O Começo De Algo Novo. escrita por Malfoy


Capítulo 1
O doce James Potter;




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Lily POV.
A aula de poções com a Sonserina havia acabado há poucos segundos. Agora eu fazia dupla com Remo Lupin, porque não falava com Severo desde o ano passado quando ele me chamou de sangue-ruim na frente de uma multidão quando eu tentava defendê-lo. O professor Slughorn havia saído assim que a aula acabou, como sempre, e só voltaria cinco minutos antes da sua próxima aula começar. Quando eu ia guardar o meu livro na bolsa, uma voz vinda de trás de mim me assustou:
                -Oi minha ruiva.
Eu sabia muito bem de quem era aquela voz, e o dono dela me chama pra sair umas cinco vezes por dia desde o nosso segundo ano aqui em Hogwarts... E nós já estamos no sétimo.
                - Não me chama de ruiva e eu não sou sua, Potter- Falei enquanto me virava em sua direção- Oi Black. Oi Pettigrew.
                -Oi Lily.
                -É Evans, Black.
                -Porque só o Remo pode te chamar de Lily, ruiva? – Eu odiava quando James me chamava de ruiva, e quando esse apelido vem do Sirius, ele é pior ainda. Só Dorcas e Marlene podem me chamar assim.
                -Porque eu e ele somos amigos.
Ao contrário de tudo que eu esperava, eu e Remo acabamos nos dando muito bem. Ele não era metido como eu esperava. Ele se revelou ser um cara muito divertido e estudioso... Bem, ele é estudioso ás vezes.
                -Gente vocês passam tempo demais falando besteira, vamos ser sérios- James falou- Lily, você quer ir a Hogsmeade comigo amanhã?
                -Sim, vamos a Hogsmeade.
                -Ah, vamos lá, Lily. Você não vai morrer se... Espera aí, o que você disse?- falou um James muito surpreso. Remo, Black e Pettigrew estavam me olhando abismados.
                -Eu disse que vou a Hogsmeade com você.
                -Sério?
                -Sério, agora, se vocês me derem licença, eu vou ir para a estufa e esperar que a professora de Herbologia chegue, porque diferente de vocês, eu sou uma aluna aplicada e não gosto de chegar atrasada nas aulas- falei enquanto saía da sala.  Enquanto eu colocava o meu livro de Estudo Avançado de Poções na minha bolsa, me lembrei que tinha esquecido a agenda onde eu anoto as lições de casa na sala, então voltei correndo e chegando lá, encontrei um James Potter dançando em cima de uma mesa, e seus melhores amigos rindo da sua cara. Dada a cena eu não pude evitar rir. Ao ouvir a minha risada, James caiu de cima da mesa.
                -O que você tá fazendo aqui, Lírio? – Potter perguntou enquanto se levantava.
Ainda sorrindo, eu peguei a minha agenda e a balancei.
                -Esqueci a agenda.
James agora estava praticamente roxo de vergonha, o que só fazia os outros Marotos rirem mais ainda.
                -Não tem graça- ele falou em um muxoxo.
                -Tem sim- Eu, Sirius, Remo e Pedro respondemos em uníssono.
                -Uma pessoa não pode mais dançar sem motivo algum em cima de uma mesa sem que as outras riam? Onde foi parar esse mundo?- James falou enquanto fazia drama.
                -Sem motivo? – Sirius falou com um sorriso maroto no canto dos lábios.
                -A Evans não tem nada haver com isso, James? – perguntou Pettigrew- Certeza?
                - Eu juro que ouvi você dizer que era o dia mais feliz da sua vida antes de começar a dançar, Pontas- brincou Remo.
                -Calem a boca. Que tipo de amigos vocês são?
                -Ai que medinho, Jay. Não me diz que você vai tirar a gente da lista do casamento.
                -Que casamento, Sirius?
                -O de vocês, é claro- quem falou foi Remo.
                -Eu também vou ser o padrinho da criança, sabia Lily?
                -James, o nosso primeiro filho vai se chamar Harry- eu entrei na brincadeira.
                -Eu sempre achei que o nosso primeiro filho ia se chamar James. Eu acho esse nome lindo, sabia? Parece o nome que uma pessoa muito bonita teria, você não acha, Ruiva?
