Speechless escrita por desativada VickyHaruno, tory m


Capítulo 1
Parte Um - I thought I could resist you...


Notas iniciais do capítulo

Yo! Mais uma fic para vocês. Essa ai, foi baseada em uma conversa que eu tive com a minha nee-chan linda, que resolveu desabafar as três da manhã comigo via Msn. Bem, como prometi, ai está nee-chan!
Aiai, aqui vamos nós em mais um daqueles amores de escola, aqueles que a gente nunca esquece, aqueles amores que todo mundo já sentiu.
Kisses e boa leitura!



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Musica: “Speechless”  - The Veronicas

“Speechless”

(Sem fala)

Ah, os ares do ensino fundamental. Uma época tão mágica que a envolveu divinamente como se naquele ar pairasse algum feitiço, prendendo seus olhos verdes e tão puros no mar de descobertas que levou dela a alma de menina e agora a tornava adulta, ou quase isso, como ela preferia acreditar. Sempre ouvira e vira as varias amigas contando estar apaixonadas por um incomensurável numero de garotos mas ela mesma pouco sabia sobre o que era se apaixonar.

Gostar de alguém quando se tem nove, dez, onze ou doze anos é bem diferente de sentir as pernas bambas e o estomago de cabeça para baixo como agora ela sentia. Fora tudo tão de repente que talvez nem mesmo ela saberia explicar como aquilo tudo chegou e mudou sua vida, mudou seus sentimentos, mudou a própria.

A história da garota que sempre fora tida como a engraçada do grupo, a garota com notas surpreendentes para uma série avançada como aquela, ou melhor, que era tida como a junção da boba da corte com a CDF, perfis que se encaixavam perfeitamente àquela garota que se viu apaixonada durante a aula de Quimica.

Oh, sim. Nenhum momento mais propício do que aquele para tomar conhecimento que, de alguma forma, aquele garota simples, calado e ate mesmo para ela misterioso, roubara seu coração com um simples: “Me empresta a caneta preta?”.

Era dia de entrega de trabalhos. O hálito sufocante do professor fez a garota tapar as narinas fortemente e resmungar para a amiga sentada logo atrás sobre como aquele velho se matava de tanta nicotina, soltando um risinho bobo para a loira que a acompanhou. O sorriso sempre foi fácil de brotar nos lábios rosados dela, e idiotices a faziam rir descontroladamente, digna de um quase escândalo, mas o entortar de lábios nunca fora tão natural quanto no momento em que ela percebera um mão pesada mas tão quente e acolhedora encostar-lhe o ombro. Os olhos verdes viram em direção aos onix lúdicos dele e a melodia de um pedido tão simples a entorpeceu involuntariamente. A mão fina, de dedos longos, alcançou a caneta e ela entregou satisfeita a ele a caneta e seu coração.

Feels like I have always known you

And I swear I dreamt about you

All those endless nights I was alone

It's like I've spent forever searching

Now I know that it was worth it

With you it feels like I am finally home

Parece que eu sempre te conheci

E juro que sonhei com você

Todas aquelas noites sem fim em que eu estava sozinha

É como se eu tivesse sempre procurado

E agora sei que valeu

Com você me sinto finalmente em casa

Por vários minutos, dias e meses ela ficou com aquela voz a ecoar pela cabeça, num pequeno delírio particular, secreto a todos e que para ela, sempre continuaria assim já  que desde o dia em que ele chegara na sala, se sentando nas ultimas cadeiras e inundando a mente dela de suposições a respeito dele, Sakura nunca imaginou uma conversa maior que “oi” entre eles. Ah, mas o destino nunca a deixara ter razão...

Um dos professores, que parecia estar a beira de uma revolução sangrenta contra todos os alunos  na sala, resolveu trocar todos de lugar, separando os grupinhos e trazendo os alunos mais dispersos para a frente numa tentativa, sempre falha, de dar juízo a tais estudantes. Ela, que sempre se orgulhara de sentar-se com as fuças grudadas no quadro negro, foi praticamente intimada a sentar-se nas últimas cadeiras, bem no fundo da sala, onde para ela, nem ventilação parecia existir. Ah, sim. Deveria ser isso mesmo, porque mal respirar ela conseguiu sentando-se ao lado dele, sim, o garoto misterioso e calado que em breve ela descobriria ser o oposto de seus sonhos e devaneios a respeito dele. Suas mãos tremiam incontrolavelmente e mas parecia que aquele era o primeiro contato que tinha com algum garoto.

