In Love With My Guitar escrita por Roli Cruz


Capítulo 8
Capítulo 8 – A fraud or a band with no principles?


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer novamente à Penelope_Bloom, que comenta em todos os capítulos e me dá a alegria de continuar!



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– Faz mais de uma semana que a banda não toca novamente. Eles já estão começando a desanimar. – Dizia ela, enquanto escrevia em seu caderno de sociologia.

– Porque essa cara tristonha? Pensei que não gostasse da banda do seu irmão. – Falava Linda, uma amiga de colegial de Hanna.

– E não gosto. Mas meu irmão está tão triste ultimamente. Por mais que eu ache estúpida a ideia dele tocar com o idiota do Leonardo, eu odeio vê-lo assim, tão para baixo. – A morena olhava para a amiga. Que lia uma revista.

– Mas... Hanna, se eles não estão tocando, tem um motivo, não? – Linda folheava as páginas. – Eles pelo menos são bons?

Hanna suspirou, pensando em como eles foram maravilhosos naquele bar. Fechou o caderno, deitou na cama e, olhando para o teto, respondeu:

– Eles são muito bons. Mas mesmo assim. É preciso muita sorte para entrar na indústria da música.

Linda olhou para a amiga, pasma.

– Nunca pensei que ouviria você dizer isso. – Dizia ela, voltando a atenção para as últimas páginas da revista. – Afinal, qual o nome dessa banda mesmo?

– Chrono Time... Alguma coisa assim. – A morena olhou para a amiga, que estava com os olhos arregalados. - Por quê? – Perguntou.

A garota, vidrada na página da revista olhou para Hanna, mostrando a folha.

– Que é isso? – Perguntou Hanna, dando uma olhada para onde a amiga apontava.

Em grandes letras, bem no topo da página, estava escrito as seguintes palavras:

*

“CHRONO TIME; Uma fraude, ou uma banda sem princípios?”

*

Viu uma foto dos quatro ao lado do texto. A mesma foto que o Leo tinha colocado nos cartazes. Sem acreditar no que estava vendo, Hanna continuou lendo.

*

No primeiro sábado do mês, nossa equipe recebeu nos estúdios uma banda não muito conhecida, mas com algumas histórias intrigantes para contar.

Primeiramente, nossa querida jornalista, Mary Lesoure, pôde perceber que os integrantes da banda Chrono Time são jovens e ingênuos. Pensando grande e apostando alto na música.

“São apenas crianças, dizendo que estão fazendo música de boa qualidade.” Relatou a jornalista. “Leonardo McCoy, vocalista e líder da banda, não passa de um garoto sonhador, levando a vida como uma brincadeira. Dizendo que ‘é casado com a música e que tem a guitarra como amante. ’ Enquanto Richard Sullivan e Samuel Parkinson não são nada mais que palhaços, disfarçados de músicos fajutos. E por fim, Yara, uma garotinha mimada e fútil, que se sente realizada na frente de uma guitarra de brinquedo.
Os quatro são integrantes dessa banda, que provavelmente veio de ensaios na garagem...”

A irmã mais velha do baterista não acreditava no que estava lendo. Os garotos disseram que a jornalista não foi nem um pouco amigável e que provavelmente não tinha gostado deles. Mas a mulher teria chegado a esse ponto?

Linda olhava atenciosamente o rosto da amiga ir de ironia à fúria, passando por desconforto e por fim, irritação.

Hanna continuava com os olhos colados nas palavras horríveis que a megera tinha escrito. No fim da matéria, mais precisamente, nas últimas linhas, estavam escritas palavras que a deixaram com muita, muita raiva;

“... E além de tudo isso, para fechar a triste história dessas crianças, a banda Chrono Time é insuficiente até para os próprios sentimentos.
Quando perguntei sobre os planos amorosos para o futuro, Leonardo negou completamente todo, e qualquer, relacionamento com mulheres. Mas quando lhes mostrei a foto que uma querida leitora anônima nos mandou, o rosto do jovem passou da tonalidade normal para um vermelho muito forte. Ele começou a gaguejar e, quando perguntei se era alguma namorada, a tal de Yara se intrometeu na conversa, dizendo que era sim namorada do jovem, enquanto os outros dois olhavam para ela com uma duvida estampada no rosto.
Mais um dos vários motivos que eu tenho para perguntar:

Chrono Time; Uma fraude, ou uma banda sem princípios?”

No canto da página, tinha uma foto do Leo abraçando uma menina, enquanto sorria... “Sou... Sou... Eu?” Ela pensou. Aquela era uma foto muito bonita, mas comprometeu Leo e a banda.

Sem dar satisfação para a amiga, Hanna se levantou da cama e foi até o porão, onde os jovens músicos conversavam, animadamente.

