perto.


– Eu sinceramente não sei mais o que sentir – franziu a testa. – É, eu me sinto mal por ter enfiado uma faca na jugular de um cara e uma no cérebro do outro. Eles podiam ter família, esposa, filhos... mas ainda nos atacaram sem piedade com a intenção de nos matar a sangue frio, não é? Muito provavelmente sabiam que Taeyeon tem duas irmãs mais novas para cuidar, ou que eu tenho uma família lá em Los Angeles, e ainda sim não hesitaram em nos apunhalar no estômago. Não sinto remorso, mas apenas ódio... Taeyeon poderia estar morta agora!


– Às vezes lamento ser uma das únicas com uma visão moralista da morte aqui. Sinto que isso me segura mais do que deveria. – Respondeu Sunny após alguns segundos de silêncio.


– Isso me assusta, Sunny – o olhar de Jessica era vulnerável. – Eu não quero ser uma assassina fria. O que... o que a minha irmã iria pensar de mim?


– Ela não vai pensar nada. Ela não vai nem ficar sabendo se você mesma não abrir a boca – assegurou-lhe Sunny. – Faremos o máximo para que você possa voltar para casa e tudo seja como se realmente tivesse apenas passado uma temporada no campus da universidade. Vai ficar tudo bem, Sica... – suspirou. – Eu prometo.


Jessica não falou nada, apenas deitou a cabeça no colo de Sunny e sentiu as lágrimas escorrerem pelo seu rosto juntamente com a mão delicada da mais nova acariciando seus cabelos. Permitiu-se chorar uma última vez, pois agora teria de ser forte. Forte pelas garotas. Por Krystal. Até mesmo por Taeyeon.


E mais do que tudo, precisava ser forte por ela mesma.


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Notas finais do capítulo

Se a explicação do poder da Sica tiver ficado meio confusa, não hesitem em perguntar. :P