Acidental escrita por Bella Cullen


Capítulo 17
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora é que esses dias foram uma loucura.
Acreditam que quando a minha mãe foi buscar o meu boletim na minha escola eu estava reprovada. Foi um Deus nos acuda, sorte a minha que eu a convenci de que estava errado ... e estava mesmo. Fui lá armei o maior barraco e consegui minhas notas certas. Agora sou uma aluna do 3 º ano do ensino ... Viva eu !!!



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Segunda chegou como num piscar de olhos. Tom fez de tudo pra me deixar confiante de que ele me amava, mais a insegurança sempre pairava no ar. Tentei ao maximo não deixar ele perceber isso. Por que confiança se adquiri superando os abstáculos e se quiser deixar de me sentir assim eu tenho que superar esses obstaculos.

Ele foi embora na segunda a tarde. Eu sentia o mundo pesando nas minhas costa enquanto via ele entrar no carro e sumindo pela rua.

Subi direto pro quarto, me joguei sobre a cama abraçando minha barriga e desabei a chorar. Minha vontade era ligar pra ele agora mesmo e pedir pra ele voltar. E eu sei que ele voltaria se eu pedisse, mais esse era o sonho dele, fazia parte da sua vida, era o que o deixava feliz e tudo o que eu mais queria era ve-lo feliz.

- Filha isso não faz bem pra você – disse mamãe sentando ao meu lado na cama – E nem pra minhas netinhas.

- Não dá ... pra ... controlar – falei entre soluços.

- Não é melhor você pedir pra ele ... voltar¿ - perguntou ela hesitante.

- Não – falei me controlando – Eu nunca fui uma garota mimada e não vou começar agora. Além disso a banda faz parte da vida dele e eu tenho que aceitar isso.

- Mas ... – tentou ela.

- Não mamãe é coisa certa se fazer – falei suspirando me sentando limpando as lágrimas do rosto – Eu não quero fazer o Tom abrir mão disso só por causa de nós. Eu sei que ele diz que não está perdendo nada mais ele é bonito, jovem, e concerteza não pensava em ter filho tão cedo. Mais Tom abriu mão de muita coisa pela gente – acaricei o grande volume no meu ventre – Não quero faze-lo infeliz por fazer ele escolher entre nós e banda.

- Tudo bem se é assim que você quer – concordou ela de má vontade – Quer que eu ligue pras meninas virem fazer companhia  pra você¿

- Não eu ... eu quero ficar sozinha por enquanto – falei suspirando.

- Tudo bem qualquer coisa liga pra mim ou pro seu pai imediatamente – disse me dando um beijo na testa – As empregadas e os seguranças estão todos de prontidão para o que você precisar.

- Tudo bem acho que vou dormir um pouco – falei soltando um grande bocejo e me ajeitando nos travesseiros.

- Nos vemos a noite – falou ela me cobrindo com o grosso edredom – E não fique andando sozinha sem supervisão.

Assenti sorrindo. Ela me deu mais um beijo e foi embora.

Peguei meu celular e fiquei olhando uma foto minha e do Tom abraçados no sofá da minha casa. Eu estava sorrindo de uma besteira que ele falou enquanto ele me olhava com adoração.

Senti a saudade esmagando meu peito e respirei fundo.

Você tem que forte Tessa, pensei comigo mesma, por ele e pelas gêmeas. E eu vou ser por que eu o amo e isso é tudo que importa.

Os dias passaram e era difícil ter ele longe de mim, assim como era difícil pra ele ficar longe de nós. Eu fiquei duas semana trancada no quarto, chorando. Proibi a todos de falar pro Tom o quanto eu estava mal. Eu acompanhava a turnê da banda pelos sites, TV e tudo quanto era meio de comunicação. Eu via sua felicidade ao subir no palco, sua animação, sua emoção tocando para milhares de fãs. As vezes eu chorava de raiva por ver ele tão feliz e eu aqui trancada no meu quarto no escuro, sofrendo. Mais depois eu me sentia feliz, por que ele estava feliz. E sentia nojo de mim mesma por ser tão egoísta.

Nós falávamos todos os dias e eu tentava ao máximo não deixar transparecer o meu sofrimento até o dia em que ele me deu uma noticia agradável e desagradável ao mesmo tempo.

- Eu vou voltar – disse ele assim que atendi o celular.

Eu estava deitada na cama, tinha acabado de sair do banho e tinha vestido só a calcinha mesmo quando o telefone tocou.

- O quê¿ - perguntei surpresa e um sorriso enorme se abrindo no meu rosto.

- Eu vou voltar – disse ele – Você tenta esconder mais eu sei que você não está bem, por que eu estou do mesmo jeito e ... e eu prometi que nunca mais iria causar dor a você mais acabei quebrando minha promessa. Por que eu sei que a distância dói tanto em mim quanto dói em você.

- Tom eu ... – eu não sabia o que falar. Eu queria dizer que isso era maravilhoso mais ao mesmo tempo minha mente pensava.

Quando ele estiver infeliz Tessa a culpa vai ser sua. Por você ser tão fraca.

- Já está decidido Tessa – falou ele e pelo certeza do seu tom de voz eu percebi que estava – Hoje vai ser o ultimo show e amanhã eu falo com o David pra cancelar a turnê e o lancamento do CD por tempo indeterminado.

Ao escutar essas palavras senti uma peso tão grande na consciência que se tivesse em pé teria ido ao chão. Imaginei as fãs chorando inconsoláveis por não poder assistir ao show do seu ídolo, do tempo e dinheiro que elas gastaram para ir ao show e principalmente um Tom decepcionado por fazer isso com elas.

