Uma garota – aparentemente normal – estava saindo da casa de seus pais, depois de uma curta visita que fez a eles e indo para sua faculdade, como de costume.

– Tchau mãe, Tchau pai. Amo vocês. – disse ela dando-lhes um beijo no rosto.
–Boa sorte no seu apartamento novo. – a mãe dela disse sorrindo.
– Ah... Obrigada! Agora, to atrasada, até mais. – disse ela saindo da casa.

Enquanto caminhava, ela estava tendo a leve impressão de estar sendo seguida. Mas, toda vez que virava pra olhar, não havia ninguém. Então, ela andava depressa cada vez mais. Até que, viu um homem vindo em sua direção, ela – disfarçadamente – virou-se e ia voltar, mas uma mulher apareceu do lado do mesmo homem que já andava mais rápido atrás dela. Ela, então, começou a correr na ponte que cortava o caminho para a faculdade, o mais rápido que pode e do mesmo modo o homem e a mulher também corriam. A garota – sem querer – tropeçou e caiu. Enquanto tentava se levantar, ela viu os olhos deles ficarem totalmente preto. Ela começou a ficar mais nervosa, porque eles estavam chegando cada vez mais perto e quando viu que não tinha mais saída... Jogou-se num lago muito arriscado e perigoso até mesmo para quem fazia mergulho profissionalmente.
Os dois que a perseguiam olharam para o lago e quando não a viram mais, decidiram ir embora.
A garota, já não conseguia mais nadar, com a correnteza a puxando fortemente. E involuntariamente, ela ia sendo puxada para o fundo e engolia muita água. Quando – finalmente – ela conseguiu olhar para a superfície, viu um homem estendendo a mão para ela em uma pedra que ficava perto das barragens.

– Segura a minha mão. – ele dizia.

Ela tentava estender a mão também, mas algo a puxava para baixo. Até... Que ela conseguiu. Ela segurou a mão dele e ele a puxou.
Ela sentou-se na pedra e enquanto ele tirava seu sobretudo e colocava nela... Ela tossia muito.

– Obrigada. – ela disse com a voz pouco rouca.
– Você engoliu muita água. Vem comigo. – ele disse, enquanto ajudava ela a se levantar.
– Peraí, quem é você? – ela perguntou.
– Sou Castiel. E você... Certamente, é Violet não é? – disse ele.
– Como sabe meu nome? Anda me perseguindo também? – ela disse se afastando.
– Ahn... Não. Explico no caminho. – ele disse.
– Não, não, não. Eu não sei nem aonde você vai me levar, então... Por favor, me explique agora. – disse ela cruzando os braços.
– Tudo bem. Você vai ficar meio confusa, mas... Demônios estão atrás de você. Porque só você pode decifrar o código pra abrir o portal do inferno, já que você tem, digamos que... Poderes. Não sei se você percebeu, mas você consegue resolver ou até mesmo desenvolver contas ou fórmulas muito mais rápido do que uma pessoa normal e se você estimular sua mente... Vai ver que consegue utilizar seus poderes de uma forma que nunca viu antes... Eu estou aqui pra manter você segura, pra esses demônios não pegarem você. E... Eu era um anjo... Até ser banido do céu. Bom... acho que é isso. Agora, você precisa vir comigo. – Castiel explicou. E ela começou a rir.
– Ok... Eu não vou a lugar algum com você. Você está bem? Fugiu de alguma clinica psiquiátrica? Bom... Eu sei que estou muito atrasada mesmo e não vou ficar aqui ouvindo essas coisas de um maluco. – disse ela, ainda rindo. Entregou o sobretudo à ele e foi embora dali.