All I Need For Christmas escrita por TayCristie


Capítulo 1
All I Need For Christmas


Notas iniciais do capítulo

One-Shot especial de Natal. Espero que gostem! *-*
Boa leitura!



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POV Renesmee

Eu estava tentando me acostumar a viver só com minha mãe depois que meus pais se separaram no início do ano. Era duro viver sem mau pai super protetor e cabeça dura. Preferi ficar com minha mãe na Califórnia, ainda mais que tenho a escola. Mas eu não queria ficar sem nenhum dos dois. Papai se mudou para Nova York, encontrou um bom emprego e até acho que ele tem uma namorada. Não queria que as coisas fossem dessa forma, mas se meus pais não estavam bem juntos, não posso querer que eles continuem se suportando e não serem felizes. Bom, acho que agora mamãe está feliz. Ela até cantarola enquanto está cozinhando. Ela disse que com apenas nós duas a vida é bem melhor. Não acho isso. Sinto saudades do meu pai.

Estávamos em uma incrível época do ano. O outono já estava dando tchauzinho e eu podia sentir o ar frio do inverno. Além do mais, era a época do Natal.

Mamãe estava arrumando uma caixa cheia de fotos, quando entrei em seu quarto e me sentei ao seu lado na cama.

_Muitas lembranças? – Perguntei.

_Muitas – ela concordou, balançando a cabeça. Pegou uma foto de quando eu era um bebê e sorriu. – Olha só como você era pequena. – Sorri para ela, que suspirou. – Sinto falta dessa época.

_Era quando tudo estava bem – falei. Ela me encarou e guardou a foto.

_Estou muito bem sem seu pai – disse ela, se levantando e guardando a caixa em cima do guarda-roupa. – Não acha que nunca estivemos melhor?

_Eu sinto falta dele – falei. – Pode ser melhor para você, mas para mim ele faz falta.

Ela se sentou ao meu lado e segurou minha mão, olhando fixamente nossas mãos juntas.

_Eu sei, meu bem – disse ela. – Você sabe que pode vê-lo quando quiser.

Assenti.

_Eu queria perguntar uma coisa – falei, e ela me encarou. – Tem planos para onde vamos no Natal?

Ela sorriu e apertou minha mão.

_Para a casa dos seus avós, em Forks – disse ela. – Como sempre. Mas por que a pergunta?

Hesitei.

_É que... – comecei a falar. – Eu... Eu queria passar o Natal com o papai em Nova York.

Ela ficou me encarando por alguns segundos, depois abaixou o rosto e deu uma risadinha.

_Bem... – disse ela. – Você tem certeza?

Assenti.

_Fazem meses que não o vejo – falei. – Eu queria muito passar esse tempo com ele.

Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e segurou minha mão novamente.

_Tudo bem – disse ela. – Não vou proibir você de ver o seu pai, e se você quer passar o Natal com ele...

Ela deixou a frase morrer, se levantando e indo para a porta do quarto.

_Quanto tempo quer ficar com ele? – Perguntou antes de sair.

Dei de ombros.

_Não sei – falei. – Uma semana, talvez duas...

Ela mordeu o lábio.

_Acho melhor ligar para ele – disse, então saiu.


(...)


Faltava exatamente uma semana para o Natal, e eu estava no aeroporto da Califórnia com minha mãe. Quando meu vôo foi chamado, ela me deu um abraço e um beijo na testa.

_Diga ao seu pai – disse ela, ajeitando meu casaco – que eu desejei Feliz Natal.

_Pode deixar – falei.

Ela assentiu, então me deixou ir.

_Ah! – Falei. – Diga à vovó e ao vovô que eu desejei Feliz Natal.

Ela apenas sorriu e acenou. Entrei no avião.

Algumas horas depois eu estava desembarcando no aeroporto central de Nova York. Peguei minha mala e comecei a procurar por meu pai. Depois de uns dois minutos, vi seus cabelos de bronze. Seu sorriso me dava as boas vindas.

_Eu estava morrendo de saudades! – Disse ele, me abraçando bem forte.

_Eu também estava, pai – falei, retribuindo o abraço.

Ele segurou meu rosto entre as mãos e me deu um beijo na testa.

_Vamos logo – disse ele, me dando seu braço.

Nova York estava coberta por uma grossa camada de neve. As ruas, as casas, as árvores, os carros... Tudo tinha neve. E era tão lindo! Não que eu nunca tivesse visto a neve – sempre passei o Natal em Forks, e lá neva bastante -, mas em Nova York tudo tem um toque à mais.

Fomos para o carro e papai dirigiu para a sua casa.


–--


_Aqui é um lugar maravilhoso – disse ele enquanto entrávamos. – Você vai gostar, tenho certeza.

_Pode parecer estranho – falei, colocando minha bagagem de mão em cima do sofá -, mas eu já estou me sentindo bem aqui.

Ele riu.

_Está com fome? – Perguntou apontando para a cozinha.

_Muita! – Falei. – O que temos para o jantar?

_O que você quiser – disse ele, indo para a cozinha. O segui.

Ele olhou os armários e depois a geladeira, depois suspirou.

_Bom – disse ele, me encarando, meio desapontado -, acho que hoje vamos ter que ficar com o bolo de carne de ontem.

_Não tem problema – falei, olhando cada canto da cozinha.

Até que meu pai estava se saindo bem sozinho.

Ele pegou o bolo de carne e o colocou no microondas.

_Está se sentindo solitário? – Perguntei. – Quero dizer, deve ser difícil ficar sozinho em um lugar como Nova York.

Ele hesitou por um momento, mas enfim falou.

_Não estou sozinho.

Assenti devagar. Eu esperava por isso.

_Ela vem muito aqui? – Perguntei.

