Get It Right escrita por Chloe


Capítulo 1
Take a Bow.




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Segunda - feira. Um ótimo dia para ir ao colégio.
Ri sozinha. Claro que não, odeio aquele colégio mesquinho, aonde tem líderes de torcida assanhadas, jogadores de futebol retardados e pessoas focadas somente em popularidade.
– Hey Rachel, rindo sozinha? – Perguntou minha melhor amiga Quinn batendo na janela de meu carro.
Revirei os olhos.
– Só estava relembrando de algo engraçado. – Falei descendo o carro.
– Sempre desconfiei que você usasse drogas. – Afirmou ela.
– Cala essa boca Quinn. – Disse dando um tapinha em seu ombro.
– Eu te amo, Rachel, você sabe disso. – Ela deu uma risadinha e me abraçou forte.
– Desse jeito você vai quebrar meu ossos. – Falei com uma voz modificada encenando uma falta de ar.
Ela me soltou e riu.
– Pare de reclamar!
Quinn deu um grito histérico quando Finn a abraçou por trás. Como eu não queria ficar de vela, cumprimentei-o e saí.
Eu não gostava dos dois juntos, Quinn era apaixonada por ele, mas sabe Finn não era o cara certo para ela. Finn era galinha demais e nem tinha cérebro, ele era tão idiota.
Só voltei para o mundo real quando alguém esbarrou em mim. E acabei caindo por cima dessa pessoa.
– Desculpe. – Falei assoprando meu joelho que ardia.
– Não foi nada, eu que esbarrei em você. – Ergui meu olhar e vi Puck. Sim, o melhor amigo de Finn.
Sorri um pouco abalada, pois ele nunca tinha sido tão gentil comigo. Sempre me humilhava e me xingava.
– Você está bem Rachel? – Ele me ajudou a levantar e ajeitou meu cabelo.
– Es-estou bem Puck, obrigada. – Respondi. Estava confusa, ele me chamou de Rachel, e isso é tão incomum. – E você, se machucou? – As palavras saíram rápidas de minha boca.
– Não. – Ele me olhou.
Dei um sorriso de canto de boca e fui andando em direção da minha classe.
– Rachel! – Virei-me para trás e vi Puck me chamando.
– O quê? – Perguntei quando ele chegou perto de mim.
– Ér... – Ele me olhou e continuou a falar: – Você pode me ajudar em Física? Sei que você é uma ótima aluna em todas as matérias.
– Claro. – Sorri. Eu jurava que ele ia me convidar para sair. – Podemos começar hoje se quiser.
– Eu quero. – Ele disse decidido. – Te encontro no final da aula no estacionamento, pode ser na minha casa?
Puts na casa dele? Sinceramente, eu espero que ele não tente fazer nada demais além de estudar um pouco.
– Rachel? – Ele me cutucou.
– Desculpe, só estava distraída. – Sorri nervosa. – Te encontro lá, até mais tarde então.
Ele sorriu e foi em direção às lideres de torcida.

