Como Em Um Conto De Fadas escrita por Ella NH


Capítulo 3
Capítulo 2-E foram felizes para sempre…


Notas iniciais do capítulo

Ai o último capítulo...
Eu amei e me emocionei escrevendo esse capítulo...
Obrigada por todos os reviews. Eles me motivaram e me inspiraram.
Espero que gostem do capítulo...
Beijinhos.



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A manhã começou bem.

Mais um dia tedioso nesse gigantesco castelo, pensei. Logo me lembrei dos acontecimentos de ontem e que hoje seria meu casamento, com uma garota que mal conhecia, mas que tinha despertado todo o meu interesse.

Coloquei uma roupa formal, pois teria uma reunião inadiável no período da manhã, algo sobre as provisões para o exército e Sir Ares La Rue estaria presente.

Tomei café da manhã ao lado de minha noiva, minha prima, minha mãe e meu primo que se encontrava quieto como de costume. Não esperava que ter a família toda reunida, fosse tão bom.

Depois do desjejum me dirigi à sala de reuniões e me sentei novamente na cabeceira da mesa, enquanto os generais e capitães de guerra me passavam relatórios e faziam suas obrigações enfadonhas.

Três horas após ser iniciada a reunião teve fim.

Era a hora de cumprir minha promessa a Annabeth. Minha amiga, noiva e em breve mulher.

–Sir Ares La Rue, poderíamos ter uma conversa em particular?—Perguntei.

Ele se dirigiu ao meu encalço ao meu gabinete.

–O que deseja com seu humilde servo, vossa alteza?—Perguntou ele presunçoso.

–Ontem soube que seus filhos maltratavam uma dama na praça principal. —Disse objetivo. Olhando gravemente nos olhos do altivo cavaleiro.

–Vossa majestade a indigna devia uma bela quantia a mim. —Informou-me ainda mais presunçoso.

Podia sentir que ele não se arrependera de tal ato infame.

–Qual seria a quantia?—Perguntei

Ele me informou o valor. Pedi que aguardasse em meu gabinete e pedi a um dos meus servos que providenciasse tal quantia e pedisse que Annabeth comparecesse ao meu gabinete com a quantia em mãos.

Voltei ao gabinete e o cavaleiro me aguardava impaciente.

–Qual o motivo de seu interesse nesse caso Vossa majestade?—Perguntou para mim assim que me sentei.

–Já entenderá!—Afirmei convicto o deixando-o intrigado.

Ouvi batidas em minha porta.

–Entre!—Ordenei

Annabeth entrou confusa, porém sorridente, mas assim que notou meu convidado seu sorriso morreu. Pude ver em seu rosto uma mistura de raiva, coragem e medo.

–Sir Ares La Rue!—Ela falou com repulsa.

Ele não se deu trabalho de cumprimenta-la. E me olhou confuso.

–Por que a trouxe aqui?—Ele me perguntou raivoso.

–Ela veio a meu pedido. Precisamos esclarecer algo. —Disse explicando a situação.

Pude ver seu sorriso presunçoso voltar ao olhá-la novamente.

–Creio que minha NOIVA tenha algo a lhe entregar e você uma sentença de morte por insulto a Sua Majestade. –Disse olhando para ele com raiva.

Ele estremeceu de medo e deu um passo para trás.

–Porém ele não decretará a sentença! —Annabeth me interrompeu me lançando um olhar de advertência. –Pois tenho certeza de que tal ação não irá se repetir. Estou certa?

Annabeth se colocou ao meu lado e entregou o dinheiro que trazia em mãos para o homem a nossa frente.

–Está Vossa Alteza!—Ares pegou o dinheiro e voltou para o lugar onde estava.

–Teves sorte de que minha noiva é muito gentil, mas eu realmente espero que isso não se repita! Annabeth não me deterá se tal atitude voltar a acontecer! —Disse e lhe dispensei.

Assim que ele saiu, ela me abraçou.

–Obrigada!—Ela me disse e dei um beijo em sua testa. —Preciso me preparar.

Eu assenti e ela se retirou.

