Os Perigos Da Sala Precisa escrita por Ju Black, isa_c_bella


Capítulo 5
Entre o bem e o mal pode existir o amor




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Capitulo cinco.

Entre o bem e o mal pode existir o amor.

Os meses passaram, trazendo junto o natal. Gina havia convidado Harry para ir para A Toca, mas ela decidiu ficar em Hogwarts, Rony, Harry e Hermione também ficaram para ficar de companhia para a garota. Ela estava fraca demais para viajar. Para a surpresa de todos, Malfoy também ficou na escola, sozinho, já que seus seguidores foram para a casa.

Era véspera de natal no dia em que Hermione, para a felicidade de todos, parou de evitar o Rony.

- Bem... Eu fui rígida demais com você. – Disse a garota, enquanto entrava na sala comunal.

- Não! Você só fez isso para o meu bem. – Disse Rony, jogando o cabelo para o lado.

- É! Fiz mesmo! Você sabe que eu não faria nada para te prejudicar, não é Ron?

- Claro! Eu sei sim, Mione. – Gina e Harry estavam abraços em frente a lareira, enquanto ouviam a conversa melosa dos dois. – Eu te adoro, e não ficaria bravo com você por nada. Foi apenas o estresse. Eu sei que tenho que emagrecer e tudo mais.

- Não! Você não precisa. Está perfeito do jeito que é. – Disse ela sentando ao lado de Gina.

- Sem essa! Perfeito? Olha quem fala! Você é a pessoa mais perfeita que eu conheço. – Harry notou Gina rir. Ele também não pode agüentar, então riu junto.

- Não sou não! Todos nós temos um defeito ali e aqui! É sério!

- Não consigo achar um defeito em você! – Disse Rony sentando em frente a Hermione.

- Ah! Pára! Eu é que não consigo achar um defeito em você.

- Claro que você consegue! Mione, você é pessoa mais maravilho...

- AH! Chega desse melodrama! Harry, vamos à biblioteca? Quero me distrair um pouco! – Disse Gina levantando e puxando Harry pelo braço.

- Vamos! A gente volta depois! Tchau! – Harry se despediu dos dois e seguiu Gina. – Ah Gina, você interrompeu o Rony, ele ia falar que achava ela maravilhosa! – Disse Harry segurando a garota pela cintura.

- Não foi bem isso que eu queria. A minha intenção era deixar os dois sozinhos.

- Ah! Entendi! Acho que agora as coisas vão finalmente engrenar entre os dois!

- Duvido! Eles sempre ficam nesse drama e depois voltam a brigar! É tipo: “Entre tapas e beijos”, sabe? – Perguntou Gina.

- Sei! – Harry riu, fazendo a garota rir junto.

Eles entraram na biblioteca, e a nova bibliotecária que Rony achava esquisita estava lá, lustrando um relógio de ouro.

Eles se sentaram, e Gina pegou um livro de Romance para ler, Harry pegou um sobre criaturas mágicas, o que o fez lembrar do Hagrid. Segunda fora a aula dele, mas como ele não tinha colocado trato das criaturas mágicas no seu horário, ele não pode ir. Mas ficou curioso sobre como teria sido a aula.

Enquanto os dois folheavam os livros, Luna entrou na sala sentou-se à mesa do lado da deles, e ficou lendo seu Pasquim.

- Olha isso aqui Harry, essa edição tem uma foto sua, e está escrito, “Potter será nosso salvador”. Gostou? – Perguntou Luna, mostrando para Harry a revista.

- É... Sim! – Mentiu Harry.

- Entendo como se sente, você está preocupado de desapontar todos, não é querido? – Perguntou Gina, fechando o livro.

- Claro! Não tem como não me preocupar. Me chamam de “O Eleito”, mas e se eu não for “O Eleito”? E se eu não tiver o poder de botar um fim nisso?

- Tudo dará certo! Isso eu sei! – Disse Gina, entrelaçando os dedos dela, nos dele. Quando Harry estava com ela, ele sentia que todos os problemas tinha desaparecido. Ela era a melhor coisa que tinha acontecido á ele.

- Oi Luna! Tudo bem? Eu colhi essas flores para você. – Os três olharam para trás.

- Ah! Obrigada Malfoy! Não precisava. – Disse Luna pegando as flores e cheirando.

