All That Lies escrita por Haana_chan


Capítulo 2
All This And Heaven Too


Notas iniciais do capítulo

And I would give all this and heaven too,
I would give it all if only for a moment,
That I could just understand the meaning of the word you see,
'Cause I've been scrawling it forever,
But it never makes sense to me at all.



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Arthur estava em sua habitual rotina na locadora. Como sempre, poucos clientes apareceram naquele dia e ele estava organizando os novos filmes que haviam chegado. Estava na parte dos filmes de ação, quando percebeu que um dos filmes era o mais novo que Alfred estava estrelando. Seus dedos passaram pela capa do DVD. Decidiu colocar o filme para reproduzir no aparelho de DVD que tinha na loja e passou a assistir o filme. Nunca foi fã daqueles filmes de ação cheios de explosões, mas desde que ele e Alfred tornaram-se amantes, passou a assistir só para poder ver o ator.

Não era sempre que eles estavam juntos. Passavam meses sem se ver e apesar da saudade, Arthur estava começando a se acostumar com aquilo. Principalmente porque todo aquele tempo sem se verem era compensado. Mesmo que só por uma noite, Arthur fingia que ambos não eram amantes e que eles tinham que se esconder.

Suspirou e observou a cena que se passava na tela da televisão. Era uma cena em que Alfred pulava de um prédio que tinha acabado de explodir. Aquilo trazia lembranças ao jovem.

–-

Estavam os dois deitados na cama de um hotel. Ambos exaustos por causa da noite que haviam passado. Alfred estava encostado na cabeceira da cama e tinha Arthur entre suas pernas, com as costas encostadas em seu corpo. Alfred estava o abraçando por trás e ambos estavam se beijando. Separam-se e ficaram curtindo a presença um do outro por alguns instantes e Arthur surpreendeu-se ao ouvir o outro rir.

–O que é tão engraçado, Alfred? – disse.

–Eu só estava lembrando de algo que aconteceu comigo hoje.

Arthur virou-se para melhor enxergar o outro.

–O que aconteceu?

– Quando estava dando entrevista na divulgação do meu novo filme, um repórter me perguntou se era verdade que eu fazia meus filmes sem dublê. Eu respondi que sim e todos ficaram me olhando com respeito.

–E qual é a parte engraçada?

–Que isso é uma mentira! Meu agente decidiu que eu deveria dizer essas coisas para fazer a minha fama aumentar. A parte engraçada é essa. Ás vezes a fama que você leva não é exatamente real.

–Você não deveria dizer essas mentiras.

Alfred sorriu e trouxe o outro mais para perto de si, fazendo com que ele vira-se completamente.

–Isso não importa agora. Lá fora eu sou uma grande estrela do cinema que tem fama, sucesso e uma vida invejável, aqui, eu posso ser quem eu realmente sou.

Arthur arrepiou-se quando sentiu as mãos do outro percorrendo pelo seu corpo. Fechou os olhos e aproveitou as carícias.

–-

Um barulho despertou o jovem de seu devaneio. Percebeu que aquele barulho vinha de seu celular. Era uma mensagem que vinha de um número não identificado. Sabia que só podia ser Alfred. Olhou o conteúdo da mensagem e suspirou.

“Desculpa, mas hoje não poderemos nos ver. Vou ter que sair com Natalia.”

A mensagem era curta, assim como todas as outras que ele mandava. Arthur desviou os olhos do celular e o colocou no bolso. Já estava quase na hora de fechar e ele queria ir logo para casa.

Olhou pela porta e suspirou. Se ao menos eles não fossem amantes...

–-

–A-Alfred?

Arthur olhou para o rosto em sua frente sem acreditar no que via. Será possível? Em que mundo ele imaginaria encontrar um ator famoso de Hollywood e ainda por cima beijá-lo? Ficou em silêncio por um tempo, encarando o outro.

Alfred, sentindo-se envergonhado, se afastou e disse:

–Você está bem? Está calado há bastante tempo.

Arthur demorou para dizer algo. Quando, finalmente disse alguma coisa, sua voz saiu como um sussurro.

–E-Eu ainda... não acredito que é você. Quer dizer, você é casado, é famoso e tenho certeza que mora longe daqui. Além do mais... Desde quando é gay?