Fui comer mesmo todos já o tendo feito.

Queria fazer algo por Annabeth para lhe agradecer pelo que ela estava fazendo por mim. E pensei em perguntar a ela sobre as pessoas que ela gostaria de convidar para seu casamento.

Observei que o grande salão estava sendo enfeitado e que minha prima andava de um lado para o outro inspecionando a arrumação. Minha mãe também estava lá. Mas Annabeth não.

–Onde está minha noiva mãe?—Perguntei enquanto ela observava os servos arrumando o grande salão e passando-lhes instruções. Estava ficando magnífico, como todos os trabalhos que minha mãe fazia.

Achava pesado deixar tudo na sua mão, mas agora eu teria uma esposa que desempenharia esse papel. Minha mãe ficaria muito mais aliviada.

–Está se preparando para o casamento. —Disse ela simplesmente.

–Pensei que ela poderia me acompanhar até o lugar onde ela morava. —Informei desapontado a minha mãe.

–Chame Thalia! Ela sabe onde é! Annabeth contou tudo a ela. —Agradeci e me retirei. Perguntei a Thalia e ela me acompanhou alegremente.



Montei em meu cavalo e ajudei Thalia a subir atrás de mim. Ela era péssima amazona e por tanto ela sempre acompanhava a mim ou Nico, como nós chamávamos nosso primo.

Thalia me conduziu de volta a praça principal.

Ela me instruiu que descesse do cavalo e eu o fiz. Ela seguiu até uma loja que lembrava-me uma padaria e nós entramos.

Lá dentro tinha um casal de idosos com feições simples, mas gentis, possuíam uma expressão de preocupação. Suas emoções eram tais que não notaram nossa entrada.

–Senhor? Senhora? –Chamei-lhes a atenção.

Eles me encararam e pareceram surpresos ao nos reconhecer.

–Vossa Alteza… --Disseram e nos fizeram uma reverência.

–Gustave e Marie…?—Minha prima procurou confirmar-lhes os nomes.

–Sim, senhorita!—O senhor afirmou confuso. Thalia lhes sorriu amorosamente. Provavelmente eram para eles que Annabeth trabalhava.

–Poderia perguntar por que estão preocupados dessa maneira?—Perguntei não contendo a minha imensa curiosidade, embora possuísse uma vaga ideia do por que.

–A Senhorita que trabalha para nós, ontem foi levada daqui por alguns cavaleiros e não retornou até este momento.—Esclareceu a senhora.

–Annabeth?—Perguntei.

–Sim. Vossa alteza a conhece?—Perguntou o senhor. Thalia olhava os pãezinhos que acabaram de ser assados com interesse. Possivelmente trabalhara a manhã toda e não tivera a oportunidade de comer.

–Sim! Na verdade ela é o motivo de virmos aqui. –Disse sorrindo para aquele simpático casal a minha frente. Thalia pareceu esquecer os pães temporariamente e me encarou. Ela também não sabia o motivo de nossa ida aquele local.

–Ela está bem?—Perguntou a senhora parecendo verdadeiramente preocupada.

–Sim. Muito bem! Na verdade vim aqui em nome dela convidá-los pessoalmente para o nosso casamento hoje! –Informei-lhes não contendo o sorriso.

Thalia também sorriu pra mim.

Ambos nos olhavam incrédulos. Eu lhes entreguei o convite. E logo que o pegaram de nossa mão o abriram.

–Céus! A nossa Annie vai se casar com o príncipe da França! Ela será uma princesa! –A senhora explodiu em entusiasmo. O senhor também possuía um largo sorriso no rosto.

Eu sorri para eles e Thalia voltou sua atenção para os pãezinhos e parecia estar a escolher algum.

Eu tirei uma moeda de ouro do bolso e lhe entreguei enquanto o casal ainda observava, fascinados, o convite. Ela a pegou e sorriu pra mim.

–Essa é Lady Thalia Grace minha prima e foi ela quem nos apresentou de certa forma. –Disse enquanto Thalia voltava a escolher o pão que queria comprar.

– É uma moça muito bonita! –Disse o senhor. Thalia corou com o elogio e agradeceu.

