Get It Right escrita por Chloe


Capítulo 13
Never Can Say Goodbye




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Terça-feira. Acordei desanimada e com o rosto inchado de tanto chorar, e meus olhos estavam vermelhos, parecia que eu havia usado drogas a noite toda.
Cheguei à escola, com meu novo visual, que, aliás, eu me sentia péssima e contente ao mesmo tempo quando usava aquelas roupas. Ao chegar em meu armário, Finn Hudson me puxou para um canto mais reservado do corredor.

— Rachel, porque você está fazendo isso? — Ele perguntou segurando meus braços para que eu não fugisse.
— Só me tornei outra Rachel, uma nova Rachel — falei tentando me soltar de suas mãos grandes.
— Estou enlouquecendo de tantos ciúmes! — Finn estava inconformado.
— Eu não sou mais sua namorada! — berrei para que todos pudessem ouvir.
— Como assim? — Hudson estava raivoso e parecia estar à beira da loucura.
— Desde que você me trocou pela Fabray — cuspi as palavras com raiva ao lembrar-me da cena dos dois perto de minha casa.
— Eu juro que não tenho nada com ela Rachel! — Finn estava nervoso e alterado.
— E aí gostosa! — Um garoto jogador de futebol passou por nós e dirigiu a mão em meus seios, mas eu consegui me desviar e ele não encostou a mão neles.
Finn viu a cena e antes que eu desse um tapa na cara do safado, Hudson deu um soco no garoto que ele caiu no chão, Finn pulou em cima dele e ficou batendo em sua cara, parecia que nunca ia parar, por isso, eu agarrei a jaqueta de futebol de Finn e o puxei.
— Já chega! — Berrei alto o suficiente.

Finn parou e ficou olhando para mim. O garoto safado saiu de perto dele, levantou-se e deu um soco no olho de Finn. O meu Finn.
— Nunca mais faça isso, otário — o jogador de futebol ajeitou sua jaqueta do time e continuou: — Senão, eu acabo com a sua raça, entendeu? — E foi andando como se nada tivesse acontecido.
Larguei Finn com cuidado. Levantei-me com o sangue subindo a minha cabeça. Quem aquele idiota pensa que é pra tentar me agarrar e depois bater em Finn? Vou meter a mão na cara dele, porque eu amo Finn e só eu tenho o direito de bater e humilhá-lo a hora que eu quiser e quando eu quiser. Andei em passos rápidos até o garoto e puxei a manga de seu casaco.
— Nunca mais tente se aproveitar de mim ou bater no meu namorado — falei as palavras “meu namorado” com ênfase —, senão eu que vou acabar com a sua raça — dei um tapa na cara dele que piorou aquele rosto cheio de hematomas que Finn havia causado.
Voltei para onde Hudson estava, e que por sinal, havia várias pessoas em volta olhando a briga toda, sempre tem uns fofoqueiros de plantão 24 horas mesmo.

— Vou te levar para a enfermaria — peguei em seu braço e o ajudei a levantar.
— Estou bem Rachel, não precisa — ele falou tentando se soltar de mim.
— Não seja tão teimoso, por favor, Hudson, não complique ainda mais as coisas.
Consegui arrastá-lo até a enfermaria onde ele recebeu os cuidados da enfermeira que já o conhecia muito bem por causa das brigas em que ele havia se metido antigamente e também por causa dos jogos de futebol.
O acompanhei até sua sala de aula. Antes de entrarmos ele parou e ficou me olhando.
— Porque você disse que eu era seu namorado?
Pensei em negar, que eu só tinha falado aquilo para defendê-lo, mas eu estaria mentindo.
— Eu ainda amo você — falei cabisbaixa.
— Então faz um favor para mim? — Ele perguntou me olhando e eu levantei meu olhar acenando positivamente com a cabeça. — Não se vista mais assim, porque eu gosto da Rachel de antigamente.

Quando ele falou aquilo, um mundo inteiro se iluminou para mim. O abracei bem forte.
— Você é gostosa do seu jeito antigo — ele falou em meu ouvido. — Assim você parece uma vadia igual a Santana e Quinn e sei que você é melhor que elas — ele tirou a cabeça de meu ombro e me deu um beijo na testa.

Antes de ir ensaiar no clube Glee, fui para casa e troquei de roupas. Cheguei à sala do coral e o Sr. Schue estava falando sobre a apresentação.
— Desculpe a demora — falei sentando-me em uma cadeira vaga.
— Como eu falava — o professor continuou a falar —, antes da grande apresentação aqui no nosso colégio, tenho uma proposta para vocês — ele olhou para todos nós.
— E o que é? — perguntou Mercedes ansiosa.
— Vamos mostrar o nosso talento para a escola toda.
— Eles nos odeiam — eu disse com um aperto no coração.
— Mas se mostrarmos o quanto somos bons, talvez isso mude — ele disse tentando nos animar.