Alfred piscou algumas vezes, em uma tentativa de processar todas aquelas perguntas. Ele franziu as sobrancelhas e disse:

–Eu não sou gay.

Arthur olhou para o outro como se ele tivesse dito o maior absurdo.

–Como assim você não é gay? E o que foi isso agora há pouco?

Alfred continuou a encará-lo, como se Arthur tivesse perguntando a coisa mais óbvia do mundo.

–Isso? Só foi um beijo, Arthur. Isso não me faz gay.

Arthur manteve seu olhar fixo no de Alfred e por fim suspirou, pressionando as têmporas com a mão.

–Eu acho que você deveria sair – disse.

Aquilo atingiu o jovem ator como um banho de água fria. Alfred aproximou-se do outro, dizendo:

–Ora, Arthur. Não vamos complicar as coisas. Escuta, eu...

–Alfred? – disse Arthur, interrompendo o outro.

–Hm?

–Hoje foi um longo dia e eu estou cansado. Eu gostaria de fechar a loja também.

Alfred ficou em silêncio. Sabia que o outro não queria vê-lo no momento, mas a última coisa que queria era deixar a locadora. Tinha medo que aquele fosse o último encontro dos dois. Seu coração doía só de pensar naquilo.

Arthur agora estava de braços cruzados e mostrava-se impaciente. Com um suspiro, Alfred colocou os óculos escuros de volta e pegou o boné que estava em cima do balcão. Andou até a porta e antes de sair, disse:

–Isso não é o fim, Arthur – e com isso, saiu.

O jovem inglês, ao ver o outro sair, descruzou os braços e encostou-se ao balcão. Ainda não acreditava no que tinha acabado de acontecer. Leve uma mão os lábios e lembrou-se da sensação do beijo que ambos haviam compartilhado. Fechou os olhos. Aquilo só podia ser um sonho.

–-

Havia se passado um mês desde o incidente com Alfred. Desde aquele dia, Arthur nunca mais o tinha visto. Não que ele fosse encontrá-lo depois da forma rude que tinha o dispensado, mas no fundo ele guardava uma certa esperança. Sentia-se bastante solitário na locadora e apesar dos clientes virem e irem, Alfred era o único que permanecia.

O jovem olhou seu relógio. Eram 21:00, o horário de fechar. Arrumou alguns Dvds que estavam fora de ordem e registrou o que ele havia ganhado naquele dia. Em seguida, guardou o dinheiro em um cofre que tinha nos fundos da loja. Pegou seu casaco, vestindo-o e depois o cachecol, colocando-o em volta de seu pescoço. Era uma noite de inverno e lá fora estava frio. Sua casa ficava perto da loja e ele tinha o luxo de poder ir andando até ela, porém essa noite ele tinha outros planos em mente.

Aquela fria noite de Fevereiro também era dia dos namorados e ele andou pela calçada observando as pessoas na rua. A maioria eram casais, que andavam de mãos dadas. Também tinha algumas pessoas, que assim como ele, estavam desacompanhadas, provavelmente voltando para casa.

Continuou andando até chegar ao pequeno cinema do bairro. Arthur olhou o letreiro de neon que anunciava alguns filmes. A maioria eram filmes que tinham sido lançados recentemente. Entrou no estabelecimento e olhou os cartazes. Nenhum parecia chamar muito a sua atenção, até que ele repousou o olhar sobre um em particular.

O nome do filme era ”Be my Valentine” e no pôster havia dois atores. Os dois estavam com a testa colada e olhavam-se com carinho. Em baixo deles, havia duas crianças que brincavam. Provavelmente uma história de amor, onde amigos de infância acabavam juntos como namorados, concluiu Arthur, porém o que o chamou a atenção não foi o cartaz em si, e sim no jovem ator que interpretava um dos adolescentes: Era Alfred.

Franziu as sobrancelhas. Nunca havia imaginado que ele iria fazer um filme romântico como aquele. Passou um tempo olhando os outros pôsteres e, por fim, dirigiu-se até a bilheteria para comprar o ingresso. Acabou escolhendo o filme em que Alfred estava. Entrou na sala de exibição e escolheu um assento na fileira do meio. O cinema estava parcialmente cheio e a maioria das pessoas eram casais. Arthur sorriu amargurado com a ironia: Estava sozinho, no dia dos namorados, assistindo a um filme romântico. Bem, o que um homem poderia fazer? Afastou aqueles pensamentos e começou a assistir os trailers.