Ela pegou um dos pães que, provavelmente, foi o escolhido e entregou a moeda ao senhor.

Ele recusou, mas ela insistiu.

–Por favor… É o meu primo aqui quem está pagando. E ele não faz isso para mim com frequência!—Ela disse, eu revirei os olhos e os senhores riram. Enfim o senhor aceitou o seu pagamento.

–Vocês sabem onde mora Sir Luke Castellan? –Perguntou Thalia

–Sim! Ele mora na segunda casa depois da nossa padaria. Marie pode leva-los lá. —o senhor nos informou e Thalia comia seu pão.

Marie nos levou até uma casa grande, levando em consideração as casas ao redor, era uma das maiores, mas em relação aos locais onde já estive era pequena.

–Quem é Luke Castellan? –Perguntei a minha prima. A senhora pareceu interessada em nossa conversa.

–É um amigo de infância de Annie… E ela disse que sentirá muita falta dele, pois ele era o seu único amigo de verdade. --Ela me informou enquanto terminava de comer seu pão.

Eu assenti e voltei os olhos a frente. A senhora já tinha chamado o humilde cavaleiro.

–Marie? Teve notícias de Annabeth?—Perguntou ele sem notar a minha presença. Minha prima pareceu ficar sem reação por um momento ao encarar o homem alto, loiro de olhos de um intenso azul a nossa frente. Mas assim que notou que a senhora estava acompanhada, olhou para Thalia e teve a mesma reação que ela.

Marie sorriu pela reação dos jovens. Eu chamei a atenção para mim tirando os dois do transe.

–Sir Luke Castelan?—Disse, mas o sorriso poderia ser notado até na minha voz.

–Vossa alteza!—Ele se curvou pra mim, pelo canto do olho pude perceber que Thalia estava intensamente corada.

–Eu vim aqui em nome de minha noiva, Annabeth, lhe entregar o convite de nosso casamento. –Informei ao cavaleiro a minha frente que pareceu surpreso com a notícia.

–Annie? Minha amiga Annie? Ela nunca me contou que estava noiva. —Perguntou-me claramente surpreso.

–Sim! Ela te explicará o porquê de tal sigilo. Thalia poderia entregar a ele o convite? –Perguntei a minha prima que colocou o pequeno pergaminho em sua mão. Ela corou ainda mais se possível.

Nunca vi minha prima corar daquela maneira. E não pude segurar a vontade de rir. A senhora, Marie, também não. Thalia me encarou com raiva e Luke parecia constrangido. Por fim ele agradeceu, voltou a sua casa lendo o convite enquanto eu e Thalia acompanhávamos Marie a padaria.

Peguei o meu cavalo e acompanhado por Thalia parti de volta ao castelo. Acho que Annabeth iria adorar a surpresa que tínhamos lhe preparado.

Ao chegar ao castelo pedi que Thalia mantesse nossos convidados em segredo até a cerimônia. Ela foi se arrumar, pois já estava anoitecendo e logo aconteceria o meu casamento imprevisto, com a garota que mal conheço, mas que aprendi a amar em tão pouco tempo.




O tempo se passava e eu não vira Annabeth desde o seu inesprado encontro com Ares La Rue.




Estava na hora do casamento e eu me encontrava nervoso. Pedi que assim que nossos convidados de honra chegassem Thalia os conduzisse a um lugar especial, preparado só para os amigos de Annabeth. E assim ela fez. Pedi que Luke entrasse acompanhado de Thalia, que corou intensamente, como desculpa de ambos serem os padrinhos de casamento. Também pedi que o senhor Gustave conduzisse Annabeth ao altar e ele pareceu muitíssimo feliz com tal pedido.

Eu estava demasiadamente nervoso. E já estava pedindo alguém para verificar o que tinha acontecido para Annabeth para ocorrer tal demora, mas a marcha nupcial teve início.

Annabeth estava linda e isso é uma das poucas coisas que me lembro. Minha atenção estava toda voltada à bela garota que a partir de agora seria minha mulher, minha princesa e em breve, minha rainha!