_Na verdade – disse ele -, essa é a primeira vez que ela vem aqui.

Olhei para ele com a testa franzida e ele riu. Finalmente entendi o que ele disse.

_Pai, estou falando sério – falei.

_Eu também – disse ele. – Juro. Prometo que quando arrumar uma namorada você será a primeira a saber.

_Tudo bem – falei, e o microondas apitou.

_E sua mãe? – Ele perguntou. – Está com alguém?

_Não – falei. – Na verdade uns namoricos, mas nada muito sério. Às vezes acho que sou mais velha que ela.

_Bella sempre teve um espírito infantil – disse ele, fazendo dois pratos com bolo de carne e depois me entregou um.


–--


Depois de nosso “jantar”, o ajudei com a louça – tinha um pouco do almoço ali.

_Os vizinhos estão loucos para conhecer você – disse ele.

_Falou muito de mim? – Perguntei, secando um prato.

_Consideravelmente – disse ele, depois riu. – Está brincando? Eu falo de você o tempo todo. – Ri também. – Todos querem conhecer a famosa Renesmee Cullen, principalmente os Black.

_Quem são esses? – Perguntei.

_Bons vizinhos – disse meu pai. – Moram aqui do lado. Billy, Angela e Jacob. São pessoas fantásticas. Quero dizer, Jacob dá trabalho de vez enquanto, mas é a idade.

_Quantos anos ele tem? – Perguntei.

_17 – respondeu meu pai. – Ele é um bom garoto.

Assenti, e continuamos a limpar a cozinha.


–--


Me impressionei ao encontrar um quarto para mim. Quero dizer, claro que eu sabia que aqui teria no mínimo dois quartos, mas nunca imaginei que um desses quartos seria somente meu. Quando entrei nele a única coisa que consegui dizer foi:

_Uau!

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Meu pai riu.

_Não imaginei que o senhor iria fazer um quarto só para mim – falei.

_Você é minha filha – disse ele. – Merece um quarto só seu na minha casa.

Eu ri e pulei em cima da cama.

_Vou deixar você sozinha – disse ele. – Deve estar querendo tomar um banho.

Assenti e ele saiu, fechando a porta.

Fui até a janela, me ajoelhando na poltrona e olhando lá para fora. A neve caindo era linda, de tirar o fôlego. Nunca pensei que uma coisa como a neve poderia me deixar tão impressionada. Eu já havia estava na neve milhares de vezes. De alguma forma aqui era especial.

Olhei mais um pouquinho lá para fora, então percebi que havia uma janela da casa ao lado bem de frente a minha. Olhando melhor, percebi que havia alguém olhando para fora também. Me afastei um pouco e pisquei os olhos várias vezes. Não deu para perceber direito como era a pessoa por causa dos flocos de neve caindo e embaçando a visão, mas com certeza eu iria descobrir depois.

Abri minhas malas e coloquei as roupas que trouxe no guarda-roupa, depois fui tomar um longo e relaxante banho.


***

À noite assistimos um pouco de TV e matamos mais a saudade um do outro. Antes de ir dormir liguei para minha mãe e contei como estava indo tudo. Não demorei muito para pegar no sono.


–--


Quando acordei, demorou um pouco para eu me lembrar de onde estava. Sorri quando finalmente me dei conta de que estava em Nova York, na casa do meu pai.

Depois de me acordar direito e colocar um dos maiores casacos que eu havia trago – tá bom, isso é um exagero -, desci para tomar café com meu pai. Ele fritava bacon.

_Bom dia – disse ele, quando me sentei à mesa.

_Bom dia, pai – falei. Ele sorriu e colocou um pouco de bacon no meu prato.

Se sentou a minha frente e tomou seu café.

_É tão bom ter você aqui – disse ele.

_Estou adorando estar aqui – falei.

Ele sorriu, então terminamos de tomar nosso café.


–--


Papai me levou para andar um pouco, conhecer Nova York – pelo menos a parte em que ele morava. Embora NY seja uma cidade linda, as multidões escondem sua beleza na maioria das vezes. Eu queria poder ver mais, mas tínhamos que nos apressar para o almoço. Eu já estava morrendo de fome.

Chegamos em casa no mesmo instante que uns dos vizinhos do meu pai.

_Ah, olá Billy! – Disse meu pai. – Angela.

_Olá, Edward – disseram os dois. – Essa é a sua menina? – Billy perguntou.

_É sim – disse meu. – Nessie, esses são Billy e Angela Black.

_Muito prazer – falei, apertando as mãos dos dois.

_Não mentiu, Edward – disse Billy. – Ela é realmente linda.

Tenho certeza que corei com esse elogio – ou podia ser apenas o frio contra meu rosto me deixando vermelha.

_Billy está certo – disse Angela. – É uma garota encantadora.

_Eu soube como fazer – disse meu pai, colocando seu braço ao redor dos meus ombros. Nós rimos. – Onde está Jacob? – Ele perguntou.

_Com alguns amigos – disse Billy. – Daqui a pouco está de volta para o almoço. Acho que vocês se darão bem, Nessie.

Apenas assenti, mas tinha certeza de que minha expressão era de “duvido muito”. Mas quem sabe esse Jacob não é um cara legal?

Nos despedimos, então entramos.

Ajudei meu pai a fazer o almoço – com certeza melhor que o jantar de ontem – e conversamos bastante à mesa.

_Por que não temos um boneco de neve? – Perguntei. – Todo mundo tem um boneco de neve.

_Não levo jeito para fazer isso – ele respondeu.

_Vamos fazer um, então – falei. – Sempre fiz na casa da vovó Swan.

_Não está meio grandinha? – Ele perguntou.

