Life In Hogwarts escrita por Teresa


Capítulo 9
Capítulo 9 - O Plano




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Foi apenas o primeiro passarinho começar a cantar que todos desceram alvoroçados as escadas até o primeiro andar da toca. Embaixo da árvore os presentes coloriam os olhos das crianças, Hugo e Lilian Luna saíram correram na frente para procurar seus presentes.

   - Mais devagar ai, esperem todos chegarem, ai podem atacar. – Repreendeu Gina.

Feijõezinhos-de-todos-os-sabores, Sapos-de-Chocolate, Jogos e muitos outros estavam espalhados pela chão. Mais o que não poderia faltar eram os famosos Suéteres Weasley que a vovó Molly entregava um por um a cada neto e filho.

Scorpius olhava deslumbrado com a alegria que a família tinha ao vestir os suéteres de tricô, não estava acostumado a ver coisas tão simples no natal, porem nunca havia ficado na presença de uma família tão unida quanto aquela, desejava que sua família também fosse assim.

Ele sentiu uma coisa cutucando seus ombros, virou a cabeça para o lado e viu Molly lhe entregando um presente. Ele abriu ansioso, era um suéter verde com uma letra “S” no meio em um tom de cinza.

   - Não… Não precisava senhora Weasley. – Gaguejou ele emocionado.

   - Você é um bom menino Scorpius, é da família e será sempre bem-vindo aqui.

Ele queria poder abraça-lá, mais ao olhar a expressão com a qual Ron lhe encarava, congelou, e soltou apenas um carinhoso obrigado.

   - Nas cores de Hogwarts! – Riu Rosa.

   - Como assim? – Perguntou Scorpius.

   - Ué… Seu suéter é verde, o meu azul e o de Alvo vermelho e amarelo.

   - É mesmo.

Os dois trocaram olhares por um momento.

   - A sim! Tenho um presente a você. Vem aqui.

Scorpius levou Rosa até a cozinha.

   - Feche os olhos.

   - Olha lá em Scorp, não quero levar nenhum susto.

   - Confie em mim,

Ela fechou os olhos, ele respirou fundo, foi atrás dela, jogou seus cabelos para o lado e prendeu em seu pescoço uma delicada corrente prata com um pingente de flor.

    - Scorp, é… é… muito linda, muito linda mesmo.

    - É uma rosa. Bem já da para imaginar porque né? Eu e Alvo fomos antes de ontem a Hogsmeade enquanto vocês arrumavam as coisas para a ceia, e eu comprei pra você, sei lá… achei que você ia gostar…

    - Gostar? Não, eu amei muito obrigada.

Ela pulou e abraçou Scorpius com força, ele retribuiu o abraço e soltou um suspiro, ele agradecia por Rosa não ter visto a cara de bobo que fizera ao receber o abraço.

    - Eu tenho um presente pra você também… é claro que comparado com oque você me deu chega a ser depressivo, mais aqui esta.

Ele tirou o embrulho cor-de-rosa e leu as grandes letras douradas na capa verde “Romeu e Julieta”.

    - Espero que você ainda não tenha lido. É meu livro favorito.

    - Por mais famosa que a história seja, nunca cheguei a ler. Obrigado, adorei.

Ela riu baixinho. Os dois voltaram para a agitação da sala.

Na janela uma coruja negra batia com a pata no vidro, Teddy abriu a janela e a coruja soltou aos pés de Scorpius um carta.

    - Seus pais? – Perguntou Rosa vendo o olhar triste do amigo.

    - Com certeza.

Ele abriu a carta:

“Querido Scorpius,

Primeiramente seu pai e eu o desejamos um feliz natal com carinho, gostaria muito que tivesse passado ele conosco mais eu sei como as amizades em Hogwarts são fortes e queria que você aproveitasse os amigos que fez.

Seu pai mandou avisar que estará na estação para embarcá-lo de volta a Hogwarts e para lhe dar um abraço de boas festas.

Espero que esteja se divertindo, sinto muito a sua falta meu filho.

Com amor,

       Mamãe.”

“Como pude achar que teria um natal tranquilo?” pesou Scorpius.

    - Qual o problema agora? – Alvo chegou por trás dos amigos assustado com a expressão de Scorpius.

    - Meu… Meu pai… Ele vai estar na estação amanhã. Estou morto. O que ele vai pensar quando descobrir que passei o natal na casa dos Weasley? O que ele vai falar quando descobrir que eu estou na Grifinória? Estou morto. Mortinho.

Alvo sabia que Rosa iria começar com aquele papo “Eles são seus pais, eles tem que saber…”, então tomou posse da palavra.

    - Você acha que ainda não está pronto para falar para eles? Por que sabe, um dia você vai ter que falar.

    - Eu sei, eu sei. Mais acho que ainda não estou preparado. Preciso da ajuda de vocês, preciso enrolados.

    - Bem, então vou te ajudar a mentir para o seus pais.

