“Querido Diário...

Acabei de aprender sobre destinos e amor eterno... O destino sempre se parte em uma hora e o amor te faz querer chorar e sofrer “eternamente”.  Eles perguntam se estou bem, o que devo dizer é apenas “estou bem”. Muitas vezes as pessoas não aceitam que você não esta bem e de alguma forma elas te torturam até dar um simples sorriso – Simples nada, querem arrancar suas bochechas do lugar -. Tudo que sei neste momento, é que não vai ser igual durante essa ultima semana de aula. Há pessoas felizes, mas não sei se conseguirei  “resistir”. Sentirei falta do Beck. Não sabia que o beijo “verdadeiro” entre nós dois, seria o nosso primeiro e também o nosso ultimo. Não sabia que seu “eu te amo” seria o primeiro e ultimo.

Beijos, Ronnie”

Logo chegando o fim de semana, teria uma festa de  confraternização na praça. Minha mãe e Mike se arrumavam como se fossem a uma premiação do Grammy. Não estava disposta, eu não queria sair do meu canto

- Ronnie, não vai a praça conosco? – Minha mãe falou atrás da porta

- Não estou bem, estou com dor de cabeça – Menti

- Essa dor de cabeça se chama, saudade do Beck?

Eu suspirei

- Só não quero ir, tudo bem?

- Ok, bom, estamos indo, até mais tarde

- Até – Respondi e fiquei passando os canais da televisão. Me ajeitei na cama e tirei um cochilo

[...]

Eu ouvia ruídos, ah deixa eu dormir, não quero acordar. Abri meus olhos vagarosamente e alguém gritando meu nome do lado de fora da casa. Me levantei e desci para atender a porta

- Que foi? – Eu bocejei e ali estava Justin na porta

- Nossa dorminhoca, vamos pra festa, não me diga que vai ficar aqui? – Ele fitava as roupas que provavelmente usava

- Vou, e daí?

- E daí? Você é muito gata para ficar nesta casa, enquanto há um monte de gente La na praça querendo ver seu rosto – Ele sorria – Agora se troque

- Acha mesmo que vai me convencer a ir a praça? – Eu fiz uma careta

- Sim

- Pois, tire seu cavalinho da chuva, porque eu não vou! Entendeu? Ficou claro? Ou quer que deseje? – Sorri sarcasticamente

- Quero que deseje

- Vai embora, ok? – Eu ri pelo nariz

- Não, até tirar você de dentro desta casa – Ele se encostou na porta. “Garoto morre, ninguém precisa de você encostado na porta!”

- Se eu falar que sim, você para de me irritar, alias, cadê sua namorada? – O fitei

- Ela se acha chique demais para vir a lugares, iguais a praças – “Agora a garota é fresca? Uuu, babados em relacionamentos do garoto loiro gatão”

- Ta, espere aí – Bufei e segui em direção do quarto. Abri o closet e peguei uma roupa (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=41952557&.locale=pt-br). Me vesti rapidamente e desci para a entrada da casa. Peguei minha chave. Empurrei Justin para fora da porta e tranquei a porta

- Pensei que íamos a praça, e você que não queria esta legal ein... – Ele mordeu seus labios

- Para... Ah, e a blusa é perfeita para você – Eu sorri delicadamente. Justin fez um olhar maldoso e me pegou pela mão

- Vamos logo, garota que me odeia

- Ta me levando pra onde? – Eu continuava sendo “arrastada”

- Entra no carro – Ele abriu a porta e eu entrei

- Ta bom! O QUE ESTA ACONTECENDO AQUI?

- Shiu, manda mensagem para sua mãe e fale que esta comigo e vamos passear por aí – Ele tampou meus lábios com o dedo

- Tudo bem... – Eu peguei o celular do bolso e passei uma mensagem a minha mãe. Nós andávamos e andávamos e não pude ver Justin parar em algum lugar

- Da pra parar de perguntar quando vamos chegar? Estamos quase lá – Ele bateu no volante

- Eu aposto que não sabe onde estamos indo. E se não percebeu passamos por esse posto 5 vezes! ESTAMOS PERDIDOS JUSTIN!

