Winter Rose escrita por caah_haru


Capítulo 1
Permanecerei aqui por você, eternamente.


Notas iniciais do capítulo

Hei galera! Voltei rapidinho com uma one pequena e amor para comemorar o natal.
Eu deveria ta postando na véspera, mas como eu não consigo me segurar, vou postar hoje mesmo.
Além disso, eu queria poder dedicar essa história e todos os sentimentos nela a todas as minhas lindas e queridas shippers YunJae.
Paty, Cintia, Giih, Siih, Cleo, Jess, Amanda e todas aquelas que amam esse couple tanto assim como eu, desejo todo o amor. Agradeço muito por ter vocês na minha vida, vocês me são muito especial.
E nada mais justo do que dedicar ao próprio casal. Jae e Yunho, ♥
Enfim... Espero que gostem, boa leitura!



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A neve caia calma. Pequenos flocos gelados se misturavam a escuridão daquela noite de inverno, ajudando as poucas estrelas a serem mais brilhantes com sua cor pura.


O branco era realmente delicado e o brilho das estrelas refletiam sobre ele como um espelho infinito.


Ele estava em meio a aquela cena linda, digna de pintura. Esperava alguém, que iria compor e modificar a paisagem para algo melhor, mais bonito, maravilhoso.



Estava nervoso, não podia negar. Olhava minuto por minuto o ponteiro do relógio mudar e se sentia tão bobo como qualquer outro ser apaixonado. Sim, estava apaixonado. Pela criatura perfeita e mais bela, pura que a própria neve.


Os olhos que amava tanto observar eram como duas estrelas piscando em um mar negro como o céu. Sentia-se envolvido, sendo levado pelas águas doces e profundas das duas órbitas que lhe sorriam. E o sorriso que compunha a imagem tão belamente? Estaria perdido se não os tivesse. Agradecia infinitamente por ter encontrado a luz que iluminou sua vida tão sem graça.


Quase pode suspirar ao lembrar dos traços delicados de seu rosto. De quando tocava cada linha carinhosamente, o fazendo fechar os olhos aproveitando melhor daquela carícia tão amorosa. Assim ficavam por horas, deitados em uma cama desarrumada.


O mundo poderia estar um caos, as pessoas se mantinham sempre contra o relógio, tentando encontrar tempo. Correndo, nunca parando para observar e aproveitar o que a vida poderia proporcionar.


Mas eles não. Ficavam dentro do quarto aconchegante, ignorando qualquer barulho que vinha das janelas ou a campainha que vez ou outra tocava, até mesmo o telefone mantinha-se escondido em algum lugar, longe o suficiente para que seu barulho fosse apenas um som distante e pouco importante, afinal tudo a volta era pouco importante quando se tinha em seus braços o amor de sua vida.


O calor que passavam e compartilhavam era como se o próprio sol vinha visitá-los, os queimavam de forma tão prazerosa que suspiros deliciados eram seus resultados.


Como era bom passar momentos calmos ao lado da pessoa que preenchia seu coração por completo.


Pode então sorrir com as memórias que pareciam crianças brincando em meio a sua mente. Cada uma rodava e rodava, rindo limpidamente. Enchia seu peito da mais incrível felicidade, pois era isso que vivia todos os dias. Vivia feliz.


E ali estava ele, em pé no meio do chão branco e gelado, sobrando o ar quente em forma de fumaça em suas mãos juntas, tentando se aquecer enquanto o esperava para comemorar mais um dia especial.


Adorava aquela data. Todas que pudesse passar do lado de seu amor eram suas favoritas, porém aquela era especial. As luzes piscando dentro das árvores que estavam ao seu redor tornavam a noite cada vez mais brilhante. As pessoas que caminhavam lentamente, tendo seus braços entrelaçados uns nos outros tentando passar um pouco de seu calor. A canção ao longe, tão bonita com aqueles sinos badalando vez ou outra na melodia fazia com que certa ansiedade se acomodasse dentro de si.


Faltava tão pouco tempo para dar a hora e ele não chegava.


