Tyler e Matt estavam fazendo a matricula na secretaria da escola, a mulher que estava atrás do balcão parecia ter 47 ou 50 anos e era muito pálida, seus cabelos loiros esbranquiçados estavam presos em um coque a não ser pela mecha que caia em seus olhos, ela usava um óculos fundo de garrafa e uma blusa grande florida.

A secretaria era pequena, com paredes brancas, um ar condicionado quebrado, tinha um computador velho e um quadro abstrato. Enquanto a mulher tirava as fichas deles do armário ela perguntava

– então vocês vieram do Kansas? Certo?- disse a mulher sem olhá-los

–sim senhora- falaram juntos

–bem... Deixe-me ver- falou levantando uma folha e ajeitou os oculos- Tyler e Matt Henger. Vocês não se parecem nem um pouco sabia, são mesmo irmãos?-perguntou desconfiada.

–na verdade eu sou adotado- falou Tyler

–hum... Tyler Henger, sem histórico criminal, nascido em 1995, 17 anos, telefones... São esses não é? –disse a mulher virando a tela do computador para o garoto

–são esses

–é alérgico a algum medicamento?

–não senhora.

–ok, vejamos agora você, Matt Henger, também sem histórico criminal, nascido em 1994, repetiu um ano... parece que esta tudo aqui, por favor peguem seus horários e o mapa das salas... –falou a mulher bocejando- as aulas começaram as 7 da manha e terminaram as 3 da tarde.

–obrigada- falaram e se retiraram

Já a duas esquinas da escola por uma rua repleta de casas antigas os dois andavam em silencio ate Matt o quebrar

–então, a garota era ela não é?-perguntou Matt, curioso

–sim, é a filha do homem que procuramos-respondeu Tyler

–era realmente necessário isso?

–isso o que? –disse Tyler o encarando curioso enquanto andavam pela rua mal iluminada

–entrar nessa escola?

–o Dr. Falie, não é do tipo que confia em qualquer um. Não acha que será mais fácil se usarmos a garota?

–isso não e meio malvado?- perguntou Matt – usar as pessoas?

–não se preocupe, humanos fazem isso o tempo todo, usam as pessoas, brincam com elas e depois jogam fora! Só estaríamos fazendo o mesmo que elas!-falou Tyler aumentando o passo

–como sabe disso?- Matt perguntou mais logo se arrependeu ao ver o olhar do moreno, ele sabia disso porque já passara por aquilo.

–É assim que eles são Matt, e nunca vão mudar- sussurrou o moreno

–sinto muito, eu não sabia

–não importa- suspirou Tyler se recompondo- precisamos arranjar um jeito de sermos convidados para entrar lá, e ver as pesquisas que o pai da garota fez.

–porque simplesmente não entramos e olhamos?

–você é idiota? Ele se preveniu!- respondeu Tyler mais suspirou novamente ao ver a cara de confusão do loiro- tem um vaso com Mandragora officinarum na porta, ou seja, se algo não humano entrar, elas gritaram tão alto que podem nos deixar inconscientes, e adivinha! apenas coisas não normais ouvem o som delas, ou seja, se cairmos ele saberá que não somos humanos. E você não quer isso quer?

–não. Com certeza não.

–Ótimo.

–Então tem planos para a noite?- falou Matt com um sorriso de orelha a orelha.

–Tenho sim, ir para a hospedaria e dormir, não durmo há quase um mês- falou Tyler se espreguiçando

–por quê? Não precisamos dormir, vamos pra algum lugar qualquer um! Por favor, vai pufavorzinhoo!

–não e pare com isso esta me fazendo passar vergonha!

–inho, inho- Matt saltitava feito uma criança mimada quando seus pais não lhe dão algo.

–ta mais para!- disse Tyler desistindo– aonde você quer ir?

–quero comer um X-bacon! Naquela lanchonete ali.

Matt tinha apontado pra uma lanchonete velha mais que exalava um cheiro ótimo, a pintura branca e vermelha tinha algumas pichações, a calçada era antiga e rachada havia mesas fora e dentro do estabelecimento, mais só três delas estavam ocupadas, duas fora com um casal e dois bebes, e na outra um par de bêbados que riam alto, já dentro em uma mesa perto do balcão estava uma mulher magra, de cabelos pretos e com roupa de uma secretária, ao seu lado um menino que parecia seu filho devorava ou hambúrguer se lambuzando todo, e virada de costas a mesa que eles haviam se sentado estava uma velha de 80 a 90 anos, com uma bata preta com rosas brancas, seu cabelo branco ia ate os ombros. Logo uma garçonete chegou, ela era alta magra e loira tinha uns 20, 23 anos e usava um avental escrito “bom dia sou Jessica”

–oi já sabem o que vão pedir?- disse ela passando a mão no cabelo

–oi! Vou querer um X-bacon, com todo bacon extra que você puder botar! E uma coca lata- falou Matt

– e você? –perguntou ela dirigindo-se a Tyler

–por enquanto só um coca.

–lata, 600, ou 1L?

–Lata,

–gelo e limão?

–sim

–ok duas cocas, e um x-bacon com muito bacon saindo- então ela saiu, claro não antes de dar uma piscada pra Matt

–parabéns a garçonete gostou de você- riu Tyler- senhor bacon extra

–o que? Carne faz bem a saúde sabia!-disse Matt indignado com o novo apelido- ou você ta com inveja da garçonete ter dado em cima de mim e não de você?

Tyler já ia responder Matt, porem o garoto que estava dentro da cozinha saiu correndo e esbarrou em Tyler derrubando as coisas que estavam dentro de sua mochila, o moreno ajoelhou-se para pegar o que havia caído, então se virou para Matt com os olhos arregalados.

–precisamos sair daqui agora!- sussurrou

–ham? Não meu x ainda não chego! E eu já paguei por ele!

–droga sua besta! Agora já é tarde ela me viu!- falou encarando o loiro com raiva

Ouviu-se um som metálico quando Tyler olhou viu que a bolsa da velha tinha caído, ela o encarava, a velha abriu a boca como se quisesse disser algo e aponto seu dedo indicador a o moreno

–você...- sussurrou- VOCÊ -gritou a velha- IMPOSSIVEL, VOCÊ! FOI VOCÊ QUE...QUE...- mais ela não conseguiu terminar a frase, pois seus olhos ficaram brancos e ela caiu de joelhos inconsciente.

– MAE! – gritou a secretária correndo ate à senhora