- Já disse que pode me chamar de Draco! Você gosta de amarelo não é?! Então quando vi essas flores eu pensei em você. Bem... Você gostou?

- Amei, Malf... Draco! – Disse ela abraçando o loiro. Harry nunca tinha visto Draco tão vermelho e tão feliz.

- Legal... Hum... Eu preciso ir. Tenho que terminar de embrulhar seu presente de natal. A gente se ver por ai! – Disse dando um beijo na bochecha de Luna.

- Claro! Mas, não precisa de presente. Eu nem comprei nada para você!

- Não precisa. A sua presença é um presente para mim!

Os dois riram timidamente. Harry achou que o mundo havia pirado, ele olhou para Gina, que estava com os olhos arregalados e a boca aberta. Malfoy saiu, deixando a Luna boba, olhando para a lua.

- Luna! Acorda! Ele é o Draco Malfoy! MALFOY! O pai dele tentou te matar no ano passado, no ministério. Esqueceu? – Perguntou Gina.

- E daí? O pai dele é o pai dele. Mas ele é ele!

- Ah! Está brincando que você se apaixonou pelo Malfoy? – Perguntou Harry incrédulo.

- Não estou! Você acha que eu terminei com o Neville, por que outro motivo?

- Não acredito! Você terminou com o Neville pelo Malfoy?

- É! E se vocês não gostam dele, problema é de vocês. Eu estou muito a fim dele, e nada que vocês disserem vai mudar isso! – Disse ela se levantando.

- Luna! Se o seu pai souber disso, ele vai...

- Pirar! Eu sei! Mas quem liga? Eu que não! – Ela se levantou emburrada, cruzando os braços.

- Isso é praticamente impossível! – Disse Gina indignada.

- Eu não acredito! Não acredito! Ela... Me trocou... POR ELE? – Os dois quase caíram da cadeira ao perceber que Neville estava escondido atrás da prateleira. 

- Neville! Que susto! – Disse Harry respirando alto.

- Eu não acredito! IMPOSSÍVEL! Eu sou tão horrível assim, que a Luna vai me trocar pelo... Engomado, filhinho de papai, tosco, do cabelo lambido e... AH! Não acredito, mesmo!

- Neville se acalme! – Exclamou Harry.

- Neville, tive uma idéia: Vamos te deixar um gato – Harry riu. – para a Luna esquecer o Malfoy e voltar para você.

- Vocês fariam isso por mim?

- Claro! – Disseram em coro.

Harry acordou sorrindo para o teto. Era natal. Ele se trocou rapidamente e desceu para a sala comunal. Não havia nenhum outro aluno, sem ser Hermione, Rony, Gina e Neville.

- Feliz Natal, Harry! – Disse Gina abraçando ele, e entregando um presente. Harry entregou o dele á ela. Ela sorriu e o beijou.

- Ah... Credo! – Disse Rony, virando o rosto, mas para a sorte, ou o azar dele, ele deu de cara com Mione. – Opa! – Ele deu alguns passos para trás. – Ah! Feliz Natal, Mione. Isso é pra você. – Rony entregou um presente mal embrulhado á garota.

- Ah! Um livro para garotas inteligente! Obrigada Rony! Eu amei. Aqui está o seu. – Disse entregando uma caixa ao ruivo.

- Nossa! Uma jaqueta de couro! Isso coloca o suéter da minha mãe no chão! Obrigado Mione! – Ele deu um abraço, surpreendendo-a. – Ah! Falando em suéter, eu pedi para mamãe, fazer um para você. – Ele entregou um suéter lilás escrito Granger em letras douradas.

- Nossa! Eu nunca tive um suéter Weasley’s. Obrigada Ron!

- Uau Harry! É lindo! – Disse Gina babando sobre o colar que Harry lhe deu.

- O que está escrito Gina? – Perguntou Neville.

- Believe.

- Believe é acredite em inglês, não é? – Perguntou Rony. Hermione fez que sim com a cabeça. – Mas porque, acredite? Acredite no quê?

- Esquece! É coisa deles. A gente não deve ficar sabendo. – Disse Neville se largando no sofá.

Depois de trocarem os presente, eles ficaram lá, conversando e comendo. O café havia sido trazido na sala comunal, por Dobby.

