– Shay. Shay, acorde... – Ouvi uma voz familiar chamar.

Nhan, to com tanta preguiça... só mais cinco minu- PERAÍ! Eu dormi?! Como, quando, porque, quem sou eu? (S: ok, eu posso ter exagerado um pouco...)

– N-near...? – Resmunguei, com preguiça de abrir os olhos.

– Sim, sou eu. Ryuzaki chegou e trouxe morangos...

– TO INDO! – Levantei, ou melhor pulei de cima da mala em que estava jogada, quase derrubando o albino. - Vish, gomen, ovelhinha.

Ajudei o baixinho a levantar, rindo, e o vi massagear as costas enquanto provavelmente achou que eu não estava olhando.

– Eles estão na cozinha? – Perguntei, me referindo aos morangos.

– Sim. – O albino continuou sem expressão como sempre, mas com certeza ficou um pouco surpreso ao que catei sua mão e saí correndo á procura da cozinha.

Assim que cheguei, normalizei a respiração e chequei se não havia matado Near, então entrei vi uma cena que me deixou pasma. Beyond segurava o Yagami por trás entre suas pernas, prendendo seus braços, enquanto Ryuzaki estava na frente com um morango na mão e segurando o rosto do japonês que se contorcia. Aquela me deixou completamente vermelha, não sei porque.

– Heh, dá pra pararem com a putaria? – Ouvi a voz de Matt atrás de mim.

– Hum? Matt, não faça acusações assim. Raito-kun disse que não gostava de morangos e se recusa a provar estes. – Disse L, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

– Hm, certo. – Matt entrou na cozinha e sentou-se em uma das cadeiras jogando seu PSP, como se a cena não estivesse acontecendo.

– Morangos... – tenho certeza de que meus olhos brilharam quando sentei-me também e comecei a atacar a enorme cesta que estava em cima da mesa.

Depois de um tempo, ao que os dois haviam conseguido fazer Raito comer o morango e eu já havia acabado com quase metade dos morangos, fomos todos para a sala. Depois que Matt chamou Mello, Ryuzaki nos pediu que sentássemos.

– Eu e Watari estivemos pensando e, como estamos em férias ele achou que eu deveria lhes dar uma experiência de férias. – L, frio como sempre, apontou a mesinha de centro onde haviam ingressos para alguma coisa.

– Então, amanha iremos a um parque aquático. Iremos amanhã ás nove, horário de começo de funcionamento do parque.

Eu, Matt, Mello e o Yagami ficamos com expressões parecidas que claramente diziam “WTF?!”. Tipo... L e nós em um parque aquático? Isso é sério?

– Ryuzaki... isso é sério? – Yagami estava incrédulo e pareceu ler minha mente.

– Sim, Raito-kun, o que o perturba?

– Ah... é... nada, Ryuzaki esqueça. – tenho certeza de que uma gota se formou em sua cabeça.

– O jantar está pronto. – Anunciou Watari-san saindo das sombras.

Ainda que alguns meio surpresos, fomos jantar pois estávamos com fome. O jantar era um tipo de prato japonês, provavelmente por causa de Raito, depois um pedaço de torta de limão, meu segundo tipo de doce favorito. Depois que todos haviam terminado, fomos aos nossos quartos. Agora que Watari-san tivera tempo, haviam mais quartos disponíveis. Matt e Mello ficariam naquele que usáramos antes, eu e Near ficaríamos em um com duas camas de solteiro (Matt e Mell ficaram aliviados com essa *risos*) e o pobre Raito (agora ele já é coitado...) teria que compartilhar um quarto com Beyond, mesmo que L estivesse lá seria perigoso para o japonês. Não que eu estivesse preocupada, mas acho que L ficaria meio zangado se B achasse um jeito de matar o Yagami, só acho. Eu e Near ficamos montando um quebra-cabeça gigante no chão do quarto e só fomos nos deitar quando terminamos de montá-lo. Mesmo ansiosa dormi sem muita dificuldade abraçada a um coelho de pelúcia gigante, branquinho como o Near.

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No dia seguinte quem me acordou foi Near, tão fofo que nem me derrubou da cama nem nada, apenas me cutucou até eu me dignar a acordar. Assim que tomei um devido banho e saí do banheiro já vestida e o albino entrou no banheiro que lembrei que havia apenas jogado o pano dentro da mala. Abri-a e dobrei o tecido negro, guardando-o no forro da mala (nem perguntem) e fechando-a com o cadeado logo em seguida. Já que iríamos sair cedo, colocara uma bermuda jeans e um camisetão preto por cima de um biquíni preto de morangos. É, seria bem estranho sair por aí de biquíni, certo? Near saiu com as roupas de sempre e suspirei.

