Acordo, e vejo o quarto escuro, me sinto desconfortável deitada de jeans e de tênis.

Olho para o lado e vejo o relógio marcando 2 da manhã.

E logo Annie deitada dormindo. Que vadia, não pode nem me acordar para colocar um pijama.

Coloco um pijama, de ursinho, que é um short marrom de algodão, e uma blusa branca de algodão com um ursinho fofo.

Prendo meu cabelo vermelho,  e vou para o banheiro escovar os dentes.

Desço as escadas e vou ao banheiro, escovo meus dentes, e saio, olho para a porta do quarto de Peter.

E tenho uma ideia tão louca. Que seria louca o bastante para ser louca.

NÃO DIGA!

Subo na ponta dos pés as escadas em direção ao quarto do Peter, abro a porta.

Vejo ele dormindo na cama da esquerda, e Cody na da direita.

Sento na cama de Peter á frente das coxas. E fico de lado, o olhando dormindo.

Sinto lágrimas escorrendo meu rosto.

Eu não devia ter brigado com ele.

Seguro sua mão quente, e macia. E vejo seu cabelo desarrumado sobre o rosto.

Acaricio a mão dele.

E ele se ajeita de barriga para cima.

Chego perto lentamente, e vou para o canto da parede, e sem querer coloco minhas costas geladas na parede, dando um pequeno “choque térmico”.

Chego mais perto de Peter, e o abraço, coloco a mão e cima de seu peito.

Começo a sentir frio.

Mas, ao seu cheiro, me faz ficar feliz, ao mesmo tempo.

Coloco meu rosto em seu pescoço.

- Liza? – Peter diz com a voz rouca, e sonolenta.

- como sabe? – eu disse sentindo suas mãos, uma me cercando, e outra em cima da que está em seu peito.

- eu senti seu cheiro – ele diz rindo roucamente.

- eu tenho? – conversamos tão baixo, que acho que nem mesmo uma formiga que está no criado-mudo comendo uma fatia de bolo escuta.

- sim.

- e é bom? – rio.

- é ótimo – ele ri baixinho – você está gelada!

- é?

- sim, vem aqui, que eu te tapo.

Chego perto e ele puxa as cobertas, cobrindo a mim, e a ele.

- você está só de calça de pijamas? – eu pergunto.

- sim, por que? – ele ri – já não é normal para quem dormiu comigo, quando eu estava só de cueca?

Rimos.

- na verdade, ainda bem que você tava de cueca – rimos baixinho.

- isso que nós fazemos não é normal, você sabe né? – eu digo.

- o que?

- dormir juntos.

- deve ser por que eu me sinto mais protegido dormindo com você.

- a é? Sério?

- não, não desse modo, só dormindo mesmo. Boba

- bobo.

- bobona

- tá, se continuar, vamos acordar o Cody.

- pois é. – ele ri – daí fode.

- é, bem fodido.

- muito bem fodido – rimos.

- ok, boa noite Peter.

- boa noite Liza – ele se vira para mim, e ficamos frente a frente, abraçados, nos encarando, OOH SO ROMANTIC!

Olho em seus olhos.

- é a mesma coisa que olhar para o céu da noite dos meus melhores dias  – digo

- posso ficar olhando para seus olhos... para o todo sempre – ele diz.

Chego perto, juntando os corpos.

Ele me abraça forte.

Se desse, eu te beijava agora sabia Peter? Pena que eu não tenho coragem. SHIT!

- Sabia que tu é um puto? – digo em seu ouvido.

- é? – ele suspira no meu ouvido.

- sim, mais é o meu puto.

(...)

Acordo, e me vejo com a perna em cima de Peter, e a mão de Peter em cima da minha barriga.

TÁMO JOGANDO TWISTER OU EU TO ENGANADA?!

Vejo Cody espreguiçando na cama.

Devem ser 5 da manhã, ele acorda muito cedo, também não posso me esquecer que tem aula hoje.

Cutuco Peter, e ele acorda num susto. E me olha com os olhos inchados e pequenininhos de sono.

Eu aponto com os olhos para cody que começa a se levantar da cama.

Peter arregala os olhos, e fica de ... de ... quatro, isso soa muito mau, e me cobre.

E fica cara a cara comigo, com a coberta nas suas costas, caindo sobre ele, cobrindo o desastre, que sou eu. YAAAAY

- Peter, que isso véi... é hora de se masturbar? – Cody diz com voz de sono.

Faço careta de nojo, junto com Peter.

E me seguro para não rir.

Vejo Peter gesticulando um “puta que pariu” sem a voz.

Cody fecha a porta, e não me aguento.

Solto gargalhada, até sentir uma lágrima de tanto rir.

- shh Liza! – Peter diz preocupado – para de rir! Por favor.

- eu não.. eu não.. hahahaha- continuo rindo, e não consigo parar.

- tá vindo o monitor, para Liza! – ele diz.

EU NÃO CONSIGO PARAR DE RIR! AI MEU DEUS!

- Liza, sua voz feminina vai chamar a atenção, e nós vamos nos ferrar! Para por favor!

Eu não conseguia.

- me desculpe por isso. – ele chega perto e encosta seus lábios aos meus.

Meu coração martela forte, meu corpo formiga.

Fico paralisada, olhando para Peter.

Liza... calma, ele só encostou a boca, só, é como encostar a mão!

É verdade, mais, é tão ótimo esse sentimento.

OH GOD!

Ele desencosta, e me olha, desapontado

-desculpe, eu não quis... me desculpe, mais eu não queria que nós.. sabe, fomos para a direção.

- eu entendo Peter – NA VERDADE NÃO!  – não tem problema – TEM SIM! -  é ... como encostar sua mão na minha boca né – NÃO!

- é... – ele diz sem jeito.

Nos levantamos, e ficamos de joelhos, na cama.

- me desculpa por não ter parado de rir.

- é... não foi nada. – ele diz. Foi! Palhaçada, ninguém me escuta.

- meu herói – sorrio e beijo a bochecha dele.

Me levanto e vou para meu quarto passo a passo.

(...)

Entro em meu quarto, e vejo Annie andando de um lado para o outro, preocupada. Até que ela para e me olha.

- ONDE VOCE ESTAVA?! – no buraco da estrada, não viu não?

- você não faz ideia! – eu sorrio, e ela sorri, logo começamos a dar gritinhos agudos, e finíssimos de, AI MEU DEUS EU NÃO ACREDITO, ou AI MEU DEUS QUE ROMANTICO, ou CARA ELE É MUITO FOFO

É... eu realmente acho que gosto dele.

Não posso negar.

 Sentir seu cheiro, olhar para os seus olhos, tocar em seu cabelo, em sua pele, sentir suas mãos.

Tudo muito... perfeito.