Get It Right escrita por Chloe


Capítulo 11
The Only Exception


Notas iniciais do capítulo

Não postei ontem porque eu não estava em casa e tal. Desculpem, por isso vou postar mais hoje.



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Segunda-feira. Levantei-me, troquei de roupas. Olhei para a janela e vi que estava um belo dia de neve e frio em Ohio. Dei um sorriso e o hálito quente que saiu de minha boca embaçou o vidro da janela.
Desci as escadas e fui tomar meu café da manhã com meus pais.
— Tomara que essa neve não cause problemas no trânsito — falou meu pai.
— Se causar problemas no trânsito é só vocês ficarem em casa — falei entrando na cozinha e pegando uma maçã.
— Quanta alegria, Rachel! — minha mãe comentou contente.
— Acho que é a neve — falei dando de ombros.

— Ou um namorado novo — ela completou.
Lancei uns olhares nervosos para minha mãe e meu pai.
— O que houve minha pequena estrela da Broadway? — meu pai falou interrompendo o silêncio.
— Não sei se Finn é fiel a mim — desabafei falando baixo e com as mãos tremendo.
— Porque meu bem? — perguntou minha mãe sentando-se ao meu lado.
— Ele recebeu uma mensagem de uma biscate sexta-feira à noite, lá na casa de Mercedes — comecei a explicar —, depois eu fui para cozinha pegar um copo d’água e quando saí de lá vi a mesma biscate sentada ao lado dele.
— Dá na cara dela — minha mãe disse e soltamos uma risada. — Mas, agora falando sério — ela disse recuperando o fôlego —, você só está com medo de perdê-lo.
— Converse com ele, explique o que está sentindo — meu pai completou.
Assenti. Levantei, peguei minhas coisas e fui saindo da cozinha.
— Obrigada pelo conselho — peguei as chaves de meu carro e saí de casa.

Cheguei ao colégio rapidamente. Entrei na escola andando em passos determinados a procura de Finn Hudson. Fui até a quadra de esportes e o encontrei conversando com Puck. Senti um calafrio percorrer por minha coluna vertebral.
— Finn? — chamei-o tentando parecer contente.
— Rach — ele disse dando um sorriso de canto de boca quando me viu.
Sempre derretia quando ele dava aquele sorrisinho lindo.
Puck me olhou triste e saiu da quadra sem dizer uma palavra se quer. Pensei em ir atrás dele, mas Finn ficaria magoado.
— Temos que conversar — falei engolindo em seco e voltando o meu olhar para ele, tentando esquecer Noah.
Finn me olhou confuso.
— Sobre o quê?
— Santana — disse com um aperto no coração. — Finn, não quero te perder para ela — comecei a falar. — Eu sei que não sou tão atraente e quente como Santana, mas por você, eu posso mudar — peguei em suas mãos.
Finn entrelaçou nossos dedos.

— Não quero te forçar a fazer nada — ele puxou minhas mãos e me deu um abraço. — Não transei com Santana, e você não precisa ser igual a ela — ele acariciou meus cabelos.
— Eu te amo — abracei Finn mais forte ainda.
Fomos andando até a minha classe, pois a primeira aula eu não teria com ele.
Antes de entrar na sala, empurrei Finn até encostá-lo na parede.
— O que foi Rachel? — ele perguntou assustado.
— O que você estava conversando com Puck?
— Só estava falando sobre algumas coisas — ele disse rodeando o assunto.
— Que tipo de coisas, Finn? — perguntei tentando olhá-lo nos olhos, porque Finn ficava desviando o olhar.
— Não gosto do jeito que ele te olha, te abraça e até como conversa com você — ele disse cuspindo as palavras. — Você já percebeu que do nada ele se tornou um amiguinho super atencioso? — ele me olhou e vi nos seus olhos que estava com raiva, mas ao mesmo tempo com ciúmes — Eu esperaria isso de qualquer garoto, menos do Puckerman — Finn começou a elevar a voz. — Ele só corre atrás de você, porque quer transar com você Rachel Berry.