- Pediram á Dobby, para trazer o café aqui porque o salão principal está sendo enfeitado. OH! Harry Potter. Dobby trouxe um presente de natal para você. – Dobby entregou uma camiseta, escrita: Vai Grifinória! Com desenhos dos jogadores da grifinória. Uma até do próprio Harry.

- Obrigado Dobby! Olha, isso é para você.

- Meias? Dobby ama meias! Meias é a roupa preferia de Dobby. Muitíssimo obrigado senhor Harry Potter. Dobby simplesmente acheu magnífica. Ah! Dobby, já ia se esquecendo... O professor Dumbledore mandou Dobby te entregar essa carta.

- Obrigado Dobby.

Bom dia, Harry.

Como foi a sua noite?Faz muito tempo que você não me visita, não é mesmo?!

Anda muito ocupado namorando que nem vem ver seu velho (velho mesmo) amigo.

Venha agora na minha sala. Tenho que te entregar seu presente de natal.

Ah! Avise ao senhor Weasley que ele precisa prestar mais atenção ao lado esquerdo dele.

P.S.: Eu gosto de tomar banho com sabonetes cor de abóbora.

- De novo, ele com essa historia do meu lado esquerdo. Nunca vou entendê-lo. Mas e daí que ele gosta de tomar banho com sabonetes cor de abóbora? – Perguntou Rony que leu a carta junto com Harry.

- É a senha da sala dele. E você tem que olhar mesmo para o seu lado esquerdo.

Harry foi á sala de Dumbledore correndo e eufórico.

- Cor de abóbora.

A porta se abriu. Ele entrou na sala, procurando o professor.

- Bom dia, Harry! Como vai? – Disse Dumbledore guardando a penseira dentro do armário.

- Excelente! E o senhor, vai bem?

- Respirando vale? – Disse Dumbledore sentando na cadeira em frente a sua escrivaninha.

- O senhor não vai bem? – Perguntou Harry, com tom de preocupação.

- A minha mão está muito ruim. Por isso não estou muito bem... Espere aqui. Vou pegar seu presente de aniversário.

Ele voltou trazendo uma caixinha.

- Eu não sabia, exatamente o que te dar. Você já esta tão crescido! Então resolvi lhe dar, algo que valesse a pena. Eu fui até a casa dos seus tios trouxas e pedi a sua, nada querida, tia, que me desse o que eu queria. Ela ficou encantada em se livrar dessa caixinha. Acho que ela nunca lhe mostrou. Aqui está. Feliz Natal. Abra! Abra sem dó! Rasga o embrulho logo, não fica ainda com delicadeza, rasga logo!

Harry rasgou o embrulho que cobria a caixa. Abriu e sorriu. Eram fotos da mãe dele, de quando ela era pequena, e tinha também o primeiro vestidinho dela, e o primeiro sapatinho. E uma foto dela com o pai de Harry.

- Senhor, você não poderia ter me dado presente melhor! Muito obrigado! Mas eu não comprei nada para o senhor.

- Não ligo! Agora volte para a sala comunal. Ixi...

- O que foi senhor?

- O senhor Weasley e a senhorita Granger, estão brigando novamente!

- De novo? Ai! Eu não agüento mais esses dois! Porque eles não se beijam logo?

- Você tem que ter paciência com eles, Harry. Eles ainda estão indecisos sobre o que estão sentindo. Mas eu sei que hoje isso acaba.

- Como você sabe?

- Eu simplesmente sei.

Harry voltou a sala comunal, balançando a caixinha na mão. Quando ele entrou, a visão de Dumbledore estava sendo executada. Hermione estava sentada em frente ao Rony, e os dois berravam e Harry não conseguia ouvir nenhum dos dois. Gina e Neville tampavam os ouvidos, para poderem ler o Profeta Diário.

- Eu te odeio! – Gritou Hermione.

- Não tanto quanto eu te odeio! – Rony gritou ainda mais alto que ela.

- CALEM A BOCA! O que está acontecendo aqui? – Perguntou Harry sentando.

- Culpa do Rony!

- Minha? A culpa é sua!

- Eu odeio quando você bota a culpa em mim, quando a culpa é sua! – Vociferou Hermione.

- Eu odeio quando você fica mandando em mim! – Disse Rony batendo na própria perna.

