Crias Perdidas dos Deuses escrita por MarceloPassos


Capítulo 2
Capítulo 2




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Levantei cedo, a nossa escola não pedia que usássemos uniformes, então vesti um allstar azul, uma calça jeans, uma camiseta azul listrada.Pus minha bolsa nas costas, coloquei meu anel no dedo e fui tomar café.Assim que terminamos nosso café, descemos o prédio, pegamos um taxi e fomos para nossa escola.

Era um prédio de dois andares enorme, com quadra, campo, laboratórios, refeitório e o melhor uma piscina. Estava doido para pular naquela piscina.

- Ei, Carlos, vê se não vai sair roubando os alunos. - comentou Patrícia.

- Ah, mas nem um pouquinho?

- Quem sabe se eles encherem o seu saco.- sussurrei para ele.

Subimos para o segundo andar e fomos procurar nossa sala, segundo ano D.Achamos  a sala e entramos em uma sala ampla, com umas quarenta cadeiras, um piso de madeira, as paredes eram brancas com alguns desenhos.Nós procuramos onde nos sentar, e sentamos eu e Carlos juntos, e atrás de nós sentaram as meninas.Não tivemos muito tempo para conversar, pois mal sentamos e o professor entrou na sala.

- Bom dia turma!

- Bom dia professor Alberto!- responderam os alunos.

- Vejo que temos novos alunos na sala.- o professor falou olhando para nós- Que tal se apresentarem para a turma?

- Meu nome é Max, e esses são Carlos, Julia e Patrícia.- falei apresentando meus amigos que apenas acenaram.

- Olha, o grupo tem um porta voz.- disse um menino sentado mais ao fundo.

- Por que você não vem aqui e eu te mostro o porta voz.- falei olhando para o menino.

- Rafael!Calado!E Max, esse é seu primeiro dia, acho que você não vai querer ser expulso agora.

Sentei-me e olhei para o tal de Rafael, a se ele me provocasse eu ia acabar com ele.

- Não se preocupe Max, depois nós preparamos uma pegadinha pra ele. - sussurrou Carlos no meu ouvido.

Virei-me para frente e tentei prestar atenção na aula de química, mas não era fácil já que eu era um semideus. Três aulas se passaram e finalmente o recreio chegou. Descemos até o refeitório, pegamos nossos lanches e fomos nos sentar em uma mesa mais afastada de todos. Enquanto lanchávamos, Patrícia montava um atirador feito com colheres e elásticos, Carlos voltara a mesa e jogou alguns trocados na mesa, e Julia tentara desviar  alguns olhares assanhados.

Rafael e dois amigos deles se aproximaram da nossa mesa. Olhei para Carlos e dei um sinal, ele sabia o que fazer.

- Olha os novatos. Gostaríamos de lhes dar as boas vindas e avisar que temos um trote de boas vindas para os calouros. E ai, aceitam?

- Olha aqui, por que não cuida da sua vida em?- respondi a ele enquanto nos levantávamos

- Olha aqui garoto, toma cuidado garoto, senão...

- Senão o que?- tirei o dedo dele da minha cara e cerrei meu punho pronto para bater nele.

- Eu vou te matar seu bosta!

Mas antes que pudesse tentar algo as calças do Rafael e dos amigos dele caiu, atrás deles Carlos segurava o cinto dos três, ele os jogou longe e os três patetas foram buscar.

- Sabe que agora vocês estão encrencados né?- falaram juntas as meninas.

- Sim, mas valeu a pena não?- Carlos tinha um sorriso maroto no rosto.

Terminamos de lanchar e voltamos para a sala, quando entramos Rafael olhara pra gente e fez um sinal que parecia ser, te pego na saída. Ele que não sabia o que esperar. Mais duas aulas se passaram, e a última aula ia ser educação física, nessa hora cada um foi para um canto. Eu cai na piscina, Carlos foi apostar corrida, e as meninas foram jogar vôlei.

Assim que terminei de dar uma lição naqueles nadadores de araque, fui até o vestiário, me encontrei com Carlos, nos arrumamos e fomos para o portão esperar as meninas.

- Ih, olha quem vem ai. - falei apontando para o Rafael.

- Agora vocês não me escapam!- disse ele tirando a mochila das costas- Não se metam nisso, quero acabar com eles um por um. Primeiro você- ele falou apontando pra mim.

Tirei a mochila das costas, e falei para o Carlos me dar cobertura caso eles quisessem aprontar. Assim que me virei Rafael investiu contra mim, eu esquivei e dei uma cotovelada, ele caiu no chão e um dos amiguinhos dele veio tentar me pegar, mas Carlos deu um jeito nele rapidinho. Quando se levantou, Rafael segurava um pedaço de madeira, mas eu tinha meus truques, minha espada por ter um lado feito de ferro marinho pode acertar humanos. Esquivei-me de um golpe dele e invoquei minha espada. Desviei um golpe dele com minha espada, e fiz com que um fio de água puxasse o pé dele e ele caísse em uma poça na rua.