Novamente eu travei. Fiquei sem reação.
— E se você está tão preocupada com ele — Finn disse andando em direção da sua sala —, ele está na aula de biologia — Hudson me olhou de cima até em baixo e não olhou mais para trás, continuou a andar.
Senti meus olhos arderem. Não, eu não posso chorar. Segurei o choro e entrei na sala de aula.
Porque meu dia está tão ruim? Era para eu conversar com Finn e tudo ia ficar corretamente bem. Só que não. Ocorreu tudo ao inverso. Conversei com Finn, ele me entendeu, mas quando eu fui perguntar de Puck, pronto, começou o meu inferno particular. Não posso ficar sem Hudson, eu o amo muito. Minha vida acaba se eu ficar sem ele.
O sinal toca interrompendo meus pensamentos.
Peguei as minhas coisas e fui para a minha sala, que por sinal era a mesma em que Puck e Finn iriam.
Entrei cabisbaixa e fiquei na carteira mais afastada de toda a turma. Logo vi Finn entrando e nem percebi que Puck estava sentado na minha frente. Eu fiquei pensando tanto em me afastar, que acabei ficando ainda mais perto do perigo.
Finn sentou-se ao meu lado. Parecia estar mais calmo agora.

— Oi Rach — ele disse dando um sorriso de canto de boca e eu acabei esquecendo-me de tudo quando vi aquele sorriso.
— Oi Finn — falei depois que percebi que estava sorrindo igual a uma boba apaixonada, coisa que eu não sou. Ou sou?
— O que ele faz sentado na sua frente, Rachel Berry? — ele perguntou fazendo cara de bravo.
Dei de ombros e sei que tinha feito cara de choro, porque Finn relaxou os músculos do rosto e me abraçou forte.
— Não queria te magoar, me desculpe — ele disse enquanto acariciava meus cabelos.
— Só não quero te perder Finn — falei quase chorando —, eu sempre quis ter amigos, e fiquei tão contente quando tive um, que nem percebi as segundas intenções dele — abracei-o ainda mais forte.
— E eu também fiquei dando esses ataques de ciúmes, desculpe só piorei a situação — ele disse me olhando nos olhos —, vai ficar tudo bem, ok?
— Ciúmes? — perguntei dando um sorriso de orelha a orelha.
Finn abaixou a cabeça, constrangido.
— Sabe, isso é um bom sinal — falei tentando consolá-lo.
— Bom sinal? — ele perguntou me olhando.

— Pelo ao menos você se importa comigo e tem medo de me perder — falei sorrindo novamente.
— E isso pode acabar com a minha fama de jogador de futebol gostosão — Finn disse triste.
— Ou não — falei tentando ajudá-lo —, sabe as pessoas vão te achar sentimental, e isso é bom também.
— Quer dizer, que eu sou gay?
Revirei os olhos.
— Cala essa boca Finn Hudson e vai prestar atenção na aula, porque você está precisando — disse irritada.

Depois das aulas, fomos ensaiar um pouco no clube Glee. Eu estava realmente precisando cantar para tirar o stress.
— Bom pessoal, a apresentação é daqui a duas semanas — o Sr. Schue falou enquanto nós ficávamos quietos.
— E ensaiamos pouco — completei.
— Como “pouco”? Ficamos aqui quase todas as noites ensaiando para essa droga de apresentação — Quinn falou brava.

— Só que não foi o bastante, a música está uma droga — retruquei. — Se queremos vencer, devemos cantar com entusiasmo, vontade e alegria, porque senão, nada vai dar certo — disse tentando me manter calma e não arrancar os cabelos de Quinn Fabray.
— Rachel está certa — o professor Schuester disse —, temos que dar o nosso melhor para essa apresentação, porque o clube Glee pode acabar senão vencermos — quando ele disse isso, senti uma ponta de dor em meu coração.
Ok, eu não posso ter um ataque cardíaco agora, eles precisam de mim para a apresentação. Respira fundo Rachel, que tudo vai dar certo. Falei para mim mesma. Continuei repetindo a frase, quando senti a dor aumentar. Meus olhos ficaram pesados e eu os fechei, só para descansar. Então, eu adormeci.

Acordei em uma cama quente e confortável. Olhei para o meu corpo e estava com alguns fios em meus braços e até no coração.
— Enfermeira Connie! — ouvi a voz do Sr. Schue.

