Duas semanas Depois.

Enfim tivemos alta, não conseguiria ficar muito mais tempo naquele lugar entediante.

Depois de um tempo tive os relatórios do dia da luta, nos tivemos muitas baixas, mas cumprimos com nosso objetivo, exterminamos quase todos os Strigois. Com o nascer do sol e a tentativa de fuga deles, Morois mais uma vez utilizaram de sua magia e eliminaram quase todos, o pouco numero que sobrou deles logo não existira mais, havia algum tipo de plano de caça aos Strgois.

Sentada no sofá da casa do meu pai na corte tentava me distrair com algumas revistas, por mais que tentasse nada parecia me agradar. Me levantei e comecei a andar pela casa. O tédio era tão insuportável, e a ansiedade não melhorava em nada, ninguém estava em casa, minha mãe e meu pai estavam com suas responsabilidades, Daniel  estava por ai e Dimitri Havia sido convocado para uma reunião para o recoloca mento de Guardiões. Aparentemente ele ficaria na corte por uma tempo. E Eu ...? Eu estava aqui curiosa e ansiosa com sua chegada pois quando voltasse teríamos uma missão suicida.

Contaríamos a minha Mãe.

Acho que não tenho nervos pra isso. Não que ela realmente possa dar alguma opinião sobre nos, mas Dimitri ainda sim quer saber o que ela acha, eu tenho a em preção que ela dirá o que acha, de uma maneira nada agradável de ouvir.e eu não quero realmente ter uma discutição com minha mãe. Agora que eu estava me acostumando com sua presença distante estava preste a colocar tudo em jogo, mas por mais que me estressasse, era o certo.

Bom Dimitri insistiu tanto na noite passada.

Flash Back on

Noite passada, eu descansa nos braços de Dimitri me recuperando de uma noite quente com ele. Ele acariciava minhas costas nuas suavemente enquanto regularizávamos nossas respirações. Tinha sido tão maravilhoso como tudo era com ele.

Do nada ele suspira. Aquilo não foi um bom sinal.

“ O que houve camarada?” perguntei sem olhar pra ele.

Silencio.

Deixei um beijo em seu peito onde apoiava minha cabeça. Esperei mais um pouco, mas nada.

“ Dimitri?” levantei minha cabeça olhando para seus olhos fechados, que se abriram levemente. “ O que houve?” repeti minha pergunta.

Ele me encarou com aquele mar de chocolate.

“ Só pensando.” Ele franziu a testa.

“ Em que?” desfiz as dobras de sua testa com o dedo.

“ Em nos.” Aquilo não era bom

“ E a que conclusão chegou.” Perguntei levemente.

“ Não podemos continuar assim.”

Realmente não era nada bom. Apoiei-me em meu braço deixando meu rosto ao nível do seu.

“ Não estou entendendo.”

Ele parou um pouco, pensando antes de responder.

“ Não quero que fiquemos assim. As ... escondidas, quero que todos quando olharem pra você saiba que você é amada, que eu te amo e que você é minha.”

Meu coração deu um pequeno salto triplo carpado de alegria, mas queria saber onde isso ia chegar.

“ e que você pretende fazer sobre isso?”

“ em primeiro lugar?” perguntou, eu concordei com a cabeça. “ Vou dizer a Dona Janine que estamos juntos.”

“ Concordo, não acho tão significativo, mas concordo.” Ele me olhou mais serio ainda. E as rugas voltaram.

“ Rose, ela é sua mãe, Claro que é significativo.”

“ Não acho que a opinião dela vai valer muito entre nos, e realmente não quero ouvir o Chilique da Dona Janine.” Fim careta com o pensamento.

“ Vocês terão que se dar bem, me parecia que você a estava a aceitando bem. Me enganei?”

“ Não em todo. Eu a aceito, como pessoa, e ate como minha mãe. Mas não ponto dela ter algum direito em optar em minha vida.”

Ele ficou em silencio um tempo antes de responder. “ entendo. Então vamos contar pra ela amanha.”

