Sussurros do Submundo escrita por Sweet Capricorn


Capítulo 4
Filha da Noite




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Passaram-se um mês desde que o cavaleiro de Andrômeda teve aquele sonho. Tudo estava na mais perfeita ordem, comumente se encontrava com Seiya que também estava residindo no santuário e a única coisa de estranho era ter seu irmão sempre presente, o que deixava Shun realmente feliz já que era raro ter seu irmão tanto tempo por perto. Shun tinha relativa facilidade de fazer amizades e sem demoras ganhou a simpatia dos aldeões, não apenas por ser um cavaleiro, mas também pela sua gentil e meiga personalidade.

Athena e o Mestre Shion lhe pediram para ficar mais atento nesta época do mês, pois é durante a lua nova que Hécate mostra seus poderes, e ficar atento caso veja uma senhora idosa suspeita, pois é a imagem que Hécate tende a mostrar aos mortais, principalmente durante a noite.

Já passava das seis da tarde, o sol começava a se por e as luzes das ruas a se acenderem. A pequena rua estava bem movimentada, com crianças brincado, correndo de um lado para o outro, algumas mulheres na frente de uma casa conversando e de vez em quando um homem ou uma mulher passava indo ou voltando de algum lugar. Shun estava indo para o alojamento, após ter ajudado os aldeões com alguns afazeres da horta e ao passar pela encruzilhada seu coração dispara ao sentir novamente aquele cosmo estranho e ao ver, no mesmo lugar em que viu quando chegou, uma mulher de olhar violeta gentil e cabelos negros brincando com um cão negro. Quando chegou ao santuário, Shun não havia relacionado o cosmo à mulher, apenas imaginou que ela seria uma aldeã comum, mas ao perguntar da moça, os aldeões simplesmente disseram não conhecer ninguém ali na vila com tais características, e passou a atribuir o fato com o medo que estava sentindo do estranho sonho. Mas passando-se um mês, ela novamente está ali, no mesmo lugar em que ele a viu as seis da manha há um mês.

A moça virou seu rosto para o cavaleiro de Andrômeda e lhe sorriu com ternura, Shun deu um passo para trás e sentiu algo empurrar sua mão levemente. Ao olhar, outro cão negro, igual ao que estava com a moça, mas de perto se via que seus olhos eram vermelhos e incandescentes como o fogo. Repentinamente tudo ficou escuro, era como se estivesse novamente dentro daquele sonho estranho, nada se via exceto o cão que continuava ao seu lado. Estranhamente não estava com medo do animal e sim havia uma crescente simpatia por ele.

Shun começou a afagar a cabeça do animal, que o respondeu apoiando sua grande pata em sua mão e abanando o rabo, tentando lamber a palma de sua mão. Não passaria de um cachorro normal e carinhoso se não fosse por aqueles olhos que lhe invadiam a alma. Era como se o animal soubesse tudo o que fizera até agora, como se julgasse sua alma e o aceitasse. O Animal levantou-se em duas patas e apoiou as patas dianteiras e a cabeça em seu peito.

– Sei que você sabe sair deste local, então me guie para fora daqui – Disse gentilmente, voltando a afagar a cabeça do animal.

O Cão responde com um latido, que ecoa por todos os cantos dentro daquela trevas sem fim e em poucos instantes ouve-se o barulho de mais patas. Mais dois cães negros iguais ao primeiro aparecem, o primeiro animal vira-se e sai andando na frente junto com os outros dois cães. Shun os segue pacientemente. Ali não se tinha noção de tempo e nem de direção, o cão simplesmente andava em linha reta e ele o seguia, após muito andar finalmente o cavaleiro avista uma luminescência ao fundo, provavelmente a luz de uma tocha ou lamparina. Ao se aproximar viu a bela mulher de cabelos negros, com uma túnica que se misturava ao breu daquele inferno, não se sabia onde terminava a escuridão e onde começava sua túnica. Acima de sua cabeça segurava uma tocha, e ao seu lado uma matilha de cães negros de olhos incandescentes. A moça lhe fez uma reverencia e diz “imperador” com uma voz serena e melodiosa. Em sinal de respeito e igualdade de poder, Shun também faz uma reverência.

– Agradeço por ter me ajudado a sair deste local, Hécate. – Shun diz suavemente em tom gentil. Agora eu posso restabelecer novamente o meu mundo.

A deusa estende sua mão e lhe sorri, e Shun estica sua mão. Ao seu lado finalmente consegue ver, pouco a pouco as ruínas do que um dia foi os domínios de Hades, sobre a margem do rio Estige e a escadaria em ruínas do salão onde viu o Espectro Lune. Shun sobe toda a escadaria ao lado de Hécate e milagrosamente as ruínas foram se recompondo, até chegar à entrada do salão, já totalmente reerguida.

– Athena pode ter ganhado a Guerra Santa, mas agora eu realmente sei quem foi o culpado...


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