- Não estamos – Ele insistiu

- Estamos, agora liga o GPS quem sabe pega e a gente volta para cidade – Revirei os olhos. Justin ligou o aparelho e bufou com uma careta – O que foi?

- Sem sinal – Ele sorriu torto – Fodeu

- Eu sei que fodeu já faz uns 25 minutos – Bufei – E agora? – O carro parava – Por que esta parando?

- Não sou eu... – Ele me fitou – Só faltava essa

- O que? – Perguntei, passando a mão no rosto

- Acabou a gasolina – Ele batia violentamente no volante

- Fazer o que né? – Desci do carro e bati a porta. Saí andando para o nada. “Era melhor do que me ferrar junto com a besta linda e ambulante do Justin, sinceramente, já estou achando ele um pouco cabeçudinho, não esta tão bonitinho quanto da primeira vez”

- RONNIE! – Justin gritou – Espera ai!

- O que vai fazer agora? Ou o que vai acontecer agora? Alienígenas iram abduzir o carro? – Fiz careta

- Bem que podiam, não é? – Ele riu. Eu me virei e continuei andando. Ele segurou no meu ombro me fazendo parar – Espera. Eu vou deixar o carro parado em algum canto e nós vamos juntos, ok? – Ele me fitava com um bico

- Então vá logo, estou cansada de ficar perdida – Revirei os olhos. O garoto correu até o carro e deixou em algum canto. Não me preocupei em ajudar, a culpa era dele! Não minha. Ele voltou com uma lanterna e um violão. Eu dei risada – Pra que levar isso?

- Primeiros socorros – Ele sorriu. E começamos a andar sendo conduzidos pela luz da lanterna. – Nós passamos por aqui?

- Não sei, Justin, você que dirigia, estou cansada... – Eu parei e apoiei minhas mãos no joelho

- Calma, a gente vai chegar... – Ele com certeza usou isso como um consolo

- Ok, vamos continuar andando – Eu me ergui e continuei andando. O silencio entre mim e Justin estava péssimo. E tudo que conseguíamos ouvir eram grilos cantando. Estava a ponto de me explodir com o tédio, então suspirei e fui tirar aquele nosso tédio – Então, você toca?

- É, um pouco... – Ele sorriu

- Legal – QUE IDEIA, QUE PAPO, MEU DEUS, AQUILO ESTAVA UM TÉDIO

- Ronnie, Ronnie, Ronnie, uma luz! – Ele se afobou – VAMOS CORRA – E nós dois saímos correndo feito doidos – HEY, HEY!

Era um pequeno carro que passava por ali. E Justin acenava para que pudesse parar. O carro assim parou com os nossos gritos e pulos

- Pois não? – A moça de dentro do carro perguntou

- Precisamos de carona para o centro da cidade, poderia nos dar? – Justin se curvou para a janela da moça. Não era bem uma moça, era uma garota de praticamente nossa idade, talvez um pouco mais velha.

- Entrem no carro – Ela sorriu e destravou as portas do carro. Nós nos acomodamos no banco passageiro. Fitei Justin

- Nunca mais me convide para sair, tudo bem? – A garota nos observou pelo vidro

- Não tenho culpa, ok? E agora estamos voltando – Justin colocou o violão sobre o colo. A garota ainda não parava de fitar Justin. E ele parecia gostar

- Então os dois estão namorando? – A garota perguntou

- Mas, é claro que não – Eu falei e ri

- Eu estou namorando uma garota aí, e ela um garoto que se mudou – Justin respondeu – E você?

