You Are All Your Hate escrita por CarolynNinne


Capítulo 28
So I Thought


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap, e este até está apresentável! Até nem demorei e parece que se forçar um bocadinho saiem ideias...
A banda sonora deste cap e o So I Thought - Flyleaf e o Yours To Hold - Skillet e Seize The Day - Avenged Sevenfold. (acho que o Seize The Day toda a gente conhece, né?).
Então espero que gostem aqui do cap... e fico mesmo feliz por saber que estão a gostar da fic.
Só para avisar, não sei quando vai acabar, por que só sei que um dia eu me posso lembrar e escrever "último cap" e não ter avisado antes.
Espero que gostem!



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(Andy's POV)

Ela sentou-me exatamente ao meu lado. Só podia estar a brincar comigo. Bem, onde pára o teu bom humor, Andy? Vá lá, nem penses nela, né? Ela deve de estar toda feliz com o Jake... espera... ela não foi ter com ele. Isso quer dizer que ainda há esperança?

Olhei para ela. Os seus cabelos negros e longos, os seus olhos azuis que brilhavam sorridentes por causa do filme (o que estamos a ver mesmo?), o sorriso verdadeiro dela e as... engoli em seco. Os meus olhos ficaram parados nos pulsos dela onde haviam marcas frescas. Ela ainda se cortava. Ela não cumpriu a promessa que me fez. Olha quem fala, né Andy? Mas... aquilo não é bom para ela. Eu não queria aquilo para ela.

O filme acabou e ela deitou-se no chão olhando para o teto e rindo. Abraçou a almofada e suspirou e depois o telemóvel dela tocou. Era uma música estranha - okay, simplesmente eu não sabia que música era - mas ela quando viu quem era saiu da sala.

Quem seria?


(Jake's POV)

Não sei por que é que a Sam não ficou ao pé - okay, junto a - mim. Quer dizer... ela ficou em minha casa, eu cuidei dela, e além do mais era eu quem gostava dela. Mas também não posso dizer que fiquei triste de todo por que ela não ficou junto ao Andy. Ahahahah, foi bem feito.

O telemóvel dela tocou e ela foi para a sala do lado e ficamos os 7 (okay, agora somos 8, apesar o oitavo ainda estar dentro da mãe) a olhar para a publicidade. A Sammy estava meio triste por que deixou queimar o jantar. Obá, desde que não saiba como carvão come-se tudo. Jezz, andamos a passar demasiado tempo com o Mr. Comida É Vida (vulgo Jinxx) e tempo demais sem uma mãe que cozinhe decentemente. Okay, ainda bem que a Sammy não pode ler mentes, por que se não eu já estaria morto por a ter chamado de mãe.

– Okay, gente, vamos comer? - perguntou a Sammy.

– Boraaaaaa! - falou o esfomeado do Jinxx, por que ele não tem outro nome sem ser Esfomeado e Barbeiro de Estrada.


(Sam's POV)

– Okay, eu vou já para ai. - falei sentindo um enorme vazio por dentro. Suspirei tentando conter as lágrimas. Inspirei fundo e voltei para a sala. Como já ninguém estava lá deduzi que estivessem todos a fazer o que eles melhor sabem. COMER! Encontrei-os a todos na cozinha a fazer um basqueiral do tamanho do mundo! Parecia a Guerra Civil!

– Pessoal, eu tenho que ir. - falei sem esperar que eles parassem. Mas eles pararam. Ficaram a olhar para mim como se eu fosse uma estranha, como se eu estivesse errada. Eu... eu só não sei. Tenho-me sentido perdida nestes últimos dias e agora esta notícia não veio ajudar em nada.

– O que se passa? - perguntou a Sammy com a sua atitude maternal habitual.

– Eu prefiro não dizer. Quando eu voltar eu conto.

– Okay, então. - falou ela levantando-se e vindo-me abraçar - Mas quero que me contes mesmo. - sussurrou ao meu ouvido.

– Sim mãe. CC, levas a Susy para casa? É que viemos no meu carro!

– Óh, claro! Achas que eu quero a Susy num carro contigo? - todos riam.

– É, não sei do que te queixas! Ao menos não me chamo Jinxx!

– Ahahahahahahah! Já foste! - disse o Ash com a boca cheia de comida.

– Cala a boca, viado de merda! - disse o Jinxx tentando mastigar e engolir para falar. Engolir... ahahahahahah!

– Okay, gente, eu vou-me embora! BOM JANTAR E DEIXEM OS PRATOS PARA A SAMMY! - eles disseram um "adeus" que mal se percebia (ela fez lasanha querem o quê?) e eu fui.

Entrei dentro do carro e pensei numa promessa que fiz a mim mesma quando vi para L.A., mas ia quebra-la.