Guardei minha espada, botei minha mochila nas costas e segui com meus amigos para o shopping, chegando lá subimos para a praça de alimentação, almoçamos e depois fomos dar uma volta.

- Sabe que amanhã vocês vão se encrencar né?- Patrícia comentou enquanto olhava uma vitrine.

- Ele que provocou, e mereceu. - Carlos concordou comigo.

Caminhamos pelas lojas olhando roupas, livros, e outras coisas. De vez em quando tinha que controlar Carlos a não roubar nada. Compramos alguns aparelhos para a Patrícia, e demos um pulo no mercado antes de sair. O bom de andar com uma filha Afrodite é que com o poder de persuasão delas pagamos bem menos pelas coisas.

Saímos do shopping e seguimos em direção para nosso apartamento.Enquanto seguíamos pelas ruas dentro do taxi, Patrícia tentava consertar seu aparelho de rastreamento.Assim que descemos do taxi, o aparelho de rastreamento começou a apitar.

- Ei, gente, olhem isso.Acho que encontrei um semideus.

- Vocês duas, subam e fiquem lá em cima.Eu e Carlos vamos atrás desse possível semideus!

- Por que vocês?

- Por que se não for nada, vamos todos perder a viagem.Melhor só nós dois perdemos a viagem.- respondi a Julia

As duas concordaram e subiram para o apartamento.Eu e Carlos corremos para o lugar de onde vinha o sinal.O lugar era um galpão abandonado, todo quebrado, e por incrível que pareça somente naquele lugar estava escuro, uma placa pendurada na porta dizia: “NYX cosméticos”.

- Será que é o que estamos pensando?

- Espero que não Max, espero que não.

Entramos por uma janela e demos uma olhada no que estava acontecendo. Lá dentro uma menina estava amarrada e pendurada sobre um caldeirão. Duas mulheres, uma fúria e Ortros, o cão de duas cabeças filho de Equidna.

- Acho melhor chamarmos as meninas.

- Não Carlos, não adiantaria nada.Vamos contar com o efeito surpresa.

Carlos deu a volta no galpão por fora, entrou pelo outro lado, e me jogou a ponta de uma rede.Agarrei ela e estiquei pronto para jogar em cima das bruxas.Carlos deu o sinal, eu soltei a rede e ela caiu sobre as duas bruxas, assim que a rede prendeu elas eu saltei com minha espada em punho e cai em cima da fúria cortando-a o pescoço.

- Carlos, cuidado!!

Carlos estava indo em direção a menina quando Ortros o atacou, por sorte ele conseguiu desviar a tempo.Antes de ir ajudar ele, empurrei o caldeirão no chão, soltei a menina inconsciente, deixei ela de lado e fui ajudar Carlos.

Carlos tentava jogar uma corda no pescoço de Ortros. Sai correndo na direção deles e cheguei derrapando no meio dos dois e fazendo um corte no pé de Ortros.Consegui desviar a atenção dele, ele investiu contra mim e eu fiz com que um jato d’água explodisse nele, jogando-o pra longe.

- Carlos!Quando eu gritar já você manda esse gancho!

Assim que terminei de falar Otros surgiu do nada e pulou na minha frente.Cai para trás e corri para longe dele, dei a volta inteira no galpão com aquele cão gigante atrás de mim.

- Já!- gritei pra Carlos

Agarrei o gancho que ele jogou pra mim, pulei em uma parede, e usei ela como apoio para saltar sobre as costas do cãozinho.Assim que cai nas costas dele encaixei o gancho na coleira dele e fechei o trinco na coleira dele.Pulei das costas dele e Carlos apertou um botão travando o gancho, e impedindo Otros de me comer.

- I ai?Será que tem como aproveitarmos esse cãozinho lindo?

- Acho que não Carlos.Melhor acabarmos com ele agora.

Empunhamos nossas espadas e fincamos no peito de Ortros, assim que retiramos ela do peito dele ele se desmanchou em pó.Corremos  para socorrer a menina caída.Ela estava toda suja, branca, e com as roupas todas rasgadas.Peguei ela no colo e mandei Carlos chamar um taxi.Entramos no taxi, e seguimos para o apartamento.Quando chegamos lá corremos para dentro e assim que chegamos coloquei ela em um quarto, e mandei as meninas cuidarem dela.

Tomei um banho e fui me deitar.Amanhã teríamos um longo dia.


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