Eu não podia deixar isso acontecer, como uma fã do Tokio Hotel e noiva do Tom eu tinha que tomar o controle da situação. Chega de choro, chega de sentir pena de mim mesma e principalmente chega de ser fraca.

- Você não vai fazer isso Tom – falei um pouco grossa.

- O quê¿ - falou ele quase gritando de surpresa.

- Você não vai fazer isso – falei sentindo minha voz mais firme e sabia que eu estava fazendo o que era certo – Você vai continuar a turnê, não vai mandar cancelar nada.

- Mais Tessa ... - tentou ele mais eu não deixei ele continuar.

- Eu sei que dói ficar longe de você – falei baixinho – Só que isso te deixa feliz, e se você está feliz eu também estou feliz mesmo que seja longe de mim. Vai doer muito mais se voltar e eu tiver que ver o quanto você está infeliz. Eu não posso ser egoísta desse jeito.

- Eu não vou ficar infeliz por que estaria do seu lado o único lugar onde eu quero está agora. Não é encima do palco, não é num quarto de hotel, eu quero está ai com você e as nossas princesas – e completou como se estivesse repreendendo uma criança - Pensa que eu não sei que você já  não sai do quarto faz duas semanas¿ Como é que eu posso agüentar se eu sei que você não agüenta¿

- Como você sabe disso¿ - perguntei me sentando – Eu proibi qualquer um de passar informações pra você¿

- Sua mãe conversa com a minha mãe e ela conversa com o Bill – respondeu ele – E ontem eu ouvi uma conversar dos dois.

- É muito feio ficar escutando uma conversa alheia – repreendi ele.

- Sim é – concordou ele – mais se eu não escutasse eu jamais iria saber que você está mal e que passa o dia todo quase chorando.

- Amor me escuta – falei suspirando eu tinha que fazer ele entender – Sim dói muito ter você. Se eu queria que você estivesse¿ Com toda certeza. Mais me diz como eu posso suportar sabendo que eu estou fazendo você largar o seu sonho só por que eu não agüento ficar dois meses longe de você. E como vai ser quando você tiver que entra em turnê por, digamos 6 meses, vai ser sempre a mesma coisa. Então um dia você vai dizer que vai largar a banda e ai como você acha que eu vou me sentir sabendo que eu fiz isso com você¿ Vai ser horrível Tom. Quando duas pessoas resolvem ter uma vida juntas elas tem que saber dar para receber.

- Eu entendo você amor mais ... – ele hesitou como se tivesse escolhendo as palavras certas – Se com duas semanas você já está assim como vai ser o resto¿ A banda ainda tem um mês e meio de turnê.

- O resto vai ser suportável – falei feliz por eu está fazendo ele mudar de ideia – O que eu aprendi com a nossa história é que de um jeito ou de outro você vai volta pra mim. Pode durar dias, meses, o tempo que for ... eu sei que você vai voltar pra nós – ri ao sentir dois chutes como se elas estivessem concordando – E quanto a minha fossa ela acabou de acabar. Eu tenho que aprender a compartilha você com o mundo por que essa é a nossa vida.

- Não, você não me compartilha com o mundo – disse decidido – Por que eu sou, inteiramente seu.

- Então você vai continuar com a turnê¿ - perguntei já sabendo a sua resposta.

- Tem certeza que você está bem com isso¿ - disse ele.

- Sim – falei segura por que era verdade – A operação sair da fossa começa amanhã.

Ele riu e eu fiquei boba de escutar o som mais lindo do mundo para os meus ouvidos.

- Então eu vou continuar – falou ele – mais se dentro de uma semana eu souber que você ainda está trancada dentro do quarto chorando eu volto na mesma hora e ninguém vai me impedir¿

- Fechado – falei.

Ouvi ele ter uma conversa rápida com alguém.

- Agora eu tenho que ir amor, está quase na hora do show – falou ele – Tchau.

- Tchau – falei.

- Amo vocês – disse ele.

- Também amamos você – falei acariciando minha barriga e senti dois chutinho concordando – Bom show.

- Obrigada – agradeceu ele – Tchau de novo.

- Tchau – falei rindo e desliguei.

Fiquei deitada um bom tempo sorrindo igual uma boba. Depois vesti um vestido branco e resolvi ir comer alguma coisa, afinal já estava na hora do jantar.

- Tessa – disse mamãe surpresa quando apareci na sala de jantar. A dois dias eles tinham desistido de me fazer sair do quarto. Na verdade todos tentaram me tirar do quarto e ninguém tinha conseguido.

- Oi gente – falei sorrindo beijando o meu pai e depois ela.

- Oi filha, sabia que uma hora você iria fazer a coisa certa – falou ele sabiamente.

- Você podia ter dado uma ajudinha – falei sorrindo e minha mãe ainda me olhava um pouco chocada.

- Mais eu dei – disse ele – Eu ensinei você a ser uma boa pessoa.

- Obrigada papai – falei indo até ele e o abraçando.

- Não fiquei ai com essa cara querida – falou papai para a mamãe – Abraço em família.

Mamãe riu logo ouvi o empurrar de cadeira e senti seus braços me envolver.

Ali nos braços dos meus pais vi o quanto estava sendo boba de ter me  preocupada só com a minha dor e não vi o que tinha pessoas que gostavam de mim que estavam sofrendo junto comigo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Foi muito maduro da parte da Tessa !!!