~“ Os lábios do loiro percorriam pelo pescoço de seu irmão, Gilbert, com aqueles toques, não conseguia se controlar. Estavam trocando amassos escondido, como dizem, realmente é gostoso e muito excitante. O prussiano dedilhava as costas nuas do mais novo até sua nuca, onde segurou com força as madeixas loiras deste. Os gemidos um pouco afeminados escapavam dos lábios do representante de seu país nas reuniões, e isso apenas animava o loiro em relação aos toques.

    - Bruder... Ver você gemer é tão bom... – O loiro murmurava abafado no ouvido do mais velho.

    - Bastard... – resmungou com aquele sotaque pesado. – Espero poder ouvir os seus gemidos depois.

    - Mas é claro... Aliás, bruder...

    - Ja?

    - Ich liebe dich.”~

Infelizmente, o som agoniante dos freios do trem e a voz masculina que aparentava muito ser a do maquinista, acordaram o prussiano. Aquele devaneio durante o sono o deixara com um grande volume entre as pernas, algo que começou a incomodar Gilbert estranhamente. Onde ele está..?  Pensava enquanto se levantava do banco do trem, se retirando dali, procurando pelo mais novo, esperando, claro que pudesse encontrá-lo ali. Assim, ouviu brevemente algo chamando seu nome. Olhou para os lados, até que novamente ouvira o próprio nome e esquecera de olhar para trás, assim, avistara o seu irmão. C-como?!?!?!?! Pensara. Nunca imaginaria como o próprio irmão ficaria, além de mais alto, muito mais belo do que antes. Claro, ele nunca deixara de ser lindo, mas... Agora estava ainda mais belo. De forma estranha até. Suas madeixas eram puxadas para trás com um gel, porém, havia um fio rebelde que permaneceu fora, dando-lhe até mesmo um charme. Suas costas eram aparentemente largas, e seu corpo comprido e musculoso dava-lhe um ar mais “durão”, mais valente. Um sorriso surgira nos próprios lábios e tudo o que fizera fora envolver o mais novo nos braços de forma carinhosa e um pouco carente.

       - Bruder! Como é bom estar de volta... – Dizia.

       - Como é bom recebê-lo... – murmurou o loiro.

       Fitar aqueles olhos azuis era difícil, ainda mais agora, que estavam ainda mais brilhantes e transmitindo tanto carinho e saudade. Gilbert esperou durante cinco anos aquele momento, queria selar os lábios do alemão mas tinha um puto medo de estragar tudo. Não ligando muito, o prussiano escondia o rosto na curvatura alheia com um sorriso largo em seus lábios. Ludwig não sabia o como estava feliz em poder envolver seu corpo carinhosamente. Poder apertá-lo e finalmente estar perto dele. Porém, aquele mar de sentimentos com uma onda de felicidade passara ao se afastar.

       - Bom, vamos? – sugeriu o loiro.

       - Ja!

          E então o loiro puxava o prussiano consigo para caminhar pelas ruas de Berlim, agora tão movimentada. Não só por italianos e alemães, mas por judeus encaminhados para serem castigados, japoneses ajudando na construção de aviões e é claro, um casal totalmente feliz, independente se era um casal homossexual ou heterossexual, o que importa é que na opinião dos alemães presentes ali, começaria uma nova era.

        - Bruder, como está a mutter? – perguntou Gilbert.

        - Está bem! Ela estava fazendo seu almoço favorito.

        - Arroz, einsbein e batata corada?!?!?! – exclamava.

        - Ja!

        - Aaaaaaaaaah mutter, como é bom estar de volta!

         E ambos irmãos puderam rir alegremente, assim, dando passos largos e rápidos. Gilbert adorava reviver tudo aquilo, não agüentava mais comer as salsichas mal feitas pelo mesmo restaurante, e aliás, sua mãe cozinhava muito bem, dava até água na boca só em saber que ela faria um tipo de lanche de chá da tarde. Porém, o mais velho apenas queria saber de sair com o alemão para algum lugar, assim, parou e fitou o irmão nos olhos.

       - Bruder, vamos sair pra algum lugar hoje?