Amanhecer dos Anjos escrita por Jonny


Capítulo 4
Capitulo I – Os caminhos separados




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Amanhecer dos Anjos

Capitulo I – Os caminhos separados

 

A noite estava chuvosa, onde a noite derramava seu véu branco a castigar a terra. Eu podia ver pela janela o vento dobrar as arvores do nosso quintal, e a água lavar o mármore que formava a entrada. Era uma mansão que nós morávamos. Uma família feliz, eu diria. Um pai, uma mãe e dois filhos gêmeos que era muitos apegados. Sim, eu e minha irmã tínhamos por nós um amor incondicional. Liliam e eu éramos parceiros em tudo. Tínhamos apenas 7 anos de idade, e poderíamos passar como crianças comum à qualquer pessoa. Duas crianças travessas, aprontando coisas de crianças normais. Bom éramos normais para qualquer pessoa que não nos conheciam bem.

Não sabíamos o que acontecera. Há muito tempo surgira na ciência alguma teoria a mutação genética aos extremos de pessoas. Era como se pessoas por predestinação nascesse com algum tipo de “poder”. Papai nunca acreditara nisso antes do nosso nascimento. O médico disse que isso era um dom divino. Minha mãe acreditava nisso, mas papai... Bem, ele também acreditava, mas ficava assustado com o que eu e minha irmã podíamos fazer.

Minha irmã, Liliam, de certa forma conseguia domar efeitos meteorológicos. Não era muito forte, mas ela poderia apaziguar; mesmo que o mínimo; uma chuva, ou chuvisco, como também o fato de nevar e tudo mais que a natureza faz. Era um dom muito legal. Eram nas tardes de qualquer dia que sentávamos no balanço do quintal, e ficávamos e brincar. Ela adorava mecher com o vento.

Meu dom... Meu dom, pelo menos a meu ver, era maravilhoso. Conseguia mover as coisas com meu pensamento. Como meu pai uma vez me dissera psicocinética. Não conseguia mover coisas grandes. Apenas coisas pequenas, como filhas e gravetos. Com algum esforço conseguia mover algo como livros. Era um dom que; assim como da minha irmã; se fortificava com o tempo e a medida que íamos crescendo.

Éramos muito felizes. Como disse uma família feliz e contente. Bom tudo aquilo pelo menos até essa noite. A noite estava chuvosa, e todos estávamos na sala de estar. Era uma sala grande com três poltronas de lugar único, mas bem espaçoso até para uma única pessoa e outros dois para outras três pessoas. Ao lado de duas poltronas havia duas mesinhas com abajures. O tapete se estendia das poltronas e sofás até a lareira que estava acesa. As janelas continham cortinas cor de vinho, com um véu branco por trás. Em cada janela havia um sofá com encosto baixo, e num desses sofás lá estavam eu e Liliam a desenhar no vidro, já que por causa do frio ele ficava embasado com nossas respirações. Papai e mamãe estavam nas poltronas.

Um raio cortou o céu, e um gemido escapou pelos lábios de mamãe. Esse gemido espremido atraiu a atenção tanto de mim como de minha irmã. Eu e Liliam trocamos olhares significativos. Sabíamos que nada naquele momento estava certo. Saímos do nosso lugar e fomos até mamãe e a abraçamos. Ela nos ajudou a subir a em um único abraço nos juntamos.

-Nós te amamos mamãe. – Eu e Lily dissemos enquanto mamã nos abraçava fortemente.

Os olhos dela refletiam o aperto na alma. A marca de magas no coração em lágrimas que ela não derravama.

-Edmund, eu não posso deixar eles... – Ela não concluiu a fala, pois sua voz embargou em angustia.

Era estranho ver mamãe daquele jeito. Ela era sempre tão alegre e aquele tipo de reação não combinava com sua aparência. Parecia que deixava ela mais velha. Papai estava sentado na poltrona ao lado com o olhar pedido nas chamas que lambiam as toras que estavam na lareira. Ele também não estava normal. Certo que ele era um homem de negócios, mas conosco, pelo menos ele era muito feliz, e nos fazia feliz, mas nessa noite, ele somente se limitava o deixar o olhar se perder no fogo enquanto na mão direita ele segurava um copo com Whisque.

-Joyce... Seria melhor para eles! – Eu captei em seu tom de voz algo que ali não era comum. Era como se ele reprimisse dentro de si mesmo aquela dor.

Eu poderia ter apenas 7 anos, mas certamente não era Idiota. Algo estava acontecendo e isso me causava pânico.  O que estava acontecendo para meus pais estarem tão tristes daquela maneira? Eu não sabia, mas alguma coisa no fundo de minha mente me dizia que não tardaria o momento em que eu descobriria. Era simplesmente isso. Eu sabia o que iria acontecer era mau. Seria algo que mudaria nossas vidas, mas eu me recusava a pensar em algo ruim acontecesse comigo, com minha irmã, com papai ou mamãe.

Ouvi o barulho de dois carros entrando no nosso quintal. Era um quintal enorme. Continha um circulo de pedras por onde o carro entrava e passava na plataforma perante a porta de duas folhas de carvalho polido. No centro havia uma fonte, e por fora num lado existia um quiosque, em outra parte um balanço, de outro um jardim. Eu e minha irmã corremos para a janela a tempo de ver duas Vans fazerem a volta e pararem defronte a porta do Hall.

-Mamãe quem são eles? – Lílian perguntou indo perto da mãe.