Estava em uma fileira que havia poucas pessoas e a cadeira do seu lado estava vazia. Quando os trailers acabaram e o filme em si ia começar, essa cadeira foi ocupada. Arthur olhou de relance, mas pouco viu, por causa da escuridão. Só notou que era um jovem alto e que usava um gorro na cabeça. Voltou a prestar atenção no filme. Provavelmente ele era mais um, que como ele, estava sozinho no dia dos namorados.

Como Arthur suspeitava, o filme contava a história de dois amigos de infância, que ao decorrer da adolescência, descobriam que se gostavam. Uma parte foi passada na infância e agora, os dois amigos estão no seu último ano do colégio. Nessa parte, Alfred já estava começando a aparecer.

O rapaz ao seu lado parecia bastante inquieto. Toda hora ele mexia-se. Às vezes Arthur tinha a impressão de que ele queria levantar e sair.

Uma cena estava passando naquele momento. Uma que finalmente os amigos reconhecem que gostam um dos outro. A cena era bastante emocionante e Arthur percebeu que algumas pessoas ficaram comovidas.

De repente, ele sentiu a sua mão, que estava segurando o braço da cadeira, sendo agarrada. Olhou para o lado e ia começar a protestar, quando notou que o rapaz fez sinal para que ele não dissesse nada. Arthur franziu a sobrancelha e quando olhou melhor para ele soltou uma exclamação: Era Alfred quem estava ao seu lado.

Arthur quis perguntar o que diabos ele fazia ali, mas temia que fosse perturbar as outras pessoas, por isso olhou para frente e tentou prestar atenção no filme. O que estava sendo difícil, graças às perguntas em sua cabeça e a mão que ainda segurava a sua.

No final do filme, ambos permaneceram quietos, enquanto as outras pessoas saiam da sala. Arthur estava bastante inquieto, mas temia olhar para o lado. Podia perceber que Alfred também estava bastante nervoso, pois sua mão suava. O jovem inglês percebeu que se não fizesse alguma coisa, os dois iam ficar ali para sempre. Levantou-se, livrando-se da mão, e caminhou até a saída. Podia ver que Alfred o seguia.

Quando saíram, Arthur virou-se. Ia começar seu questionário, mas foi interrompido por Alfred.

–Não aqui. Podemos ir para um lugar mais reservado? – disse.

Arthur o olhou. Ele estava usando um grosso casaco, que vinha até a altura do seu pescoço, e estava fechado. Também usava um gorro na cabeça. Usava óculos de grau e quando alguém se aproximava deles, ele virava o rosto fingindo estar vendo algo. Por um momento teve pena do rapaz. Deve ser duro ser famoso.

Arthur caminhou para a saída do cinema e Alfred o seguiu.

–Podemos ir para minha casa. Moro a quatro quarteirões daqui.

Alfred sorriu com a sugestão e disse:

–Ótimo. Meu carro está estacionado logo ali. Podemos ir então.

Ambos seguiram para o estacionamento do cinema e quando chegaram, Alfred percebeu que Arthur olhou surpreso para o carro. Ele desligou o alarme e quando os dois entraram, disse:

–Qual o problema, Arthur?

–O que...? – disse.

–Quando íamos entrar você parecia surpreso com alguma coisa.

–Ah... Hm... Isso é constrangedor – disse Arthur, sentindo as bochechas corarem.

Alfred havia ligado o carro e agora dava a ré para sair do estacionamento. Quando o fez, disse:

–Diga-me, Arthur. Estou curioso.

O jovem parecia corar cada vez mais.

–É que... Bem... E-Eu sempre pensei que você teria um carro mais... hm...

–Caro? – disse Alfred.

–Esporte – finalizou Arthur.

Alfred riu com a pergunta e disse:

–Esse carro é alugado. Apesar de que eu não goste muito de carros luxuosos. Não acha que eu chamaria muita atenção com eles?

Arthur acenou com a cabeça e quando saíram do estacionamento, disse seu endereço para Alfred. Seguiram o resto da viagem em silêncio.

