Nada É Por Acaso, Disso Pode Ter Certeza escrita por lalala


Capítulo 12
Mas... Você disse...


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEY
É. Eu sei. Podem arrancar meus órgãos pela demora shaushausha
Mas olha, me fizeram escrever durante as aulas, QUE LINDAS VOCÊS :3
kkkkkkkk valeu a pena, se não não teria terminado nem metade do capítulo, ok? Ok.
Podem achar que esse cap é a maior perda de tempo, sem conteúdo, SEM GERARD E FRANK SE AGARRANDO e tals, mas é necessário. Gosto de mostrar como é vida do FranFran :)
Espero que curtam, desculpe qualquer erro!
Leitoras e leitores novos, Bem Vindos! E vamos, podem falar comigo, sem medo, eu não mordo u_u



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- Aqui Zacky, essa é a senha.

- Tem certeza agora,Eisten? – Perguntou irritado olhando para o pedaço de papel nas mãos do outro.

- É o único papel que sobrou! Se não for este, desista.

- Certo… - Parou por um momento, deixando o garoto realmente pensar que algo inteligente sairia de sua boca – Sabe; porque estamos fazendo isso mesmo? A gente nem sabe quantos anos aqueles caras tem, nem de onde vieram e—

- A ideia foi sua. – Retrucou sério, fazendo com que Zachary ficasse sem respostas. “Vamos tentar logo, tá?”,foi ouvido entre o silêncio.

Depois de apertar diversos botões, ir e voltar no caixa eletrônico, falsificar nomes e assinaturas, passartemposcom funcionários de todos os tipos; algum efeito finalmente surgiu.

Saíram do banco e, minutos depois, já na calçada, Zacky pegou um papel que lhe fora entregue por outra funcionária e o leu por uma segunda vez, agora realmente sorrindo.

- Isso! Conseguimos! – Pulou – Nem acredito que deu certo! Me sinto um vândalo e... Nunca pensei que isso seria ótimo! – Riu – Bom, agora daqui a umas semanas já começam a colocar parte do dinheiro nessa conta.

- Er... Mas você não acha que poderia ter colocado no nome de outra pessoa? Ou, sei lá, inventado um nome qualquer…?

- O que quer dizer?

- Se algo der errado, a culpa vai toda ara o Frank. Sabe como é o pai dele… Não vai ficar nada feliz com ele...

O outro riu:

- Ah, fala sério, Brian! Queria que fosse para quem? Para mim? – Balançou a cabeça, gargalhando.

- Realmente? Você que me arrastou até aqui e inventoutudo isso. – Cruzou os braços.

- Nossa, você só sabe falar do quanto isso é minha culpa eblá blá blá...

- Você só sabe tocar nesses assuntos,... – Revirou os olhos.

- Ah! Dane-se isso – Resmungou – O importante é que deu tudo certo, agora é só passar a levar a grana para o nanico e inventar algum lugar para dizer de onde ela está vindo. – Sorriu vitorioso – Agora vamos, tenho uma pista de skate para passar a tarde.

- Hum, claro – Riu para si mesmo, deixando os outros assuntos de lados – Vou com você então…

~*~

Abriu os olhos e se remexeu na cama. Enquanto resmungava involuntariamente, levantou-se e olhou pela janela do quarto, bocejando um ou duas vezes ainda.

“Já deve ser tarde”, pensou, observando movimento na rua e o céu azul.

- Pai? – Saiu do quarto sorrindo, procurando pelo maior pelo segundo andar. Repetiu mais algumas vezes e percebia apenas a casa vazia.

Desceu as escadas que o levaram ao primeiro andar, onde não havia sinal de ninguém. Salas, banheiro, escritório e varanda. Nada.“Pai!?”Aumentou a voz ao entrar na cozinha.

Já imaginava o que havia acontecido. Já sabia, era evidente. Era assim sempre, não ia mentir; mas Frank apenas esperava que dois meses fora o fariam mudar.

A questão era que todo esse tempo não importava. Passavam-se dois, três, quatro meses e ele nunca mudara. Então,porque mudaria agora? No entanto, Frank não queria deixar de ver seu pai. Porque apesar de – realmente – tudo aquilo, não queria que Christiann tomasse seu lugar.