Uma fina lágrima escorreu pelo olho direito dela, quando sua resposta veio.

-Mark.... – Ela fez sinal para que me aproximasse o que fiz – Eu e se-seu pai.... eles sã-são de um amigo que...

A campainha tocou e Taylor; o mordomo; foi abrir. O pânico me invadiu quando quatro homens entravam no hall vestidos de um macacão cinza. Eles vieram em nossa direção parando na porta. Papai foi ao encontro de cabeça baixa.

-Esperam em momento. Por favor! – Papai murmurou para os homens, e se aproximou de mim.

Eu praticamente pulei em cima de papai num abraço. Das muitas idéias que cercavam minha mente eu sabia que as boas de certa forma não poderiam acontecer.  Era estranho.

-Filho eu te amo! – Papai murmurava repetidamente no meu ouvido enquanto eu respondia que também amava ele.  Ele se separou e me olhando nos enquanto me segurava nos ombros disse – Espero que algum dia você me entenda!

Eu abracei mamãe que estava nesse momento soluçando compulsivamente. Ela me abraçava e beijava dizendo que me amava e que esperava que algum dia eu a perdoasse. As lágrimas rolavam. Pouco tempo depois senti dois homens chegarem perto e me agarrarem pelo braço me separando de mamãe. Os outros dois foram em direção a Lily, fazendo o mesmo que faziam comigo.

-Mãe, o que ta acontecendo? Onde eles vão me levar? Mamãe eu quero ficar! Pai, Papai por favos não deixe eles me levarem! Foi alguma coisa que eu fiz? Foi alguma coisa que eu disse? Por favor... – Minhas palavras se misturavam as lágrimas, enquanto eu lutava para me libertar daquelas mãos.

 Eu podia ouvir os berros de minha irmã, que fazia o mesmo que eu. Eu estava confuso. Não sabia o que fazer ou o que dizer mais. Por que tudo aquilo acontecia comigo? O que eu tinha feito de errado? Onde aquelas pessoas estavam me levando? Eram perguntas perdidas no tempo. Tudo já não fazia sentido. Eu tentava me livrar, mas eles voltavam a me agarrar. Tentei me jogar no chão, tentei escapar mas eles me suspenderam no chão. As palavras de suplicas aos meus pais já não faziam sentido. Eu pude ver mamãe correr para os braços de papai enquanto ela chorava.

A porta se abriu o vento varreu o Hall trazendo para dentro algumas folhas e chuva. Eu senti a chuva fria castigar meu corpo, enquanto o céu explodia em raios. Enquanto tentava me libertar, não soube a que ponto as coisas começaram a voar. Os vasos nas mesas no hall foram atirados na parede enquanto o vento vibrava violentamente as arvores. Eu sabia que as anormalidades que estavam acontecem era o subconsciente meu e da minha irmã. Era tentativas de libertação que acabavam da mesmo forma, sem nenhum resultado.

Uma arvore se chocou no muro e veio ao me encontro. Esperava que ela acertasse os homens que me agarravam. Era por isso que ela vinha. Era eu que a trazia pelo poder de minha mente, mas ela acabou acertando a casa e quebrando uma ou duas janelas. Um raio acerou a fonte no centro mas isso não foi suficiente para eles pararem.

Eu pedia perdão com a voz rouca pelos gritos a papai por qualquer maldade que eu tinha feito. Fazia juramento que não faria de novo, mas que ele ao menos me desse uma chance. Foi nisso que vi que papai abaixara o olhar, mas eu podia ver as lagrimas descerem pelo seu rosto a se misturarem com a água da chuva.

Uma nuvem de coisas levantou do chão com minha força psíquica. Ela giravam em aspirais se chocando com obstáculos e o que quebrava desses obstáculos se juntava nas aspirais de meus pensamentos. O céu explodia em raios e caia em forma de chuva espessa. Eu já podia sentis minha pele continuar enquanto meu corpo perdia calor rapidamente. Era frio que assombrava minha mente agora e me fazia querer parar, mas eu não podia, eu tinha que me libertar.

Um raio cruzou o céu enquanto as coisas ao nosso redor planavam no ar sendo arremessadas na parede de nossa casa, algumas na vam e outras atravessavam os vidros os quebrando. Eu não sabia para onde aqueles homens nos levavam, mas eu sabia que não era para um lugar bom. Eu pressentia isso, por isso eu gritava para mamãe, que estava chorando compulsivamente nos braços de papai, que tinha os olhos marcados pela dor. Um grito cortou meu espírito enquanto eu os via empurrarem minha irmã para dentro da vam a frente da qual eles me empurravam.

Eu usei minhas ultimas formas para evitar deles me colocarem naquele veiculo, mas foram inúteis. Eu senti eles me amarrarem enquanto fechavam a porta. Dentro da vam uma outra pessoa já me esperava. Vestida como de fosse um médico. Respirei fundo quando ele levantou uma agulha, e pressionava essa agulha hipotérmica no meu braço. Meus movimentos foram perdidos e o que restou foi a escuridão.

 

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Notas finais do capítulo

N/A: Gente tah ai o capitulo numero 1!!! Depois de muita enrolaçãosaiu.... Viram... e nem demorei tanto... espero que consiga manter esse tipo de rapidez....

Bom... obrigado muito a quem comentou e mesmo quem resolveu se manter nas sombras....

Espero que tenham gostado!

Jhonny



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