“ por que tão rápido?”

“ Já não acha que adiamos isso de mais?”

“ é ta certo.”

“ Então amanha.” Eu concordei. “é melhor você dormi, não esta 100% ainda.”

“ estou totalmente recuperada.” Resmunguei.

“ Sei.”

“ esta duvidando de mim senhor Belikov?”  me levantei um pouco olhando para ele com fingida raiva.

“ mas é claro que não” ele disse acenando com a cabeça em afirmação.”

Rapidamente me sentei em sua barriga, com minhas pernas em cada lado do seu corpo.

“ Vou te mostrar o quão 100% estou. Camarada”. Sussurrei  em seu ouvido.

“espero que sim.”

Minha boca caiu em seu pescoço, descendo ate seu peito, sua barriga, segui seu caminha para perdição, subi beijos molhados por toda a extensão de seu membro ereto pra depois fazer todo caminha inverso, parando em seu ouvido.

“ Basta saber se você vai topar, camarada.” a resposta meio em forma de ação, logo nossas posições estavam inversas, seu corpo quente por cima do meu.

A noite foi longa e emocionante.

Fim de Flash Back

Agora eu andava pela cozinha, ansiosa pela chegada de Dimitri e animada pelas lembranças de ontem. Eu estava ainda batucando em minha cabeça quando escuto a porta da sala. Ser aberta, tão ansiosa que literalmente corro ate lá.

Entrando pela porta estava minha mãe com Dimitri logo atrás.

Era agora.

“ Mãe.” A cumprimentei de longe. Dimitri deu a volta e estava parado a uns dois metros de mim.

“ Oie, Dimitri disse que tinham algo importante a me dizer, esta tudo bem?” seu tom era fechado e profissional, não como uma mãe que estava preocupada com o bem estar da filha, eu realmente pensei que tínhamos progredido em algo, falho enganos.

“ é mãe temos algo pra te contar.” Falei imitando seu tom profissional.

“ Por que não nos sentamos?” Dimitri perguntou. Se não o conhecesse bem eu poderia jurar que ele estava nervoso.

Minha mãe pareceu ponderar, ergueu o ombro em sinal de tanto faz e se sentou na poltrona nos indicando o sofá de  quatro lugares, eu me sentei ao lado de Dimitri.

“ Janine....” começou Dimitri, eu nunca o vi lutar tanto com as palavras. Seu pescoço tinha adquirido um tom interessante de vermelho. Resolvi tomar as rédeas. Só tinha uma maneira de fazer isso. Dei um tapinha na mão de Dimitri antes de segura-la. E lancei a bomba. Que se dane.

“ Dimitri e eu estamos juntos, tipo namorando e isso já faz um tempinho.”  Disse calmamente.

 Seu rosto foi ficando cada vez mais enrugado, sua mascara de guardiã se desmanchava aos pouco e o choque aparecia no lugar.

“ Desculpe eu não acho que entendi.”

“ Janine, eu amo sua filha, ela é  mulher da minha vida, a mulher por quem me apaixonei.”  Dimitri interveio.

Mais alguns segundos e o esperado aconteceu, Janine Hathaway surtou.

“ Como se atreve a dizer uma coisa dessas? E você Rose? Te deixei na Academia para que se formasse e se tornasse uma boa Guardiã e  não se jogasse em seus professores. E Você Belikov. Realmente esperei tudo menos isso, sempre achei que a proximidade de vocês estranha, mas Rose estava melhorando mais nunca pensei que seduziria uma aluna.” Ela gritou.

Eu fiquei extremamente magoada em saber o que ela realmente pensava de mim. Deixei minha raiva estourar.

“ Como se você se importasse se eu me jogo em alguém não é? E ninguém foi seduzido aqui, eu me apaixonei, ele se apaixonou e aqui estamos, isso tudo que você precisa saber.” Eu gritei de volta.

“ é claro que eu me importo, não é apenas o seu nome que esta sendo jogado na lama, eu não admito isso....”