Tinha seus motivos por amar aquele dia. Não era por ser apenas uma simples data comemorativa ou por admirar cada decoração bem feita e criativa, composta pelas cores dourado, vermelho e verde. Isso era pouco comparado ao motivo real.


Era o aniversário dos dois.


Incrível como há oito anos atrás eles haviam se conhecido ali, naquela mesma praça onde estava, tendo o mesmo tipo de árvores os rodeado e as mesmas luzes piscando felizes.


Ele estava tão bonito. Com um casaco que cobria e protegia seu belo corpo, mas não impedia de mostrar o quanto angelical era. Aquele rosto vermelho por causa do frio era tentador demais, irresistível para seu pobre coração que não soube o que fazer. Ora batia rápido demais, descontrolado como se estivesse corrido dez vezes por toda a cidade, ora batia tão lentamente que quase parava, parecia que uma flecha o havia atingido bem em cheio, tornando difícil respirar e se mover.


Não sabia seu nome e tão pouco sabia mais que isso. Só havia se encantado instantaneamente pelo o brilho escondido naqueles olhos fundos e escuros.


Era para caminharem cada um para seu caminho e assim fizeram, embora soubesse que seria tentativa falha ao tentar dar pequenos e simples passos, não se movia e tinha sérias dúvidas se iria voltar a se mover por um tempo. Estava paralisado pela beleza e pelo jeito como havia sido pego de surpresa por encontrar um rosto que desconfiava ter sido esculpido por anjos que de tão dedicados, saíra algo divino.


Mas ele deu aqueles passos e mesmo que estivesse estampado em sua face estonteante o quanto estava surpreso também, iria passar do seu lado como se apenas fosse algo banal e rotineiro.


Não era, não foi rotineiro e muito menos banal e ele sabia muito bem disso. Teve certeza quando ao sentir seu cheiro doce e viciante, conseguiu forças para se mexer e se virar, puxando assim seu braço.


Não era normal e tão pouco de seu feitio fazer um ato tão impulsivo, mas como poderia explicar um sentimento que nascia fortemente dentro de si? Amor a primeira a vista? Sim.


Acabara de se apaixonar a primeira vista.


Ficou ainda mais surpreso por não ter recebido uma negativa com aquela investida e assim perguntou seu nome.


A partir daquele momento tudo havia mudado. Seus ideais, seus horários, sua vida. Tudo se tornou apenas para compartilhar e seguir aquele homem que tanto se encantou, apaixonou-se naquela noite gelada.


Mal cabia em si quando fora retribuído em mesmo instante em que teve certeza que o estava realmente amando. Era um amor que poucos entediam e não iriam. Estava acima da racionalidade, da estupidez humana. Um sentimento tão único como aquele é aflorado definitivamente para poucos e se sentia tão sortudo por poder viver e senti-lo que o azul do céu parecia mais vivo, as flores mais coloridas e os dias mais especiais.


Depois de exatos oito anos eles continuavam da mesma forma. Duas pessoas extremamente fiéis um ao outro e o amor que compartilhavam.


Então daquelas lembranças antigas pode voltar as de hoje e sua ansiedade parecia aumentar. Novamente olhou para o relógio de pulso e suspirou. Cada vez mais próximo e nenhum sinal dele.


Preocupação poderia ser visível e se não fosse pela promessa que ficaria esperando pacientemente e sem se mexer, já teria corrido atrás de seu amado, mas se contentou em ficar parado olhando para todos os lados a procura da figura esguia e tão conhecida.


Qual foi sua surpresa quando ao olhar para trás uma última vez, notou alguém se aproximando. Virou no mesmo instante, sorrindo abertamente ao ver que finalmente ele estava ali.


Pode enfim sentir o que se tornou normal toda vez que seus olhares se encontravam. O coração ficava entre bater rápido e devagar. Uma mistura que o deixava anestesiado. Frio já não o incomodava mais, só queria poder correr e abraçar aquele corpo querido.


E nossa como estava bonito. Os cabelos sendo cobertos por uma touca vermelha, quente e grande. A mesma que havia dado na primeira comemoração que tiveram, sorriu ainda mais forte.


