I Still Love You escrita por abishop
No México.
POV’s Carmen
Já tinha se passado alguns meses desde que meu casamento com a Shane não tinha dado certo. Como todas as outras noites mexicanas, esta também fazia calor. Acho que nada na minha vida foi mais quente do que a paixão que vivi ao lado dela. Como eu queria ter acreditado que ela ter desistido de ultima hora fosse apenas uma brincadeira.
Por meses fiquei sem chão e minha mãe dizendo que eu tinha que esquecê-la, mas quem é que consegue esquecer Shane McCutcheon? Como eu gostaria de saber como ela está. Mesmo ela tendo feito o que fez, ainda a amo e nunca vou conseguir amar alguém como eu a amei. Minha mãe acredita que a esqueci, mas não é bem assim.
— Ei Carmen, venha ver a lua como esta linda hoje. – Minha mãe berra lá de fora.
— Já vou mama!
Sentei na cadeira da varanda e fiquei com minha família ali conversando sobre assuntos de infância. Aos poucos, cada um foi entrando e eu continuei ali, minha mãe foi a ultima a se retirar.
— Carmen, você não vai entrar?
— Não agora Mama, estou sem sono. Vou ficar aqui mais um pouco. Boa noite.
— Boa noite Carmen.
Estávamos a sós: eu, a lua e meus pensamentos. O que será que Shane esta fazendo? Será que ela esta se cuidando? Será que ela esta bem? Será que ela tava com alguém? Com certeza, esta ultima pergunta foi a que mais me doeu. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto.
A única pessoa que poderia me responder sobre ela é a Alice. Tenho o numero do celular dela anotado em algum lugar, amanhã eu procurarei e de tarde ligaria para ela, para ter notícias da Shane. Iria aproveitar que minha mãe ia visitar uma amiga e não teria ninguém em casa.
Fiquei ali apreciando a lua cheia que insistia em brilhar fortemente. “Ah, se você soubesse o quanto eu ainda penso em você.” Pensei. Fui deitar-me porque meu dia começaria cedo e a primeira coisa a ser feita era localizar o número do celular da Alice.
Acordei e minha mãe já não estava em casa. A única pessoa que estava por ali era eu. Todos tinham saído para seus compromissos. Levantei rapidamente, fiz minha higiene pessoal e comecei a procurar pelo número da Alice. Revirei algumas de minhas gavetas até que encontrei. Aproveitei para registrar o número na minha agenda telefônica do celular. Disquei o número e fiquei aguardando Alice atender.
— Oi Alice, te acordei?
— Não me acordou.
— Alice, se você estiver perto das meninas saia de perto delas, ok?
— Carmen, é você?
— Claro que sou eu Alice.
— Como que vai? E eu já sai da mesa. Estamos no The Planet.
— Vou bem e vocês?
— Ah, todas estão bem, exceto pela Shane que anda meio estranha.
— Estranha como? – Fiquei preocupada, mas não quis transparecer pelo celular.
— Sei lá, parece que algum bicho mordeu e ela não quer contar nada pra ninguém. E olha que ela já esta assim há alguns meses.
— Bem, isso é estranho mesmo. Alice, ela tá com alguém?
— Já tem algum tempo que ela não se envolve com ninguém. Outro dia mesmo eu estava comentando sobre isso com as meninas.
— Isso é mais estranho ainda. Alice, não posso demorar muito, daqui a pouco o povo chega ai você já sabe a animação que é minha família. Mais qualquer coisa me mande mensagem.
— Tudo bem Carmen, eu entendo.
— Manda um abraço para todas. Agora tenho que desligar. Até breve.
— Mando sim. Ate breve e se cuida.
Nossa conversa morreu ali.
A única coisa que tranqüilizou meu coração foi saber que ela não estava com ninguém já fazia algum tempo e que estava bem. Lembro-me de quando estava ao lado dela e ela tinha esses momentos imprevisíveis. O que será que deu nela para estar agindo estranhamente? Fiquei pensando, mas não cheguei a nada concreto. Meus pensamentos foram interrompidos com minha Mama falando alguma coisa qualquer que não compreendi muito bem. Disfarcei a minha felicidade alheia e fui para a cozinha tentar compreender o motivo de aborrecimento de minha mãe.
— Mama, o que houve pra senhora estar assim? – Perguntei.
— Carmen, as pessoas cobram caro por coisas que ate elas consomem. Você não imagina o preço do tomate. Em dois dias, o preço ficou três vezes mais caro.
— Entendo sua revolta mãe.
Eu sabia o porquê dela estar reclamando. A única coisa que eu sabia fazer era ser DJ a noite e outras coisas. Fora isso, nada mais. No México, só existia um lugar suficientemente decente para se dançar a noite, cheguei a ir procurar emprego lá, mas disseram que não precisavam de outro DJ. Recusei-me a ir a outros lugares por serem uma pocilga.
Sinto falta das noites de diversão que levava em Los Angeles com as meninas. Minhas noites sem diversão eram um tédio. Pior que isso é os almoços da minha mãe, que insiste a todo custo me arrumar um namorado. Todas as tentativas dela são em vão.
Sai na varanda e fiquei admirando a lua na noite de domingo. Estava tão bela. Pus-me a pensar nas noites que passei ao seu lado, dos momentos de felicidade e de prazer que você me proporcionou. Nunca vou esquecer esses momentos.
Fim Do POV’s da Carmen
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