Garota Rebelde escrita por marilu


Capítulo 3
Capítulo 3 - Adeus Pai.


Notas iniciais do capítulo

Cara, eu ando com muita preguiça de revisar os capítulos e ainda to lotada até o último fio de cabelo de coisa pra fazer antes do ano novo, é. Enfim, tá ai mais um capítulo e tals k



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Sonhou que estava em um jardim, e que corria, mais aquela não era ela, na verdade era, mais ela estava de vestido, no centro do jardim, havia um piano e sentado no seu banco um moreno que a chamava, não conseguiu ver quem era o rapaz então foi correndo ao seu encontro, ele estava lá sentando e ela o reconheceu, era ele, Harry, ele pegou sua mão com delicadeza e a sentou no banco, disse baixinho para ela tocar, então ela começou a tocar, tocou como se sua vida dependesse disso, e então depois que ela terminou, ele foi chegando perto, até que...

 - Gina! GINA! – Arthur gritava com ela isso fez com que ela acordasse asustada. 

- Oi porra. – Ela disse acordando e se sentando no banco do carro.

- Que boca limpa a sua, anda, senta direito, vamos voltar pra casa, que vergonha  você é o meu maior desgosto. – disse o homem entrando no carro.

- Ah, não se preocupe, você vai voltar pra casa, pode ficar tranqüilo seu maior desgosto vai sair daqui. – Ela pegou uma blusa de frio fina e preta no banco e saiu batendo a porta do carro vestiu a blusa e se abraçou com os braços, estava frio, mais ela não iria voltar pra casa, ela resolveu ir para um bar. Chegou no mesmo bar que estava hoje de manhã, talvez ele aparecesse e salvasse ela mais uma vez da solidão, talvez seu salvador, Harry, a salvasse de novo. Entrou e se sentou no mesmo banco dessa vez pediu uma mistura estranha de bebidas, precisava de algo forte, bebeu uma vez, duas, três e nada do loiro com a cocaína nem de Harry aparecer, bebeu de novo e assim foi bebendo. Depois de muitas doses ela ficou tonta e apagou.

...

Acordou em um lugar branco e limpo, em uma cama macia e cheirosa, deduziu que estava no hospital, pelo menos achava isso.

- Não aprende mesmo não é pequena? – ela conhecia aquela voz, sentou na cama, não estava em hospital, estava em quarto normal, um quarto de uma casa que não sabia de quem era e ali na sua frente estava ele, Harry a salvou de novo. – Essa é a segunda vez na semana, desse jeito eu vou começar a cobrar viu?

- Ãh... Harry, é... aonde eu to? – ela sabia que estava na casa dele, e sabia também que devia muito ao moreno que estava na sua frente.

- Na minha casa, ou melhor na casa da minha mãe, ou da minha quase mãe, ela sabe melhor cuidar das pessoas do que eu – ele riu – então te trouxe pra cá, e adivinha onde te achei? – perguntou ele pegando um chaveirinho e brincando de jogar ele pra cima.

- Aonde? – ela também sabia a resposta, mas resolveu se fazer de desentendida.

- Jogada desmaiada no chão do bar, na hora que você caiu eu cheguei e se não fosse eu você estaria lá até agora. – disse ele colocando o chaveiro no lugar. – será que você não aprende pequena? – O moreno olhou para ruiva ali deitada na cama e viu lagrimas nos seus olhos. – Ei que foi?

- É... é que antes da separação dos meus pais, minha mãe só me chamava assim. – ela resolveu parar de lutar com as lagrimas e as deixou rolar solta pelo seu rosto, Harry se sentou ao lado dela e deitou sua cabeça em seu colo, ela se sentiu confortável, como se aquele colo fosse um colo de um amigo de infância ou de um namorado até. Contou toda a historia pra ele, claro tirando as piores partes. Ele estava com um nó formado na garganta, ela era só uma adolescente que queria ter uma vida comum ela era só uma adolescente comum, sem pensar duas vezes ela a puxou para um abraço, e depois de algum tempo ele pegou o rosto da pequena Gina e o colocou na sua frente foi chegando perto, tão perto ao ponto de sentir a respiração descompassada dela, estavam cada vez mais pertos até que...

- Harry, querido, eu trouxe o chá para a menina. – entrou uma ruiva, baixinha e gordinha com um vestido florido batendo no pé no quarto, e então ela percebeu o clima, deixou o chá na cabeceira e saiu sem graça.

- Essa é a Molly, minha segunda mãe. – Ele sorriu e se sentou na cadeira de frente para a cama. Gina demorou para recuperar seus sentidos e então sorriu, pegou o chá e bebeu, não gostava de chá, precisava de vodka, seu corpo pedia por alguma coisa forte.

- Eu quero vodka. – disse a ruiva sem pensar.

