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Capítulo 1
Capítulo Único




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O mar se abria ao Bando dos Chapéus de Palha, que seguiam pela Grand Line em busca de seus sonhos.
Water 7 ficara para trás há algumas horas. Enies Lobby havia sido deixada muitos dias antes. O Sunny apontava para o sol que surgia sob a linha dágua à distância. Era um belo amanhecer, cheio de promessas e esperanças.
Coisas das quais Nico Robin quase tinha esquecido o prazer de sentir.
Agora tinha uma família. Tinha amigos que a amavam sinceramente. E até um novo companheiro, que lhe fizera entender que ela tinha o direito de estar viva. Um direito que ninguém podia tirar dela.
A mulher dirigiu um sorriso calmo ao horizonte. E então, percebeu que não estava sozinha no convés.
― Bom dia, senhor espadachim― disse, sem se voltar.
Conhecia as passadas fortes e pesadas, que no momento Roronoa Zoro não fez questão de esconder.
― Bom dia. ―Ele se pôs ao seu lado, debruçando-se sobre o muro do convés.
Ficaram em silêncio, assistindo o sol erguer-se completamente sobre o oceano.
― Pode ir dormir, se quiser― disse a moça. Zoro havia feito a guarda do navio naquela noite.― Fico em seu lugar, até os outros acordarem.
― Não, tudo bem― ele respondeu.― Já dormi bastante.
Robin sorriu levemente. Sabia que Zoro tinha um sono pesado e fácil, mas nas noites de vigília seus constantes cochilos podiam ser interrompidos ao mais leve sinal de perigo. ―Certo.
O rapaz a encarou de esguelha, rapidamente. ―E você, está bem?
Robin voltou-se para ele, um tanto surpresa. Não esperava aquele questionamento vindo do espadachim, sempre tão calado e durão.
― Estou sim, Zoro― disse calmamente.―Obrigada por perguntar.
― Hm.― Ele se apoiou mais comodamente sobre o muro, cruzando as mãos. ―Eu só queria saber isso. Porque você passou por muita coisa. Todos nós passamos.
Ela o encarou pensativa, por um momento.
― Entendo― disse por fim.― Foi tudo muito difícil, para todos. E você não quer que nada do tipo aconteça outra vez, não é?
Ele assentiu com a cabeça.
― Isso― murmurou.
Um sorriso leve e melancólico apareceu nos lábios da mulher.
― Significa que você ainda não confia em mim, certo?
Zoro voltou-se para ela, as sobrancelhas franzidas.
― Não foi o que eu quis dizer― falou, meio frustrado.― É só que... O que aconteceu não precisa se repetir. Você não precisa fazer nada do que fez no passado. Queria saber se você entendeu isso.
Robin fitou a expressão firme e tranquila do rapaz.
Ele era o mais antigo do bando, pelo que sabia. Nada mais natural do que se preocupar com Luffy e todos os outros. Afinal eles eram sua família.
Então, era normal que ele se preocupasse com Robin também.
O sorriso já não era melancólico. Saber que o mugiwara mais desconfiado do bando a aceitava como sua igual, era algo que enchia seu coração de alegria.
― Entendi sim, Zoro― Ela assentiu com a cabeça. ―Obrigada.
Ele ficou de costas para o muro, apoiando-se nele com os cotovelos. ―Devia parar de me agradecer tanto. Você está em casa agora.
― Me desculpe―disse ela. ―Você é muito gentil, senhor espadachim.
Percebeu as faces dele corarem repentinamente. O rapaz pigarreou e afastou-se, dizendo que ia acordar Sanji para preparar o café da manhã.
Robin ficou olhando-o até que sumisse de vista. Ele era mesmo um amor.
Voltou-se para as águas brilhantes no horizonte o sorriso crescendo em seu rosto, a alegria tomando seu coração.
Estava em casa.


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