–-

Chegaram na casa de Arthur, que era um pequeno edifício de três andares, e subiram as escadas. Ele morava no primeiro andar. Ao entrarem, um gato veio miando na direção deles. Era um gato gordo e bastante peludo. A maior parte do seu corpo era branco, exceto seu pescoço que era rodeado por um pelo escuro e sua cauda, que tinha a mesma cor.

–Olá, Hero – disse Arthur, abaixando-se para afagar a cabeça dele.

Alfred achou aquele nome engraçado.

–Hero? Que nome incomum para um gato. – disse.

Arthur, que havia pegado o gato, fechou a porta e disse:

–Quando eu o adotei ele já tinha esse nome, agora se você me der licença, vou colocar comida para ele e já volto.

Enquanto Arthur alimentava o animal, Alfred reparou no apartamento do outro. Era um apartamento de quarto e sala. A sala não era muito grande. Tinha um pequeno sofá para duas pessoas, uma poltrona e uma mesa de centro. Na parede a sua frente havia um quadro de uma moça com um grande vestido rosa balançando-se em um grande balanço. Ela estava acompanhada de dois rapazes, um que parecia a balançar e outro que estava em sua frente, estendendo o braço. Eles pareciam estar em um tipo de floresta.

“Que quadro estranho” – pensou Alfred.

–Esse quadro era de meu tio- disse Arthur, pegando o outro de surpresa. – Chama-se “O balanço” e foi pintado por um famoso pintor francês. Ele me deu o quadro em seu leito de morte. Disse que era bastante valioso e significava muito para ele. Por isso queria que eu cuidasse.

–Hum – disse Alfred.

Arthur havia tirado seu casaco, o cachecol e havia colocado eles em porta casaco perto da porta. Alfred fez o mesmo com o seu e com o gorro.

–Deseja alguma coisa para beber, Alfred? – disse Arthur – Eu vou fazer um pouco de chá para mim.

–Se você tiver café, eu aceito.

Arthur dirigiu-se para a cozinha e Alfred sentou-se no sofá. Hero veio até ele e deitou-se do seu lado. O jovem ator acariciou o gato, tentando distrair-se. Estava bastante nervoso. Passado alguns minutos, uma eternidade para Alfred, Arthur voltou com uma bandeja nas mãos, que continha uma xícara de chá e uma caneca com café. Alfred agradeceu, pegando a caneca, e Arthur colocou a bandeja na mesa de centro e sentou-se na poltrona. Ambos tomaram suas bebidas e ficaram em silêncio por um tempo. Alfred foi o primeiro a quebrá-lo.

–Então... Acho que você tem muitas perguntas para me fazer. –disse, nervoso.

Arthur colocou a xícara de chá em cima da bandeja e encarou Alfred.

–Do cinema até aqui, várias perguntas passaram pela minha cabeça. Agora que estamos frente a frente, não sei o que dizer.

Alfred baixou o olhar e disse:

–Eu... Não paro de pensar em você. Desde que eu... Desde que nos vimos pela última vez, tudo que passava pela minha cabeça era te ver novamente. Esse mês foi bastante puxado para mim com as filmagens e tudo mais, mas consegui uma folga. Por isso... Por isso vim te ver.

Ambos permaneceram em silêncio. Alfred agora esfregava as mãos, nervoso. Estava morrendo de medo de encarar os intensos olhos verdes. A rejeição era algo que o aterrorizou durante todo aquele mês e quase que tinha desistido de ver o outro. Contudo, a lembrança do beijo dos dois o motivava. Desejava sentir os lábios dele contra o seu novamente.

Arthur suspirou profundamente e disse:

–Alfred, olhe para mim.

Com receio, ele levantou a vista. Arthur o encarava com tanta intensidade que parecia que estava o vasculhando. Sentia-se tremendamente exposto e isso só piorou seu nervosismo. Contudo, manteve seu olhar fixo.

–Por que está fazendo tudo isso? Você tem uma esposa e uma vida maravilhosa longe daqui. Por que arrisca tudo por... Mim?

Alfred ficou quieto por um instante. Por quê? Ele não sabia bem. Tudo que vinha a sua cabeça era o beijo dos dois, o calor do corpo de Arthur e como seu próprio corpo arrepiou-se quando suas línguas tocaram-se. Fechou os olhos. Gostava de Natalia e até ia para cama com ela, mas não sentia a mesma coisa quando a beijava. Era como se ele fizesse aquilo, porque tinha que fazer. Abriu os olhos e disse:

–Eu queria te beijar novamente.

