Uma Lagrima Especial escrita por Leticia Di Angelo


Capítulo 7
O outro lado de Nico


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente! Me desculpem a demora, é que eu estou com muitas fics para escrever, se quiserem dar uma olhadinha nas outras =D
Esse capitulo é totalmente, inteiramente e maravilhosamente dedicado a Lana_West, pela maravilhosa recomendação que ela mandou! Eu amei e escrevi esse capitulo pensando nela.
Se você quer um capitulo dedicado já sabe o que fazer =D



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 Acordei eram sete da manhã. Só sabia disso porque tinha um relógio no meu quarto, já que estamos no Mundo Inferior e não tem luz aqui no inferno.

 Era tão bom acordar com o sol batendo no rosto, se você tem esse privilegio, aproveite! Nunca se sabe quando vão raptar você e te levar para o inferno.

 Tomei um banho e vesti uma roupa qualquer. Quando saí do meu quarto dei de cara com o Nico, que tinha acabado de sair do seu.

-Bom dia – ele disse.

-Bom dia. Estava me esperando?

-Não...

-Foi só coincidência sairmos no mesmo momento?

-Foi o destino.

Ri com sarcasmo.

Começamos a andar até a sala de refeições.

-Então – ele disse – O que sonhou ontem?

-Nada de importante...

-Para você me acordar de madrugada, parecia bem preocupada.

-Estava em estado de choque. – eu disse – Nunca tinha tido um sonho que esclarecia alguma coisa.

-Não vai me contar?

Esperei um pouco. Tentei ignorar todos os fantasmas nos olhando.

-Sonhei com seu pai e Perséfone. Eles estavam conversando sobre mim. Eles sabem o que minha lagrima faz e quem é minha mãe. –eu disse.

-Eu já sabia que meu pai sabia isso, só que Perséfone? Essa eu na esperava. – ele disse rindo.

-Você acha que se perguntarmos ela fala?

-Acho que não, por mais que meu pai tenha medo dela, se ela contar meu pai pode acabar com ela.

-Entendi.

Quando chegamos à sala, eu e Nico nos sentamos. Hades e Perséfone não estavam lá.

-Onde está meu pai e Perséfone? – Nico perguntou a um fantasma.

-Eles vão demorar meu senhor. – o fantasma disse – Pediram para que começassem a comer.

O fantasma foi embora.

-Senhor? – eu disse segurando a risada.

-É a forma que eles me chamam, eu estou acima deles.

-Parece que você é velho – eu disse.

-E eu sou.

-Você tem 15 anos, né?

-Na verdade eu tenho mais de 60 anos.

Olhei para ele assustada.

-Como assim? – eu perguntei quase gritando.

-Meu pai me prendeu junto com a minha irmã em um cassino quando eu tinha 8 anos, lá o tempo passa de vagar, eu sai de lá com a aparência de um garoto de 10 anos, mas com a idade muito velha.

-Tudo bem vovô. – eu disse rindo.

-Mas eu tenho 15 anos. – ele disse.

-Vou fingir que tem mesmo. – eu disse.

Começamos a comer o café da manha. Quando acabamos nos levantamos.

-Parece que não vai dar para esperar pelo meu pai. – ele disse.

-Isso é bom. – eu disse para mim mesma.

Ele riu.

-Não entendo esse seu medo pelo meu pai.

-Vamos ver: ele é o deus do inferno, ele pode me matar a qualquer momento, ele matou meu pai, quer minha lagrima...

-Tudo bem – ele disse me interrompendo. – Já entendi.

Eu ri.

-O que quer fazer? – ele perguntou.

-Que tal me mostrar o Mundo Inferior? Se for para eu ficar aqui mesmo, é melhor eu conhecer-lo, sabe, para não me perder.

Ele me olhou curioso, eu não entendi o por quê.

-Tudo bem – ele disse – Vamos conhecer então.

Nico me mostrou o Mundo Inferior inteiro, desde o tártaro até a cozinha do castelo. Sentamos em uma arvore que Perséfone devia ter criado já que é difícil ver uma arvore aqui.

-Que tal me contar alguma coisa? – eu perguntei.

-O que?

-Sobre sua vida.

Ele pensou um pouco e depois hesitou.

-Meus amigos me salvaram. – ele começou – Percy, Annabeth, Thalia e Grover, são meus únicos amigos, e levaram eu e minha irmã para um acampamento.