Liguei o motor, pus a mudanças e tal e fui. Começou a chover e os para-brisas não estavam a funcionar muito bem. Queria parar - odeio conduzir com chuva - mas o assunto era urgente e eu tinha que ir. Um trovão soou e eu encolhi-me de medo. Eu adora a trovoada, acho os trovões e os relâmpagos fascinantes. Mas isso é dentro de casa.


(Andy's POV)

Quando soou o trovão e vimos o relâmpago pela janela as garotas saltaram e eu só conseguia pensar que a Sam morre de medo de trovões e relâmpagos. Levantei-me e fui olhar pela janela. Queria estar no carro com a Sam, dizer-lhe que ia ficar tudo bem... olhei para os meus pés. Por que eu fui tão burro há dois anos atrás? Por que é que eu deixei a fama subir-me à cabeça? Suspirei e fui para a rua fumar um dos meus abençoados cigarros.

Fiquei a olhar o céu noturno e a ver os relâmpagos enquanto pensava na Sam. Na mi... não, ela não era minha. Ela nunca me iria perdoar. Não depois de tudo o que eu lhe fiz. Também, acho que ela fica melhor entregue ao Jake. Provavelmente vai ser mais feliz, ele não a vai magoar, ele não a vai deixar ficar triste... sim, ela deve de ficar com o Jake.

Eu só sei que eu só quero a Sam feliz, e se ela for feliz sem mim, por mais que me doa, eu vou deixa-la ser feliz.


(Sam's POV)

Foram duas horas tortuosas de viagem. Doíam-me os pulsos tanto por estarem duas horas colados ao volante e por ter cortes recentes. Sim, eu sei que eu prometi ao Andy que parava, mas... as coisas estão diferentes agora. Sei que tenho vergonha de chegar ao pé dele e saber que quebrei a promessa que lhe fiz, mas... por que é que ele se deveria de importar comigo de qualquer maneira?

Estacionei o carro no final da rua. Não queria que me reconhecem, afinal de contas eu nem deveria de estar aqui.

A música estava alta, e a sensação de náusea preencheu-me por completo. Eu não deveria de estar ali. Eu deveria de estar com os meus amigos, a minha única família. Não ali. Não depois de tudo aquilo...


Flashback Mod On

14 de Agosto de 1996, New York


A Mamã e o Papá estavam com as suas melhores roupas. Sorri quando lhes dei um beijo na bochecha e disse adeus. Eu sabia que não ia ser para sempre que eles iam ficar alí presos. A Tia Mary disse-me que eles iam voltar, que eles iam sempre estar ao meu lado. Que não me iam abandonar. Mas que por enquanto, enquanto eu vivesse, eu não os ia ver novamente. Mas eles estariam a olhar por mim.

Olhei para o Senhor Culpado, por que eu vi nas notícias que foi ele quem matou a Mamã e o Papá, e sorri dizendo adeus à JoJo, a minha melhor amiga.

– Vamos, Samantha, temos que ir para minha casa.

– Tia, posso ir só dar um beijinho de despedida à JoJo? - olhei para ela com cara de cachorro abandonado.

– Vai lá. - ela deixou-me ir e eu sorri para a JoJo. Ela olhou-me de lado e foi embora com o Sr. Culpado, sem me dizer adeus, sem me dizer uma única palavra.


Flashback Mod Off


E agora, depois de todos estes anos, aqui estava eu na casa dela. Depois de tantos anos, eu ia encontrar a pessoa que pediu ao pai dela para matar os meus, simplesmente por que eu não lhe deixei brincar com uma das minhas bonecas.

Eu sei, parece algo saído de um filme. Mas isto era a realidade de New York. Cada assassinato cometido por uma coisa mais estúpida do que a outra. Inspirei fundo. Eu continuava a ter pais. Não eram os meus pais biológicos mas eram os meus pais.

Bati à porta e uma garota com grandes olhos verdes, pele bronzeada e longos cabelos loiros veio abrir a porta.

– Sam, vieste.

– Sim, eu vim. O que queres?

– Só para avisar que o meu finalmente saiu da cadeia. Pensei que ias gostar de saber, já que foste tu a culpada de ele lá ter ido parar. - ela tinha músculo. Era uma daquelas garotas com aspeto meio masculino. Olhei para os olhos dela, tive que levantar a cabeça, mas ia olhar nos olhos dela.

– Joanne, esquece que eu alguma vez existi! - dei meia volta e só tinha em mente um lugar para ir. Precisava desesperadamente de falar com uma pessoa.

Dereck.


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Notas finais do capítulo

E então? Me deixem reviews, por que senão eu vou acabar com a fic de vez. Com todas elas. (e não é ameaça... se eu nao souber o que voces pensam, como eu vou poder escrever?).