_Pai – falei-, bonecos de neve são sempre bonecos de neve. Sem discussão. Vamos fazer um!

Ele riu, e hesitou um pouco, mas concordou.


–--


Nosso boneco já estava quase pronto, só faltava um cachecol.

_Vou pegar um lá dentro – disse meu pai, então entrou.

Tentei arrumar a cenoura em seu nariz e os gravetos que faziam os braços.

_Deve ser a Renesmee – ouvi uma voz atrás de mim -, filha do Edward.

Me virei e encarei aquele moreno lindo parado a minha frente.

_Sou eu mesma – falei, controlando a minha voz que queria falhar.

Meu Deus! Como ele era lindo.

_Sou Jacob – disse ele, estendendo sua mão. A apertei.

Ficamos nos encarando por um tempo, e isso foi constrangedor. Ele riu.

_Nossa – disse ele -, nunca pensei que o Edward poderia ter uma filha tão bonita.

Eu ri, constrangida, e coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha.

_É o filho dos Black – falei. – Conheci seus pais. São pessoas bacanas.

_É, eles são – disse Jacob. – Apesar de não me compreenderem.

_Como assim? – Perguntei.

Ele hesitou por um momento.

_Eu quero ser livre – disse ele. – Sabe, sair um pouco sem que eles pensem que estou fazendo algo de errado.

_Mas você é livre – falei, me lembrando de quando Billy disse que Jacob estava com alguns amigos.

_Diz isso pra eles – disse ele e eu ri. – Gostei da sua risada.

Corei, e dessa vez tinha certeza de que não era pelo frio. Papai apareceu, trazendo o cachecol.

_Vejo que conheceu o Jacob – disse ele.

_Conheci – falei. – Ele é bacana.

_Viu, Edward? – Disse Jacob. – Eu sou bacana.

Meu pai deu apenas um meneio de cabeça e colocou o cachecol no boneco de neve.

_Nessie – disse ele, vindo até mim -, vou comprar alguns suprimentos para o jantar. Volto em meia hora.

_Tudo bem – falei.

Ele me deu um beijo na testa e se despediu de Jacob. Pegou seu carro e saiu.

Dei uma olhadinha no nosso boneco de neve e Jacob disse:

_Vou nessa. A gente se vê depois.

_Claro – falei, balançando a cabeça.

Ele foi para o seu lado da cerca, mas parou na varanda de sua casa.

_Escuta – disse ele. – Vou sair com alguns amigos hoje à noite. Não quer ir comigo? – Devo ter feito uma cara estranha, pois ele completou: - Para conhecer melhor o lugar. Creio que o Ed aqui não lhe mostrou os melhores lugares de Manhattan.

Pensei por um momento. Sair seria bom.

_E aí? – Ele perguntou, e percebi que eu demorei de mais para responder.

_A que horas? – Perguntei.

Ele riu.

_Apenas esteja preparada.

Nossos olhares se encontraram por um momento, então ele se virou e entrou.


–--


Pulei na minha cama, peguei meu celular e liguei para Claire. Ela atendeu no segundo toque.

_Estava me perguntando quando você ligaria – disse ela. – Como estão as coisas em Nova York?

_Ótimas – falei. – A casa do meu pai é incrível e os visinhos são maravilhosos. Mas sinto falta de você, da galera, da minha mãe.

_E está aí há apenas um dia – disse ela e nós rimos.

_É difícil ficar longe de casa – falei.

_Sei como é – disse ela. – Foi mais ou menos assim quando fui para a Grã-Bretanha.

_Ei! – Falei. – Você estava em terras Potterianas e nem soube aproveitar.

Nós rimos.

_O Jim perguntou sobre você – disse Claire. – Disse que sente falta da sua companhia.

Suspirei.

_As coisas entre nós terminaram há muito tempo – falei.

_Não para ele – disse ela. – Tem certeza de que não há nenhuma chance de reatarem.

_Nenhuma – confirmei.

Ela suspirou.

_Tudo bem – disse ela. – Vou tentar cortar de uma vez as últimas esperanças dele. Mas me conta: tem algum gatinho aí?

_Mal conheci a cidade! – Falei. – Mas, pensando bem...

_Me conta! – Ela gritou quando comecei a hesitar.

_Tem um garoto – falei. – Não posso falar nada, nos conhecemos hoje. Ele é vizinho do meu pai. – Claire suspirou e eu fiquei irritada com ela por não me deixar terminar. – Ele é gente boa.

Parei aí.

_Só isso? – Ela perguntou. – Mais detalhes, tipo: AGORA!

Tive que afastar um pouco o celular do ouvido quando ela gritou.

_Características – ela completou.

_Ah... Ele é mais alto que eu, moreno, olhos penetrantes... – hesitei quando me lembrei de quando ele me olhou nos olhos antes de entrar em casa.

_Continue... – claire cantarolou.

_Não posso dizer muito – falei. – Como disse, nos conhecemos hoje.

_Nenhuma característica do físico? – Ela perguntou. Pude sentir a malícia em sua voz.

_Claire – falei -, se você não sabe, aqui em NY está fazendo um frio enorme, e as pessoas não costumam sair por aí de regata com um tempo desses. E que sem importa com o físico dele? Na verdade, não deveria importar nada nele, porque eu não vou ficar aqui. É uma visita de final de ano se esqueceu.

_Ei, calma! – Disse ela. – Não precisa estressar. Posso pelo menos saber o nome dele?

_É Jacob – falei. Ouvi a porta lá embaixo abrir e fechar. – Meu pai chegou. Te ligo depois.

Antes que ela pudesse surtar mais uma vez, desliguei o telefone e desci correndo as escadas.