– Vamos lá, cabritinho. – Falei, afagando sua cabeça branca.

– Hai. – Mesmo tão frio como sempre, sei que os olhos dele brilharam. Man, este cabrito deveria ter mais amigos!

Assim que chegamos na cozinha, já estavam todos menos Matt e... eu quase que parto pra cima de B. O bastado estava com uma roupa quase idêntica a minha: blusa preta e bermuda do mesmo tom só que mais comprida. Eu só não pulei nele pois L estava lá e Raito também, não iria deixar o Yagami achar que sou psicopata como BB. Posso não ir muito com a cara dele, mas se Ryuzaki o considera meio que um “amigo”, sou obrigada, savy? (Arisu B.: nem perguntem... =.=). Contentei-me a lançar-lhe um olhar de ódio enquanto ele apenas sorria sadicamente enquanto comia sua geléia com os dedos. Sinceramente? Nojento.

– Ohayou... – Falei, mal-humorada.

– Bom dia, Shay. – Responderam Ryuzaki e Raito.

– Ohayou, Shay-chan. – Beyond disse, sem noção do perigo. Ou talvez até tivesse, quem sabe?

Sentei ao lado do loiro que estava meio mal-humorado também. Falta de chocolate? 89% de chance, já que não vejo nenhum por perto além do bolo que L provavelmente colocara longe de Mello propositalmente. Watari-san sempre foi um bom cozinheiro, mas parece que depois de partir com L se aperfeiçoou. Eu e Beyond parecíamos que estávamos competindo para ver quem comia mais potes de geléia e só paramos quando L bateu a colher em sua xícara. Foi apenas depois do café que lembramos de Matt. Na verdade, não lembramos, ele apareceu todo despenteado e bocejando na porta da cozinha.

– Haaaa, ohayoooou~ - Disse, sentando e pegando um pão de queijo feito por Watari. – Gomen. Mello esqueceu de me acordar.

– Matt, não ponha a culpa em mim.

– Certo, parem com isso. Assim que Matt terminar, iremos. – L acenou para Watari-san. – Watari, vá pegar o carro, por favor.

– Hai.

E ficamos lá, sentados até Matt terminar de se empanturrar, eu olhando com raiva para Beyond, ele sorrindo cínico de volta, Ryuzaki conversando com Raito e Mello se matando de devorar alguns chocolates que Watari-san lhe trouxera. A situação estava até engraçada, mas a graça sempre acaba, né? Matt finalmente terminou se comer e nós (S: a cambada de anormais \o/) fomos para fora, esperar Watari-san. Man, aquilo é uma van? Uma van... verde limão?

– Hum, muito discreto, Ryuzaki. – O japonês riu.

– Cale-se, Raito-kun. – O detetive deu um tapinha na cabeça do outro que apenas riu mais ainda. Certo, porque eu senti ciúmes agora?

A van era dividida em duas fileiras de três e os o banco ao lado do motorista. Quando pensei nas possibilidades e analisei a mais provável, quis me matar. L no banco ao lado de Watari-san, atrás Mello, Matt e Near e no último: Yagami, eu... e Beyond. Essa será a viagem mais longa da minha vida. Parece que todos entenderam a razão de minha semi-depressaão, pois os três garotos entraram e sentaram, Beyond pulou pra dentro e sentou no fundo ao lado da janela, logo seguido por mim e então o japonês, que parecia aliviado em não precisar ficar ao lado do psicopata. Assim que Raito se sentou, Watari-san fechou a porta e entrou também. Em alguns minutos a van verde-limão dos Wammy’s, Beyond e Raito estava em movimento. Para a minha sorte, B parecia estar mais interessado na paisagem do que me encher ou tentar matar alguém. O Yagami até tentou puxar conversa algumas vezes, mas percebeu meu mal-humor e se calou. Mais ou menos meia hora depois, já estava totalmente de saco cheio.

– Ryuzaki, quanto tempo ainda demorar? – Perguntou Mello impaciente, provavelmente já entediado.

– Duas horas no máximo.

Beyond riu.

MAS QUE?!

~imagem MOE~

WARNIG, YAOI! (nada de limão, mas tem conteúdo MOE)

~imaginem a Misa ali atrás como a Shay e riam~