A operação sair da fossa começou no outro dia, como prometi  ao Tom. Todos estavam dispostos a ajudar. Justine como sempre disse que já estava mais do que na hora por que o look de deprimida não combinava comigo.

Ficamos na piscina, assistíamos filmes, fazíamos guerra de travesseiro, brincávamos de pintar minha barriga com Layla tirando fotos o tempo todo para mostrar ao Tom eu estava cumprindo meu trato.  

Já tinha se passado duas semanas desde a minha conversa com o Tom e como prometi sai da minha fossa e ele estava super feliz com isso.

- Justine eu não vou com esse sapato – falei pra ela quando saiu do closet com um sapato de uns 5 centímetros de salto. Iríamos ao médico ver se estava tudo certo com a minha gestação. Eu já estava de quase 7 meses faltavam 3 dias para completar os sete.

- Nem é tão alto – se defendeu ela.

- Nada de salto – disse Layla.

- Você é louca – disse Bianca entrando no meu closet e saindo com uma sapatilha  prateada.

- Nossa eu estou enorme – falei me olhando no espelho. Eu estava com um vestidinho preto, um tiara no cabelo, nada de maquiagem e as sapatilhas prateadas.

- Vamos se não vamos chegar atrasadas – disse Bianca.

- Eu tô louca pra ver elas – disse Justine animada – Será que da pra ver com quem se parecem¿

- Eu acho isso difícil – disse Layla.

- Mais eu já vi em vários filmes onde o médico dizia “ Ele tem a cara do pai”. Só de olhar – rebateu Justine.

- Estamos falando de filmes Justine – disse Layla – Aqui é a vida real.

Então elas começaram a discutir sobre a versão de realidades dos filmes.

- Vem – disse Bianca me levando pra fora do quarto – Essas duas não vão parar tão cedo.

Bianca me ajudou a chegarmos até a sala onde mamãe  já nos esperava. Papai iria nos encontrar no médico por que tinha umas coisas pra resolver no hotel. No caminho só se ouvia as vozes das duas matracas que agora estavam discutindo qual seria a cor do cabelo das gêmeas.

Fechei os olhos me desligando do mundo me lembrando das noites maravilhosas que eu tive com o Tom. A sua boca suave sobre a minha, seu corpo quente contra o meu, suas mãos delicadas explorando meu corpo, seu ...

- Tessa ... filha – ouvi mamãe me chamar. Abri os olhos e o carro estava na garagem do hospital – Chegamos querida.

- Ok! – falei soltando o sinto e a porta do meu banco foi aberta – Obrigada papai.

- Oi filha – disse ele me ajudando a descer.

Dessa vez não tinha um batalhão de seguranças, eram só 4.  O estacionamento estava vazio, por isso entramos logo antes que descobrissem que estava lá.

Íamos andando pelos corredores e as pessoas saiam correndo pra fora do caminho, devia ser por causa das caras de maus dos seguranças. Depois de passar pela recepção eu fui levada diretamente até a sala onde seria feito todos os exames e todos entraram comigo, menos os seguranças é claro.

- Olá a todos – disse o doutor entrando na sala alguns minutos depois.

- Olá doutor – responderam todos.

- Bom vamos ver como estão essas garotinhas tão famosas – disse ele brincando.

Eu estava nervosa por que o Tom não estava aqui. Em todas as minhas vindas ao médico ele estava comigo e hoje não. Não que eu pensasse que poderia encontrar alguma coisa de errado ... Eu só queria ele aqui mesmo.

Depois de tirar sangue, ver a minha pressão e muitos outro exames chegamos na parte que as garotas estavam tão interessadas.

Elas se agruparam super interessadas olhando para a pequena TV. Particularmente eu tentava encontra sentido enquanto olhava o que deveria ser as minhas princesas mais não conseguia. Por um segundo eu entrava em pânico com medo de elas não serem reais. Mais então o doutor colocava o som do vídeo e eu podia ouvir seus coraçõesinhos batendo era musica mais linda do mundo para os meus ouvidos.

As pessoas devem pensar que não tem nada demais em ouvir o som do coração de um bebe batendo. Pra elas podem não significar nada, mais pra mães significa tudo. Esse é o som da vida, é o som que faz você saber que aquela pessoinha dentro de você  é real, que o amor que você sente por ela não é infundado.

-  Tessa você está bem¿ - ouvi Layla falar – Tá sentindo alguma coisa¿

- Não eu ... – falei piscando e senti as lágrimas transbordarem dos meus olhos – Eu tô legal.

- Então por que você chorando¿ - perguntou Justine confusa.

- Emoção né sua tonta – rebateu Layla.