As aulas seguiram normais como sempre. Quinn tinha chegado atrasada novamente por causa de sua treinadora. Sim, ela fazia parte do grupo das lideres de torcida e por sinal era a melhor.
Na hora do intervalo, sentei-me na mesma mesa de sempre. Logo chegou Brittany sorridente.
– Amiga! – Berrou ela quando sentou em minha frente. – Eu vi você e o Puckerman conversando hoje no começo da aula. – Ela me olhou safada. – Ele te convidou pra sair? Ah, que sonho Rachel, ele é um gato gostoso!
Interrompi os comentários loucos dela:
– Britt, ele não me convidou pra sair. – Respondi. E logo avistei Quinn vindo com seu namorado para a nossa mesa. – Ele só pediu para eu ir a casa dele ajudá-lo em física, nada demais. – Revirei os olhos. – Sem dramas, ok?
– Acho que esses estudos estão mais para química, isso sim. – Ela gargalhou alto.
Bufei.
Brittany era um amor de pessoa, mas era exagerada demais e muito escandalosa. Porém, eu a amava desse jeito.
– Oi minhas lindas. – Disse Quinn após uns amassos bem quentes com Finn.
– E aí garotas. – Finn fez um sinal com a cabeça e nos cumprimentou. – Vou indo amor, te amo. – Falou ele para Quinn e foi em direção da mesa dos jogadores.
– Quinn, você sabe que existe motel aqui perto, né? – Perguntei rindo.
– Vá se ferrar Berry. – Respondeu ela mostrando o dedo do meio, nós três rimos.
Puck parou perto de nossa mesa e fez um sinal para que eu fosse falar com ele. Assenti e antes de ir até lá, olhei para as minhas amigas e Britt sussurrou:
– Vai lá amiga que esse bofe é teu! – Quinn e ela riram baixinho.
Quando chegou perto dele, o mesmo me puxou pelo braço para fora do refeitório.
– Rachel, pode me ajudar em uma coisa? – Ele pediu um pouco nervoso.
– Sim, mas o que aconteceu? – Perguntei assustada.
– Eu entrei em uma enrascada. A minha ex-ficante líder de torcida, queimou meu uniforme de futebol. – Ele desabafou.
– Nossa, que loucura! – Falei. – Mas o que eu posso fazer?
– Você tem que me ajudar, não posso treinar sem uniforme e o treinador não vai acreditar em mim. – Ele colocou as mãos no rosto. Puck tremia.
– Calma. – Tirei suas mãos do rosto e o olhei nos olhos.
– Não consigo ficar calmo, o futebol é a minha vida, se eu sair do time, perco minha bolsa de estudos e vou virar um marginal. – Ele falou de cabeça baixa. Parecia a ponto de chorar.
– Puck, eu vou te ajudar ok? – Falei. E começei a dar algumas voltas no corredor e cheguei a uma conclusão. – Vamos para enfermaria, agora. – O puxei pelo braço.
– O que vamos fazer lá? – Perguntou ele assustado.
Quando chegamos perto da enfermaria, expliquei para ele o que iríamos fazer:
– É o seguinte: a gente fala para a enfermeira que você está passando mal e que me pediu ajuda para te trazer até aqui. – Dei um sorriso confiante para ele.
– Obrigado Rachel, muito obrigado. – Ele me abraçou forte.
– Tudo bem Puck, acho melhor você entrar. – Falei me soltando de seus braços.
– Mas se ela perguntar o que eu devo falar? – Ele me perguntou ainda nervoso.
– Que sua pressão baixou porque você está gripado. – Respondi rápido. – Agora, venha e faça cara de dor e drama, ok? – Sorri antes de entrarmos e ele correspondeu.
Entramos na enfermaria, eu estava segurando Puck, enquanto seu braço estava em meu ombro e o meu braço estava em sua cintura.
– Com licença? – Chamei à senhora baixinha e gordinha que estava sentada em uma cadeira lendo um livro de romance.
Ela nos olhou por cima do óculos.
– O que aconteceu crianças? – Perguntou a enfermeira e logo se levantou.
– Puck está passando mal. – Falei olhando para ela.
– Quando isso começou? – Questionou ela após examiná-lo somente com os olhos.
– Agora a pouco. – Respondi.
– Tudo bem, pode deixá-lo aqui. – Ela sorriu e me ajudou a colocá-lo na maca. Antes de sair, sussurrei em seu ouvido:
– Vai dar tudo certo. – E sorri.
Ouvi a enfermeira falando para ele quando eu estava saindo:
– Você tem uma ótima namorada, ela se preocupa demais com você e isso é realmente muito bom... – Não consegui ouvir o resto porque tinha que sair.
Eu, a namorada do Puckerman? Até parece, ele não faz o meu tipo, e além do mais ele tem namorada. Ai mereço essas velhas solteironas mesmo.