***

Depois do jantar, tomei um banho e coloquei meu pijama. Já eram 10h da noite. Jacob provavelmente só estava brincando comigo quando me chamou para sair com ele – e seus amigos.

Deixei meu pai assistindo TV na sala, e quando já estava subindo para o quarto, bateram na porta. Fui atender e me deparei com Jacob.

_Vai sair assim? – Ele perguntou, me olhando de cima a baixo.

Fechei o casaco e abracei meu corpo.

_O que está fazendo aqui? – Perguntei.

_Tínhamos combinado – disse ele. – Não me diga que esqueceu?!

_São dez da noite – falei.

_É a hora em que tudo começa, baby – disse ele. – Não se preocupe, não vamos fazer nada de errado, só sair um pouquinho. Pode ir se trocar, eu espero.

Olhei meu pai no sofá e depois olhei para Jacob.

_5 minutos – falei.

Fechei a porta e subi correndo as escadas.

Me troquei o mais rápido que pude, passei um batom, perfume e penteei os cabelos. Não precisava de maquiagem. O frio já deixaria o meu rosto branco com bochechas rosadas o suficiente. Coloquei algumas coisas em uma bolsinha e desci.

_Pai – falei -, vou sair.

Ele olhou para mim com uma sobrancelha erguida.

_Com Jacob – completei. – Ele me chamou para sair com alguns amigos, sabe, para conhecer a cidade melhor.

Ele piscou os olhos e voltou sua atenção para a TV.

_Pai? – Falei.

_Diga ao Jacob para te trazer viva – disse ele -, e manter aquelas mãozinhas longe de você.

Absorvi aquilo, engoli em seco e lhe dei um beijo no topo da cabeça. Depois saí. Jacob me esperava, sentado no banco de balanço da minha varanda.

_Bem rápida – disse ele, sorrindo. – Vamos? – Ele me deu o braço.

Recusei, começando a andar para fora do meu quintal coberto de neve.

_O que fazem para se divertir em uma nevada? – Perguntei, enquanto andávamos.

_Nada de mais – disse ele. – Não se preocupe, não somos baderneiros. – Eu ri. – Gostamos de ir a lanchonetes ou barzinhos.

Assenti e ficamos em silêncio por um tempo.

_Aonde vão hoje? – Perguntei.

_Sue’s Cafeteria – disse ele. – É uma lanchonete.

_Seus amigos já estão lá? – Perguntei.

_Provavelmente – disse ele. – Acredite, você vai adorar a galera. Depois vamos sair e aí sim vou te mostrar Nova York.

Jacob riu e olhou para mim, e eu não pude evitar em sorrir também.

_E você? – Ele perguntou. – O que faz para se divertir na Califórnia?

_Saio com os meus amigos – falei. – Eles são pessoas legais. Vamos à festas, shows. Às vezes invadimos algum estúdio de gravação para sabermos quais são as novas de Hollywood. – Eu ri. – Não somos baderneiros – falei, olhando para ele.

_Com certeza não – disse ele, depois riu.

Andamos em silêncio por uns dois minutos. Estávamos andando tão próximos que nossos ombros de encostavam.

_Deixou alguém para trás? – Ele perguntou.

_Minha mãe – falei.

_Não é disso que estou falando – disse ele. – Sabe, você... Tem namorado?

Pensei em Jim e no que Claire disse. Eu não iria voltar para ele. Ele me fez sofrer muito.

_Não – falei. – Não sou muito boa em relacionamentos.

_Ou apenas não encontrou a pessoa certa – disse ele.

_É – falei. – Talvez.

Jacob assentiu e andamos mais um pouco até ele indicar a lanchonete.

Quando ele abriu a porta, um sininho balançou, anunciando nossa chegada. Jacob segurou a porta e eu entrei. Ele nos encaminhou para uma mesa onde havia cinco pessoas.

_Olá pessoal! – Disse ele.

_Até que enfim – disseram alguns deles.

_Eu estava esperando a minha amiga aqui – disse, olhando para mim.

_Ah! – Disse um dos garotos, se levantando. – Renesmee, certo?

_Certo – falei.

Ele apertou minha mão e olhou bem nos meus olhos.

_Muito prazer – disse ele. – Sou Adrien. (http://www.contactmusic.com/pics/ld/teen_vogue_yh_3_021010/cody_linley_5550984.jpg).

Sorri e assenti.

_Bom – disse Jacob, tirando a mão de Adrien da minha -, vamos deixar a Nessie se sentar.

Ele se sentou ao lado de uma garota loira e me puxou para sentar ao seu lado.

_Nessie – disse ele -, esses são Adrien (que você já conheceu), Nina, Kyle, Tom e Lindsay. – Lindsay é a garota loira sentada ao lado dele.


Nina: http://1.bp.blogspot.com/_0Gy1kzB_30c/THvTy31o7XI/AAAAAAAAAIY/HGzEyR5pnkA/s1600/shay_mitchell.jpg

Kyle: http://images2.fanpop.com/image/photos/10700000/The-sexiest-photoshoot-ever-33333-we-love-logan-lerman-10734989-400-600.jpg

Tom: http://2.bp.blogspot.com/-2gLbdv2gfmg/TZPrUe6f7pI/AAAAAAAAAEE/kAN_yEPTn8U/s1600/skandar-keynes3.jpg

Lindsay: http://screencrave.frsucrave.netdna-cdn.com/wp-content/uploads/2010/04/Teresa-Palmer-I-Am-Number-Four-22-4-10-kc.jpg


_Muito prazer – falei, olhando para todos eles.

_Não disse que sua nova amiga era tão bonita, Jake – disse Adrien.

Senti meu rosto esquentar e Jacob fuzilou o garoto com o olhar.