- Não vão começar de novo pelo amor de deus – falou Bianca brava.

- Bom a Tessa está ótima – disse o doutor olhando a minha ficha – Nada de anormal, seu peso está normal, assim como a pressão e as gêmeas também está ótimas.

- Obrigada doutor – falei agradecendo.

- De nada – disse ele apertando a minha a mão e a soltando logo em seguida – Agora esperem aqui enquanto eu vou pegar as suas vitaminas.

- Eu achei elas mais parecidas com o Tom – disse Justine assim que o doutor saiu.

- E você conseguiu enxergar alguma coisa¿ - perguntou Layla duvidando da irmã – Eu não consegui enxergar nada ... só um pé talvez.

- É claro que eu enxerguei – rebateu Justine ofendida, Bianca bufou e meus riam vendo o bate boca das duas.

Alguns minutos depois o doutor trouxe as vitaminas e saímos da sala. mais se soubesse que iria  encontrar a pessoa que eu mais odeio no corredor acho que poderia morar dentro daquela sala.

- Ora ora se não é Tessa Rynald Pirreli – disse ela com desdém – Nossa você está maior que um elefante.

- E se você não quiser ficar parecendo com um melhor calar a boca – disse Justine indo pra cima dela mais foi segurada por Layla.

Mylena Lellis é a minha maior inimiga desde a 7ª série. Ela passou a me odiar depois de eu supostamente roubar o seu namorado, sujeito esse que nunca nem namorou, sujeito esse que nunca deu mais que um oi pra ela. Pedro.

- Vejo que esse é um assunto delicado – disse ela enquanto eu a olhava e não conseguia ter nenhuma reação – Não é a toa que seu namoradinho saiu em turnê o mais rápido possível – e me olhou de cima a baixo – Você parece que vai explodir a qualquer momento.

Eu não via nada na minha frente a não ser o seu olhar maldoso. De repente ela foi jogada no chão e alguém montou encima dela lhe dando vários tapas.

Logo o corredor se encheu de gente e muitos seguranças apareceram. Senti alguém me puxar  e foi me levando não sei pra onde. Minha vista estava embasada com as lágrimas não derramadas.

Ouvi o barulho de portas batendo e percebi que estava dentro do carro com minha mãe.

- Filha não liga pro que ela disse – falou mamãe pegando meu rosto entre as mãos – Aquilo foi só pra atingir você.

- Mais ela t-t-tem razão – falei chorando – Eu devo está maior que um filhote de elefante.

- Isso não é verdade – falou ela firme – Você está grávida. Algum dia ela também vai ficar e também vai ficar desse tamanho.

- Só que ela não está grávida agora está¿ - falei alto.

Minha mãe  abriu a boca para responder mais se calou quando um papai nervoso abriu a porta. Bianca entrou, logo depois Layla e uma Justine descabelada. Ninguém falou nada o caminho todo, as vezes mamãe fazia menção de falar alguma coisa mais desistia.

- Arrrreee ... se o senhor não tivesse me tirado de cima dela tio eu ... urg – disse Justine nervosa assim que entramos na minha casa.

- Foi para o seu bem querida – disse ele simpático.

Passei direto por todos subindo as escadas não me incomodando de pedir pra alguém me acompanhar.

- Tessa você ... – ouvi dizer mamãe mais corri direto pro meu quarto, tranquei a porta e me joguei sobre a cama.

- Tessa abri essa porta – era Layla.

- Você não devia ligar para o que a FF diz – essa era Justine. ( FF : Fode Fode)

- Tessa a Justine está certa – Bianca – Você sabe que ela morre de inveja de você e sempre arruma um jeito de te rebaixar.

- SÓ QUE AGORA ELA NÃO TEM POR QUE TER INVEJA DE MIM – gritei de volta – JÁ QUE EU PAREÇO UM FILHOTE DE ELEFANTE.

- Não você parece  uma idiota por deixar ela  tingir você desse jeito – falou Bianca.

- VÃO EMBORA – gritei.

- Mais Tessa ... – começou Justine.

- Deixa Justine – falou Layla – É melhor nós irmos embora.

Ouvi os passos delas descendo as escadas e mais nada.

A insegurança que eu lutei tanto pra esquecer voltou com toda a força. Eu me sentia um lixo  ao me lembrar de todas aquelas fãs, que não tinham uma barriga do tamanho de uma melancia, perto do Tom, tocando ele , abraçando e a qualquer momento ele podia cair na tentação. Eu sei que ele me ama, mais ele sempre vai ser homem e os homens às vezes são estúpidos.

Meu celular tocou, quanto vi o nome do Tom piscando na tela eu o joguei  pela janela e cai no choro.