Os Dois Ladrões escrita por Mello Evans
Notas iniciais do capítulo
Sherlock Holmes/ John
Eu vi muito bem.
Eles trocaram de roupas em um dos becos escuros de Londres. Logo os trajes que pareciam de dois cavalheiros que voltavam do teatro foram substituídos por roupas negras e suspeitas. Um era Holmes e o outro, com certeza, era Watson.
O médico sorriu para o detetive, respirava ligeiramente apressado, e falou: "Eu me sinto eufórico, Holmes."
"Agora é que vai começar, meu caro." – Respondeu o outro.
Então eles puseram máscaras de seda, também escuras, em seus rostos e se adiantaram para a propriedade mais luxuosa do lugar. Eu mesma não acreditava que aqueles dois homens que sempre trabalhavam a favor da lei se tornaram ilegais naquela noite, dois ladrões. Ambos entraram sem alarde algum – cúmplices no lugar, quem sabe? Demoraram por volta de uma hora, fosse o que fosse estava sendo muito difícil.
A minha consciência brigava para que eu fosse embora. Não era honroso observar dois homens praticando o que não era correto e, mesmo assim, ter a plena certeza de que não os delataria. Contudo, tinha uma parte de mim – e muito grande – que dizia para ficar ali, que algo mais importante ainda estava por vir. E estava.
Mais de quarenta minutos após vê-los adentrando o local, uma mulher subiu a varanda – como um verdadeiro gato – e pouco tempo depois ouviu-se um tiro, outro e mais outro; o alarme fora acionado e de repente as luzes estavam acesas; os cães latiam e se preparavam para avançar contra qualquer estranho; vultos corriam pra lá e pra cá, atordoados demais para pensarem em algo plausível para se fazer. E no negrume, eu, com os meus olhos já treinados para ver muito bem no escuro, avistei a tal mulher fugindo pela sacada e simplesmente – sozinha – sumiu na escuridão, depois mais duas figuras se mexeram no mesmo lugar e pularam o muro do jardim. Eles foram seguidos por cerca de três quilômetros, e eu em seus encalços, mas sempre sabendo me manter alheia aos dois que conseguiram despistar os outros, porém não a mim.
E o que contemplei nunca mais esqueci.
O roubo, a invasão, o assassinato, a correria. Nada se comparou ao que vi próximo àquele pântano.
Sherlock Holmes estava encostado no muro, já sem a máscara e com alguns papéis na mão – ele sabia muito bem que estavam seguros naquele raio – e Watson achegou-se. Meus olhos não estavam loucos e muito menos imaginaram algo pela correria que fiz para mantê-los à vista. John Watson aproximou-se de Sherlock. As sombras de ambos estavam próximas demais naquela penumbra e então se colaram no que parecia um beijo quente e vigoroso, as mãos pareciam urgentes, principalmente as do médico. E um pouco depois eles sumiram na escuridão. Foram em direção à Baker Street, certamente.
Aquilo não foi ninguém que me contou e nem li em biografias futuras, eu vi.
Dois ladrões, cúmplices, em uma noite manchada de sangue.
Fim.
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Eu fiz! Me processem! Eu sei, eu sou louca. Os fãs mais fervorosos e odiadores de slash devem me querer mortinha e enterrada. Hahahaha Mas acreditem quando eu digo... Há evidências demais nessa novela policial.
Bom, eu sempre quis fazer e... Eu fiz! (mas bem levinha, né?) q Não está muito bom, afinal eu nunca vi um slash deles pra pelo menos me basear em alguma coisa ou dizer que é aceito... o.o Só o que eu vi foram fics repetidas com autores diferentes... /comofas? (É assim que você vê que tem certas pessoas que não têm respeito por suas fics)!
Reviews, amores :3
P.S: Talvez a trama tenha ficado meio confusa, mas essa foi incrivelmente a idéia!