Assenti, ele parecia não gostar de conversar sobre aquele assunto, então eu encorajei ele a falar.

-Minha irmã se juntou as caçadoras – ele continuou – Um grupo de meninas que junto da Deusa Ártemis, viajam pelo mundo matando monstros e sem poder ter relacionamentos com garotos.

-Isso deve ser horrível! – eu disse.

Ele riu.

-Que bom que pensa assim. – ele disse – Percy foi para uma missão junto com os outros e minha irmã e me prometeu que iria cuidar dela. Eu e minha irmã sempre fomos muito ligados, e aquela era a primeira vez que nos separávamos.

Ele suspirou e fechou os olhos, como se lembra-se de algo.

-Minha irmã acabou morrendo para salvar os amigos... – ele disse de uma vez.

Eu o abracei.

-Sinto muito – eu disse – Eu sei o que é perder alguém que ama.

Ele retribuiu o abraço e depois se separou.

-A questão é – ele disse – Fiquei alguns anos sumido, ninguém sabia onde eu estava, eu tinha fugido para o Mundo Inferior, não queria ficar mais naquele acampamento. Eu fiquei muito bravo com Percy.

-E agora? – eu perguntei.

-Na ultima batalha contra Cronos eu os ajudei. Eu e Percy somos grandes amigos, ele tentou salvar minha irmã e não conseguiu. Eu já conversei com ela aqui no Mundo Inferior, ela diz que está bem.

-Isso é o que importa – eu disse – Ela morreu como uma heroína.

Eu o abracei de novo. Nico podia ser metido, safado, idiota e convencido, mas tinha um coração bom. Era um outro lado dele que eu não conhecia e estava gostando de conhecer. Ele é maduro, esperto e já passou pelas mesmas coisas que eu.

-Você devia ser mais assim – eu disse me separando dele.

-Assim como?

-Você não pode ser para sempre o melhor. Todos nós temos defeitos e inseguranças. Eu gosto desse seu lado.

-Que lado? – ele parecia confuso, como se ele mesmo não soubesse quem devia ser.

-O lado bom. O lado que tem um coração bom.

-Nem todos gostam desse meu lado.

-Eu gosto desse seu lado. Mas a verdade é que você não tem que ser o que os outros querem e sim quem você realmente é.

-Você está dizendo isso para eu parar de te dar cantadas ou por que se importa comigo? – ele disse confuso.

Eu ri.

-Eu me importo com você!

-Não parece...

-Eu sei, mas eu me importo! Além do mais você já parou de me dar cantadas...

-Verdade – ele disse sorrindo – Está com saudades?

-O que eu disse sobre o seu lado meigo?

-Tudo bem, desculpa. Eu também me importo com você.

Eu sorri.

-Obrigada, isso é bem importante – eu disse - Ter em quem confiar nesse momento.

-Eu sempre vou estar aqui! – ele disse.

-Eu sei.

-Todos têm um lado gentil e bacana. – ele disse.

-Então você é um circulo – eu disse e comecei a rir da minha piada idiota.

Ele ficou me olhando como se eu fosse uma idiota, mas logo começou a rir comigo.

-Isso foi muito idiota! – ele disse rindo – De onde você tirou isso?

-Ei! Você riu!

-Por que a sua risada é linda e contagiosa.

Eu fiquei seria.

-Não vou mais contar piada – eu disse fazendo biquinho.

-Bom mesmo.

-Você não terá mais diversão.

-Até meu pai conta piada melhor! – ele disse.

Levantei-me e comecei a andar.

-Ah! Sarah! Volta aqui! – ele disse e me seguiu – Vai ficar brava?

Olhei para ele e sorri.

-Não da para ficar brava com você. – eu disse – Só queria fazer drama e ver se você viria atrás de mim.

-Aqui estou eu, inteirinho e com meus ouvidos para ouvir suas piadas.

Eu ri.

-É... Não sou muito boa com piada. – eu disse.

-Serio? – ele disse com sarcasmo.

Eu ri.

-Por que não me conta mais sobre suas aventuras? – eu perguntei.

-Vamos – ele disse.

Começamos a andar pelo Mundo Inferior, eu não dizia nada, apenas ouvia as maravilhosas historias das aventuras que Nico passou e sonhando em conhecer esse Acampamento Meio Sangue.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Recomendações? Reviews? Por favor! São importantes! Beijinhos! Logo logo tem mais!