                -Eu discordo- falou Sirius. – O nome James não me lembra pessoas bonitas, o nome Sirius sim. É o nome mais bonito de todos.
                -Aonde vocês estão com a cabeça? Remo é o melhor nome do mundo.
                -Pois eu prefiro Pedro.
                -Como assim? Harry é um nome lindo!
                -Sabe que nome eu acho lindo, Lírio? Lílian. É um nome lindo, não? Com certeza vai ser o nome da minha primeira filha.
Eu não tive tempo de responder, porque nesse momento o professor Horácio entrou na sala.
                -O que vocês estão fazendo aqui? A próxima aula de vocês começa daqui a cinco minutos.
Cinco minutos? Eu simplesmente peguei a minha agenda e sai correndo em direção a estufa sete. (...)
                De noite no salão comunal da Grifinória.
Era tarde e eu estava no salão comunal lendo sobre a matéria que o professor de DCAT iria ensinar na segunda-feira quando uma pessoa me chamou.
                -Lily?
                -Oi Potter.
                -Sobre você ir a Hogsmeade comigo amanhã... Você não tava mentindo não, né?- Perguntou ele, apreensivo.
                -Não- falei enquanto voltava a ler sobre os dementadores.
                -Posso te fazer uma pergunta, Lírio?
                -Não me chama de Lírio, e sim, você pode fazer uma pergunta.
                 -Porque só agora?
                -Porque só agora o que?- falei virando para ele.
                -Porque só agora você aceitou sair comigo? Eu te peço isso desde o primeiro segundo, ruiva.
                -Porque eu devo ter perdido totalmente a noção do certo e do errado.
                -E percebeu que eu sou o cara certo pra você- ele falou.
                -Não. Eu devo ter perdido o juízo de vez e por isso aceitei sair com o garoto mais errado que eu já conheci na minha vida.
                -Eu sei que você me ama.
 Eu não respondi e simplesmente voltei a ler a matéria, mas o problema era que eu não conseguia me concentrar com o James me encarando.
                -Olha só, Potter, porque você não resolve tomar vergonha na cara e estudar, em vez de ficar me encarando enquanto eu tento enriquecer a minha mente?
                -Tudo bem, ruiva. Eu admito que devo estudar mais- ele falou enquanto chegava mais perto de mim.
                -O que você tá fazendo, Potter?- perguntei quando ele estava sentado do meu lado.
                -Eu estou tomando vergonha na cara, Lírio. Eu vou estudar com você;
                -Hein?- perguntei incrédula.
                -Isso mesmo.
 Eu resolvi ignorar ele e continuar estudando, mas não tinha como ignorar James Potter pelo simples motivo que ele não para de passar e bagunçar o seu cabelo.
                -Dá pra parar?
                -Parar com o que?
                -Parar de mexer o cabelo.
                -Eu não prometo nada, Lily. É uma mania.
                -Então você devia ter uma mania melhor.
                -E eu tenho.
 Tem?
                -Você tem?
                -Tenho.
                -E qual é?
                -Ficar prestando atenção na menina que eu amo. Você. Olha só... Eu sei que sua matéria favorita é runas antigas. Você quer ser auror. É tímida e o nome da sua irmã é Petúnia. Todas as terças-feiras você, Dorcas e Marlene vão à cozinha comer doces trouxas e também doces bruxos...Sua cor favorita é roxo e todas as vezes que você mente, levanta um pouco a sobrancelha esquerda.
            -Eu não faço isso.
            -Faz sim. Você também não gosta nenhum pouco da Emma Vane e sempre lava o cabelo as segundas, quartas e sextas antes de ir para a aula, e também os lava quando vai para Hogsmeade.
 Eu estava abismada e não consegui falar nada.
                -Eu já executei um patrono, sabia?- falou ele mudando totalmente de assunto. Ele agora olhava para o livro- O meu pai me ensinou quando eu tinha onze anos. Nas férias de natal quando Remo, Sirius e Pedro estavam na minha casa. Remo e Sirius também sabem, mas Pedro... O pobrezinho nunca conseguiu até hoje.
                -Sério?
                -Sim. Eu posso tentar agora pra você ver.
                -Isso seria ótimo.
