Impotência e raiva.

Eram as palavras que me definiam quando acordei.

–Stefan Salvatore!-vociferei.

–Calma ruivinha,seu amante não está aqui.-disse Damon me empurrando de volta para a cama onde eu estava deitada com mais força do que o necessário.

–Já te disseram que você tem a delicadeza de um javali raivoso e a discrição de um elefante bêbado?-eu disse,com ironia.

–Não.-disse Damon com um sorriso debochado.

–Como não se estou te dizendo agora?-retruquei.

Céus,eu nunca me senti desse jeito,se minha raiva fosse fogo teria queimado metade do planeta,estava quase soltando fumaça pelo nariz de tão brava.

–Cadê aquele maldito?

–Na sala.

Eu desci e o vi sentado no sofá,bebendo calmamente um copo com alguma bebida alcóolica que desconhecia.

–Bom dia.

–Péssimo dia!-falei,quase cuspindo as palavras.

Se eu não tivesse tão debilitada e fraca tentaria arrancar os olhos dele com as unhas.

–Ficou louco?

–Não.

–Então por que tentou me matar?

–Por que eu quis.

–Por que eu estou viva então?

–Pergunte ao Damon,ele me fez parar.

–Cadê minha bolsa.

Ele apontou para uma mesinha,minha bolsa estava ao lado do abajur.

Eu a peguei e não falei mais nada,saí de lá.

Doía.

Não queria que doesse,mas doía saber que não significava nada para Stefan enquanto eu simplesmente perdia a razão por ele.

Por mais que meus olhos ardessem,me recusava a chorar,não faria isso por alguém que nem mesmo me amava.

Mas isso não me impedia de desejar que doesse menos.

"Dor, sem amor

Dor, eu não tenho suficiente

Dor, áspera, é como eu gosto

Porque eu prefiro sentir dor ao invés de nada"