Acabei chegando atrasada na aula de Educação Física.
– Professor? – Bati na porta de sua sala e o chamei.
– Entre Rachel! – Respondeu ele.
– Desculpe o atraso, eu estava na... – Ele não me deixou terminar, fazendo um sinal com a mão para que eu parasse de falar.
– Eu sei o que aconteceu. – Ele sorriu. – A enfermeira me avisou. Pode trocar de roupa e entrar no jogo de vôlei.
– Ok Sr. Zitss. – Sorri e fui até o vestiário feminino.
Lá encontrei Britt e Quinn conversando, quando elas me viram, vieram correndo ao meu encontro fazendo perguntas:
– Como foi? Ele se declarou? – Perguntou Quinn primeiro.
– O beijo dele é bom? E a pegada é quente? – Perguntou Brittany enquanto eu trocava de roupa.
– Parem garotas! – Berrei e elas fizeram silêncio. – Não fiquei com ele, e nem nada do tipo, apenas o ajudei. – Falei enquanto amarrava meu cabelo em rabo de cavalo.
– Está todo mundo falando de vocês. – Disse Britt.
– Até os garotos. – Completou Quinn.
– Sabia que isso ia dar merda. – Falei me sentando ao lado delas.
– Pelo ao menos agora você está se tornando popular. – Falou Britt sorrindo e tentando me animar.
– Vocês sabem que eu não quero ser popular. – Suspirei cansada. – Acho melhor nem pensar mais nisso e jogar um pouco. – Falei levantando-me.
– Cara, você não está bem. – Falou Quinn colocando a mão em minha testa.
– É verdade, você odeia jogar. – Comentou Britt.
– Vamos ficar aqui até o final da aula, vai ser melhor. – Quinn recomendou.
– Eu quero jogar! – Falei saindo do vestiário feminino.
Elas saíram logo após do que eu.
Joguei bastante, mais do que o normal. Pensando que assim meu stress passasse.
Acabou a aula e antes de sair o professor me chamou:
– Rachel, posso falar com você?
– Claro. – Assenti.
– Hoje você jogou muito bem. – Ele olhou para mim. – Gostaria de entrar para o time da escola? – Ele sorriu.
– Acho melhor não, desculpe. – Dei um meio sorriso e saí da quadra.

A última aula foi de geografia, pura chatice. Enquanto copiava o texto que a professora está ditando, ouvi Santana comentando com outra garota sobre mim e Puck:
– Eu não acredito que ele quer ficar com essa daí. – Falou Santana.

– Ela é feia, gorda, se veste mal e é nerd. – Completou a outra garota que eu não lembro o nome.
– O Puck deixou de transar comigo no recreio pra se agarrar com essa aí, que droga. – Comentou Santana furiosa.
A aula terminou e eu dei graças a Deus.
Eu estou ferrada, está todo mundo contra mim, que merda! Senti alguém tocando meu braço, na mesma hora pensei que fosse Santana, mas na verdade era Finn.
– Rachel, o Puck está te chamando na enfermaria.
Assenti nervosa e fui até lá.
Quando cheguei à enfermeira estava dando medicamentos para ele.
– Com licença? – Bati na porta.
– Entre minha querida! – Falou a enfermeira.
Entrei e fiquei parada perto da porta.
– Seu namorado já está melhor, agora leve ele para casa. – Ela sorriu e me olhou. – Ele deve descansar bastante, ok?
– Acho que houve algum engano, eu não sou a namorada dele. – Falei para a enfermeira e olhei confusa para Puck, ele deu de ombros.

A enfermeira fez uma cara de quem não estava entendendo nada.
– Mas do mesmo jeito, ele deve descansar e tomar os remédios que eu recomendei.
Eu assenti.
Ela me ajudou a levar Puck para fora da enfermaria. Fomos andando em silêncio até o estacionamento.
– Eu não falei que nós éramos namorados. – Disse ele.
– Tudo bem. – Falei dando de ombros. – Uma hora isso ia acontecer mesmo.
– Como assim? – Perguntou ele.
– Todos estão falando de nós. – Parei e olhei para ele. – E sua namoradinha quer arrancar minha cabeça.
– A Santana não é minha namorada. – Ele falou irritado.
– Mas o problema é que as pessoas estão me odiando mais do que sempre. – Falei olhando em seus olhos.
Ele ficou em silêncio.
– Rachel, eu não queria te fazer mal. – Puck pegou minhas mãos.
– E você não fez, eu só estou estressada, desculpe. – Abaixei a cabeça e olhei para o chão.
– Hey, não fique assim. – Ele me puxou para um abraço.