Ele então  acariciou a minha bochecha com uma mão, pegou a varinha com a outra e se levantou:
                -Expecto Patronum- Ele falou isso e logo depois, uma corça azulada saiu da ponta da varinha dele, deu a volta no salão comunal e logo depois desapareceu.
                -Lindo!- eu bati palmas- Meu deus, James.
                -Quer que eu te ensine?
 Eu dei um gritinho de alegria, sem poder conter a minha emoção.
                -Quero, quero,quero- eu falei enquanto eu me levantava;
Ele então praticamente me abraçou por trás, pegou o meu pulso e a movimentou:
                -Você faz esse movimento, pensa em uma coisa muito boa que já te aconteceu e depois fala Expecto Patronum;
Eu lembrei de quando Petúnia me deu uma boneca no meu aniversário de nove anos e  fiz exatamente o que ele falou mas só uma luzinha saiu da ponta da minha varinha.
                -Porque você não funcionou? – eu falei virando pro Potter. Eu provavelmente estava fazendo biquinho.
                -Lily, fecha os olhos.
Eu, pensando que isso ia me ajudar a executar o patrono, fechei os meus olhos, e então James Potter estava roubando um selinho meu.
                -Potter!- eu falei- Porque você fez isso?
                -Porque eu te amo- Ele falou e assim que eu ia responder, ele continuou falando – Pensa numa lembrança melhor. Uma lembrança realmente boa.
                -Qual é a sua?
                -Você. Antes eu me lembrava do dia em que o chapéu seletor disse que eu ia pra Grifinória e logo depois eu te conheci, mas hoje eu me lembrei de você dizendo que ia a Hogsmeade comigo.
 Eu não pude deixar de rir. A cena dele dançando me veio na cabeça.
                -Porque você tá rindo?
                -É que você dança bem.
                -Eu faço o que posso- ele respondeu maroto- Eu posso te levar pra dançar amanhã- ele olhou pro relógio- Eu posso te levar pra dançar mais tarde- ele corrigiu.
Ele era tão fofo comigo. Era tão fofo que eu podia beijá-lo. Afasta esse pensamento agora, Lílian Potter, em nome da alma da Tia Meredith. Controle-se, mulher. Tenha juízo! Juízo. É esse o meu problema. Eu sempre penso demais nas conseqüências antes de agir e aproveito bem menos a minha vida que deveria. Eu tenho dezessete anos, afinal de contas, eu deveria estar bebendo com os meus amigos, levando detenções, assim como Dorcas e Marlene e tirando notas baixas. Com esse pensamento na cabeça, segurei o rosto de James entre as minhas mãos e o beijei. Era pra ter sido só um selinho, mas olha só de quem eu estava falando. Logo depois de juntar nossos lábios, James passou a língua no meu lábio inferior e eu, sem pensar, abri a minha boca e permiti a passagem da sua língua, que logo estava fazendo uma dança sexy com a minha. Eu logo botei as minhas mãos em seu pescoço e uma das suas mãos estava no meu. A outra estava na minha cintura. Ele fazia carinho nela com o polegar, mesmo por cima da blusa. Pobre Tia Meredith, ela devia estar se revirando no túmulo agora. Antes de vim para Hogwarts eu lhe prometi que não namoraria nenhum delinqüente, e agora... Eu beijo James Potter. Depois de separar os nossos lábios eu estava totalmente ruborizada. Eu não devia ter feito isso.
                -Desculpa- murmurei.
                -Desculpa por quê? Você acabou de me dar uma nova lembrança pra eu usar quando for executar o patrono, Lírio- ele falou enquanto acariciava a minha bochecha. Essa sensação era muito boa.
                -Patrono! Eu ainda quero executar o meu- eu falei a primeira coisa que veio na minha cabeça.     
                 -Certo. Uma lembrança boa, Lily. Uma lembrança muito boa.
Eu me lembrei do dia em que descobri que era uma bruxa.
                - Expecto Patronum.
Eu falei e logo depois uma corça azulada saiu da ponta da minha varinha, deu a volta em torno de mim e James, e logo em seguida desapareceu.
                -Porque os nossos patronos são iguais?
                -O meu era um cervo quando eu executei pela primeira vez. Ele começou a ficar assim a partir do meu segundo ano.