_Nos conhecemos hoje – disse Jacob. – Não tinha muitos comentários a fazer. Mas você é realmente linda Renesmee.

Mais vermelha ainda, tenho certeza.

_Obrigada – murmurei, quase sem voz.

_Tudo bem – disse Lindsay. – Vamos pedir! Eu quero um hambúrguer. Estou morrendo de fome.

_Também quero um – disse Kyle. Ele e Lindsay se entreolharam. Senti alguma coisa ali.

_Vou ficar uma saladinha – disse Nina. – Estou de dieta.

_Não sei para que – disse Tom. – Está querendo desaparecer? – Ela o fuzilou com o olhar e ele riu. – Também quero um hambúrguer. O daqui é o melhor – ele disse essa última frase olhando para mim.

_O que vai querer, Nessie? – Jacob e Adrien perguntaram ao mesmo tempo.

_Hmmm... – falei. – Eu não estou com fome. Alguém não me disse que vocês saem de madrugada, então eu já jantei.

_Desculpe – disse Jacob. – Eu devia ter avisado.

_Tudo bem – falei, olhando para ele. – Hmm... Só um suco então. De laranja.

_Só um suco para mim também – disseram Jacob e Adrien juntos novamente. – E waffles – Adrien completou.

_Vou fazer os pedidos – disse Jacob. Dei espaço e ele passou, indo até o balcão.

Deslizei para o lado de Lindsay.

_Você é da Califórnia, não é? – Ela perguntou. Assenti. – Eu adoro a Califórnia! Principalmente as praias.

_Eu me joguei no mar uma vez – falei. – Eu não estava correndo perigo, queria só deixar o pessoal desesperado. – Eu ri. – Jim pulou e foi me salvar do meu “afogamento”.

_Quem é Jim? – Tom perguntou.

_Meu ex-namorado – falei. – Ele é um otário.

Eles riram e eu os acompanhei.

Sinto alguém se sentando ao meu lado e me viro, achando que era Jacob que já havia voltado, mas era Adrien – tão próximo que parecia que sugávamos o mesmo ar.

_Nos fale mais sobre você – disse ele.

Lindsay deslizou um pouco para o lado, para que eu pudesse me afastar de Adrien.

_O que querem saber? – Perguntei, olhando para todo mundo.

_Tudo – disse Lindsay. Era impressão minha ou Nina não foi muito com a minha cara? Ela não se manifestou até agora.

Ignorando sua cara de “não quero saber o que você tem a dizer”, comecei a contar algumas coisas sobre mim – e algumas histórias engraçadas.

Jake apareceu em seguida, vendo que seu lugar havia sido ocupado por Adrien. Ele respirou fundo e se sentou ao lado de Nina.

_Já vão trazer nossos pedidos – disse ele.

Assentimos, e eu continuei contando minhas histórias.


–--


Quando a garçonete trouxe nossos pedidos, paramos um pouco com a empolgação para podermos comer – bom, eles comerem. Eu e Jacob estávamos apenas com nossos sucos de laranja.

_Isso é maravilhoso! – Exclamou Adrien, saboreando seus waffles. – Prova um pedacinho. – Ele estendeu o garfo com um pedaço de waffle em direção a minha boca. Afastei a cabeça um pouco para trás pelo susto.

_Eu sou alérgica a mel – falei.

_É doce de leite – disse ele.

_A isso aí também – falei.

Ele deu de ombros e enfiou o garfo na boca. Jacob abafou uma risada e nossos olhares se encontraram. Tive que abaixar o meu na hora.


***

Depois de nos divertirmos bastante na lanchonete, saímos para o ar úmido de Nova York. Observei os enfeites de Natal das casas – um mais lindo que o outro. Pisca-piscas enfeitando o teto, adornando as portas, ao redor de pinheiros. Bonecos de neve muito mais bonitos do que o que eu e meu pai fizemos. Papais-noéis com o trenó e as renas em cima de telhados. E neve, muita neve.

_Nova York é tão bonita nessa época do ano – falei, andando ao lado de Jacob.

_É sim – disse ele. – Principalmente quando se está em boa companhia. – Olhei para ele. – Sabe, Lindsay, Tom, Kyle e os outros – ele completou. – E você, claro.

Eu ri.

_Espero que sejamos bons amigos – falei.

_Eu também – disse ele. Senti um tom estranho quando ele falou isso.

Andamos mais um pouco. O resto do pessoal estava bem mais a frente. Adrien sempre olhava para trás.

Senti um leve tremor no chão e logo depois fomos atingidos por uma forte luz amarela, que iluminava o chão. Jacob olhou para trás e eu ouvir o som da buzina, segurou minha cintura e jogou para um lado, em cima de um monte de neve. Ele caiu em cima de mim e vimos o caminhão passar.

Depois de passar o susto, começamos a rir. Olhei para ele, que ainda estava em cima de mim, e devagar nossas risadas foram morrendo, restando apenas nossos olhos fixos um no outro.

_Vocês estão bem? – Ouvi Lindsay gritar. Ela e os outros vinham correndo em nossa direção.

_Estamos! – Gritou Jacob em resposta.

Ele se levantou e segurou minha mão, me ajudando a me levantar.

Adrien chegou até nós e segurou meu rosto entre as mãos.

_Você está bem? – Ele perguntou.

_Estou ótima – falei, tirando suas mãos.

Ele respirou fundo.

_Acho que temos de ir embora – disse Kyle. – Está tarde pra caramba.

_Ele tem razão – disse Lindsay.

_Já ficamos mais tempo que isso na rua – disse Nina.

_É – disse Tom -, mas está nevando pra caramba hoje. Acho melhor irmos embora mesmo.

_O que vocês acham? – Lindsay perguntou para mim e Jacob.

Olhei para ele.