Às vezes, chegava a desejar que algo muito ruim acontecesse ao pai, para que pagasse finalmente, por tudo que já tinha feito. Provar que dinheiro e trabalho não eram tudo - razão pela qual, Linda não estava mais com ele.

Entender que ele era seu filho, e havia muitas coisas a serem ditas. E que precisaria aceitar.

De qualquer jeito, não podia dizer que não sentia sua falta.

Ia olhar na garagem, provar para si mesmo que o pai já havia saído, quando avistou um pedaço de uma folha de caderno em cima da mesa.

Estou saindo, preciso trabalhar. Não te acordei porque você realmente parecia estar dormindo tão bem e não quis te atrapalhar.

Têm leite e suco na geladeira, biscoito, pão ou sei lá o que você gosta em cima da pia ou pelas prateleiras. Se quiser algo mais, sabe onde fica a dispensa.

Volto na hora do almoço e a gente faz alguma coisa juntos, ok?

                                                                                                         Abraços, pai”

- Droga! – Pronunciou e rasgou o bilhete – Podia ter me acordado…

Não quis nada para comer. Já era realmente mais tarde que o esperado e seu pai, de acordo com o papel, viria em pouco tempo. Voltou e sentou-se na sacada da janela.

Mesmo estando não muito feliz – mais uma vez – por seu pai, gostava de estar ali. De ficar ali, em seu quarto.

Afinal, era o lugar em que cresceu. Passou sua infância dormindo naquele cômodo. Foram anos correndo por aquela casa, indo e voltando pela porta principal, enquanto ainda possuía umafamília de verdade,e por isso, nunca chegou a sentir falta do que tinha na outra casa, com sua mãe.

Mas dessa vez, sua mente não conseguia sair de lá. Ou de quem estava lá. Não sabia ao certo se era saudade ou apenas medo, mas Gerard continuava em seus pensamentos. Podia fechar os olhos que juraria tê-lo visto ali, tentando lhe dizer algo ou apenas sorrindo.

Balançou os pés na sacada e olhou para baixo, para o gramado de casa, procurando o sentido em tudo que havia feito.

- É… talvez eu não devesse estar fazendo tudo isso por eles… Por ele – Disse – Talvez… E se eu não gostar dele, não…amá-lo? E se eu só sentir pena…?

Suas palavras foram incertas e o olhar tornou-se distante na busca pela resposta que não viria para acalmar sua mente.

E então, imaginando o que o acalmaria finalmente, a cabeça apenas se encheu de mais perguntas. “E se ele sentir falta da família? E se eles nem tiverem uma família? E se o certo for deixá-lo ir, com o filho? E se aquele nem for seu filho? E se eu estiver confundindo tudo, entrando num estado de loucura? E se... E se...?”

- Ah! Isso não pode estar certo! – Gritou, quase como um choro.

- Frank? Você está bem? – Ouviu a voz vinda da porta do quarto, reconhecendo ser seu pai.

O menor ficou sem reação, sentiu que aquelas palavras não foram de preocupação. Eram apenas para que ele não passasse em branco ao chegar em casa. Ia dizer algo sobre isso, mas preferiu fingir acreditar e apertou os olhos.

- Estou sim. Estava só pensan...

- Ah, ótimo. – Tratou de cortá-lo rápido – Bem, eu trouxe o almoço, mas tenho que ser rápido… Então, se quiser comer, estou lá em baixo. – Saiu do quarto apressado.

- …pensando alto… - Suspirou triste, já ouvindo os passos do pai no andar de baixo.

Quando o que seria o início de tristeza que o invadiria, sozinho no quarto, Frank subitamente ergueu a cabeça e sorriu, levando embora pensamentos do garoto ruivo junto. “Talvez ele queira ser rápido para a gente poder sair” – imaginou, já saindo da sacada e abrindo uma de suas malas, no pé na cama.

Colocou uma roupa qualquer – calça jeans rasgada nos joelhos, All Star preto e uma blusa de manga curta vermelha, com alguns detalhes em preto -, ajeitou o moicano e cuidou para que a maquiagem escura nos olhos fosse quase imperceptível aos olhos do pai.