Outra coisa que me lembro foi das alianças, uma sendo colocada em meu dedo e a outra eu colocando em seus dedos delicados. Também me lembro do lindo sorriso que me lançou e da surpresa e da alegria por ver seus amigos presentes no salão e pelo beijo que lhe roubei.

O baile que foi iniciado depois da cerimônia, também não me recordo muito bem, apenas da linda mulher presente em meus braços e de suas palavras para mim.

As outras poucas coisas que me recordo foram coisas que me chamaram atenção, como quando olhava ao redor e desviava os olhos de minha belíssima mulher, minha mãe que me olhava orgulhosa e os lideres do concelho satisfeitos.

Thalia que dançava pelo salão com Luke e notei que ela mal se continha de felicidade.

Annabeth que também notou.

–Parece que Thalia ficou feliz em conhecer Luke… Aproposito, obrigada! A presença deles foi o maior presente que alguém poderia me dar. —Ela disse enquanto ainda dançávamos pelo salão.

Eu beijei-lhe docemente.

–Eu que lhe agradeço por me ajudar com o reino. Tenho certeza de que você será uma excelente rainha. E sobre Thalia e Luke… Foi interessante o modo como se olharam ao se conhecer. —Eu ri e fui acompanhado por ela.

Essa noite se foi assim… Como um doce sonho repleto de alegria. Acredito que aquele foi o melhor dia da minha vida.

Depois do termino do baile, conduzi Annabeth aos nossos aposentos. O novo cômodo que dividiria com a bela loira ao meu lado.

Ela entrou comigo ladeando-a. Senti certo receio partindo dela.

–O que se passa pela sua cabeça, querida? –Perguntei a ela preocupado.

–Não há nada! Apenas não sei como proceder, querido!—Me respondeu ela e não pude conter a risada de prazer ao ouvi-la me chamar de querido.

–Apenas siga o seu coração e sua intuição!—Sugeri antes de envolver lentamente sua cintura com meus braços e alcançar sua boca com a minha em um beijo apaixonado.

Ela envolveu meu pescoço com seus braços enquanto segurava minha nuca fortemente. Levantei-a do chão levemente, apenas para depositá-la carinhosamente na cama.

E aquela foi a noite mais inesquecível de nossas vidas. Onde determinou que ela seria para sempre minha e eu seria para sempre seu.






Semanas depois de nosso casamento fui coroado o rei, e minha rainha foi a pessoa que mais me ajudou e me guiou nessa nova fase de minha vida.

Tivemos um lindo menino, que recebeu o nome de seu avô, Posseidon, e uma linda menina, que recebeu o nome de sua avó, Atena.

Thalia se casou com Luke, e também teve uma menina, Louise.

Nico conheceu Rachel, que pareceu realmente se importar com alguém que não fosse ela depois que conheceu meu silencioso primo. Casaram-se recentemente.

A padaria de Gustave e Marie se tornou a mais procurada do reino quando todos ficaram sabendo que eu e Annabeth sempre visitávamos o local.

Minha mãe morreu anos depois do nascimento de minha menina, ela disse, antes de morrer, que encontraria os homens com que foi mais feliz enquanto estiveram vivos.

Sir Ares La Rue morreu em uma briga depois que agrediu a filha de um dos Lordes dos latifúndios do norte, e este mandou que fosse caçado e morto por tal ato.

Eu possuía tudo. Não tudo o que queria, mas tudo que nem sonhei em pedir.

–Querido… Ás vezes a vida nos traz presentes que nem sonhamos em pedir. Ás vezes ela nos traz provações que achamos não poder enfrentar. Mas ela sempre tem um plano para que a vivamos por completo. E acredite que ela sempre reserva uma surpresa. Que mesmo nas adversidades ela ainda poderá ser… Como em um conto de fadas!—Minha mulher me disse ao me beijar, deitada em meu peito nu na primeira de muitas noites de nossa vida, completando o dia perfeito que selaria nossos destinos para sempre!






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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Por favor me mandem reviews e me digam se eu cumpri suas expectativas?
Beijinhos e obrigada pela companhia!