_Vamos andar um pouquinho – disse ele. – Depois vamos embora.

_Sei... – Tom disse, com um sorrisinho.

_Estou falando sério – disse ele. – Gente, não tá rolando nada aqui. Está rolando alguma coisa aqui, Nessie?

_Não – falei. – Claro que não.

Eles assentiram, mas continuaram desconfiados.

_Muito bem – disse Lindsay -, vamos embora pessoal.

_Espera – disse Adrien. – Já que não está rolando nada, acho que vou ficar um pouquinho com eles.

_Não! – Dissemos eu e Jacob ao mesmo tempo.

Eu não queria terminar meu passei com Adrien dando em cima de mim.

Vi seus olhos ficarem tristes. Era um crianção.

_Tudo bem – disse ele. – Vejo vocês amanhã.

Ele acompanhou Lindsay e os outros na volta para casa.

_Eles moram juntos? – Perguntei.

_Não – disse Jacob. – Só perto de mais.

Assenti, e começamos a andar na direção oposta à que eles foram.

_Eu não perguntei – disse ele. – Você quer ir embora também? Sabe, hoje está nevando bastante mesmo.

_Não – falei. – Acha que sofremos algum risco de nos afundarmos na neve?

_Não – disse ele.

_Então vamos continuar nosso passeio.


–--


Jacob me mostrou lugares incríveis – que estavam fechados a essa hora. Era incrível como ele poderia ser engraçado e atencioso. E lindo, muito lindo.

Já estávamos a porta da minha casa, nos despedimos.

_Foi muito divertido hoje – falei. – Espero poder sair com você e seus amigos novamente.

_Sempre que quiser – disse ele.

Eu ri.

_Enquanto eu ficar aqui – corrigi.

No mesmo instante o sorriso sumiu de seu rosto.

_Até amanhã – disse ele, saindo e descendo as escadas da varanda apressado.

_Até amanhã – falei.

Ele entrou em seu quintal e depois sumiu quando entrou em casa. Entrei também, sentindo um vazio.

Jacob, Lindsay, Kyle, Tom e até Adrien e Nina me fizeram bem hoje.

Fui dormir pensando que estava gostando de mais daqui.


***

Mais dois dias se passaram. Saí mais algumas vezes com Jacob e seus amigos – Adrien não parou de dar em cima de mim, mas acho que agora já virou um tipo de brincadeira. Meu pai trabalhava até as 18:00h, então eu aproveitava para poder me encontrar com meus novos amigos – descobri que eu e Lindsay poderíamos ser BFF’s (não deixe Claire escutar isso).

Quanto mais tempo eu passava com Jacob, mais próxima dele eu me sentia - e sentia outra coisa também. Eu queria poder estar nos braços dele, sentindo seu perfume, seu hálito, as batidas do seu coração. Mas eu tinha certeza de que para ele eu era apenas a sua nova amiga que iria embora em breve.

Já era noite quando saí na varanda de casa e me sentei no banco de balanço. Observei os pisca-piscas coloridos da casa dos Black piscando incessantemente. Então a porta se abriu e Jacob saiu. Ele olhou para cá e me viu sentada. Não me mexi. Ele contornou seu quintal e entrou no meu, vindo até a varanda e se sentando ao meu lado.

_Não está meio frio aqui fora? – Ele ironizou. – Não é a época perfeita para ficar sozinha na varanda de casa observando as estrelas.

_Não me importo – falei. – Aqui é bom.

Ficamos em silêncio por um tempo. Ele passou o braço por meus ombros e aproximou nossos corpos.

_Está frio de mais – disse ele. – É sempre bom um calorzinho a mais. – Deu uma risadinha.

Olhei para ele e vi que ele estava olhando para mim. Nossos olhos ficaram fixos e eu me senti cada vez mais atraída para seus lábios. Nos aproximamos mais, inclinando nossos rostos na direção um do outro. Nossos narizes já estavam se tocando quando...

_Nessie! Sua mãe no telefone.

Meu pai apareceu à porta e eu me afastei rapidamente de Jacob. Me levantei e fui até o meu pai, pegando o telefone.

_Oi, mãe – falei, entrando em casa.


***

No outro dia de manhã, eu estava no quintal, ajeitando uns enfeites de Natal.

_Precisa de ajuda?

Olhei para trás e vi Lindsay.

_Ajuda é sempre bem vinda – falei.

Ela sorriu e veio me ajudar com alguns laços vermelhos que eu estava colocando nos balaústres da varanda.

_Meu pai não é muito bom com enfeites de Natal – falei.

_Estou vendo – disse ela. – Pelo menos o boneco de neve está legal.

Eu ri.

_Eu o ajudei a fazer – falei.

_Ah! Por isso – disse ela. Nós rimos.

Arrumamos tudo em silêncio por um tempo.

_E você e Jacob? – Ela perguntou de repente.

_Como assim? – Perguntei.

_Ah! Qual é, Nessie – disse ela. – Não percebeu que ele gosta de você? Tipo, gosta mesmo.

Me lembrei da noite passada, quando quase nos beijamos. Fiquei em silêncio.

_Ainda gosta do tal de Jim? – Ela perguntou.

_Não – falei. – Nenhum pouco. Na verdade, nem sei como pude gostar dele um dia. Ele é um idiota. E quando digo isso não é por birra. Ele é mesmo um idiota.

_Não vou querer saber o que aconteceu? – Ela perguntou.

_É, não vai – falei. Ela assentiu.

Coloquei alguns Papais-noeizinhos em cima dos balaústres, então me virei para Lindsay.

_Por que a Nina não gosta de mim? – Perguntei.

Lindsay suspirou.

_Não é que ela não goste de você – disse ela. – É que ela gosta do Jacob, e já percebeu que ele tá na sua.