Sentia-se como uma criança novamente. Porque se lembrava como ninguém de todos os finais de semana, quando se arrumava rápido apenas por saber que iam sair juntos. Os três. Sua família. De verdade. Toda a pressa em ser levado ao parque porque provavelmente já estava atrasado para o jogo de futebol com os amigos.

Amigos que foram perdidos porque deixou de ser simpático quando os pais se separaram. Não era mais feliz, então achou que não precisava tratar as pessoas, como se fosse. Como se estivesse.

Infelizmente, quando mudou novamente. Quando realmente cresceu e percebeu tratar quem nem ao menos sabia de sua vida daquele jeito estava errado, já era tarde para aquelas pessoas.

Mas agora não se importava. Não se importava há um bom tempo, porque longe de Christiann, Frank podia ser considerado feliz. Ou “alegre.” E muitos daqueles antigos amigos já nem estavam mais na mesma escola, na mesma cidade.

Encostou as janelas do quarto e desceu correndo para a cozinha, onde Frank – o pai – já arrumava sua pasta. Vendo-o ainda de terno, dando atenção às coisas do trabalho e sem fazer menção de guardá-las, o menor encarou o pai, triste.

- Mas... A gente não ia sair...?

- Ah, filho! – Exclamou sem surpresa, notando sua presença, mas sem tirar os olhos da pasta – Sair...?

- É... O bilhete... Você disse que a gente... Que íamos ficar juntos hoje. – A voz de Frank foi se perdendo no ar, no final, aparecendo quase como um sussurro enquanto olhava para baixo.

O mais velho colocava suas coisas agora em uma bolsa preta, que também lembrava uma grande pasta, mas ao ouvir as últimas palavras do filho, aproximou-se, com esta ainda em mãos.

Colocou a mão livre no ombro do menor e, com uma expressão meio desanimada, disse:

- Olha, Frankie... – Desviou o olhar, procurando por palavras, argumentos – Seu pai está meio atarefado hoje... Aconteceram alguns imprevistos no trabalho e eu tenho que voltar logo.

- Mas... Mas pai! – Tirou a mão do outro de si – Você disse...

- Eu sei, eu sei... – Balançou a cabeça – Você ainda não entende, não é? – Forçou um leve riso – Ser adulto não é um mar de rosas, filho...

Me poupe!” Tinha vontade de dizer “É tão difícil poder ficar comigo? Por meio dia? Você é meu pai.”, Mas era difícil. Era difícil abrir a boca ali, porque sabia que sempre haveria uma desculpa esfarrapada para cada questionamento. Seja por porque ainda era ingênuo, porque ainda era quase uma criança e não tinha ideia do que era a vida adulta, ou apenas porque o trabalho não ia deixar e ponto final.

- bom. – Retrucou, sério – Mas, você volta a tempo do jantar? A gente podia… conversar....

O outro sorriu e bagunçou o moicano do filho:

- É... Podemos conversar no jantar.

- Certo. Eu vou esperar. – Sorriu.

O pai ainda avisou que se quisesse, o notebook estaria no escritório; como não tinha almoçado ainda, poderia pedir uma pizza ou o que quisesse, e voltaria para o jantar se nada o atrapalhasse. E assim, saiu mais uma vez, deixando Frank olhando desanimado para a porta da frente, esperando que o outro mudasse de ideia e voltasse correndo para abraçá-lo e aproveitar o tempo.

“Vai ser difícil... A última vez foi quando eu tinha... ahn... oito anos, certo?” Repetiu para si mesmo enquanto voltava para o quarto.


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Notas finais do capítulo

Yey lol
Então, reviews??
Bom, eu não pretendo atualizar a outra agora, porque (além de eu nem ter começado kkkkkkk please don't kill me now '-') estou escrevendo milhares de outras fics ¬¬
Mas pretendo postar uma short fic daqui a pouco (não hoje, mas algum dia desses) ou não :)
Então é isso.
Espero que tenham gostado, sério... E desculpem qualquer erro, ok? Vou corrigindo se encontrá-los
Beijão e até a próximaaa ♥