– Que foi? – Perguntou Leo. Vendo a expressão vazia da morena. Como ela não respondeu, ele foi até ela, preocupado. – Que aconteceu?

– Isso. Isso aconteceu. – Ela respondeu, estendendo a revista para o garoto ver.

O jovem de olhos azuis leu o título em voz alta.

– O QUE? COMO ELA OUSA FALAR ASSIM DA GENTE???? – Yara tinha ficado fora de si. Richard e Samuel, igualmente enraivados, tentavam segurá-la. A menina era capaz de quebrar alguma coisa, com tanta fúria.

Leonardo, tremendo e com os olhos estreitos, continuou a ler a matéria. Deixando os amigos cada vez mais nervosos.

Antes de chegar na parte que falava sobre a foto dele e de Hanna, Leo a olhou. A irmã mais velha de Richard fitava com muito interesse o chão.

O garoto continuou lendo, até acabar.

– E no fim tem uma foto... Minha e da Hanna. Naquele dia do Fire Burning. – Disse ele.

– Ah, mas eu quero matar aquela maldita! – Dizia Yara, tomada pela raiva.

– Não vale a pena fazer nada. Já foi publicado. – Respondeu Hanna, desanimada. Pegou a revista da mão de Leo e foi até o quarto.

– Mostrou para a banda? – Perguntou Linda, sorridente, quando a outra entrava.

– Sim. – A morena respondeu secamente.

– Nossa. Porque está tão grossa? – A menina de cabelos castanhos se aproximou da amiga.

Hanna suspirou;

– Desculpa. É que eu estou com raiva dessa tal de Mary Lesoure. Ela os abaixou a nada. Deixou-os no chão! Sem poder fazer nada a respeito. Linda, você devia ver a cara de cachorrinho abandonado do meu irmão! Eu podia fazer picadinho daquela mulher! Só eu falo assim deles! – Ela desabafou, se jogando no colchão.

– Calma. Ela vai pagar por isso. – A amiga sorria para Hanna.

– Como? – Ela perguntou.

– Querida. Esqueceu que eu faço faculdade de direito? – Essas palavras iluminaram o rosto da morena. As duas se abraçaram, enquanto Hanna sussurrava vários “obrigada”.

– De nada. – Linda riu. – Espere só e verá.

*Toc, Toc, Toc.

Alguém batia na porta de madeira do quarto.

– Você está bem? – Leo estava parado, encostado na parede.

– Sim. – Respondeu a morena.

– Oi Linda. – O garoto cumprimentou a moça, educadamente.

– Leo! O-oi! – Ela corava, enquanto cumprimentava-o meio desajeitada.

– Hanna, - Ele continuou, tentando ignorar Linda, que agora o encarava descaradamente. – Eu vim aqui para te dizer que nada do que foi publicado nessa revista é culpa sua. Ok? – Ele não deu tempo para ela responder. Continuou: - Eu que te obriguei a me abraçar e aquilo foi minha ideia.

Hanna ficou paralisada. Passou um tempo em que os três ficaram quietos. Então o garoto quebrou o silêncio, falando:

– É melhor eu voltar. Antes que Yara quebre alguma coisa. – Leo se virou para Linda, sorrindo – Foi bom te ver de novo, Linda. – Ela sorriu de volta. Com as bochechas vermelhas. - A propósito, - Ele continuou. – Eu estou vendo para ir a algum lugar hoje à noite. Sabe? Relaxar um pouco... Se as duas quiserem ir, é só me falar. – E dizendo isso, saiu do quarto. Deixando as duas sozinhas.

– Ai. Meu. Deus. Hanna! – Linda pulava animadamente na cama.

– Que foi?

– Você não me disse que o Leonardo estava tão gato assim! – Dava para até imaginar o que passava pela cabeça dela. – Como pôde me esconder uma coisa dessas?

– Ele não... – Hanna ia falar que não acha ele bonito - o que é mentira, porque ela acha – mas foi cortada pela amiga:

– Nós vamos, né?

– Vamos aonde?

– Sair com o Leo! – Linda disse, como se fosse óbvio demais.

– Não sei... – Hanna estava meio desconfortável com a ideia de sair com ele. – Linda. Tenho algumas anotações para fazer.

– Ah, nem vem, guria! Você nem estuda mais. Vamos! Uma noite de diversão não machuca ninguém. E não vai afetar em nada nas suas... Anotações! – Linda falava com voz manhosa.

Depois de implorar muito, Linda conseguiu fazer Hanna dizer sim.

– Mas com uma condição! – Dizia a morena – Eu não me responsabilizo por nada que a senhorita fizer!

Linda riu.


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