Assenti, não querendo comentar muito sobre a última parte.

_E você e Kyle? – Perguntei. – Sabe, senti alguma coisa no nosso primeiro encontro na lanchonete.

Ela riu e seu olhar ficou perdido, como se tivesse se lembrando de alguma coisa.

_Sabe – disse ela -, nós ficamos de vez enquanto.

_Sério? – Perguntei. – Parece que vocês se gostam bastante.

_Nos gostamos sim – disse ela. – E eu menti. Não ficamos de vez enquanto. Ficamos sempre. Mas eu prefiro não rotular nosso relacionamento.

_Tem medo da palavra “namoro”? – Perguntei.

_Parece uma sentença – disse ele. – Prefiro que nosso relacionamento seja chamado de “livre”.

Dei de ombros.

A porta do vizinho – os Black – se abriu e Angela e Billy saíram. Nos cumprimentaram, entraram no carro e saíram. Logo depois, Jacob apareceu à porta. Quando viu a mim e a Lindsay, veio em nossa direção. Me virei para arrumar uma fila de pisca-piscas, quando sinto uma coisa batendo em minhas costas. Quando me viro, vejo os dois rindo histericamente.

_É só uma bolinha de neve – disse Jacob.

Respirei fundo, me abaixei e fiz uma enorme bole de neve com as mãos. Mirei nele, mas quando taquei acabei acertando Lindsay. Foi assim que começou nossa mini guerra de bolas de neve.

Depois de uma hora de guerra, estávamos na minha cozinha, bebendo bastante líquido.

_Eu vou me vingar! – Disse Lindsay, depois começou a rir.

_Essa foi a melhor guerra de bolas de neve da minha vida – disse Jacob.

Eu não consegui dizer nada, estava sem fôlego.


***

Eu, Jacob e Lindsay passamos o dia inteiro na minha casa. Resolvemos assistir à uma maratona de filmes – tudo bem, foi porque teve uma repentina tempestade de neve lá fora. Quando ela terminou, meu pai já estava em casa.

_Vejo que se divertiram – disse ele.

_Muito – falei.

_O senhor tem uma bela casa, Sr. Cullen – disse Lindsay. – Aliás, sou Lindsay.

_Muito prazer, Lindsay – disse ele. – E pode me chamar de Edward.

Ela assentiu.

_Já que estão aqui – disse ele -, que tal jantarmos os quatro juntos?

_Eu acho uma ótima ideia – falei.

_Tô dentro – disse Jacob.

_Eu aceito também, Sr. Cullen. Desculpe, Edward - disse Lindsay.


–--


Depois do jantar, meu pai fez questão de chamar um táxi para levar Lindsay para casa. Não acho que foi necessário, ela sabe andar por aqui à noite, mas uma coisa que eu aprendi durante toda a minha vida é não discutir com meu pai. Ele é legal e tudo o mais, mas vira uma fera quando alguém tira a sua razão.

Quando Lindsay foi embora, fiquei à porta com Jacob.

_Hoje foi divertido – disse ele.

_Foi sim – falei.

_Escuta – disse ele -, meus pais estão querendo convidar vocês para passarem o Natal lá em casa. Não conta nada para o seu pai, o Sr. Billy Black quer fazer o pedido pessoalmente.

_Pode deixar – falei. – Vai ser muito bom passar o Natal com vocês.

Ele assentiu. Nos despedimos e ele foi para casa. Entrei e tomei um banho, caindo na cama em seguida.


***

Como Jacob havia dito, Billy veio pedir ao meu pai para que passássemos o Natal em sua casa. Felizmente meu pai aceitou. Bom, não acho que seria muito divertido só nós dois. Se bem que eu adoraria passar mais tempo com meu pai. Eu estava cogitando uma ideia, mas eu não queria que uma pessoa que eu amo muito saísse magoada. Resolvi pensar nisso depois.


***

Faltava apenas um dia para a véspera de Natal. Olhei para o meu guarda roupa, procurando por um vestido que caísse bem – e que combinasse com um enorme casaco, meias e uma bota bem quentinha. Escolhi um vestido vintage azul escuro, com um cintinho preto na altura da cintura. Esse era perfeito. O separei no guarda-roupa e fui jogar cartas com o meu pai – mais uma tempestade de neve nos impedia de sair.


***

Era véspera de Natal! Eu já estava pronta, esperando por meu pai que estava demorando mais que uma noiva. Finalmente ele desceu e se assustou quando já me viu pronta, esperando de pé.

_Não acha que está atrasado? – Perguntei.

Ele olhou o relógio de pulso e olhou para mim.

_Não – disse ele, terminando de descer a escada. – Você que está adiantada.

Senti meu rosto esquentar. Eu estava mesmo afobada desde ontem.

_Só achei que o horário era outro – falei.

_Sem problemas – disse ele. – Bom, se já estamos prontos, vamos para a casa dos Black!

Meu pai pegou as sacolas com os presentes, então fomos para a casa dos nossos amados vizinhos.


–--


Angela abriu a porta.

_Ah, entrem! – Disse ela. – Billy! Edward e Nessie chegaram.

Billy apareceu na sala a nos cumprimentou.

_Onde está Jacob? – Meu pai perguntou.

_Está se arrumando – disse Angela. – Ele nunca se preocupou tanto em se arrumar. – Ela olhou para mim e sorriu. Não queria nem pensar no que ela estava imaginando.

Angela nos indicou o sofá e nos sentamos.

_Me deixe colocar os presentes na árvore – disse Angela. Ela pegou os presentes e colocou com os vários outros que estavam no pé do pinheiro.