Senti meus olhos se encherem de lágrimas, mas eu tinha que ser forte e não podia chorar. Essas pessoas sempre me odiaram e eu sempre levei tudo isso de cabeça erguida, porque eu estou tão frágil agora? Acho melhor eu parar com essa idiotice.
Respirei fundo e me soltei dos braços fortes de Puck. Ele ficou me olhando por vários minutos.
– Acho melhor irmos estudar. – Falei quebrando o silêncio que tinha permanecido entre nós.
Ele assentiu um pouco confuso e fomos até o carro dele.
Antes de entrar, Puck segurou meu braço.
– Rachel, eu queria te agradecer por me ajudar hoje. – Ele falou nervoso.
– Foi nada Puck, amigos são para isso mesmo. – Sorri nervosa também.
Ele sorriu.
– Então vamos? – Ele perguntou.
– Claro. – Respondi. – Mas tem um problema Puck, eu vou ter que ir no meu carro.
– Sem problemas Rach. – Ele sorriu.
– Rach? Quanta intimidade hein Puckerman. – Santana falou aparecendo do nada.

Sério, essa garota me dá medo, muito medo. Como ela aparece do nada dessa forma? Credo.
– Santana, larga do meu pé garota. – Puck disse irritado.
– Acho melhor eu ir. – Falei andando em direção ao meu carro.
– Tá com medo é vadia? Mexe com o namorado das outras e agora quer ir embora como se não tivesse feito nada. – Santana disse me jogando contra o carro de Puck.
– Encosta de novo na Rach, que eu esqueço meu conceito de não bater em garotas e te arrebento. – Falou Puck tirando ela de perto de mim.
– Não acredito que você está com ela Puckerman. – Vi as lágrimas rolando pelo rosto de Santana. – Você me usou e me enganou, eu te odeio. – Ela começou a chorar desesperadamente. – Melhor dizendo, odeio vocês dois. E eu vou acabar com a sua vida Rachel Berry, grave bem isso, ok? – Ela deu um tapa no rosto de Puck e saiu.
– Você está bem? – Perguntei acariciando a parte vermelha onde estava marcado o tapa de Santana.
– Estou sim, obrigado por se preocupar. – Ele sorriu e beijo minha mão que estava em seu rosto.

– Foi nada Puck. – Falei tirando minha mão. – Vou indo, te encontro na sua casa. – Sorri e fui indo até meu carro.
– Mas você não sabe onde eu moro. – Disse ele rindo.
– Droga, é verdade. – Falei me virando para Puck. – Eu sigo seu carro, pronto, problema resolvido. – Soltei uma risadinha.
– Odeio quando você tem razão. – Ele fez cara de bravo mais logo voltou a rir.
Entrei em meu carro e segui Puck até sua casa.
Chegando lá, fiquei envergonhada, mas tentei parecer calma.
– Vem Rach, entra. – Falou Puck abrindo a porta de sua casa.
Assenti e entrei.
– Olha, eu não sei cozinhar muito bem, mas vou tentar fazer um almoço ótimo para você, ok? – Ele falou rindo.
– Ah Puck, não precisa fazer nada, estou sem fome. – Sorri nervosa.
– Para com isso Rachel, minha mãe não está em casa, mas eu prometo ser um bom cozinheiro. – Ele sorriu.
– Por tanto que não toque fogo na casa, está tudo bem. – Gargalhei.
– Engraçadinha. – Ele fechou a cara e foi até a cozinha.
– Eu sei que você esta morrendo de rir por dentro. – Falei seguindo-o.
– Te odeio Berry. – Ele disse mostrando a língua.
– Por quê?