Foi aí que eu percebi que estava em um hospital. Olhei em volta e eu estava em um quarto do hospital. Havia um buquê de flores na mesinha de cabeceira ao meu lado. A cortina da janela estava meio aberta, fazendo com que eu quase não visse a neve que caía lá fora.
— O que eu estou fazendo aqui? — minha voz saiu fraca e quase um sussurro.
Vi uma moça entrando na sala. Ela usava um uniforme de enfermagem e tinha um crachá escrito: “Enfermeira Connie”.
— Ela acordou — o professor de espanhol disse contente.
A enfermeira veio até mim sorrindo e mediu a minha pressão.
— Ela está boa novamente — Connie afirmou. — Mas ainda precisa descansar — alertou o Sr. Schuester.
A enfermeira saiu da sala e eu fiquei olhando para o Sr. Schue esperando por uma explicação.
— Você desmaiou Rachel — ele começou a falar —, enquanto eu falava sobre a apresentação.

— Eu lembro que tinha ficado irritada com a Quinn — disse forçando a memória.
— Foi tudo stress, agora descanse — o professor de espanhol pegou na minha mão e saiu do quarto.
Ok, isso está tudo muito confuso. Espero que a minha voz não tenha sido prejudicada, porque senão mato todos aqueles inúteis do clube Glee por terem me deixado louca.
— Rachel Berry? — vi Jesse St. James entrando no quarto de hospital.
Senti uma dor no peito, que me fez arrepiar os pelos dos braços.
— Jesse? — perguntei.
— Como você está se sentindo? — ele perguntou sentando-se ao meu lado, em uma poltrona onde o Sr. Schue estava.
— Estou melhor — falei sorrindo.
— Que bom — ele falou pegando em minha mão.
— Como está Shelby? — perguntei ainda com a dúvida de ela ser a minha mãe.
— Bem — ele me olhou —, na verdade, ela queria saber se poderia te visitar.
— Ela sabe que estou no hospital?
— A notícia de bons cantores no hospital corre rápido nos clubes rivais — Jesse falou dando de ombros.

— Ela pode vir me ver — disse depois de fuzilar Jesse St. James com os olhos.
— Rachel, eu queria te pedir uma coisa — ele me olhou nos olhos.
— Desculpe Jesse, mas não vou voltar ao vocal Adrenaline — falei rápida e decidida.
— Sei que não vou conseguir mudar você de ideia sobre isso, mas queria te pedir outra coisa — ele disse sorridente. — Volta pra mim? Seja minha para sempre?
Aquelas palavras foram como água fria jogada em minha cabeça. Não sabia o que falar. Alguém deu duas batidas na porta e ela se abriu. Finn havia entrado interrompendo meus pensamentos e meu momento com Jesse. Quando ele nos viu fez uma cara tão feia que eu pensei que ele fosse matar Jesse St. James.
— Rachel? O que ele faz aqui? — Finn perguntou sem rodeios.
— Jesse veio me visitar — falei tentando me manter calma, coisa que estava sendo difícil de acontecer.
— Então eu vou sair, não quero atrapalhar vocês — Finn Hudson falou cuspindo as palavras.

— Não precisa, eu já estou indo embora — Jesse falou enquanto levantava-se e depois me deu um beijo na testa.
Quando passou por Finn esbarrou nele de propósito, senti vontade de levantar e bater na cara dele, mas não pude porque estava presa pelos fios e tubos do hospital.
Fiquei olhando para Finn enquanto tentava entender o seu ato de ciúmes. Porque ele ainda não confia em mim? Se eu já falei que o amo demais? Isso realmente está me irritando.
— Rachel, você está bem? — Hudson perguntou me olhando assustado.
— Só estou com raiva — confirmei desviando o meu olhar do dele.
O silêncio permaneceu no ar. Decidi quebrá-lo de uma vez por todas.
— Porque você não confia em mim? — perguntei olhando-o nos olhos.
Finn ficou espantado com a pergunta, mas respondeu:
— Tenho medo de perder você.

— Se eu gostasse do Jesse, teria ficado com ele e não trocado a minha nova vida por você — falei tentando não explodir. — Eu te amo — disse por fim.
Ele sorriu de lado, parecia um pouco envergonhado. Entrelaçou nossas mãos e falou:
— Também amo você, minha Rachel.


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