- Não... Olha estamos chegando, posso deixar vocês dois ali naquele restaurante

- Perfeito – Eu respondi. A garota parou o carro em frente do restaurante e descemos. A moça chamou Justin e eu o esperei. Quando ele voltou, voltou rindo

- O que foi? – Estranhei

- “Caso mude de idéia me liga gatinho” – Ele ria – Isso foi hilário demais

- Ela te passou o telefone? – Eu ri – Ai que idiota, quem gostaria do seu celular?

- Muitas garotas querem meu celular, você não quer? – Ele riu

- Claro que não – Eu revirei os olhos. “Na verdade queria”

- Você é louca então... – Ele sorriu – Eu gosto disso

- Para – O fitei – Posso te pedir um favor?

- Qual?

Eu fitei o violão dele. Ele sorriu. Tinha certeza de que assentiu o que queria. Ele novamente me puxou pelo braço e me levou a um lugarzinho perto do restaurante. Sentamos num banco de madeira. Ele posicionou o violão e começou a tocar. Eu sorri. Mas aí... “ELE CANTA, nossa, e não é ruim”. Então eu bati palmas no ritmo da musica.

Quando terminou de tocar. Ele me fitou. A letra era perfeitamente linda

Eu não quero que se machuque

Eu não quero que me iluda

Quer que seja diferente, assim como as outras

Quero te mostrar o paraíso e te contar meus segredos

O seu sorriso me encantou, desde quando nos vimos pela primeira vez

E desde então eu percebi que preciso dele para sobreviver

Me dê esta chance e apenas diga que sim, eu sei que é amor...

- Palmas Sr. Bieber, é linda a letra, você quem compôs? – Eu sorria

- Sim – Ele corou, só não entendi o porquê

- Sua namorada deve ter sorte, essa musica deve ser para ela com certeza – Eu sorri. Ele suspirou -  O que foi?

- Posso contar? Ou não sei se vou forçar a barra, mas, preciso disso...

- O que? Pode falar... – Eu o fitei

- Quando disse que a Selena não veio, não é porque ela não gosta de praças, isso foi até idiota... É porque terminei com ela, não dava mais – Ele abaixou a cabeça. E com o dedo levantei seu queixo

- Mas você acha que fez a coisa certa?

- Acho

- Não fique triste então – Eu sorri e gentilmente o abracei – Sua musica é linda, então se não foi pra ela, pra quem foi? – Eu me afastei do garoto

- Nunca vai saber  - Ele riu

- Tudo bem... – Eu ri junto – Acho que é melhor voltarmos, Justin

- Sim, tem razão – Ele se levantou e eu me levantei junto. Então seguimos para casa. Ele foi para a dele e eu a minha. Cheguei a casa e subi para o quarto. Nem Mike e nem minha mãe ainda haviam chego. Entrei no quarto e peguei o diário. Me sentei na cama e peguei uma caneta

“Querido Diário... É estranho eu parar de pensar no Beck tão rapidamente? O que foi isso? Alias, ele não me ligou, ou ligou e não sei, estou preocupada, quero muito que ele ligue (:

Hoje passei a noite junto de Justin, ele realmente um bom cara, só que eu o odeio agora, ele me fez ficar perdida em um meio de um nada! NAADA! NADA, NADA, NADA, parei. Lamento por ele ter terminado com a Selena. Ele escreve musicas, canta e toca. Mas quando descobri hoje isso. Ele cantou uma musica que parecia apaixonante. Ele teria escrito antes ou depois de namorar a Selena. Que se dane, eu sei que a letra é linda, muito linda... Finalmente as aulas acabaram essa semana. Vou dormir na casa da Sam e a Alice irá junto. Ah, Sam é minha prima, e  a Alice é minha melhor amiga, somos melhores amigas. Dia de Sleepover, é o melhor! A gente morre de rir e de fazer coisas que não devíamos online, haha. Eu sei que anda tudo perfeito. Tirando o fato que o Beck não esta comigo. Por que tiveram que tirar ele de mim? Logo agora? MORRAM OS PAIS DO BECK, NÃO GOSTO DE VOCÊS. Sou cruel de mais!

Beijos, Ronnie”