A euforia que tomava conta de mim, acho que nunca senti tanta ansiedade na vida. Depois de tanto tempo dormindo, depois de muita luta eu ia conhecer minhas princesas, eu estava uma pilha de nervos.

- Calma Tessa – disse Tom rindo.

- Como? – perguntei nervosa quase pulando da cama.

Quando ouvi a maçaneta girar meu coração parou e só voltou a bater quando minha mãe entrou carregando um embrulho rosa. E logo depois entrou dona Simone com outro. Eu podia ouvir um bipe irritante batendo bem rápido mais aquilo não conseguia atrair minha atenção nem por um milésimo de segundo.

Minha trouxe a primeira e colocou nos meus braços e eu comecei a chorar e a rir ao mesmo tempo. Ajeitei uma num braço e peguei a outra no outro.

Elas eram tão lindas, bochechas rosadas, pele macia, quase carequinha mais já se percebia que o cabelo seria loiro escuro igual ao do Tom. Elas pareciam muito com ele, só os olhos que eram idênticos aos meus.

- Elas são tão lindas – falei emocionada.

- Igual a você – disse Tom sorrindo bobo me dando um selinho.

Passei horas adorando minhas princesas, mais acho que nem todo tempo do mundo seria suficiente. Quando acabou o horário de visitas todos foram embora, menos Tom é claro, que estava dormindo numa poltrona perto da minha cama desde o parto, ou seja, quase uma semana.

- Tom – chamei o vendo se ajeitar na poltrona para dormir – Você não pode dormir nessa coisa.

- Já tô acostumado amor – falou ele.

- Deita aqui comigo vem – falei arredando para a ponta da cama – Essa cama é grande o bastante pra nós dois.

- Você precisa descansar Tessa e pra isso precisar dormir muito bem – rebateu ele.

- Amor vem aqui vem – falei fazendo manha – Por favor.

- Tom me olhou por alguns e suspirando derrotado veio deitar na cama. Deitei sobre ele escondendo meu rosto no vão do seu pescoço, e sorri quando senti ele se arrepiar apertando mais seus braços em volta da minha cintura.

- Senti sua falta – disse Tom quebrando o silêncio.

- Eu também – falei levantando a cabeça para olhar seu rosto perfeito.

- Nunca me deixe– disse ele com a voz rouca.

- Jamais – falei bem próximo a sua boca e lhe dei um beijo que nós vinhamos negando um ao outro desde que eu acordei.