– Porque você me conhece muito bem. – Puck riu.
– Não posso fazer nada se eu sou foda. – Rimos juntos.
– Eu também não posso fazer nada se você é convencida. – Puck disse controlando o riso.
– Seu bobo. – Mostrei a língua para ele.
Ele sorriu.
– Agora me deixa cozinhar, ok? – Puck disse autoritário.
– Ok senhor Puckerman. – Sorri e me sentei em uma cadeira.
Depois de algum tempo em silêncio, resolvi perguntar uma coisa que estava entalada na minha garganta:
– Puck, posso lhe fazer uma pergunta bem pessoal? – Olhei para ele nervosa.
– Claro Rach. – Ele disse virando-se para mim.
– Bem é... – Respirei fundo e reuni as melhores palavras que eu achei para perguntar: – O que você fez pra Santana dizer que você tinha usado ela?
– Nós transamos. – Ele pareceu estar bem confortável ao falar isso.
Fiz uma expressão com o meu rosto de: “ual”.
– E ela quer mais do que sexo, certo? – Dessa vez perguntei mais confiante e menos nervosa.
– Sim. – Ele voltou a cozinhar. – Ela me ama, mas eu não a aguento.

– Sempre achei que vocês estivessem namorando. – Falei distraída.
– Todo mundo diz isso, é porque ela vive grudada em mim. – Ele parou de cozinhar e me olhou. – Ela disse que queria conhecer meus pais. – Ele fez uma careta de tipo: “que idiotice”.
– E então ela tinha razão. – Olhei para ele. – Você a usou.
– Não, porque eu disse pra Santana que não queria nada sério. – Ele voltou a cozinhar. – Ela que sempre quis algo sério.
– Então ela é retardada.
– Rachel, nunca pensei que você falasse palavrões. – Ele me olhou rindo.
– Não sou perfeita, ok? – Ri junto com ele.
Meu celular começou a tocar e eu fui para fora da cozinhar atender quando vi que o número era da Quinn.

xX Começo da ligação Xx
Rachel: Alô?
Quinn: Oi amiga.
Rachel: Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?
Quinn: Não... – Ela fez uma pausa.
Fiquei em silêncio para que ela continuasse.
Quinn: Eu tenho uma novidade. – Falou ela segurando o riso.
Rachel: Você terminou com o Finn? – Perguntei toda contente.

Quinn: Se fosse isso, eu estaria chorando, sua chata. – Ela bufou, mas pude perceber que ela estava rindo.
Rachel: Então...?
Quinn: Fui convidada para entrar nas Enchant’s!
Rachel: Eu não acredito. Quinn, você sabe que elas não prestam.
Quinn: Rach, por favor, dá pra me apoiar?
Rachel: Ok, mas você sabe que eu sou contra.
Quinn: Eu te amo amiga.
Rachel: Eu também, agora eu tenho que desligar o Puck está me chamando.
Quinn: Puck?
Rachel: É eu estou na casa dele, esqueceu?
Quinn: Eu sabia que isso ia dar em namoro.
Rachel: Cala boca, tchau. Eu te odeio sua louca.
Quinn: Ok, eu também sua feia.
xX Fim da ligação Xx

Enchant’s é um grupo somente de garotas, onde o único objetivo é ser popular e bonita, mesmo que para isso tenha que pisar em cima de todos que estiverem em seu caminho. Elas humilhavam todas as garotas do colégio, elas são más e cruéis. Resumindo, são um monte de vadias más acabando com a vida de todo mundo. E eu não queria que Quinn entrasse para esse grupo, pois ela vai virar uma pessoa ruim, e eu não desejo isso para a minha melhor amiga.

