Man Down escrita por Carol_Bertozzi


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic sobre a Rihanna. Perdoem-me algum erro. A fiction foi inspirada na música Man Down, I Love The Way You Lie e no relacionamento de RiRi com Chris Brown.



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–Christopher. –o chamei e ele se virou para mim.

O som estourou escandaloso, porém rápido. Foi certeiro. O grande corpo desabou. Debateu-se por alguns segundos, enquanto o sangue encharcava o tapete. Aproximei-me, olhei dentro de seus olhos, era a última vez que eu os via, estava certa disto.

Sabíamos que uma hora isso aconteceria, mas quem de nós se importava? Nosso romance foi desde o inicio um jogo de vida e morte, nos quais os únicos participantes eram os dois idiotas que por várias vezes disseram um ao outro "Eu te amo"

Então, era a hora de dar fim ao jogo perigoso. Apenas um sairia vencedor dali. As atitudes eram como a de uma briga entre o leão e a leoa, mas dessa vez o final foi diferente. Não foi o macho que se impôs e sim a fêmea. Por pior que fosse o ato, a tal fêmea não demostrava arrependimento de ter dado fim a vida daquele que ela amava, pelo contrário erguia a cabeça mostrando quem havia vencido o jogo, e despertando no perdedor a amargura da perda, nos seus últimos segundos de vida.

Muito mais que uma vitória, foi uma sobrevivência, onde o mais esperto percebeu qual seria o resultado. Eu ou ele. Um de nós chegaria ao fim pelas mãos do outro e se não fosse aquela noite seria em outro dia qualquer, mas eu estava certa que a profecia se cumpriria. Então que fosse ele.

Não suportei ouvir seus gemidos de dor. Estiquei os braços segurando firmemente a pistola e disparei novamente. O som se repetiu duas vezes. Uma lágrima escorreu de meus olhos e então já não era mais possível ver nenhum movimento de sua parte. O sangue jorrou ainda mais, formando uma grande possa.

Agachei-me, encostei a arma em minha face, de olhos fechados, fortemente pressionados. Abri os meus e fechei os dele. Passei os dedos pelos lábios sujos de sangue, nunca mais beijaria os mesmos.

Pus-me de pé novamente, rodeei o corpo com passadas lentas. Chutei sua barriga, enfurecida. Prendi a arma em minha calça jeans. Peguei o casaco que se encontrava sobre o sofá e o vesti frente ao espelho. Sacudi os cabelos, retoquei meu batom vermelho. Ignorei as marcas em minha face antes perfeita.

Percebi as marcas de sangue deixadas pelos meus sapatos de salto, por toda a sala. As ignorei, pegando meus óculos escuros e a chave do carro.

Antes de sumir da cidade tinha mais um dever a cumprir. Não sem antes parar em um posto abastecimento, precisava de um galão de gasolina.

[...]

Toquei a campainha esperando que alguém fosse abrir.

–RiRi. –disse Mellanie sorridente ao me ver.

–Olá querida, Mel. –eu dei inicio a frase com um sorriso falso e então, cuspi seu nome entre dentes apontando a arma para sua cabeça.

–Que isso Rihanna? O que está fazendo? –Ri do desespero presente em sua voz. Entrei e fechei a porta.

–É, querida Mel, melhor amiga, não é. –disse em tom de sarcasmo. –Melhor amiga que ia para cama com o meu namorado. Na minha cama. Cachorra. –falei trincando os dentes e por fim acertei sua face com a arma. –Vai. Pro quarto. Anda. –ordenei apontando-lhe a arma e ela o fez.

–Ri. Eu juro. Eu não fiz nada, foi ele, ele que me obrigou. –disse ela, sínica. Gargalhei insanamente.

–Acha que eu sou trouxa? Não nasci ontem, vagabunda. – cuspi as palavras de dentes trincados. –O seu amorzinho, já foi, e agora é a sua vez de encontra-lo. No inferno. –a última frase saiu como um berro junto ao novo estalar. O tiro atingiu sua cabeça, e Mellanie caiu sobre sua cama. Dei as costas e voltei ao carro para pegar a gasolina.

Enchi a cama com o liquido e todo o resto do quarto. O isqueiro prata brilhou em minhas mãos. A pequena chama saiu dali e eu o arremessei.

FlashBack On

Conhecemo-nos por acaso, sem querer e a atração de nossos corpos foi inevitável. Ele era lindo, simpático, espontâneo. Não precisava de um amor naquele momento, mas quem escolhe a hora de se apaixonar? Quando percebi, já estava viciada em seu sorriso doce e sincero. Eu o amava, amava o como nunca havia amado ninguém. Estava encantada por ele. Acreditei que era para sempre, mas aos poucos a vida nos ensina que nada é para sempre, e nós aprendemos, mais cedo ou mais tarde, custe o que custar.

Rihanna e Christopher. O casal perfeito começou a decair. Juntos e felizes em frente as câmeras, o furacão devastador por trás delas. As brigas eram frequentes, por coisas bobas, mas sempre inevitáveis. Gênios fortes, sempre tivemos. Cabeça quente, sempre estava. E a relação antes invejável foi se tornando insuportável. Poderíamos, deveríamos, mas não éramos capazes de nos separar. Por pior que fosse nossa relação conturbada, amávamo-nos.

