I Still Love You escrita por abishop


Capítulo 4
Capítulo 4




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No México. 

POV’s Carmen

 

Já tinha se passado alguns meses desde que meu casamento com a Shane não tinha dado certo. Como todas as outras noites mexicanas, esta também fazia calor. Acho que nada na minha vida foi mais quente do que a paixão que vivi ao lado dela. Como eu queria ter acreditado que ela ter desistido de ultima hora fosse apenas uma brincadeira.

Por meses fiquei sem chão e minha mãe dizendo que eu tinha que esquecê-la, mas quem é que consegue esquecer Shane McCutcheon? Como eu gostaria de saber como ela está. Mesmo ela tendo feito o que fez, ainda a amo e nunca vou conseguir amar alguém como eu a amei. Minha mãe acredita que a esqueci, mas não é bem assim.

— Ei Carmen, venha ver a lua como esta linda hoje. – Minha mãe berra lá de fora.

— Já vou mama! 

Sentei na cadeira da varanda e fiquei com minha família ali conversando sobre assuntos de infância. Aos poucos, cada um foi entrando e eu continuei ali, minha mãe foi a ultima a se retirar.

— Carmen, você não vai entrar?

— Não agora Mama, estou sem sono. Vou ficar aqui mais um pouco. Boa noite.

— Boa noite Carmen.

Estávamos a sós: eu, a lua e meus pensamentos. O que será que Shane esta fazendo? Será que ela esta se cuidando? Será que ela esta bem? Será que ela tava com alguém? Com certeza, esta ultima pergunta foi a que mais me doeu. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

A única pessoa que poderia me responder sobre ela é a Alice. Tenho o numero do celular dela anotado em algum lugar, amanhã eu procurarei e de tarde ligaria para ela, para ter notícias da Shane. Iria aproveitar que minha mãe ia visitar uma amiga e não teria ninguém em casa.

Fiquei ali apreciando a lua cheia que insistia em brilhar fortemente. “Ah, se você soubesse o quanto eu ainda penso em você.” Pensei. Fui deitar-me porque meu dia começaria cedo e a primeira coisa a ser feita era localizar o número do celular da Alice.

Acordei e minha mãe já não estava em casa. A única pessoa que estava por ali era eu. Todos tinham saído para seus compromissos. Levantei rapidamente, fiz minha higiene pessoal e comecei a procurar pelo número da Alice. Revirei algumas de minhas gavetas até que encontrei. Aproveitei para registrar o número na minha agenda telefônica do celular. Disquei o número e fiquei aguardando Alice atender.

— Oi Alice, te acordei?

— Não me acordou.

— Alice, se você estiver perto das meninas saia de perto delas, ok?

— Carmen, é você?

— Claro que sou eu Alice.

— Como que vai? E eu já sai da mesa. Estamos no The Planet.

— Vou bem e vocês?

— Ah, todas estão bem, exceto pela Shane que anda meio estranha.

— Estranha como? – Fiquei preocupada, mas não quis transparecer pelo celular.

— Sei lá, parece que algum bicho mordeu e ela não quer contar nada pra ninguém. E olha que ela já esta assim há alguns meses.

— Bem, isso é estranho mesmo. Alice, ela tá com alguém?

— Já tem algum tempo que ela não se envolve com ninguém. Outro dia mesmo eu estava comentando sobre isso com as meninas.

— Isso é mais estranho ainda. Alice, não posso demorar muito, daqui a pouco o povo chega ai você já sabe a animação que é minha família. Mais qualquer coisa me mande mensagem.

— Tudo bem Carmen, eu entendo.

— Manda um abraço para todas. Agora tenho que desligar. Até breve.

— Mando sim. Ate breve e se cuida.

Nossa conversa morreu ali.

A única coisa que tranqüilizou meu coração foi saber que ela não estava com ninguém já fazia algum tempo e que estava bem. Lembro-me de quando estava ao lado dela e ela tinha esses momentos imprevisíveis. O que será que deu nela para estar agindo estranhamente? Fiquei pensando, mas não cheguei a nada concreto. Meus pensamentos foram interrompidos com minha Mama falando alguma coisa qualquer que não compreendi muito bem. Disfarcei a minha felicidade alheia e fui para a cozinha tentar compreender o motivo de aborrecimento de minha mãe.

— Mama, o que houve pra senhora estar assim? – Perguntei.

— Carmen, as pessoas cobram caro por coisas que ate elas consomem. Você não imagina o preço do tomate. Em dois dias, o preço ficou três vezes mais caro.

— Entendo sua revolta mãe.

Eu sabia o porquê dela estar reclamando. A única coisa que eu sabia fazer era ser DJ a noite e outras coisas. Fora isso, nada mais. No México, só existia um lugar suficientemente decente para se dançar a noite, cheguei a ir procurar emprego lá, mas disseram que não precisavam de outro DJ. Recusei-me a ir a outros lugares por serem uma pocilga.

Sinto falta das noites de diversão que levava em Los Angeles com as meninas. Minhas noites sem diversão eram um tédio. Pior que isso é os almoços da minha mãe, que insiste a todo custo me arrumar um namorado. Todas as tentativas dela são em vão.

Sai na varanda e fiquei admirando a lua na noite de domingo. Estava tão bela. Pus-me a pensar nas noites que passei ao seu lado, dos momentos de felicidade e de prazer que você me proporcionou. Nunca vou esquecer esses momentos.

Fim Do POV’s da Carmen


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