Falling head over heels

Thought I knew how it feels

But with you it's like the first day of my life

Estou caindo

Pensei que soubesse como era

Mas com você parece que é o primeiro dia da minha vida

A partir daquele dia, faltavam pouco mais de quatro meses para o fim do ano letivo, época que para muitos era a ‘temporada de degola’ onde todos se faltavam se estapear por algo mais que um sete no boletim, mas que para ela, seriam os quatro meses mais radiantes da vida antes sem graça dela. Algum tempo depois ela se acostumou a sentir o cheiro fresco da pela dele que pairava no ar das últimas cadeiras e agora sim a classe  parecia bem mais confortável e as aulas passavam tão mais rápido que o tempo parecia ter asas. Ela lembrava perfeitamente do timbre de sua voz, mas que ali, enquanto ele conversava entre amigos sobre os mais variados assuntos, parecia ainda mais radiante e envolvente, mas viva, uma voz como a daqueles príncipes dos contos de fadas os quais ela pouco leu, mais conhecia eximiamente.

Mais de um mês se passara até que num ato ingênuo, como nos filmes clichês de amor, ele deixou a borracha cair e ambos abaixaram-se para pega-la. Num simples toque de mãos, os olhares de chocaram novamente e ela o viu sorrir. O misterioso rapaz de sobrenome Uchiha despejou sobre ela um doce sorriso acanhado, com o canto dos lábios, mostrando uma face tímida, fazendo-a quase jurar que as bochechas dele não possuíam tom tão rosado quanto o que vira. Quem diria que o ‘garoto mistério’ teria aquele face envergonhada? Bastou aquilo para que, depois de muito, ambos embarcarem numa atmosfera de descobertas. Interesses em comum, opiniões similares e até mesmo o fascínio pelo oriente ligavam os dois comicamente. Ele sempre tão artístico fez dela sua principal fã, e avaliadora de seus trabalhos sempre tão impecáveis que elogios faltavam a ele. Curiosidade ela tinha em saber o porque de, na maioria das conversas ele não a olhar nos olhos e inebriada por uma vontade insana de desvendar mais sobre o misterioso amor juvenil, Sakura descaradamente o questionara.

“Olhos bonitos os seus hein?” Em resposta, um gracejo meio acanhado veio da parte dele que lançara no ar o magnifico ressoar de um elogio para que a atingisse em cheio, como fora feito. Ela gaguejou em resposta. Um riso acompanhado de um “Obrigada” tímido foi servido a  ele que riu também envergonhado. A partir do fatídico momento, olhares mais constantes da parte dele para a mesa sempre bagunçada dela não faltaram, constantes bilhetinhos foram trocados entre os dois. Nada de mais, mas que para ela, receber bilhetes dele era algo tão mágico, tão especial. Um convite de engraçarem em algumas matérias extras veio dele e mais do que rápido ela aceitou. Fazia o amor isso com as pessoas?

Cause you leave me speechless when you talk to me

You leave me breathless the way you look at me

You manage to disarm me, my soul is shining through

Can't help but surrender my everything to you

Porque você me deixa sem fala, quando fala comigo

Você me deixa sem ar da maneira como olha pra mim

Você consegue me desarmar, minha alma está brilhando

Não posso evitar me render a você

A cada cumprimentar, a cada risada ou conversa entre eles, ela sentia-se diferente. Um dia sem deixar de dizer um “Oi Sasuke-kun” nunca houve, nem que a troca humilde de comprimentos acontecesse bem depois da terceira aula do dia. Sabia que ele era possuidor de um inigualável sono que atormentava-o até beirar as nove da manha, mas um boa conversa com ela sempre o fazia despertar. Era estranho para ela estar sentindo tudo aquilo tão repentinamente por um garoto que provavelmente a esqueceria depois do fim do ano. Será mesmo que ele sentia tudo aquilo também, ou seu sentimento era nada mais que um amor platônico?


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Notas finais do capítulo

É apenas a primeira parte! Logo logo postarei o fim desse historia, que vai ser curtinha, mas gostei muito de escrever!
Kisses



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