Contrição De Snarkii escrita por Breno Velasco


Capítulo 12
Capítulo 012 - Dois novos companheiros


Notas iniciais do capítulo

Thiago "Snarkii" Ishida, capítulo 012. Em cinco anos, muitas coisas acontecem, assim como encontrar dois amigos assassinos. Boa leitura e Não esqueçam de comentar!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/179704/chapter/12

13 de Março de 1995.

14 anos atrás.

Estava na casa de Killer, ajudando-o a limpar os cômodos. Os últimos 5 anos foram muito tranquilos comparado aos quase 15 dias do primeiro momento que pisei nesse maldito lugar.

Visitei meus pais com frequencia, porém, meu pai não continuou sua história de como ele atirou pela primeira vez... Também nunca mais comentou sobre Guirouty.

Eu, agora com 20 anos, tento viver a minha vida da melhor maneira possível com minha esposa, Gih.

------------------------------------------------------------------------------------

Sim, em 1989, pedi para namorá-la. Olhei em seus olhos azuis brilhantes que mais pareciam diamantes; seu sorriso sincero e esbelto demonstravam amor, e completava a paisagem cinza com uma coloração dos Deuses. "Sim, com certeza." - Disse ela, meio nervosa emocionalmente, respondendo a minha pergunta. Olhei para ela enquanto uma lágrima escorria de seu rosto alegre. Segurei suas delicadas mãos, e a beijei em seus suaves lábios...

Foi aí que tudo começou.

De 1990 para 1993, foi a mesma chatice. Killer me chamava para treinos quase que diários, reenforçando meu espírito lutador, e ensinando novas técnicas de combate corpo-a-corpo e armado.

Aprendi um pouco de Judô treinando com Killer, mas aprendi muito mais uma técnica que ele mesmo desenvolveu: CPA. Tais siglas significavam "Combate Próximo Avançado", cujo objetivo é nocautear ou matar seu oponente, com golpes significativos em regiões fatais do corpo.

CPA era como um Judô, porém usava golpes diretos, e assim como luta de rua, poderia usar qualquer parte do corpo para atacar e defender. Qualquer tipo de arma é proibído.

Outra coisa que mudou é que os vermelhos paravam de invadir, pouco a pouco. Então, não houve conflitos por um bom tempo... Até que Killer decidiu que deveríamos combater em outra favela, pois, segundo ele, "não devo parar de lutar".

Fomos então para uma outra favela, em 1994, cuja distância era de uns 4 km da favela de Cobra e Arbok, cujo nome era desconhecido para mim.

Nessa favela, conheci dois caras, que se chamavam Ekan e Stell, um irmão do outro, tinham entre 22 e 23 anos. Eles trabalhavam para um chefe, cujo nome desconhecia, que nos usavam como mercenários: Matar pessoas para ganhar dinheiro.

Matávamos pessoas importantes fora e dentro da favela, pessoas que corromperam algum tipo de fator necessário para a humanidade, tais como Economia, Saúde, etc.

Meu primeiro alvo foi o mais marcante: Andrej Markvolich; foi um russo que matou muitos inocentes durante a Guerra Fria, no Brasil. Ele capturava e matava brasileiros negros para enviar aos socialistas que estavam no Leste, mais especificamente na Rússia. Com esses mortos, faziam experimentos, testes e estudos para os socialistas evoluírem na medicina.

Foi uma caçada de 4 meses para ganhar uma grana preta que o chefe do Ekan e Stell ia nos dar. Com informantes espalhados por Rio de Janeiro inteira, conseguimos achar Andrej, e o matamos de uma maneira muito desumana:

Pegamos espetos de churrasco que estavam na casa dele, amarramos ele em sua cama, e enfiamos esses espetos em sua barriga, bem lentamente. "Está gostando disso seu filho da puta!?" - Repetia constantemente Ekan, cuspindo na cara de Andrej. Stell apenas observava, analisando a situação.

Foi marcante para mim pois, foi nesse momento que iniciou o marco dos "Assassinatos com Brutalidade", seguindo Ekan. "Quem executou atos que danificaram e destruíram o bem-estar de pessoas inocentes, merecem morrer da pior forma possível" - Dizia Ekan, sendo esse seu lema oficial.

Mas isso já faz um tempinho. Mais pra frente em 1994, com muita dificuldade, nasceu Viktor... Meu filho.

Viktor Ishida, Único filho meu e de Gih. Nasceu saudável, cerca de 3 quilos, foi de parto normal, bem tranquilo. Eu estava presente, segurando a mão da minha querida, olhando-a chorar de felicidade, enquanto o bebê se preparava para encarar o Mundo.

Passado-se pouco tempo do nascimento de nosso filho, pedi a mão de Gih em casamento... E foi exatamente como o pedido de namoro, ela aceitou sem hesitar.

Poucos meses depois, nos casamos. Não haviam muitos conhecidos, mas os que marcaram presença foram essenciais para o bom progresso da cerimônia: Killer, Cobra, Stell, Ekan, Meu pai e minha Mãe, todos estavam lá, além de alguns outros conhecidos, bastante amigos de Gih.

