Havia gasolina em cima de todas as telas do ambiente escuro. Greg descobriu uma das telas e se assustou com o que viu.

GS – Sara...meu Deus...aqui tem um homem esquartejado dentro de uma banheira.

Sara descobriu outra e viu o desenho de um homem cortando a garganta de Debbie com um instrumento médico.

SS – Greg, acho acabamos de descobrir os mistérios que rondavam a morte de Debbie e Michael Clark.

Descobriram todas as telas. Parecia um filme de terror contado em desenhos.

GS – Essa é Debbie e Michael Clark, então esse de jaleco só pode ser o Dr. Laurie, Jordan não é médico. Archie me disse pouco antes de você chegar.

SS – Eu encontrei o Dr. Laurie no departamento, ele me disse que não havia matado Kelly, mas sabia que foi. Agora sabemos que ele matou Debbie, mas que matou Kelly?

Enquanto os peritos se olhavam as telas iam se afastando da porta. Alguém jogou um fósforo aceso dentro e trancou a porta por fora. Greg e Sara correram em direção à porta, o fogo se espalhou rápido demais cobrindo a porta e bloqueando a saída.

GS – Sara!!!! – gritou – isso é gasolina, a combustão é imediata.

SS – Precisamos dar um jeito de sair daqui. SOCORRO!!! SOCORRO!!!!

GS – SOCORRO!!! SOCORRO!!! SOCORRO!!!

Tentaram apagar o fogo com as lonas que haviam espalhadas mas algumas estavam encharcadas de gasolina e só aumentavam as chamas. O monóxido de carbono já estava deixando-os desorientado e o calor insuportável ardia na pele. Greg se cobriu com um pedaço de lona e chutou a porta, Sara fez o mesmo. O fogo aqueceu a roupa e já começava a queimá-los.

SS – MAIS FORÇA!!!!

GS – ME AJUDA!!!!

Greg se jogou na porta uma, duas, na terceira vez Sara tambem se lançou na porta em chamas. Já não se importavam mais com as queimaduras, só queriam continuar lutando por suas vidas.

A porta em fim se arrebentou e eles caíram fora das chamas.

O policial que os acompanhava entrou desesperado com outros policiais que ele havia chamado pelo rádio quando percebeu o incêndio. Antes disso eles deteram um homem que tentava fugir pela mesma escada que antes era analisada pelos peritos. Enquanto uns tentavam apagar as chamas com extintores, outros se aproximaram para socorrer os peritos que pareciam bastante feridos.

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JB – Os peritos estão agora num apartamento alugado por seu irmão Jordan Laurie, ouvi dizer que já encontraram vestígios de Kelly McNeil por lá.

Dr. L – Kelly estava namorando meu irmão.

GG – Coincidencia. Debbie Marlin teve um relacionamento com você e acabou morta, Kelly teve um relacionamento com seu irmão e teve o mesmo destino. Diga-nos, isso é alguma tradição familiar macabra?

Advogado de Laurie – Doutor Grissom eu sugiro que o senhor se detenha a perguntas sobre o caso Kelley McNeil. O que meu cliente tem a ver com a morte dessa garota?

JB – O seu cliente é um misterioso pintor que tem por pseudônimo Butterfly, principal suspeito de matar Debbie Marlin que era a melhor amiga de Kelly, que esteve no seu atelier e era sua cunhada. Esqueci de alguma coisa Grisson?

Advogado – O meu cliente foi inocentado das acusações do assasinato de Debbie e se os senhores continuarem a insistir nisso nós vamos entrar com uma ação contra o departamento.

GG – Talvez o caso seja reaberto. Encontramos novas evidencias e suspeitamos que Kelly estava investigando sua vida doutor. Deve ter descoberto alguma coisa por isso foi morta.

Advogado – A defesa ainda... – Laurie o interrompeu fazendo sinal para que o deixasse falar.

Dr. L – Eu a vi Grissom. Posso te chamar assim? Afinal temos uma convivência.

Grissom ficou desconcertado, sabia a quem ele se referia. Não iria deixar que um assassino virasse o jogo novamente.

Dr. L – Elas são muito parecidas não é Grissom?

JB – Do que você está falando?

Dr. L – Sabe o que me torna superior a você Gil Grissom? Eu tive coragem de arriscar tudo por ela, eu não a rejeitei um só momento. Traga a outra aqui. Quero ficar a sós com ela. Eu direi a ela tudo que quiser saber.

JB – A menos que você queira passar o resto dos seus dias na ala psiquiátrica, eu sugiro que esclareça as suas palavras doutor.

Dr. L  - Sidle capitão Bráss. Traga-a aqui e terá tudo que quiser de mim.

JB – O que a Sara tem a ver com tudo isso? Ela se quer ficou ativa no caso anterior.

Dr. L – Sara... então o nome dela é Sara, doce Sara...muito linda.

Grissom cerrou os punhos tentando controlar a fúria que percorria seu corpo. O nome de sua namorada na boca daquele infame assassino desencadeou nele uma onde de fúria, ódio e raiva incontroláveis. Desejou poder dar um soco nele. Mas teria a sua hora e pagaria um alto preço por tamanha injuria.

Um policial bateu na porta pedindo que Bráss viesse atender.

Grissom aproveitou a saída do capitão para desligar a gravação do depoimento e falou de forma superior:

GG – Sabe o que me torna superior a você doutor Laurie? Eu a tenho em minha vida agora. Não é mais uma fantasia, ela agora é real e nós compartilhamos mais que simples momentos juntos. Eu me sinto um garoto quando estou com ela na cama e tenho certeza que sou correspondido. E agora é você que nunca teve nada.

Laurie socou a mesa numa explosão de fúria, seus olhos faiscaram avermelhados. Quis levantar em direção a Grissom mas o policial o impediu.

Grissom sorriu e saiu da sala com ar de superioridade que lhe era característica, mas logo seu sorriso se desfez ao ouvir a noticia:

JB – Grissom, Jordan incendiou o atelier com Sara e Greg dentro. Eles estão a caminhou do hospital e não temos noticias de como estão.