Arthur foi pego de surpresa com aquela resposta. Estava sorvendo um gole do seu chá e quase se engasgou ao ouvir aquilo. Sentiu o rosto queimar e disse:

–O-O que? – disse.

Alfred tomou um gole de sua bebida e disse:

–Eu... Não conseguia parar de pensar nisso. Em como eu me senti quando nossos lábios tocaram-se, em como meu corpo esquentou ao sentir seu corpo próximo do meu. Eu... quero sentir tudo aquilo outra vez!

Ao ouvir aquelas palavras, Arthur ficou cada vez mais vermelho. O inglês pegou sua xícara e tomou um longo gole. Alfred fez o mesmo e ambos caíram em silêncio. Depois de um tempo, Alfred suspirou e disse:

–Eu entendo se você não quiser ficar comigo. Eu fui rude e mentiroso, mas é que minha posição é complicada...

Calou-se. Seu coração batia em um ritmo acelerado.

-Eu não sei – disse Arthur – Eu... Também pensei muito em nosso beijo. Gostei muito e... “Senti a sua falta” – terminou aquela frase em seu pensamento.

Ao ouvir aquilo, o coração de Alfred bateu mais rápido e ele encheu-se de esperança. Saber que ele sentia-se da mesma maneira era bastante reconfortante.

–Porém...

–Não! Nada de “porém” – disse Alfred. – Escute, Arthur, eu ia até a loja para te dizer essas coisas, mas você estava a fechando. Eu... Não sei por que, mas acabei te seguindo até o cinema. Foi uma má escolha para mim, mas quis arriscar. Se perdesse essa oportunidade não sei quando iria criar coragem para vir aqui novamente. Quando vi que escolheu o meu filme, não pude deixar de sorrir. Estava muito nervoso e por isso demorei para entrar na sala de exibição. Tudo que queria era dizer todas essas coisas para você.

Arthur suspirou. Aquilo estava se tornando um pesadelo. Sentia-se bastante feliz com as palavras dele e gostaria de aceitá-las, porém...

–Você é casado. Não é justo com sua esposa! – disse. – O único jeito de ficarmos juntos é se você se divorciar.

Aquela palavra parecia assustar Alfred. Ele arregalou os olhos e balançou a cabeça negativamente.

–Eu não posso. Se eu me separasse de Natalia para ficar com você, minha reputação iria cair.

Aquilo irritou profundamente o inglês, que se levantou furioso.

–Então, tudo isso se trata de reputação? Não seja idiota, Alfred! Como ficaria com você quando não tem a coragem de assumir isso?

O jovem arregalou os olhos e levantou-se também, assustando Hero, que correu para cozinha.

–Entenda minha posição. Não é tão fácil mudar dessa forma. Eu amo minha carreira de ator. Não gostaria de perdê-la. Eu te peço para aguentar, pelo menos por agora, depois que me estabelecer em Hollywood poderei fazer o que quiser.

Arthur encarou as safiras, que imploravam. Deseja aceitar ele, mas a situação era tão delicada.

Alfred contornou a mesa de centro e parou em frente a Arthur. Ambos encararam-se e Alfred o puxou para um abraço. Apesar da surpresa, Arthur não fez nada para evitar, muito pelo ao contrário, passou seus braços pelo pescoço do outro, colando seu corpo no dele.

–Por favor – sussurrou Alfred.

Aquilo foi à gota d’água para o inglês. Ele não conseguia lutar contra seus desejos, não quando o outro estava tão próximo. Separaram-se e ele disse:

–Está bem, Alfred.

Continua...



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Notas finais do capítulo

*Be my valentine é uma criação minha(apesar da história ser cliché)
*O Balanço é um quadro de Jean-Honoré Fragonard. Pintor francês, famoso pelo estilo Rococó.
AEW! Quem é vivo sempre aparece hehehehe ^^'
FELIZ DIA DOS NAMORADOS!!!
Não é dia dos namorados aqui, mas é nos outros países(maioria deles),então aproveitei para fazer esse cap. no dia dos namorados =3
Como sempre, me desculpem pela demora T-T
American Psycho deve sair por essa semana ou na outra.
Ainda estou de férias por isso vou aproveitar!
É isso.
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