------------------------------------------------------------------------------------

- Snarkii, tá pronto? - Disse Ekan, enquanto eu estava limpando a casa para Killer e Gih fazendo a comida.

- Hm...

- Sempre indeciso hein Snarkii? Puta que pariu.

- Sempre falando palavrão hein Ekan? Lamentável.

- Ah, foda-se! Fala do coração, você tá com vontade de fazer isso?

- Hm...

- Porra!

- Porra é o cú da cachorra! Não tô com vontade!

- ...

- Quê!?

- Não precisava ser tão rude assim cara.

- Falou o bonzinho da história!

- Hahahaha...

- Hehe... Mas sério cara, hoje meu dia tá reservado.

- Reservado? Ai ai... Pra quê dessa vez?

- Não é nenhum restaurante com minha esposa ou qualquer outra coisa do tipo... Hoje vou querer ir visitar meus pais.

- Logo hoje? Putz, não poderia ser outro dia não?

- Não, se pudesse, não seria hoje.

- Há! Boa.

- Sim... Além do mas, "O que é pra se fazer hoje, deve-se fazer amanhã, com pensamentos de que se fará depois de amanhã".

- Não use minhas frases em situações que eu não estou em vantagem!

- Tarde demais.

- Tá bom tá bom. Olha, faz o seguinte: Vai visitar seus pais hoje, e amanhã a gente cuida disso. Ok?

- Era isso que eu tentei pedir desde o início dessa conversa.

- Imagino. Bem, vou indo, te vejo amanhã Snarkii.

- Até lá Ekan!

Ekan foi embora, deixando uma carta em cima da mesa, sobre os dados de quem teríamos que assassinar no dia seguinte.

Logo após, terminei de limpar a casa. Vesti meu terno e gravata, passei perfume, passei gel no meu cabelo, preparei minha maleta, e fui me despedir de Gih.

- Amor, já to indo.

- Mas já? Não vai nem esperar eu terminar a comida?

- São 10:00 horas agora, eu volto sem nenhum atraso pra hora do almoço, fica tranquila.

- Tudo bem. - Disse Gih, me dando um beijo - Mas volta rápido viu? Manda beijos para os seus pais por mim.

- Pode deixar, cuida do nosso garotinho.

- Eu sou a única que faço isso, hahaha..

- Hehe, vou ser rápido, fica com Deus!

- Também!

Saí de casa, fui pelo caminho alternativo que leva até a Arena onde Cobra e Killer provavelmente estão para avisar Killer que eu iria visitar meus pais.

Chegando lá, avisei Killer sobre a visita, e ele me acompanhou até seu carro, descendo a favela e atravessando uma rodovia.

Entrei no carro, ele começou a dirigir até uma casa onde meus pais estavam. Era uma casa simples, porém bonita, bem detalhada. No caminho, Killer comentou:

- E aí Snarkii, dando uns pega na Gih??

- Killer...

- Vai cara, fala aí!

- Você não cresce não Killer?

- Cresço, infelizmente. Se pudesse, ficaria criança para sempre.

- Parabéns, você é.

- Hahahahaha.

- ...

- Cobra tem comentado muito bem de você. Suas últimas matanças com Ekan e Stell foram ótimas!

- É mas... Não sinto mais vontade em matar.

- Não!?!? Como não!?

- Sei lá, está muito repetitivo.

- Hum, você precisa usar armas novas, e aplicar mais o CPA.

- É, deve ser.

- Hehe... Me lembro daqueles dias quando você tinha 15 anos...

- É...

- Você era tão... Inocente.

- Acho que sim.

- Opa, já chegamos. Vamos lá.

Como de costume, saímos do carro, e vimos a casa em que meus pais estavam. Killer se identificou para os seguranças, e me identificou também, fazendo com que nossa entrada fosse permitida.

Abrimos a porta, e lá estavam meu pai e minha mãe, tomando café e assistindo novela.

Abracei os dois, sempre lembrando de como era a ausência deles, e agradecendo por eles ainda estarem vivos e com saúde.

Conversei um pouco com meu pai e com minha mãe, sobre assuntos do dia-a-dia, como estava minha vida com Gih, e com o pequeno Viktor... Foi aí que meu pai me interrompeu, e disse para Killer:

- Killer, posso?

- Pode o quê?

- A história, contar mais sobre ela.

- Não conte nada que comprometa nossa situação.

- Tudo bem. Filho, vou continuar aquela história.

- Aquela de como você matou pela primeira vez? - Perguntei com alegria.

- Sim, essa mesma.

- Ahá! Continua agora, que eu tô ansioso!!

- Hehe, lembra da onde parou?

- Sim, vocês voltaram para casa depois que mataram aqueles caras, mas não contou sobre o que aconteceu no dia seguinte.

- Certo. Então... O que aconteceu no dia seguinte foi...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo capítulo em breve, Espero que tenham gostado!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Contrição De Snarkii" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.