Meu pai e Billy começaram a conversar – eu dizia uma coisa ou outra -, então Jacob finalmente apareceu no topo da escada. Ele estava lindo com aquele casaco enorme.

_Edward! – Ele cumprimentou meu pai primeiro. – Nessie!

Não pude evitar em sorrir para ele e depois meu rosto esquentou.

Uma música natalina começou a tocar e Angela apareceu na sala.

_O peru está quase pronto – disse ela. – O que acham de nos divertirmos um pouco?

_Acho ótimo! – Disse meu pai.

_Jogos típicos da noite de Natal – disse Billy. – Estou excitadíssimo.

Nós rimos.

_Sempre fomos só nós três, Billy – disse Angela. – Agora temos companhia. Vamos começar com a mímica!


–--


Angela começou. Jacob se sentou ao meu lado, onde poderia ver melhor. A mímica dela era uma profissão – que eu acertei. Era lenhador. Na minha vez eu acabei fazendo um filme – Jacob acertou. Era O Grinch.

Fizemos alguns jogos durante algum tempo, e quando já estava dando meia-noite, todos fomos para a mesa.

_Que tenhamos vários outros Natais como este – disse Angela. – Com nossos amigos e nossos familiares.

O relógio soou meia-noite e antes que atacássemos aquele incrível banquete que Angela preparou, nos levantamos e nos desejamos Feliz Natal, abraçando um ao outro. Quando abracei Jacob, minha vontade foi de nunca mais soltá-lo, mas acabamos nos afastando.


–--


A ceia de Angela estava incrível. Quando terminamos, resolvemos dar um tempo antes de abrirmos os presentes.

Não sei por que, mas eu estava me sentindo sufocada – sufocada por estar tão perto de Jacob e não poder fazer nada.Pedi licença e saí. Me apoiei na balaustrada da varanda deles. Ouvi a porta se abrir e fechar, então Jacob estava do meu lado.

_Está sendo um grande dia – disse ele.

_Está mesmo – falei.

_Estou adorando ter você aqui – disse ele. – Essa Natal não poderia ser melhor.

Olhei para ele, que olhava para mim.

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Ele se aproximou mais, deixando nossos corpos a um centímetro de distância. Jacob olhou para cima e eu segui seu olhar.

_Um visco – disse ele.

Olhei para a plantinha e logo depois para Jacob.

_O que fazemos? – Perguntei.

_O que devemos fazer – disse ele. – É a regra.

Senti suas mãos em minha cintura e ele extinguiu a distância mínima que restava entre nós. Minhas mãos foram de encontro ao seu pescoço e então Jacob aproximou nossos rostos. Quando finalmente nossos lábios se encontraram, senti uma explosão dentro de mim. Eles se encaixaram perfeitamente, como se tivessem nascido um para o outro.

_Finalmente!

Olhei para a porta e vi meu pai, Billy e Angela nos olhando. Eu comecei a rir, mas eu estava morrendo de vergonha por dentro. Jacob pareceu não se importar.

_Sabíamos que isso ia acontecer – disse Angela. – Agora entrem. Vamos abrir os presentes.

Olhei para Jacob e ele me deu mais um demorado beijo antes de entrarmos.


***

O dia 25 eu passei com Jacob. Resolvemos aproveitar para namorarmos o quanto pudéssemos.

Estava tudo perfeito, quando a noite recebo o telefonema da minha mãe.

_Estou esperando você amanhã, querida – disse ela.

Então minha ficha caiu. Lutando contra as lágrimas e tentando fazer com que ela não se magoasse, resolvi fazer o pedido.


***

Eram duas da tarde quando o táxi com a minha mãe chegou. O taxista e o meu a ajudaram a tirar várias malas do porta-malas. Então Jacob apareceu.

_Você já indo embora? – Ele perguntou, olhando para as malas.

_Jacob... – tentei falar.

_Estava indo embora sem falar comigo? – Ele perguntou.

Não respondi, apenas encarei seus olhos.

O taxista entrou no carro e saiu. Jacob franziu o cenho. Com certeza sabia que não poderíamos ir embora sem o táxi.

_Jake – falei, me aproximando dele e colocando uma mão em seu rosto -, eu não vou embora.

_Não? – Ele perguntou.

_Não – falei. – Eu vou morar com o meu pai.

Seus olhos se iluminaram.

_Está falando sério? – Perguntou.

_Muito sério – falei.

Ele sorriu e me beijou, esquecendo dos meus pais bem atrás de nós. Meu pai pigarreou.

_Desculpe – falei. Fui até minha mãe. – Não está mesmo chateada, está?

_Claro que não – disse ela. – Se você quer...

_Prometo que vou visitar você sempre – falei.

_Visitar? – Disse ela. Assenti. – Bom, eu tenho um pedido a fazer, e dependendo da resposta do seu pai, não precisaremos de visitas.

Franzi o cenho, mas ela já estava olhando fixamente para o meu pai.

_Edward – disse ela -, sei que decidimos nos separar porque achamos que não estava dando certo. Mas ficar longe de você e Nessie me fez pensar... – Ela respirou fundo. – Volta pra mim?! Vamos ser uma família novamente. Eu aceito morar aqui em NY. Eu só quero...

Mas ela não continuou, porque meu pai a fez parar quando a atacou com um beijo. Abracei Jacob pela cintura e assistimos minha família se construir novamente.

Um namorado novo incrível, romântico e gato, e minha família de volta. Isso tudo é, com certeza, tudo o que eu precisava para o Natal.


FIM



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse especial de Natal... Eu adorei escrevê-lo e estou louca para saber a opinião de vocês.
Faz tempo que não escrevo uma One-Shot, e essa é com certeza a maior que eu já fiz.
Comentem e recomendem!!
Bjukas!!
*--*