O ciúme começou me perturbar. Sabia que ele estava me traindo, estava certa disso. Bastava ter uma prova, bastava saber com quem. Negava, negava e negava sempre negava, mas eu iria descobrir sozinha quem era. E foi da mesma forma que nos conhecemos, sem querer, que encontrei o celular dele espalhado pela casa. O celular que estava sempre com ele, poderia estar ali a prova que eu tanto desejara. Não pensei duas vezes, chequei todas as mensagens. Mas o pior não foi concretizar a traição, o pior foi ver que eu estava sendo traída por duas pessoas. E quando o tiro que te acerta vem de quem menos espera, o que fazer? Também não sabia, estava movida pelo ódio que eu sentia de duas pessoas, naquele momento, meu namorado e...minha melhor amiga.

Sim, senhoras e senhores, eis aqui a completa palhaça da história. Feita de idiota pelo homem que dizia que amava e pela mulher que chamei de “minha melhor amiga”. Nada mais repugnante. O baque não foi letal, e sim fortalecedor, e o coração ferido agora estava dominado pelo ódio. Lágrimas? Poucas, mas deveria agradecê-las pela raiva que me proporcionaram, pelo desejo de vingança que acometeu-me.

Mas, como já havia dito, eu era a palhaça da história, eu era a apaixonada sentimental, eu fiz o papel de trouxa no teatrinho amor. Tentei, a grande verdade era que mesmo aos berros, enquanto questionava-o sobre as mensagens, tudo que eu queria ouvir ali era um solene “Eu te amo e me arrependi do que fiz”. Seria fatal, não necessitariam míseros cinco segundos para que eu estivesse em seus braços novamente. Mas não foi bem isso que ouvi.

–Eu não te traí. –berrou novamente.

–Você me traiu, sim, não adianta negar, porque eu sei. –utilizei o mesmo tom de voz que ele.

–Cale a boca. –gritou, agarrando-me pelos braços e sacolejando-me. Arregalei os olhos, assustada, e ele soltou os braços que antes pressionara fortemente. Virou-se de costas.

–Imbecil. –eu disse entre dentes.

–Vagabunda. –gritou, virando-se mais rápido do que eu esperei e acertando meu rosto com uma forte bofetada. Senti minha face queimar, eu minha cabeça latejar. Esfreguei o lugar dolorido.

–Está aqui, na porra do seu celular toda a verdade. –trinquei os dentes arremessando o celular contra ele.

–Você pegou o meu celular? –ele questionou incrédulo, aproximando-se de mim. –Hein, sua piranha? –seu punho se fechou e atingiu a área de meu olho. Senti meu rosto ferver imediatamente, e meu olho doer incessantemente. –Isso é para você aprender, sua vadia. –fincou suas unhas em meu rosto, rasgando minha pele facial, que ardeu imediatamente. Não conseguia reagir perante as sensações de dor. –Dói, né? Pois, é isso que eu quero que você sinta. –acertou-me outra bofetada, dessa vez no outro lado do rosto. Lágrimas que banhavam minha face fazia a dor se tornar cada vez pior.

Ele estava drogado, fora de controle, agia sem pensar, mas não esperava que pudesse ir tão longe. Então, quando pensei que não poderia piorar, ele fechou suas mãos em meu pescoço, apertando-o, fazendo com que eu ficasse completamente sufocada. Já não conseguia respirar. Tentava incessantemente, suplica-lo para que parasse, mas minha voz não soava em um volume audível. Finalmente soltou-me, lançando-me contra um móvel da sala. Foi até a mesinha de centro a virou no chão. Permaneceu de costas para mim, quebrando toda a sala. Foi quando percebi que era a hora de reagir.

Limpei minha boca com as costas de minha mão e depois abri a gaveta atrás de mim, tirando de lá uma pistola, que era Christopher. Sem emitir nenhum som, coloquei a arma em sua direção e então:

–Christopher.

“On the first page of our story the future seemed so bright. Then this thing turned out so evil, I don't know why I'm still surprised. Even angels have their wicked schemes and you take that to new extremes, but you'll always be my hero even though you've lost your mind” (I Love The Way You Lie Part. ll – Rihanna)


Veja, eu nunca tive a intenção, mas não me arrependo do que fiz. Hoje sou feliz, realizada, dentro de minhas possibilidades. Nunca fui encontrada, eles não tiveram a capacidade de me pegar. Moro num lugar distante, o fim do mundo. De nome e endereço desconhecido. Hoje tenho a quem me ame, hoje tenho a vida que desejei. Longe de tudo, de onde o mundo parece bem mais bonito, vivo com um sorriso no rosto. Não sou uma criminosa, sou quem lavou sua alma com o sangue de um traidor, e que hoje vive livre, com um sorriso estampando no rosto. Sou Robyn Rihanna Fenty.


The End.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da shortfic, que surgiu em um trabalho de escola que fiz junto a minha melhor amiga, Rita, que é fã, completamente alucinada pela RiRi há 6 anos. Então, dedico a fic a ela. Não sou fã, mas tudo que eu sabia sobre a Rihanna foi o bastante para que eu escrevesse a fic.
Mereço Reviews?
Beijos e obrigada por ler!



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