— É o mesmo que esperar que o papai Noel desça pela chaminé de sua casa no natal — Artie comentou.
— Só vamos tentar ok? — Finn falou depois de ficar muito tempo com uma cara de idiota, acho que ele estava pensando, ou tentando.
— Então vamos ensaiar, não é?! — Kurt falou sarcástico.
Escolhemos a música, cantamos e quase tudo deu certo. Os integrantes do coral não eram tão bons ao meu nível e isso me deixava louca. Como eles querem ir em frente se mal sabem cantar? Eles devem ensaiar muito para que tudo saia certo.
Enquanto ficava pensando nisso, percebi que Quinn Fabray não tirava os olhos de Finn. Qual é o problema desta garota? Porque ela não fica com Puck? Ou com Sam? Ou com qualquer garoto que exista nesta escola?
— Já deu por hoje garotos, vocês foram bem — o Sr. Schue disse ao final da tarde.
Todos foram saindo cansados por causa da tarde exaustiva. Eu principalmente estava estressada por meus companheiros do coral ser um total fracasso, tirando os talentos que lá existem, como Mercedes e Kurt, e sim, Finn deve melhorar um pouquinho mais.
— Só lembrando que a apresentação é quinta-feira, então, temos que dar o nosso melhor — Schuester alertou-nos.

Fui saindo em direção ao banheiro para retocar minha maquiagem. Vou andando sozinha pelo corredor e quando ergo o olhar só vejo um monte de garotos jogadores de futebol jogarem suco de uva em mim.
O choque foi horrível. O gelo percorria minha coluna vertebral e isso me causava um frio terrível. Fazia tanto tempo que não acontecia isso, que eu até havia esquecido como era.
— Se você fosse gostosa como antes, isso não aconteceria — ouvi Santana dizer enquanto passava por mim e os jogadores saíam rindo.
Que droga! Porque essa garota implica tanto comigo? Será que é difícil ter paz neste colégio? Antes de ir até o banheiro chorar desesperadamente e me odiar por estar dividida entre ficar com Finn e sofrer bullying ou ser gostosa e todos me quererem e sofrer assédios constantes, fui até meu armário para ver se eu tinha alguma roupa para poder trocar e não ficar fedendo a uva.
— Rachel o que aconteceu com você? — fechei a porta do armário e vi Finn Hudson.

— Só voltei a minha rotina — falei triste.
— Vem, vamos para o banheiro, você precisa trocar essas roupas — ele disse puxando meu braço e fomos andando.
— Eu não tenho outra roupa para colocar — eu já estava quase chorando e me jogando no chão de tanta raiva.
Finn não falou nada e entramos no banheiro feminino juntos. O corredor estava vazio mesmo e por isso, não dei muita bola, além do mais, eu estava quebrada em mil pedaços.
— Finn, o que você vai fazer? — disse enquanto tirava o suco de meu cabelo e de meu rosto com papel higiênico.
— Tirar a roupa — ele deu de ombros.
— Nada de stripitiz aqui no banheiro — falei olhando-o enquanto ele tirava a jaqueta que usava.
— Só vou tirar meu casaco e minha blusa — ele me olhou e sorriu —, não quero que você fique doente.
Ok. O peitoral de Finn Hudson era bem definido, quase o agarrei quando ele tirou as roupas. Acho que estava na hora de ele ir para a minha casa, temos que conversar melhor.
Afastei esses pensamentos e imagens eróticas de minha cabeça, porque isso não é certo.

— Pelo ao menos, você vai ficar somente com a saia molhada — ele disse me entregando as roupas.
— Feche os olhos para que eu possa me trocar — falei quando comecei a tirar minha blusa e vi Finn ficar me olhando com uma expressão de desejo.
Ele fechou os olhos e colocou as mãos fechadas por cima deles. Tirei a minha blusa e fiquei somente de sutiã na frente de Finn. Quando coloquei a blusa dele, percebi que seus olhos estavam abertos e seus dedos estavam afastados, fazendo assim, que ele conseguisse olhar tudo.
— Você quebrou a minha confiança Finn Hudson — falei depois de trocar as roupas.
As bochechas dele coraram.
— Desculpe Rach, mas não consigo resistir a você — ele disse envergonhado.
— Ah, tudo bem, somos namorados mesmo — dei de ombros.
Fui saindo do banheiro e Finn veio logo atrás com um sorriso enorme no rosto.


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Notas finais do capítulo

último capítulo de hoje (=
se alguém estiver lendo, COMENTE por favor, isso vai me dar mais ânimo para vir aqui e postar.
em fim, até amanhã, bjs



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