Ele parou apenas alguns passos de distância, mantendo um pequeno sorriso singelo, suficiente para o furacão de sensações atormentarem gostosamente o seu interior.


— Você está lindo.


Ele sorriu mais aberto.


Ah... Aquele sorriso. Teve certeza que as poucas estrelas que compunha o céu brilharam mais forte com aquela visão. A neve caia cada vez mais, como se pudesse tornar a cena ao ápice do perfeito, se era possível chegar a um extremo que já fora ultrapassado.


Logo caminhou sobre a neve fofinha. Pouquíssimos passos eram necessários, pouco ainda era o movimento que seus braços precisaram fazer para abraçar aquele corpo quente e que se encaixava perfeitamente no seu.


De repente o céu não era mais negro e sim uma composição de cores, das mais infinitas. Todas estouravam e brilhavam lindamente, tão fortes que iluminavam os dois amantes sozinhos e apenas eles, como se fosse às luzes de um palco focado nos atores principais e eles eram.


O tempo, junto com o destino e a vida parava para observar a peça daquele romance extraordinário. Observavam com orgulho o que tinham escrito e criado. Duas almas gêmeas juntas, nada mais que isso, tudo isso.


Notava-se o orgulho que sentiam por aproximar dois fios incrivelmente vermelhos e assim formar um, mais forte e resistente. Nada cortante iria ser capaz de quebrar aquele elo que os unia.


Um segundo se passou e fora o suficiente para que o mundo toda rodasse apenas para os dois ali, parados no meio da praça, com a neve os acolhendo como uma bela e velha amiga e os fogos de artifício gritando de felicidade lá no alto.


Meia noite o relógio marcava e os braços apertavam o corpo um do outro com mais força. Um beijo fora depositado no topo da cabeça coberta, enquanto o outro roçava seus lábios fartos e deliciosamente doces no pescoço descoberto.


Ali, naquele lugar vazio, o encontro de oito anos atrás era mais uma memória viva, como um filme mudo e colorido. Não era necessário as palavras, pois tudo o que poderiam dizer seus corpos se correspondiam com certa sincronia.


Ainda sim como se não bastasse, sussurrou na ponta de seu ouvido o que o coração ditava pelas batidas frenéticas...


— Eu te amo! Feliz Natal JaeJoong.


Simples as palavras não? Pequenas e rápidas, porém o coração que antes era um contraste com o seu por estar tão calmo, batia descontroladamente, o acompanhando no ritmo.


Sorriu por sentir aquilo e como tantas outras incontáveis vezes, agradeceu por ter encontrado o amor de sua vida.


Ele se remexeu em seu abraço, apertando ainda mais o casaco e pode ouvir um suspiro deleitoso, acompanhado de um sussurro soprado.


— Feliz natal, meu Yunho.


Quantas vezes já não haviam dito isso, ano após ano? Nunca pareciam cansados de repetir sempre as mesmas palavras e não iriam. O prazer de pronunciar era um conforto para seus corações e os faziam bater tranquilamente e juntos.


Sempre juntos.


Naquela noite o céu se acendeu e brilhou tão forte como qualquer fogo de artifício que dançava sobre o manto negro, a neve descia calma e quase sonolenta enquanto os minutos passavam, o vento rodava sobre os corpos dos dois amantes como se apreciasse mais ver aquela demonstração do mais puro amor, do que voar por entre outros lugares.


Os dois não se importavam com o frio ou o quanto acima de suas cabeças poderia ter um espetáculo lindo, eles estavam ali, mais um ano juntos.


Sempre juntos. Isso era o que mais e sempre importará.



Meu maior desejo é ter você perto

Perto do coração, perto do meu amor

Nós devemos ser capazes de confiar nesse amor

Permanecerei aqui por você, eternamente

Perto do coração, perto do seu amor, sempre

Para compartilharmos até mesmo a solidão de nossos corações

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Notas finais do capítulo

Trecho final e título da fic são da música Winter Rose.
Feliz natal galera, adiantado. (;