Voltei para a cozinha e Puck estava servindo a comida.
– Hum, o cheiro está ótimo. – Falei olhando para ele.
– Eu sei que sou um bom cozinheiro. – Ele sorriu vitorioso.
– E convencido também. – Sorri olhando-o.
– Convencido? Tenho certeza que você vai adorar minha comida, ok? – Ele me olhou e puxou a cadeira para que eu me sentasse.
– Quanto cavalheirismo Puck. – Sentei-me e sorri agradecida.
– Agora experimente minha macarronada.
Mastiguei a minha primeira garfada e fiz cara de nojo.

– Pela sua cara, deve estar horrível. – Puck sentou-se em uma cadeira, na minha frente e falou.
– Está ótimo! – Falei entre uma garfada e outra. – Sério você já pode casar. – Rimos juntos.
– Que bom que você gostou Rach, tinha ficado com medo. – Ele sorriu. – Casar? Eu não vou casar tão cedo, ok?
– Quem diz isso, é o primeiro a casar, sabia Puckerman? – Sorri também.
– Então agora só me falta arranjar uma esposa. – Ele me olhou.
– A Santana vai adorar essa ideia! – Ri alto e Puck fez cara de brabo.
– Ela pode até gostar, mas isso não quer dizer que ela vai me ter.

Depois do almoço, fomos estudar. Até que fim, porque eu não aguentava mais os olhares safados de Puck.
– Bom, vamos começar por onde? – Perguntei folheando o livro de física.
– Eu tenho uma prova semana que vem e é sobre as Leis de Newton. – Ele me olhou.
– Isso é bem fácil. – Cheguei mais perto dele e mostrei um texto que estava no livro.
– Seu perfume é ótimo. – Ele disse me olhando.

Sorri nervosa.
– Obrigada Puck. – Fixei meu olhar no livro. – Leia esse texto e me fale o que entendeu ok?
– Rach, eu tenho que te dizer uma coisa... – Ele não termina a frase porque é interrompido por seu celular que começa a tocar.
Puck o atende e vai para outro cômodo da casa. Graças a Deus, eu não quero ouvir o que ele tem para me falar, estou com medo.
Depois de alguns minutos, ele apareceu.
– Finn me ligou dizendo que está vindo para cá. – Puck disse sentando-se ao meu lado novamente.
– Ah, sem problemas. – Falei dando de ombros.
Fiquei conversando com Puck sobre a matéria e logo a campainha tocou.
– Vou lá atender. – Ele levantou-se e abriu a porta.
Finn o cumprimentou e ficou assustado quando me viu.
– Você não disse que estava com uma amiga aqui? – O ouvi dizer para Puck.
– E ela é minha amiga. – Puck sorriu, e Finn deu de ombros.
– Oi Rach. – Finn disse me dando um beijo no rosto. Qual é, todo mundo deu de ser simpático comigo hoje?
– Oi Finn. – Sorri.
– Cara, eu não acredito que vocês estavam só estudando mesmo. – Finn disse rindo.

Olhei para Puck com cara de: “que merda ele está falando?”.
– A gente não está namorando Finn. – Respondi rápida.
Puck concordou.
– Ah, por favor, não tentem me enganar. – Finn disse rindo.
– Estou falando sério. – Falei irritada.
– Tudo bem, acredito em você Rachel. – Ele sorriu.
Assenti.
– Puck, onde é o banheiro? – Levantei-me e o olhei.
– Suba as escadas e vai ver uma porta com uma plaquinha escrita: “w. c.”. – Ele me olhou.
– Obrigada. – Subi as escadas rapidamente.
Como o Finn consegue ser tão babaca? Alguém pode me explicar, por favor? Poxa, ele não entende o que é “não”?
Respirei fundo e me olhei no espelho. Eu estava vermelha de raiva. Joguei água gelada no rosto para melhor um pouco.
Acho melhor ficar aqui por alguns minutos e deixar os dois conversarem. O engraçado é que Finn não veio com Quinn pra cá. Puta merda será que eu me meti em uma enrascada? Não, cala essa boca Rachel, eles não vão te estuprar. Bom, eu espero que não.


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Notas finais do capítulo

Vou postar mais. Aguardem.



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