- Acabou de sair de um coma alcoólico e quer entrar em outro? – perguntou Harry.

- Ah, desculpa. – ela disse corando. – eu quero ir pra casa, sabe meu pai deve estar preocupado comigo.

- Tudo bem, eu te levo. – Harry esperou que ela se arrumasse e a levou até sua casa de carro, parou em frente a uma casa grande e branca com detalhes em dourado.

- Então é isso, essa é a minha casa. – ela sorriu sem graça.

- Bom tenta se manter longe de confusão pequena, não vai ser sempre que eu vou aparecer. – ele sorriu e ela assentiu, entrou e casa e não foi falar com o seu pai, chegou no seu quarto tirou o tênis sujo  jogou ele em um canto qualquer abriu seu armário e pegou uma garrafa de vodka, bebeu quase toda a garrafa e deitou na cama, estava cansada, mas não conseguia dormir resolveu tomar banho, encheu a banheira e deitou lá dentro, a água fria fazia seu corpo tremer e queria entender quem era  Harry, seu passado queria saber o porque dele salvar ela, duas vezes. Ela deixou seus pensamentos de lado e tomou um banho frio, ficou um bom tempo lá e novamente a cena da sua mãe morrendo se repediu na cabeça, era mais comum agora esses lembretes da sua culpa, tomada por raiva cortou todo o braço deixando grandes marcas de sangue escorrendo. Ela deitou a cabeça e deixou o sangue escorrer e junto dele mais uma vez ela se sentia livre de qualquer sentimento de culpa. Ficou lá algum tempo, tempo demais, ouviu alguém bater na porta do quarto esvaziou a banheira enrolou na toalha e saiu, sem se importar com os cortes que no seu braço estavam abriu a portar e seu pai estava lá, com a mesma figura de sempre.

- Coma alcoólico, você sumiu por dois dias, acha que pode viver assim é? Como bem entende? – disse ele gritando.

- Acho. – disse ela calma como se estivessem discutindo sobre qual a sobremesa eles iram comer hoje.

- Como você espera que eu trabalhe assim? Com tanta preocupação, você só me da desgosto. – ele disse bravo, mas sem gritar.

- ENTÃO É ISSO QUE IMPORTAR, SÓ SEU TRABALHO IDIOTA? É ISSO, E EU PAI? EU SOU SUA FILHA E DESDE QUE EU TENHO 4 ANOS DE IDADE EU NUNCA VI VOCÊ ME DAR UM ABRAÇO SE QUER, SÓ ME ACEITOU PORQUE A MINHA MÃE MORREU, E MORREU POR SUA CULPA! SEU DESGRAÇADO, VOCÊ SÓ PENSA EM VOCÊ. – Gina estava com lagrimas nos olhos mais não parou – VOCÊ NUNCA SE IMPORTOU, SEMPRE ME ENTREGOU PRA POBRE DA EMMA CUIDAR DE MIM, E AGORA? NÃO SUPORTAR VER SEU MAIOR DESGOSTO ESTRAGANDO SUA IMAGEM DE BOM ATOR É? VOCÊ NUNCA PAROU PARA PENSAR EM COMO ERA SER ESQUECIDA NA ESCOLA, APANHAR E SER DESCRIMINADA POR NÃO TER PAI? VOCÊ NUNCA PAROU PRA PENSAR ISSO NÃO É SEU DESGRAÇADO? EU NÃO TENHO PAI, EU TENHO UM MOSTRO NO LUGAR DE PAI QUE SÓ LEMBRA QUE TEM FILHA QUANDO ELA TEM ALGUM PROBLEMA GRANDE O SUFICIENTE PARA PODER ACABAR COM SUA VIDA MEDIOCRE DE ATOR, QUER SABER, EU CANSEI DESSA VIDA, EU TE ODEIO PAI, ODEIO O SENHOR, ODEIO ESSA CASA, ODEIO MINHA VIDA, ENFIA ESSA SUA FAMA, ESSA SUA IMAGEM NO SEU CU. –  Gina recebeu um tapa na cara, dessa vez tão forte que ela caiu no chão, desistiu de lutar com as lagrimas pela segunda vez naquele dia então começou a chorar seu pai se abaixou apontou o dedo pra cara dela.

- A partir de hoje, eu não tenho mais filha. – disse ele se levantando.

- Eu NUNCA tive um pai. – disse ela se levantando, pegando uma mochila e colocando suas roupas que eram poucas dentro dela, colocou tudo que a pertencia dentro daquela mochila e de mais uma outra e saiu daquela casa, para nunca mais voltar não sabia onde iria tinha pouco dinheiro, mas para aquela casa ela não voltaria.


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Notas finais do capítulo

Reviews é bom e tals kaka, enfim espero que gostem. E pra quem já leu a primeira temporada (vulgo Kassia) sabe que agora a historia começa a ficar legal, nam.