Eu a cortei.

“ Ótimo, sua opinião não me importa, e desculpe por carregar seu nome, não se preocupe a partir de hoje não o utilizarei mais. Assim sua tão importando reputação não será manchada com uma filha inútil e desprezível. Agora que esta ciente já pode ir. Nossa conversa acabou.”

Ela ficou roxa. “ Nada disso, eu não permitirei isso, você é minha filha e eu estou dizendo que essa palhaçada esta acabando aqui.”

“ Você não tem esse direito, não sou nenhuma criança, não dependo de você e nunca dependi, você não vai dizer o que eu vou ou não fazer. Já cansei disso.”

“ por favor se acalmem,não é desse jeito que as coisa vão se resolver, Rose por favor, se acalme.” Ele veio em minha direção e pegou meu Braço me puxando pra seu lado.

Minha mãe se aproximou de nos. “talvez isso seja bom mesmo, assim todos saberão o que você realmente fazia na Academia, e talvez todos aqueles boatos sobre sua conduta não fosse realmente mentira, a sua fama de vadia.”

Tudo aconteceu muito rápido. Como um relâmpago minha mão estalava no rosto de Janine, a porta da sala se abria e Dimitri tentava me segurar.

“ O que esta acontecendo aqui?” Perguntou um Abe muito fulo.

Janine segurava o rosto vermelho me olhando espantoda e Dimitri não sabia o que fazer.

“Acho que você já pode ir embora agora.” Disse fria.

“ Pode se ouvir seus gritos por toda corte. O que ta acontecendo?” meu pai analisou a situação, Dimitri me segurava com força e minha Mãe tinha a marca de uma mão em seu rosto. “ Janine.” Ele exclamou.

“ Abe, você sabe com quem sua preciosa filha anda dormindo?  Talvez você queira saber que ela anda nas camas dos professores idiotas de sua antiga escola.” Ela disse cheia de veneno e raiva, eu nunca esperei algo assim dela. Minha raiva por ela aumentava cada vez mais.

“ Não acho que saiba de quem você esta falando, pois MINHA filha não é a coisa que você esta insinuando.” Meu pai retrucou.

“ Como não olha bem pra esses dois. Me diga o que você vê.” Ela disse arrogante.

“ Vejo minha filha e meu Genro, apavorados por ver uma sena como a que você estava apresentando.” Meu pai disso serio.

“ Genro? Filha? Quer dizer que você sabia dessa atrocidade? Que você concorda com isso? Como fica seu nome nisso tudo? O tão poderoso Abe concordando com um circo desses? Acho que tu...”

“ JÁ CHEGA.” Meu pai gritou a todos os pulmões. “ é melhor você ir agora, sua atitude não agrada a ninguém, nunca esperei que você se comportasse dessa maneira, você com toda certeza não é a pessoa que eu conheci a anos, você se tornou uma pessoa fútil preocupada apenas com as pessoas vão pensar e não na felicidade dois seus filhos, não quero te ver aqui de novo, quando você resolver se comportar como uma mãe voltaremos a conversar.” Nunca vi Abe tão transtornado e furioso.

Minha mãe ainda em fúria saiu pela porta.

O silencio que se seguir foi calmante, mas logo foi quebrado por um soluço forte que rompeu em meu peito.

Por que pra mim tudo tinha que ser difícil. Nunca pensei que minha mãe agiria daquela forma. O que ela estava pensando? A cada segundo que pensava nisso me entristecia mais. Os braços de Dimitri me cercaram e me arrastaram pro sofá me sentando em seu lado.

“ Eu a odeio.” Eu disse, e ao contrario da ultima vez que disse isso, ele não discordou de mim.

“ Shiiiiiii” ele me acalmou.

Meu erro foi pensar que um dia nos nus daríamos bem, foi me deixado abaixar barreiras perto dela, que na verdade nunca fez nada  mais do que apontar meus defeitos e criar alguns que eu nem tinha.

Mas isso não se repetiria. Nunca mais.