- Eu odeio quando você não me ouve!

- Eu odeio quando você fica lendo, em vez de conversar com os seus amigos!

- Eu odeio quando você come que nem um porco!

- Eu odeio quando você repara o jeito que eu como!

- Eu odeio quando você fica batendo o pé sem parar para me provocar! – Gina tampava o ouvido e cantarolava alto.

- Eu odeio quando você fica se achando quando sai com búlgaros!

- Eu odeio quando você acha que eu fico me achando! – Neville saiu da sala, com o jornal debaixo do braço.

- Eu odeio quando você coloca frutas no meu prato!

- Eu odeio quando você fala mal das roupas que eu costuro! – Hermione se levantou.

- Eu odeio quando você fala mal de todas as minhas roupas!

- Eu odeio quando você fala de boca cheia!

Hermione gritou ainda mais alto e começou a chorar. Rony olhou para ela, se levantou e ficou bem perto dela, tão perto que parecia que estavam se beijando. Ele olhou nos olhos dela, e disse:

- Sabe o que eu mais odeio? Eu odeio quando você fica longe de mim! – Ele colocou a mão na nuca dela e a beijou. A garota ficou imóvel por alguns segundos, depois parou de resistir, e fechou os olhos e retribuiu o beijo, abraçando-o, fazendo Harry e Gina aplaudirem.

- Nada de ficarem se amassando na minha frente, Ronald! – Disse Gina gargalhando.

Quando eles se separaram, Harry pode ver o tamanho do sorriso dos dois.

- Eu não te odeio. Nem um pouquinho. – Disse Hermione secando as lágrimas.

- Nem eu. Eu te amo. – Ele deu mais um beijo nela.

- Eu também de amo! – Disse ela abraçando ele bem forte.

- Mais eu amo mais.

- Não! Eu amo mais!

- Não! Eu é que amo mais!

- Calma! Para ai, todo mundo! – Gritou Gina ficando em pé na cadeira. Quando todos estavam parados ele completou. – Eu preciso cantar uma música! – Gina arrumou o cabelo. – ALELUIA! ALELUIA! ALELUUIAAAA! – Cantou ela, rindo com Harry.

Os dois riram envergonhados.

- Vamos almoçar?

- Estou satisfeito. – Disse Rony olhando Mione. – Mas acompanho vocês.

Eles desceram para o salão principal que estava decorado como sempre. As arvores gigantes de Hagrid estavam no canto e os professores riam alto.

Quando Harry se sentou, não pode deixar de notar, que Luna estava sentada na mesa da Sonserina, e Neville estava triste.

- Mione, seu cabelo esta muito bonito hoje! O que você fez nele? – Perguntou Rony se debruçando sobre a mesa.

- Ah! Nada... É só um shampoo novo. – Disse ela corando.

- Ficou excelente! – Disse Rony abrindo um sorriso.

- Ah! Obrigada...

Harry olhou para o prato de Rony, e viu que não tinha nenhum bacon ou ovo. Apenas banana, maça e mamão. Ele sorria, orgulhosamente para o prato.

- Nossa, o que a Lovegood esta fazendo na mesa dos sonserinos? – Perguntou Rony.

- Ah! Ela esta meio... Que apaixonada pelo Malfoy. E... Ele também! – Disse Neville surpreendendo todos.

- Isso é ridículo! – Exclamou sonoramente Rony. – Caracas! Tipo... Ela não pode fazer isso! Ela é um exemplo de garota do bem, e ele é um exemplo de garoto do mal!

- Ora! Eles se completam! – Exclamou Hermione, indiferente.

- Sei bem como é isso! – Disse ele abraçando Hermione.

O professor Dumbledore apareceu na mesa deles sorrindo com uma taça de ouro na mão.

- Vejo que agora você deu atenção ao seu lado esquerdo, senhor Weasley.

- Ah! Então era ela!

- Claro! Ela sempre senta do seu lado esquerdo, já percebeu?

- Nossa! Estou sem palavras.

- É... O amor é assim! Deixa a gente mudo e bobo.

- Professor, você esta sabendo da nova paixão de Luna? – Perguntou Rony. O professor afirmou com a cabeça. – Você acha certo uma garota tão pura estar com um garoto tão... mal?

- Ora... Entre o bem e o mal, pode estar o amor.


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