            “O Patrono de uma pessoa muda quando ela fica apaixonada. Seu patrono se torna igual  ao da pessoa amada”.
 
Eu me lembrei das palavras que eu havia lido no livro.
                -Então é verdade?
                -Do que você tá falando, Lily?
                -Você...realmente...
                -Deixa eu adivinhar...você vai perguntar se eu realmente te amo? Bem, eu não teria corrido atrás de você todos esses anos seu eu não amasse.
                -Mas você sempre tá com um monte de garotas diferentes- eu falei mais para mim mesma que pra ele.
                 -Lily, eu sou um homem e tenho necessidades. Você nunca tava nem aí pra mim, enquanto todas essas garotas aí fora...elas...simplesmente me queriam. Eu nunca dei esperanças pra nenhuma delas, porque eu sabia que um dia você ia se cansar de me ignorar e aceitaria sair comigo- ele então parou de falar e pegou o meu rosto entre as suas mãos, que por acaso eram muito macias. Macias demais para um apanhador- Eu largaria todas elas por um encontro com você. Eu te amo, Lily, e eu prometi pra mim mesmo, e agora estou te prometendo que vou fazer você me amar assim como eu te amo- ele terminou de falar e só agora eu fui perceber que os meus olhos estavam marejados.
                -Que fofo, James.
                -Eu posso ser um cavalheiro quando eu quero, mas isso, querida Lily, é exclusividade sua... e da minha mãe, mas ela é exceção.
                -Assim espero- eu falei, entre bocejos. Eu estava com sono?
                -Acho que alguém aqui precisa dormir- ele olhou pro relógio- Nossa, o tempo passou voando. São duas e trinta e cinco da manhã;
                -Meu Merlin, eu preciso ir dormir- eu falei indo até a mesa e recolhendo os meus materiais.
                -Quer que eu leve isso até o dormitório pra você, querida?- ele falou.
                -Você não pode subir no dormitório feminino. As escadas vão virar escorregadores na hora que você pisar nelas.
                -Lily,Lily,Lily....será que você esqueceu com quem está falando?- ele falou, enquanto ria marotamente.
                 -Esqueci.
Com uma das mãos ele segurou os meus materiais e eu seguei a sua outra mão, entrelaçando os nossos dedos. Ele pegou a sua varinha e murmurou alguma coisa quando nós chegamos na escada, então ele pode subi-la comigo. Quando nós chegamos na porta do quarto ele soltou a minha mão por um segundo, abriu-a e entrelaçou os nossos dedos mais uma vez. Deixou os meus materiais em cima do baú que ficava no em frente a minha cama e beijou a minha testa.
                -Boa noite, Lírio- ele falou, se afastando de mim.
                -Aonde pensa que vai, Potter?- eu falei e o puxei para perto de mim, ficando na ponta dos pés e unindo a sua boca a minha. Estávamos mais uma vez nos beijando, e nossas línguas estavam mais uma vez envolvidas em uma dança perigosamente sexy. Uma de suas mãos estava enterrada nos meus cabelos ruivos, os bagunçando, enquanto a outra descia até a minha cintura, deixando uma trilha fumegante por onde passava. Uma das minhas mãos estava nos seus cabelos sedosos e a outra estava perigosamente perto do seu bumbum. Opa, Lily! Se comporte, garota. Eu separei os nossos lábios, dando uma mordida ousada no seu lábio inferior. Isso era novo para mim. Eu nem comecei a sair com ele e já estou indo pro cal caminho, mas quer saber? Foda-se. Talvez eu precisse de um garoto errado para aprender a me divertir mais, e esse garoto era James Potter: o garoto errado mais doce que eu já conheci. Ele era...especial. Ele era um bad boy, mas ao mesmo tempo era doce. Ele estava sempre lá para os amigos dele e não desistiu de mim por todos esses anos.  Ele podia ser “o cara”.
                -Boa noite, Jay. Até amanhã.
                -Até amanhã, Lírio- ele falou, deu um beijo na minha testa e saiu.
De repente eu nem me importava mais que ele me chamasse de Lírio. Lírio parecia ser bom pra mim, ruiva também. James Potter parecia ser bom pra mim. Talvez eu devesse ter aceitado sair com James Potter desde o começo.

                                               Fim.


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Notas finais do capítulo

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