    - O QUE? – Falou Rosa pasma. - Alvo, isso não esta certo. Ele tem que contar para eles…

    - Rosa, Scorpius é nosso amigo, precisa de nosso apoio.

Ele fez um aceno com a cabeça concordando.

    - Muito obrigado pela compreensão Al. E ai? Qual o plano?

    - É bem simples, Alice tem um amigo chamado Dennis Borgan, ele esta na Sonserina peso a ela para pedir a ele as vestes emprestadas.

    - Brilhante!

     - Não gosto disso. Só vai criar ainda mais confusão, e quando Scorp tiver que contar que foi para Grifinória? Terá que explicar o porque da mentira também.

    - Até lá já saberei oque dizer Rosa. Vou ficar com seu plano Al, achas que vai dar certo?

    - Creio que sim.

    - Então, temos um plano.

O plano já estava em pratica, com a chegada a estação Alvo foi procurar Alice que já sabia de tudo para buscar as roupas.

    - Algum sinal deles? – Perguntou Rosa.

    - Não, nem de Alvo, nem de meus pais.

    - Ali está ele!

Alvo sai correndo em direção aos dois e entregou a Scorpius uma sacola de papel.

    - Aqui esta, agora vá se vestir.

    - Certo.

Ele saiu deixando os primos a sós.

    - Essa ideia é terrível.

    - Rosa, precisamos ajudá-lo. Você não vê o quanto ele esta assustado com essa história toda? Confie em mim, ele só precisa de tempo, e de nosso apoio.

Os três já uniformizados com as vestes (seja de suas casas ou não) esperavam a chegada dos Malfoy.

    - Ali vem eles. Desejem-me sorte.

    - Boa sorte.

Ele correu em direção a Astoria e lhe deu um grande abraço enquanto ela o enchia de beijos.

    - Meu filho, meu filho, como eu estava com saudades.

    - Eu também mãe.

    - Meu garoto! Como está bonito com as vestes da Sonserina, me da até saudades de Hogwarts. - Disse Draco.

Ele colocou o braço sobre os ombros de Scorpius.

    - E então… Como está Hogwarts?

    - Ótima, ótima.

Astoria podia sentir a tristeza nas palavras do filho.

E novamente Draco encontrou o olhar de Ron que estava um pouco mais longe deles. Ao ver que Draco estava abraçado com o filho puxou Rosa junto a ele e continuou a o encarar.

    - Weasley. Qual será o problema dele?

    - Agora não Draco. – Disse Astoria acalmando o marido.

    - Esta certo, e ai Scorpius, seus amigos estão aqui? Quero conhecê-los.

Scorpius continuou a olhar Ron encarando seu pai com Rosa envolvida aos seus braços. Rosa olhava Scorpius com um olhar triste e decepcionado, isso estava corroendo ele por dentro.

     - Scorpius? Filho, seu pai fez uma pergunta.

    - É mentira.

    - O que?

    - Tudo, pai eu não fui para Sonserina.

    - Mais, mais como? Você esta usando…

    - Coloquei isso na esperança de enrolar vocês por um tempo até descobrir como contar, mais uma força maior me fez dizer a verdade. Estou na Grifinória.

Draco livrou-se do abraço que estava dando no filho.

    - Desgosto.

    - Draco não.

    - Não Astoria agora sim! Isso só pode ser um engano, aquele maldito chapéu antigo e vagabundo só deve estar louco. Não é a toa que ele queria esconder isso da gente. É uma desonra total! O que seu avô vai pensar? Já passou pela sua cabeça que TODA a nossa família foi para a Sonserina? Já passou pela sua cabeça que você quebrou a tradição?

Scorpius mantia cabeça baixa sem responder se segurando para não chorar.

Draco não se demorou, saiu e deixou a mulher e o filho sozinhos.

Astoria se ajoelhou, e levantou o queixo de Scorpius.

     - Filho, não foi por ter quebrado a tradição que você escondeu isso de nós não foi?

Ele acenou com a cabeça que não.

     - A Grifinória mãe… É meu lar. Lá está o meu melhor amigo, minha namo… minha… minha melhor amiga e todas as outras pessoas com quem eu tenho uma boa amizade, lá é meu lugar. Ver o pai desse jeito, bem, não tem descrição para isso.

     - É a Weasley e o Potter certo?

     - Como?…

     - Eu vi você olhando os dois juntos no dia que nós te embarcamos para seu primeiro dia em Hogwarts. Eu sabia que você iria acabar fazendo contato com eles.

Ela o beijou na testa.

     - Nunca mais minta para nós, você sabe que seu pai é esquentado mais tem bom coração, ele vai aprender a aceitar.

O trem ligou os motores sinalizando que já estava de partida.

    - Eu te amo.

    - Também te amo meu filho. E sobre a garota, sei que ele vai entender também.

Scorpius olhou confuso para a mãe pensando se tinha alguma coisa sobre ele que ela não sabia.

    - Agora vá, seus amigos estão te esperando. E mande noticias suas!

    - Vou mandar, tchau mãe.

    - Tchau querido.


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